O jeito que o Bolsonaro é populista e irresponsável é diferente
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R$ 6.298,91
Até a burguesia admite: salário mínimo é uma miséria
Salário mínimo é muito abaixo do que o necessário e a desculpa da imprensa é completamente esfarrapada
Dieese calculou que salário mínimo precisaria ser cinco vezes maior para suprir alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência para família de quatro pessoas – Reprodução
Relatório divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) hoje, 09, contasta o que a população brasileira está sentido na pele e na barriga, o salário mínimo atual, de R$ 1.212,00, não paga nem uma cesta básica na cidade de São Paulo, que dirá as outras contas de uma família.
O salário mínimo real para sustentar uma família de quatro pessoas em agosto no Brasil deveria ter sido de R$ 6.298,91, para a sobrevivência de uma família, este valor é quase 5 vezes mais que o salário mínimo atual.
A saber que a definição dada para o salário mínimo oficial vem da Contituição Federal e diz:
“A determinação constitucional estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.”
https://www.causaoperaria.org.br/rede/c ... a-miseria/
Até a burguesia admite: salário mínimo é uma miséria
Salário mínimo é muito abaixo do que o necessário e a desculpa da imprensa é completamente esfarrapada
Dieese calculou que salário mínimo precisaria ser cinco vezes maior para suprir alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência para família de quatro pessoas – ReproduçãoRelatório divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) hoje, 09, contasta o que a população brasileira está sentido na pele e na barriga, o salário mínimo atual, de R$ 1.212,00, não paga nem uma cesta básica na cidade de São Paulo, que dirá as outras contas de uma família.
O salário mínimo real para sustentar uma família de quatro pessoas em agosto no Brasil deveria ter sido de R$ 6.298,91, para a sobrevivência de uma família, este valor é quase 5 vezes mais que o salário mínimo atual.
A saber que a definição dada para o salário mínimo oficial vem da Contituição Federal e diz:
“A determinação constitucional estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.”
https://www.causaoperaria.org.br/rede/c ... a-miseria/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI
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Tragédia capitalista
Um terço das famílias com crianças pequenas passa fome no Brasil
Alta absurda do preço dos alimentos e do gás de cozinha é resultado das políticas neoliberais desde o golpe de 2016
Fome – Reprodução
Segundo dados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, divulgado hoje, 14, a fome atinge 1 em cada 3 crianças até os 10 anos em lares brasileiros.
No Norte, falta alimentos suficientes para todos em mais de metade, 51,9%, dessas casas. E o caso mais grave é o do estado do Amapá, onde mais de 60% desses lares não têm comida no prato para todo mundo.
No Nordeste, também há situação grave de fome em quase metade dos lares, cerca de 49%, com crianças de até dez anos. O caso extremo é do Maranhão, onde esse percentual é de 63,3%. Depois do golpe de 2016, quando o neoliberalismo tomou conta do país, as políticas sociais contra fome e de inclusão dos mais pobres foram se dissipando literalmente, sem subtituição de programas ou interesse pelo poder público até hoje, pelos 2 últimos governos, o de Michel Temer e agora o de Bolsonaro
https://www.causaoperaria.org.br/rede/c ... no-brasil/
Um terço das famílias com crianças pequenas passa fome no Brasil
Alta absurda do preço dos alimentos e do gás de cozinha é resultado das políticas neoliberais desde o golpe de 2016
Fome – ReproduçãoSegundo dados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, divulgado hoje, 14, a fome atinge 1 em cada 3 crianças até os 10 anos em lares brasileiros.
No Norte, falta alimentos suficientes para todos em mais de metade, 51,9%, dessas casas. E o caso mais grave é o do estado do Amapá, onde mais de 60% desses lares não têm comida no prato para todo mundo.
No Nordeste, também há situação grave de fome em quase metade dos lares, cerca de 49%, com crianças de até dez anos. O caso extremo é do Maranhão, onde esse percentual é de 63,3%. Depois do golpe de 2016, quando o neoliberalismo tomou conta do país, as políticas sociais contra fome e de inclusão dos mais pobres foram se dissipando literalmente, sem subtituição de programas ou interesse pelo poder público até hoje, pelos 2 últimos governos, o de Michel Temer e agora o de Bolsonaro
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NOTÍCIAS
Em Taboão da Serra
Lula propõe reduzir exportação para baixar preço da carne
"Vamos ter que discutir o preço da carne nesse país. Nós vamos discutir se vai continuar só exportando ou se vai deixar um pouco pra nós comermos”, disse Lula
O ex-presidente lembrou que o Brasil é “o primeiro produtor de carne do mundo” – Reprodução
Em evento realizado neste sábado (10) em Taboão da Serra, município da Grande S. Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que, caso eleito, pretende intervir na política de comércio exterior de modo a reduzir o preço da carne no País. “O que eu quero é que vocês possam entrar no açougue e comprar carne. Por isso nós vamos ter que discutir o preço da carne nesse país. Nós vamos discutir se vai continuar só exportando ou se vai deixar um pouco pra nós comermos”, afirmou o ex-presidente.
O petista lembrou que o Brasil é “o primeiro produtor de carne do mundo”, mas com a prevalência dos interesses do setor latifundiário da burguesia, uma epidemia de fome assola a nação. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deverá terminar 2022 com produção de aproximadamente 28 milhões de toneladas de carne, bovina, suína e de aves. Contudo, mesmo diante da escassez que vem provocando elevação nos preços, a entidade estima que as exportações de carne de frango, que devem ter crescimento de 6% enquanto as exportações de carne bovina são previstas para aumentar 15%.
https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... -da-carne/
Lula propõe reduzir exportação para baixar preço da carne
"Vamos ter que discutir o preço da carne nesse país. Nós vamos discutir se vai continuar só exportando ou se vai deixar um pouco pra nós comermos”, disse Lula
O ex-presidente lembrou que o Brasil é “o primeiro produtor de carne do mundo” – ReproduçãoEm evento realizado neste sábado (10) em Taboão da Serra, município da Grande S. Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que, caso eleito, pretende intervir na política de comércio exterior de modo a reduzir o preço da carne no País. “O que eu quero é que vocês possam entrar no açougue e comprar carne. Por isso nós vamos ter que discutir o preço da carne nesse país. Nós vamos discutir se vai continuar só exportando ou se vai deixar um pouco pra nós comermos”, afirmou o ex-presidente.
O petista lembrou que o Brasil é “o primeiro produtor de carne do mundo”, mas com a prevalência dos interesses do setor latifundiário da burguesia, uma epidemia de fome assola a nação. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deverá terminar 2022 com produção de aproximadamente 28 milhões de toneladas de carne, bovina, suína e de aves. Contudo, mesmo diante da escassez que vem provocando elevação nos preços, a entidade estima que as exportações de carne de frango, que devem ter crescimento de 6% enquanto as exportações de carne bovina são previstas para aumentar 15%.
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Fome
Brasil tem o maior número de famintos desde a Era FHC
Este ano, o país atingiu a marca de 125 milhões que não têm o que comer todos os dias e 33 milhões passando fome
125 milhões de pessoas, mais da metade da população brasileira (212,6 mi), não têm o que comer – Foto: Reprodução
─CUT ─
O Brasil atingiu este ano a marca de 125 milhões de pessoas, mais da metade da população brasileira (212,6 mi), que não têm o que comer nas três refeições diárias necessárias, e 33,1 milhões passando fome todos os dias. É o maior número de brasileiros com fome desde os anos 1990, quando órgãos como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre outros, começaram a pesquisar a insegurança alimentar.
Os dados são de estudo realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), com execução em campo do Instituto Vox Populi. A pesquisa revela o aumento da fome de novembro de 2021 a abril de 2022.
De acordo com o levantamento, o número de pessoas passando (33,1 milhões) aumentou 73,2% em relação à pesquisa feita em 2020, quando eram 9%, ou 19,1 milhões de pessoas. Em pouco mais de um ano o número de novos brasileiros em situação de fome aumentou em 14 milhões.
Em pouco mais de um ano, a fome dobrou nas famílias com crianças menores de 10 anos, subindo de 9,4%, em 2020, para 18,1%, em 2022. Em famílias com três ou mais pessoas com até 18 anos de idade, a fome atingiu 25,7% dos lares.
Na avaliação de Tereza Campello, ex-ministra de Combate à Fome, no governo de Dilma Rousseff (PT), a gravidade da situação é ainda maior ao observar o resultado da 2º Inquérito Nacional Sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 (Vigisan), da Penssan, que mostra que a fome se espalhou pelo país inteiro, não sendo mais apenas um problema das regiões Norte e Nordeste, e sim de todo o Brasil.
“O que mais me surpreende é a fome atingindo o Estado de São Paulo. Enquanto no Nordeste como um todo tem 12 milhões e 100 mil pessoas em situação de fome, somente o estado de São Paulo tem 6,8 milhões, mais da metade de toda a região Nordeste”, diz Tereza Campello.
Podemos afirmar com certeza absoluta de que é a fome com esta característica nacionalizada nós não tínhamos vivido, não é fato conhecido no Brasil. O presidente Jair Bolsonaro conseguiu nacionalizar a fome- Tereza Campello
Para a ex-ministra, a responsabilidade pelo alastramento da fome em todo o território nacional é do atual presidente por ter destruído, não apenas uma política, mas um conjunto de políticas públicas e, pior deixar que a fome deixasse de ser prioridade do Estado brasileiro.
“Lula assumiu em 2003, dizendo que a fome era uma prioridade e o governo Bolsonaro faz o oposto. Para ele, não existe fome no Brasil, ele questiona os números e ao invés de incorporar o problema e dizer que vai enfrentá-lo, nega a sua existência”, afirma Tereza Campello, se referindo as afirmações do atual presidente da República, que em entrevista no dia 26 de agosto deste ano, à rádio Jovem Pan e a um podcast de fisiculturismo, negou que a fome existisse no Brasil.
A destruição de políticas públicas
Segundo a ex-ministra, o conjunto de políticas que garantiram aumento de renda para a população, como a valorização do salário mínimo criada nos governos petistas e destruídas por Bolsonaro, são em grande parte as responsáveis pela atual situação de fome no Brasil.
“Com o salário mínimo congelado e os preços dos alimentos aumentando, ao contrário do que aconteceu com Lula e Dilma onde os preços estavam estabilizados e o aumento do salário mínimo crescia acima da inflação, a perda de renda impede que as pessoas se alimentem adequadamente”, diz. Nos governos do PT, o salário mínimo subiu quase 75% acima da inflação.
Faltam trabalho e renda
Outros pontos considerados por ela, como fatores determinantes para o aumento da fome no Brasil, é a falta de geração de empregos formais, e de incentivo à formalização de trabalhadores com carteira assinada.
A fome é maior nos domicílios em que o responsável está desempregado (36,1%), trabalha na agricultura familiar (22,4%) ou tem emprego informal (21,1%).
“A população desempregada é muito alta e quem está trabalhando está ocupada, na sua maioria, em trabalhos informais, com uma renda comprimida. Então você tem uma renda da classe trabalhadora reduzida e quem está trabalhando, é de forma precária, com menores salários, e trabalhando menos horas do que gostaria, ou do que precisa”.
Outros dados da Rede PENSSAN, prossegue Campello, mostram que o trabalhador na informalidade corre três vezes mais risco de vivenciar a fome mais intensamente do que o trabalhador com carteira assinada.
“Isso demonstra que, quem está passando fome não é só o desempregado, é também quem está trabalhando, quebrando o mito de que a pessoa que está passando fome é porque está desempregada. Hoje passa fome também que está empregado nesses cargos de ocupações precárias e de renda insuficientes para garantir que as famílias vivam com dignidade”, ressalta.
O desmonte dessa relação trabalhista no Brasil com a reforma foi um dos grandes caminhos abertos que destruiu a agenda de combate à pobreza e à fome- Tereza Campello
A ex-ministra cita ainda a destruição feita pelo atual governo da agricultura familiar, que é fortíssima no Brasil e sempre foi muito importante, não só para reduzir a pobreza e a fome no campo, como também para gerar alimentos de verdade, mas o que se viu foi o fim do Ministério do Desenvolvimento Agrário e as políticas voltadas para o campo.
Segundo Campello, o grande erro do governo Bolsonaro foi colocar a agricultura familiar subordinada à agenda do agronegócio; acabar com a assistência técnica, com a cisternas, com o programa de aquisição de alimentos.
“A lista é enorme, destruíram os órgãos de controle, de participação social e o conjunto das estruturas do Estado que garantiram que essas políticas pudessem ter esse olhar da sociedade, eles acabaram com tudo”, critica.
Como combater a fome
Segundo a ex-ministra do Combate à Fome, o que vai permitir o enfrentamento a essa situação é um conjunto de políticas públicas que garantam acesso a renda e produção de alimentos saudáveis e sustentáveis.
“O que não dá é a gente ficar produzindo só soja e milho. Nós temos que produzir comida de verdade: arroz, feijão, frutas e legumes. O problema da fome, não é falta de alimentos ou a falta de capacidade de produzir alimentos. O Brasil tem condições de alimentar todo seu povo e ainda exportar, afirma Campello.”
Ela também ressalta a importância de programas como o Luz para Todos, a distribuição de sementes de boa qualidade e assistência técnica, o crédito rural para enfrentar períodos de seca ou de excesso de chuvas, que ajudaram os agricultores em todo o Brasil.
https://www.causaoperaria.org.br/artigo ... a-era-fhc/
Brasil tem o maior número de famintos desde a Era FHC
Este ano, o país atingiu a marca de 125 milhões que não têm o que comer todos os dias e 33 milhões passando fome
125 milhões de pessoas, mais da metade da população brasileira (212,6 mi), não têm o que comer – Foto: Reprodução─CUT ─
O Brasil atingiu este ano a marca de 125 milhões de pessoas, mais da metade da população brasileira (212,6 mi), que não têm o que comer nas três refeições diárias necessárias, e 33,1 milhões passando fome todos os dias. É o maior número de brasileiros com fome desde os anos 1990, quando órgãos como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre outros, começaram a pesquisar a insegurança alimentar.
Os dados são de estudo realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), com execução em campo do Instituto Vox Populi. A pesquisa revela o aumento da fome de novembro de 2021 a abril de 2022.
De acordo com o levantamento, o número de pessoas passando (33,1 milhões) aumentou 73,2% em relação à pesquisa feita em 2020, quando eram 9%, ou 19,1 milhões de pessoas. Em pouco mais de um ano o número de novos brasileiros em situação de fome aumentou em 14 milhões.
Em pouco mais de um ano, a fome dobrou nas famílias com crianças menores de 10 anos, subindo de 9,4%, em 2020, para 18,1%, em 2022. Em famílias com três ou mais pessoas com até 18 anos de idade, a fome atingiu 25,7% dos lares.
Na avaliação de Tereza Campello, ex-ministra de Combate à Fome, no governo de Dilma Rousseff (PT), a gravidade da situação é ainda maior ao observar o resultado da 2º Inquérito Nacional Sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 (Vigisan), da Penssan, que mostra que a fome se espalhou pelo país inteiro, não sendo mais apenas um problema das regiões Norte e Nordeste, e sim de todo o Brasil.
“O que mais me surpreende é a fome atingindo o Estado de São Paulo. Enquanto no Nordeste como um todo tem 12 milhões e 100 mil pessoas em situação de fome, somente o estado de São Paulo tem 6,8 milhões, mais da metade de toda a região Nordeste”, diz Tereza Campello.
Podemos afirmar com certeza absoluta de que é a fome com esta característica nacionalizada nós não tínhamos vivido, não é fato conhecido no Brasil. O presidente Jair Bolsonaro conseguiu nacionalizar a fome- Tereza Campello
Para a ex-ministra, a responsabilidade pelo alastramento da fome em todo o território nacional é do atual presidente por ter destruído, não apenas uma política, mas um conjunto de políticas públicas e, pior deixar que a fome deixasse de ser prioridade do Estado brasileiro.
“Lula assumiu em 2003, dizendo que a fome era uma prioridade e o governo Bolsonaro faz o oposto. Para ele, não existe fome no Brasil, ele questiona os números e ao invés de incorporar o problema e dizer que vai enfrentá-lo, nega a sua existência”, afirma Tereza Campello, se referindo as afirmações do atual presidente da República, que em entrevista no dia 26 de agosto deste ano, à rádio Jovem Pan e a um podcast de fisiculturismo, negou que a fome existisse no Brasil.
A destruição de políticas públicas
Segundo a ex-ministra, o conjunto de políticas que garantiram aumento de renda para a população, como a valorização do salário mínimo criada nos governos petistas e destruídas por Bolsonaro, são em grande parte as responsáveis pela atual situação de fome no Brasil.
“Com o salário mínimo congelado e os preços dos alimentos aumentando, ao contrário do que aconteceu com Lula e Dilma onde os preços estavam estabilizados e o aumento do salário mínimo crescia acima da inflação, a perda de renda impede que as pessoas se alimentem adequadamente”, diz. Nos governos do PT, o salário mínimo subiu quase 75% acima da inflação.
Faltam trabalho e renda
Outros pontos considerados por ela, como fatores determinantes para o aumento da fome no Brasil, é a falta de geração de empregos formais, e de incentivo à formalização de trabalhadores com carteira assinada.
A fome é maior nos domicílios em que o responsável está desempregado (36,1%), trabalha na agricultura familiar (22,4%) ou tem emprego informal (21,1%).
“A população desempregada é muito alta e quem está trabalhando está ocupada, na sua maioria, em trabalhos informais, com uma renda comprimida. Então você tem uma renda da classe trabalhadora reduzida e quem está trabalhando, é de forma precária, com menores salários, e trabalhando menos horas do que gostaria, ou do que precisa”.
Outros dados da Rede PENSSAN, prossegue Campello, mostram que o trabalhador na informalidade corre três vezes mais risco de vivenciar a fome mais intensamente do que o trabalhador com carteira assinada.
“Isso demonstra que, quem está passando fome não é só o desempregado, é também quem está trabalhando, quebrando o mito de que a pessoa que está passando fome é porque está desempregada. Hoje passa fome também que está empregado nesses cargos de ocupações precárias e de renda insuficientes para garantir que as famílias vivam com dignidade”, ressalta.
O desmonte dessa relação trabalhista no Brasil com a reforma foi um dos grandes caminhos abertos que destruiu a agenda de combate à pobreza e à fome- Tereza Campello
A ex-ministra cita ainda a destruição feita pelo atual governo da agricultura familiar, que é fortíssima no Brasil e sempre foi muito importante, não só para reduzir a pobreza e a fome no campo, como também para gerar alimentos de verdade, mas o que se viu foi o fim do Ministério do Desenvolvimento Agrário e as políticas voltadas para o campo.
Segundo Campello, o grande erro do governo Bolsonaro foi colocar a agricultura familiar subordinada à agenda do agronegócio; acabar com a assistência técnica, com a cisternas, com o programa de aquisição de alimentos.
“A lista é enorme, destruíram os órgãos de controle, de participação social e o conjunto das estruturas do Estado que garantiram que essas políticas pudessem ter esse olhar da sociedade, eles acabaram com tudo”, critica.
Como combater a fome
Segundo a ex-ministra do Combate à Fome, o que vai permitir o enfrentamento a essa situação é um conjunto de políticas públicas que garantam acesso a renda e produção de alimentos saudáveis e sustentáveis.
“O que não dá é a gente ficar produzindo só soja e milho. Nós temos que produzir comida de verdade: arroz, feijão, frutas e legumes. O problema da fome, não é falta de alimentos ou a falta de capacidade de produzir alimentos. O Brasil tem condições de alimentar todo seu povo e ainda exportar, afirma Campello.”
Ela também ressalta a importância de programas como o Luz para Todos, a distribuição de sementes de boa qualidade e assistência técnica, o crédito rural para enfrentar períodos de seca ou de excesso de chuvas, que ajudaram os agricultores em todo o Brasil.
https://www.causaoperaria.org.br/artigo ... a-era-fhc/
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Auxílio insuficiente
Em 12 capitais, cesta básica é mais cara que Auxílio Brasil
Milhares de beneficiários não têm o suficiente para comprar sequer o mínimo para ter as calorias necessárias e de se alimentar três vezes por dia, se depender só do benefício para
Auxíliio Brasil, propaganda – Foto: Reprodução
─CUT ─
Em 12 capitais brasileiras, incluindo Brasília, a cesta básica custa mais do que valor do Auxílio Brasil. Isso significa que milhares de pessoas no país não estão conseguindo comprar sequer o mínimo para ter as calorias necessárias e se alimentar três vezes por dia, se dependerem apenas do benefício para sobreviver.
Segundo a pesquisa de preços da cesta básica nas capitais feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em agosto, a cesta básica na capital paulista, a mais cara do país, custava em média R$ 749,78 – R$ 149,78 a mais do que o valor do Auxílio Brasil. No estado de São Paulo, 2.449.494 famílias recebem o benefício, sendo 1,7 milhão na capital. Confira abaixo os valores das outras capitais.
A inflação dos alimentos continua em alta, e como o governo de Jair Bolsonaro (PL) acabou com estoque regulador e não estimulou a agricultura familiar, os preços ainda vão demorar a cair e a fome vai permanecer, inclusive entre quem recebe auxílio.
Estudo realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) revelou que, este ano, o Brasil atingiu a marca de 125 milhões de pessoas que não têm o que comer nas três refeições diárias necessárias, e 33,1 milhões passando fome todos os dias.
Muitas dessas pessoas vivem nas capitais e recebem o Auxílio Brasil que só aumentou de R$ 400 para R$ 600 as vésperas da eleição e apenas até dezembro deste ano, segundo decisão do presidente, candidato à reeleição.
Confira as demais cidades onde o auxílio não paga uma cesta básica.
Cidade Valor da cesta/Dieese
Porto Alegre R$ 748,06
Florianópolis R$ 746,21
Rio de Janeiro R$ 717,82
Campo Grande R$ 698,31
Vitória R$ 697,39
Brasília R$ 689,31
Curitiba R$ 685,69
Goiânia R$ 660,83
Belo Horizonte R$ 638,19
Belém R$ 634,85
Fortaleza R$ 626,98
Em apenas cinco cidades o auxilio dá para comprar a cesta básica: Recife (R$ 598,14), Natal (R$ 580,74), Salvador (R$ 576,93), João Pessoa (R$ 568,21) e Aracaju (R$ 539,57).
https://www.causaoperaria.org.br/rede/c ... io-brasil/
Em 12 capitais, cesta básica é mais cara que Auxílio Brasil
Milhares de beneficiários não têm o suficiente para comprar sequer o mínimo para ter as calorias necessárias e de se alimentar três vezes por dia, se depender só do benefício para
Auxíliio Brasil, propaganda – Foto: Reprodução─CUT ─
Em 12 capitais brasileiras, incluindo Brasília, a cesta básica custa mais do que valor do Auxílio Brasil. Isso significa que milhares de pessoas no país não estão conseguindo comprar sequer o mínimo para ter as calorias necessárias e se alimentar três vezes por dia, se dependerem apenas do benefício para sobreviver.
Segundo a pesquisa de preços da cesta básica nas capitais feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em agosto, a cesta básica na capital paulista, a mais cara do país, custava em média R$ 749,78 – R$ 149,78 a mais do que o valor do Auxílio Brasil. No estado de São Paulo, 2.449.494 famílias recebem o benefício, sendo 1,7 milhão na capital. Confira abaixo os valores das outras capitais.
A inflação dos alimentos continua em alta, e como o governo de Jair Bolsonaro (PL) acabou com estoque regulador e não estimulou a agricultura familiar, os preços ainda vão demorar a cair e a fome vai permanecer, inclusive entre quem recebe auxílio.
Estudo realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) revelou que, este ano, o Brasil atingiu a marca de 125 milhões de pessoas que não têm o que comer nas três refeições diárias necessárias, e 33,1 milhões passando fome todos os dias.
Muitas dessas pessoas vivem nas capitais e recebem o Auxílio Brasil que só aumentou de R$ 400 para R$ 600 as vésperas da eleição e apenas até dezembro deste ano, segundo decisão do presidente, candidato à reeleição.
Confira as demais cidades onde o auxílio não paga uma cesta básica.
Cidade Valor da cesta/Dieese
Porto Alegre R$ 748,06
Florianópolis R$ 746,21
Rio de Janeiro R$ 717,82
Campo Grande R$ 698,31
Vitória R$ 697,39
Brasília R$ 689,31
Curitiba R$ 685,69
Goiânia R$ 660,83
Belo Horizonte R$ 638,19
Belém R$ 634,85
Fortaleza R$ 626,98
Em apenas cinco cidades o auxilio dá para comprar a cesta básica: Recife (R$ 598,14), Natal (R$ 580,74), Salvador (R$ 576,93), João Pessoa (R$ 568,21) e Aracaju (R$ 539,57).
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O Brasil em Crise
NOTÍCIAS
Queda de salários e pobreza
Emprego, Renda e Pobreza num Brasil de extremas desigualdades
Grande parte da população passa fome, mas somos o 3º maior produtor de alimentos do mundo e o 1º em produção de proteína animal

Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, divulgada em junho último, há um contingente de 62,9 milhões de pessoas pobres no Brasil, equivalente a 29% da população brasileira, de acordo com a linha de pobreza estabelecida em cerca de R$ 497 mensais (41% de um salário-mínimo). Segundo a pesquisa, em 2021 foram 9,6 milhões de pessoas a mais nessa condição que em 2019. Somente os novos pobres, que surgiram durante a pandemia, equivalem a 90% das populações somadas do Paraguai e Uruguai. Para se ter ideia do que é viver com 16,5 reais por dia, segundo o DIEESE, uma cesta básica para um adulto custa em Florianópolis, R$ 746,21, a terceira mais cara do país.
Na pesquisa mencionada, a FGV segmentou o País em 146 estratos espaciais: aquele com maior pobreza em 2021 é o Litoral e a Baixada Maranhense com 72,59% da população, já o menor índice está no município de Florianópolis com 5,7%. É uma relação de 12,7 para um, o que revela o nível de desigualdade regional brasileiro, e mostra ao mesmo tempo a complexidade dos problemas nacionais.
Ainda que seja um fenômeno multicausal, o aumento da pobreza no Brasil está fundamentalmente ligado à deterioração do mercado de trabalho. Foi a piora drástica do mercado de trabalho, especialmente a partir do golpe de 2016, que aumentou a pobreza no País. Em 2014, o Brasil tinha saído do Mapa da Fome organizado pela ONU, que foi a maior conquista do século, um acontecimento de grande importância. Por que esse “milagre” aconteceu? Entre 2003 e 2013 o País gerou mais de 20 milhões de empregos de carteira assinada. Em 2003, o Brasil tinha 29,5 milhões de empregos com carteira, e em 2014, que foi o ápice do número de empregos desse tipo, os empregos com carteira atingiram 49,5 milhões.
O efeito irradiador em termos econômicos da geração de 20 milhões de empregos formais é muito grande. É uma revolução no mercado de trabalho. Um dos efeitos disso, inclusive, foi o fortalecimento dos sindicatos no período. De 2015 para cá, o emprego começou a recuar de uma forma geral, não apenas o formal. Quando o emprego formal se deteriora, isso acontece com todos os tipos de inserções no mercado de trabalho. Se o trabalhador de classe média perde o emprego, ou deixa de ter reajuste salarial, ele deixa de contratar uma pessoa para cortar a grama de sua casa, eventualmente demite a empregada doméstica e assim por diante. É um efeito de empobrecimento em cascata da classe trabalhadora, o que concretamente ocorreu nos últimos anos no Brasil. Esse fenômeno, aliás, é latino-americano, nesse sentido o Brasil não é um ponto fora da curva.
Cerca de 15% da população brasileira, equivalente a 33 milhões de pessoas, estão passando fome, mesmo. Esse indicador é especialmente grave, no caso do Brasil, porque a insegurança alimentar nada tem a ver com questões demográficas ou climáticas: o Brasil é o terceiro produtor de alimentos e o maior produtor de proteína animal do mundo. O aumento da pobreza e da fome está diretamente relacionado com a piora do emprego e da renda. E isso por uma questão muito simples: quase todo mundo depende do trabalho para viver. Direta ou indiretamente. Quem é aposentado, depende do seu trabalho pretérito durante 35 ou 40 anos. Quem é inativo, depende do rendimento do trabalho de seus parentes. E os capitalistas também dependem do trabalho, no caso, do trabalho dos outros. Não existe lucro sem trabalho humano. Por isso uma sociedade que só utilize robôs é impraticável no sistema capitalista.
A pobreza explodiu no Brasil porque a taxa de desemprego quase dobrou após o golpe e porque os salários caíram em termos reais. Esses sãos fatos decisivos. Que inclusive desmentem as teorias de que as pessoas são pobres porque não se esforçam.
Os golpistas de 2016 são os responsáveis pelo pior desempenho do PIB que se tem registro nas contas nacionais. Isso tem feito o País perder continuamente posições no ranking das maiores economias do mundo. De 2019 até 2021, o País caiu quatro posições, da 9ª para a 13ª, maior economia. O Brasil, que entre 2010 e 2014 ostentava a condição de 7ª economia do mundo, em 2020 saiu da lista das dez maiores pela primeira vez desde 2007. Tem um lado bom nisso. Se os golpistas tivessem conseguido fazer o País crescer, talvez tivéssemos que suportar um governo opressor dos trabalhadores por mais 10 ou 15 anos.
O quadro geral no País revela uma queda da média salarial, com concomitante redução da taxa de desemprego. Esta taxa ficou em 9,1% no trimestre móvel encerrado em julho último, segundo a PNAD-IBGE. E a média salarial está cerca de 5% abaixo do mesmo período do ano passado. O fato de Santa Catarina, em função de algumas especificidades, ter uma situação melhor do que a do País, que é muito desigual, não deve embotar a nossa reflexão sobre a realidade. Por exemplo, o estado, apesar de ter a menor taxa de desocupação do Brasil, e de ter gerado, no ano passado, 167.854 novos empregos formais, apresentou média salarial de R$ 1.792,00, abaixo da média nacional, de R$ 1.921,00. Ou seja, a taxa de desocupação é a mais baixa do país, mas isso não significa salários mais elevados: a média salarial na economia formal em Santa Catarina é 7% inferior à média nacional. Percebemos isso em todos os setores da economia: na indústria os salários médios são 13% abaixo da média nacional.
No que se refere à taxa de desocupação, temos que levar em conta, que apesar do baixo número dos que se declaram desocupados, como o cálculo não considera quem não procura emprego, esse percentual subestima a demanda por trabalho. Entre as pessoas fora do grupo de Ocupados também estão aqueles atingidas pelo desalento, ou seja, o indivíduo não procura mais emprego por desânimo, embora esteja precisando e aceitasse uma vaga se alguém oferecesse. E, mesmo entre os Ocupados, há aqueles que desejam trabalhar mais e não conseguem, são os Subocupados.
Em Santa Catarina a taxa composta de subutilização da força de trabalho alcançou 8,6% no último dado divulgado, relativo ao segundo trimestre deste ano. A taxa composta no estado é a menor do País, mas não caracteriza uma situação de pleno emprego. Além disso, entre os Ocupados, mais de um milhão de pessoas estão na informalidade, o que representa quase 30% daqueles que estão Ocupados em Santa Catarina.
Se o emprego formal no Brasil já é de baixa qualidade, imaginem o trabalho informal. Trabalhador informal não contribui para a Previdência, o que projeta uma população ainda maior de idosos desempregados para um futuro muito próximo. A maioria dos informais são vulneráveis aos riscos sociais, como vimos ocorrer durante a pandemia. Cerca de metade da força de trabalho está na informalidade, com o mínimo de benefícios.
Segundo o IBGE, a taxa composta de subutilização da força de trabalho no País ficou em 24,3% no ano passado. Isto significa que em média 31,3 milhões de pessoas foram subutilizadas em 2021. O que revela a crueldade de um capitalismo subdesenvolvido como o do Brasil. Além do sofrimento humano, que significa o desemprego e a pobreza, se desperdiça um potencial de trabalho que equivale à 70% da população da Argentina.
Mesmo em Santa Catarina, que apresenta a menor taxa de subutilização da força de trabalho do Brasil (8,6%), o indicador é muito grave, pelo sofrimento humano e pelo desperdício de recursos que representa. Para uma força de trabalho ocupada, de 3,5 milhões de trabalhadores, há cerca de 400 mil subutilizados (ou seja, desempregados + desalentados + subocupados). Mas tem um outro fator fundamental o qual não devemos desconsiderar: o exército industrial de reserva exerce uma função primordial de manter os salários baixos. Em 2014, ano em que a taxa de desemprego teve o seu menor percentual na série histórica do IBGE: 4,8%, Santa Catarina tinha uma taxa que era uns 2,9%. Era pleno emprego, ou seja, todos que quisessem trabalhar pelos salários médios vigentes encontravam vaga no mercado. O que acontecia? Os empregadores reclamavam nas mesas de negociação coletiva porque o baixo desemprego provocava pedidos de demissões, absenteísmo, o trabalhador ficava mais “corajoso”. Ou seja, o desemprego, a informalidade etc. não significam apenas bagunça ou falta de organização no mercado de trabalho, mas têm uma função de disciplinar os trabalhadores e dificultar aumentos salariais.
Estamos vendo o último fenômeno agora: o emprego está voltando em parte, porque a taxa de crescimento deu uma subidinha e a pandemia foi basicamente controlada, mas os salários ficaram ainda mais baixos. O pior é que a perda de rendimentos que está ocorrendo no País e no estado, acontece em um período em que a inflação anual tem ficado na casa dos dois dígitos. Com o agravante que tem sido alavancada pelos alimentos, para os quais são destinados boa parte do rendimento da maioria esmagadora da população.
Ao problema da inflação elevada, agravado pelo ritmo ainda maior dos preços dos alimentos, se soma o fato de que uma parte expressiva das negociações coletivas não vêm conseguindo repor a inflação do período negociado. Análise recente do DIEESE, de 245 acordos e convenções coletivas registrados no Mediador, do Ministério do Trabalho e Previdência, até 10 de agosto, revela que 47,3% dos reajustes salariais de julho ficaram abaixo do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, calculado pelo IBGE).
https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... gualdades/
Emprego, Renda e Pobreza num Brasil de extremas desigualdades
Grande parte da população passa fome, mas somos o 3º maior produtor de alimentos do mundo e o 1º em produção de proteína animal

Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, divulgada em junho último, há um contingente de 62,9 milhões de pessoas pobres no Brasil, equivalente a 29% da população brasileira, de acordo com a linha de pobreza estabelecida em cerca de R$ 497 mensais (41% de um salário-mínimo). Segundo a pesquisa, em 2021 foram 9,6 milhões de pessoas a mais nessa condição que em 2019. Somente os novos pobres, que surgiram durante a pandemia, equivalem a 90% das populações somadas do Paraguai e Uruguai. Para se ter ideia do que é viver com 16,5 reais por dia, segundo o DIEESE, uma cesta básica para um adulto custa em Florianópolis, R$ 746,21, a terceira mais cara do país.
Na pesquisa mencionada, a FGV segmentou o País em 146 estratos espaciais: aquele com maior pobreza em 2021 é o Litoral e a Baixada Maranhense com 72,59% da população, já o menor índice está no município de Florianópolis com 5,7%. É uma relação de 12,7 para um, o que revela o nível de desigualdade regional brasileiro, e mostra ao mesmo tempo a complexidade dos problemas nacionais.
Ainda que seja um fenômeno multicausal, o aumento da pobreza no Brasil está fundamentalmente ligado à deterioração do mercado de trabalho. Foi a piora drástica do mercado de trabalho, especialmente a partir do golpe de 2016, que aumentou a pobreza no País. Em 2014, o Brasil tinha saído do Mapa da Fome organizado pela ONU, que foi a maior conquista do século, um acontecimento de grande importância. Por que esse “milagre” aconteceu? Entre 2003 e 2013 o País gerou mais de 20 milhões de empregos de carteira assinada. Em 2003, o Brasil tinha 29,5 milhões de empregos com carteira, e em 2014, que foi o ápice do número de empregos desse tipo, os empregos com carteira atingiram 49,5 milhões.
O efeito irradiador em termos econômicos da geração de 20 milhões de empregos formais é muito grande. É uma revolução no mercado de trabalho. Um dos efeitos disso, inclusive, foi o fortalecimento dos sindicatos no período. De 2015 para cá, o emprego começou a recuar de uma forma geral, não apenas o formal. Quando o emprego formal se deteriora, isso acontece com todos os tipos de inserções no mercado de trabalho. Se o trabalhador de classe média perde o emprego, ou deixa de ter reajuste salarial, ele deixa de contratar uma pessoa para cortar a grama de sua casa, eventualmente demite a empregada doméstica e assim por diante. É um efeito de empobrecimento em cascata da classe trabalhadora, o que concretamente ocorreu nos últimos anos no Brasil. Esse fenômeno, aliás, é latino-americano, nesse sentido o Brasil não é um ponto fora da curva.
Cerca de 15% da população brasileira, equivalente a 33 milhões de pessoas, estão passando fome, mesmo. Esse indicador é especialmente grave, no caso do Brasil, porque a insegurança alimentar nada tem a ver com questões demográficas ou climáticas: o Brasil é o terceiro produtor de alimentos e o maior produtor de proteína animal do mundo. O aumento da pobreza e da fome está diretamente relacionado com a piora do emprego e da renda. E isso por uma questão muito simples: quase todo mundo depende do trabalho para viver. Direta ou indiretamente. Quem é aposentado, depende do seu trabalho pretérito durante 35 ou 40 anos. Quem é inativo, depende do rendimento do trabalho de seus parentes. E os capitalistas também dependem do trabalho, no caso, do trabalho dos outros. Não existe lucro sem trabalho humano. Por isso uma sociedade que só utilize robôs é impraticável no sistema capitalista.
A pobreza explodiu no Brasil porque a taxa de desemprego quase dobrou após o golpe e porque os salários caíram em termos reais. Esses sãos fatos decisivos. Que inclusive desmentem as teorias de que as pessoas são pobres porque não se esforçam.
Os golpistas de 2016 são os responsáveis pelo pior desempenho do PIB que se tem registro nas contas nacionais. Isso tem feito o País perder continuamente posições no ranking das maiores economias do mundo. De 2019 até 2021, o País caiu quatro posições, da 9ª para a 13ª, maior economia. O Brasil, que entre 2010 e 2014 ostentava a condição de 7ª economia do mundo, em 2020 saiu da lista das dez maiores pela primeira vez desde 2007. Tem um lado bom nisso. Se os golpistas tivessem conseguido fazer o País crescer, talvez tivéssemos que suportar um governo opressor dos trabalhadores por mais 10 ou 15 anos.
O quadro geral no País revela uma queda da média salarial, com concomitante redução da taxa de desemprego. Esta taxa ficou em 9,1% no trimestre móvel encerrado em julho último, segundo a PNAD-IBGE. E a média salarial está cerca de 5% abaixo do mesmo período do ano passado. O fato de Santa Catarina, em função de algumas especificidades, ter uma situação melhor do que a do País, que é muito desigual, não deve embotar a nossa reflexão sobre a realidade. Por exemplo, o estado, apesar de ter a menor taxa de desocupação do Brasil, e de ter gerado, no ano passado, 167.854 novos empregos formais, apresentou média salarial de R$ 1.792,00, abaixo da média nacional, de R$ 1.921,00. Ou seja, a taxa de desocupação é a mais baixa do país, mas isso não significa salários mais elevados: a média salarial na economia formal em Santa Catarina é 7% inferior à média nacional. Percebemos isso em todos os setores da economia: na indústria os salários médios são 13% abaixo da média nacional.
No que se refere à taxa de desocupação, temos que levar em conta, que apesar do baixo número dos que se declaram desocupados, como o cálculo não considera quem não procura emprego, esse percentual subestima a demanda por trabalho. Entre as pessoas fora do grupo de Ocupados também estão aqueles atingidas pelo desalento, ou seja, o indivíduo não procura mais emprego por desânimo, embora esteja precisando e aceitasse uma vaga se alguém oferecesse. E, mesmo entre os Ocupados, há aqueles que desejam trabalhar mais e não conseguem, são os Subocupados.
Em Santa Catarina a taxa composta de subutilização da força de trabalho alcançou 8,6% no último dado divulgado, relativo ao segundo trimestre deste ano. A taxa composta no estado é a menor do País, mas não caracteriza uma situação de pleno emprego. Além disso, entre os Ocupados, mais de um milhão de pessoas estão na informalidade, o que representa quase 30% daqueles que estão Ocupados em Santa Catarina.
Se o emprego formal no Brasil já é de baixa qualidade, imaginem o trabalho informal. Trabalhador informal não contribui para a Previdência, o que projeta uma população ainda maior de idosos desempregados para um futuro muito próximo. A maioria dos informais são vulneráveis aos riscos sociais, como vimos ocorrer durante a pandemia. Cerca de metade da força de trabalho está na informalidade, com o mínimo de benefícios.
Segundo o IBGE, a taxa composta de subutilização da força de trabalho no País ficou em 24,3% no ano passado. Isto significa que em média 31,3 milhões de pessoas foram subutilizadas em 2021. O que revela a crueldade de um capitalismo subdesenvolvido como o do Brasil. Além do sofrimento humano, que significa o desemprego e a pobreza, se desperdiça um potencial de trabalho que equivale à 70% da população da Argentina.
Mesmo em Santa Catarina, que apresenta a menor taxa de subutilização da força de trabalho do Brasil (8,6%), o indicador é muito grave, pelo sofrimento humano e pelo desperdício de recursos que representa. Para uma força de trabalho ocupada, de 3,5 milhões de trabalhadores, há cerca de 400 mil subutilizados (ou seja, desempregados + desalentados + subocupados). Mas tem um outro fator fundamental o qual não devemos desconsiderar: o exército industrial de reserva exerce uma função primordial de manter os salários baixos. Em 2014, ano em que a taxa de desemprego teve o seu menor percentual na série histórica do IBGE: 4,8%, Santa Catarina tinha uma taxa que era uns 2,9%. Era pleno emprego, ou seja, todos que quisessem trabalhar pelos salários médios vigentes encontravam vaga no mercado. O que acontecia? Os empregadores reclamavam nas mesas de negociação coletiva porque o baixo desemprego provocava pedidos de demissões, absenteísmo, o trabalhador ficava mais “corajoso”. Ou seja, o desemprego, a informalidade etc. não significam apenas bagunça ou falta de organização no mercado de trabalho, mas têm uma função de disciplinar os trabalhadores e dificultar aumentos salariais.
Estamos vendo o último fenômeno agora: o emprego está voltando em parte, porque a taxa de crescimento deu uma subidinha e a pandemia foi basicamente controlada, mas os salários ficaram ainda mais baixos. O pior é que a perda de rendimentos que está ocorrendo no País e no estado, acontece em um período em que a inflação anual tem ficado na casa dos dois dígitos. Com o agravante que tem sido alavancada pelos alimentos, para os quais são destinados boa parte do rendimento da maioria esmagadora da população.
Ao problema da inflação elevada, agravado pelo ritmo ainda maior dos preços dos alimentos, se soma o fato de que uma parte expressiva das negociações coletivas não vêm conseguindo repor a inflação do período negociado. Análise recente do DIEESE, de 245 acordos e convenções coletivas registrados no Mediador, do Ministério do Trabalho e Previdência, até 10 de agosto, revela que 47,3% dos reajustes salariais de julho ficaram abaixo do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, calculado pelo IBGE).
https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... gualdades/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI
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Economia
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Capitalismo
A cada quatro segundos, uma pessoa morre de fome no mundo
O regime capitalista em sua fase de decomposição imperialista é um dos mais cruéis e desumanos que já existiram
Fome na ONU – Reprodução
Reunidos em Nova York para a Assembleia Geral da ONU, 238 Ongs denunciaram hoje, 20, que a cada quatro segundos uma pessoa morre de fome no mundo.
“As organizações, oriundas de 75 países, assinaram uma carta aberta para expressar sua indignação com a explosão do número de pessoas que sofrem com a fome, e para fazer recomendações”, afirmam em comunicado. As 238 ONGs signatárias destacam que “345 milhões de pessoas sofrem de fome aguda, número que mais que dobrou desde 2019”.
Os líderes e representantes debateram demagogicamente como sanar esse problema, como todos os anos eles fazem e nunca resolvem nada, pois os mesmos que debatem o problema da fome são patrocinados pelos que se enriquecem por essa cadeira capitalista da morte.
https://www.causaoperaria.org.br/artigo ... -no-mundo/
A cada quatro segundos, uma pessoa morre de fome no mundo
O regime capitalista em sua fase de decomposição imperialista é um dos mais cruéis e desumanos que já existiram
Fome na ONU – ReproduçãoReunidos em Nova York para a Assembleia Geral da ONU, 238 Ongs denunciaram hoje, 20, que a cada quatro segundos uma pessoa morre de fome no mundo.
“As organizações, oriundas de 75 países, assinaram uma carta aberta para expressar sua indignação com a explosão do número de pessoas que sofrem com a fome, e para fazer recomendações”, afirmam em comunicado. As 238 ONGs signatárias destacam que “345 milhões de pessoas sofrem de fome aguda, número que mais que dobrou desde 2019”.
Os líderes e representantes debateram demagogicamente como sanar esse problema, como todos os anos eles fazem e nunca resolvem nada, pois os mesmos que debatem o problema da fome são patrocinados pelos que se enriquecem por essa cadeira capitalista da morte.
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Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI
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Desastre
Desemprego no Brasil é o 5° maior do mundo
Desde o golpe, desemprego chegou a quase dobrar
Milhões de brasileiros estão desempregados – Foto: Marcello Casal Jr/ABr
A taxa de desemprego no Brasil é a 5° maior do mundo numa classificação de 40 países da agência Austin Rating. São 9,1% de brasileiros desempregados, conforme o levantamento, que considera os dados até julho.
Um outro estudo, publicado esta semana, demonstrou que a taxa de desemprego do governo Bolsonaro ─ herdeiro do desastre neoliberal de Michel Temer ─ dobrou em relação aos governos do PT.
Em 2015, o índice era de 6,8%. Com Temer, chegou a 11,7%, maior do que o atual índice, conforme o Dieese
https://www.causaoperaria.org.br/rede/c ... -do-mundo/
Desemprego no Brasil é o 5° maior do mundo
Desde o golpe, desemprego chegou a quase dobrar
Milhões de brasileiros estão desempregados – Foto: Marcello Casal Jr/ABrA taxa de desemprego no Brasil é a 5° maior do mundo numa classificação de 40 países da agência Austin Rating. São 9,1% de brasileiros desempregados, conforme o levantamento, que considera os dados até julho.
Um outro estudo, publicado esta semana, demonstrou que a taxa de desemprego do governo Bolsonaro ─ herdeiro do desastre neoliberal de Michel Temer ─ dobrou em relação aos governos do PT.
Em 2015, o índice era de 6,8%. Com Temer, chegou a 11,7%, maior do que o atual índice, conforme o Dieese
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Miséria
Indiozinhos têm 14 mais chances de morrer de diarreia
Índice é em comparação com os não indígenas e comprova como os índios estão abandonados pelo Estado, que precisa fornecer saúde, alimentação e infraestrutura

Crianças yanomamis em Roraima enfrentam dificuldade no acesso à saúde – Reprodução
Segudo dados de um estudo feito pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia) revelou que a situação não é excepcional e faz parte de um quadro de desigualdade racial entre as crianças brasileiras.
Sim, indígenas e negros são as maiores vítimas da fome e falta de saneamento, ainda mais nos confins do país, mas atrelar isso a questão racial é ignorar, e não culpar o maior culpado de toda a bárbarie que essa pesquisa nos traz. O Estado brasileiro é o principal culpado, as organizações responsáveis, os governos de cada estado, a situação de abandono dos cidadãos brasileiros pelo Brasil, é culpa do governo brasileiro.
Não há como culpar a questão racial apenas, são um total de atrocidades que a classe trabalhadora e os índios no Brasil que representa a situação atual de indigência destas populações.
https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... -diarreia/
Indiozinhos têm 14 mais chances de morrer de diarreia
Índice é em comparação com os não indígenas e comprova como os índios estão abandonados pelo Estado, que precisa fornecer saúde, alimentação e infraestrutura

Crianças yanomamis em Roraima enfrentam dificuldade no acesso à saúde – Reprodução
Segudo dados de um estudo feito pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia) revelou que a situação não é excepcional e faz parte de um quadro de desigualdade racial entre as crianças brasileiras.
Sim, indígenas e negros são as maiores vítimas da fome e falta de saneamento, ainda mais nos confins do país, mas atrelar isso a questão racial é ignorar, e não culpar o maior culpado de toda a bárbarie que essa pesquisa nos traz. O Estado brasileiro é o principal culpado, as organizações responsáveis, os governos de cada estado, a situação de abandono dos cidadãos brasileiros pelo Brasil, é culpa do governo brasileiro.
Não há como culpar a questão racial apenas, são um total de atrocidades que a classe trabalhadora e os índios no Brasil que representa a situação atual de indigência destas populações.
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https://g1.globo.com/economia/noticia/2 ... isto.ghtml
A proposta para o salário mínimo em 2023 é de R$ 1.302 para o salário mínimo - valor que considera apenas a variação da inflação neste ano (antes em 7,41 %) .
-A proposta para o salário mínimo em 2023 é de R$ 1.302 para o salário mínimo - valor que considera apenas a variação da inflação neste ano (antes em 7,41 %) .
Podia ter um valor um pouco maior, não sei de de R$ 1.350 ou de R$ 1.400.
Tem que ver se é possível também, para não prejudicar pequenos empresários, e também para evitar o aumento da inflação.
Mas, de fato, o preço dos alimentos disparou de 2020 pra cá, e precisa ser reposta o poder de compra dos brasileiros, principalmente de quem ganha 1 ou 2 salários mínimos por mês.



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Economia
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2º Turno
Bolsonaro vai fazer enorme compra de votos com Auxílio Brasil
Presidente fascista anunciou uma série de benefícios para angariar apoio contra Lula
Auxílio Brasil – Reprodução
O Governo federal anunciou ontem, 03, um dia depois dos resultados do 1º turno, mais uma compra de votos com dinheiro público na “cara de pau” e ninguém se levantou contra a medida de adiantar pagamentos do benefício Auxílio Brasil e inclusão de novas famílias, antes do 2º turno, até o próximo dia 30.
Bolsonaro também divulgou em suas redes sociais que o governo federal vai anunciar o pagamento do 13º do Auxílio Brasil para as mulheres e inserir mais 500 mil famílias no programa que pretende novamente conquistar os mais pobres do país, lê-se região Norte e Nordeste.
Ele já tentou esta tática antes do 1º turno e obteve sucesso na compra de votos, aumentando de R$ 400,00 para R$ 600,00, alcançando mais de 43% do eleitorado, muito mais do que indicavam as pesquisas de intenção de voto.
É descaradamente criminoso esse tipo de ação 4 semanas antes do 2º Turno de um pleito eleitoral para presidência da República e nessas horas, os deputados e senadores e até mesmo o STF, comprados e bem pagos pelas benesses políticas se calam, apesar de se dizerem os guardiões da moralidade na política.
https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... io-brasil/
Bolsonaro vai fazer enorme compra de votos com Auxílio Brasil
Presidente fascista anunciou uma série de benefícios para angariar apoio contra Lula
Auxílio Brasil – ReproduçãoO Governo federal anunciou ontem, 03, um dia depois dos resultados do 1º turno, mais uma compra de votos com dinheiro público na “cara de pau” e ninguém se levantou contra a medida de adiantar pagamentos do benefício Auxílio Brasil e inclusão de novas famílias, antes do 2º turno, até o próximo dia 30.
Bolsonaro também divulgou em suas redes sociais que o governo federal vai anunciar o pagamento do 13º do Auxílio Brasil para as mulheres e inserir mais 500 mil famílias no programa que pretende novamente conquistar os mais pobres do país, lê-se região Norte e Nordeste.
Ele já tentou esta tática antes do 1º turno e obteve sucesso na compra de votos, aumentando de R$ 400,00 para R$ 600,00, alcançando mais de 43% do eleitorado, muito mais do que indicavam as pesquisas de intenção de voto.
É descaradamente criminoso esse tipo de ação 4 semanas antes do 2º Turno de um pleito eleitoral para presidência da República e nessas horas, os deputados e senadores e até mesmo o STF, comprados e bem pagos pelas benesses políticas se calam, apesar de se dizerem os guardiões da moralidade na política.
https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... io-brasil/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI
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Economia
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Paulo Guedes
Bolsonaro diz que tchutchuca dos banqueiros é “exemplo de gestão”
Ministro da Economia foi o homem do imperialismo e dos bancos dentro do governo Bolsonaro
Presidente golpista elogia administração desastrosa de Guedes que, no começo da pandemia, destinou 1 trilhão aos bancos – Foto: Reprodução
Que Bolsonaro sempre foi adepto aos chamados office boys de Chicago estilo FHC não é segredo. Entretanto, nesta quarta-feira (05), em entrevista no Palácio da Alvorada, o “mito” declarou estar mais enamorado com os tchutchucas do centrão do que nunca.
O elogio da vez foi direcionado a Paulo Guedes, ministro da Economia de Bolsonaro durante toda a sua gestão e braço do neoliberalismo no governo golpista de Jair. Na ocasião, o presidente afirmou que Guedes foi um “exemplo de gestão” durante a pandemia e que, por sua atuação, merece um prêmio Nobel de Economia.
Ademais, Bolsonaro, como se falasse de seu primeiro amante, destacou que Guedes “deu exemplo de gestão no momento mais difícil da história do Brasil”, tomando “medidas fantásticas” para administrar a situação do povo na fase mais aguda da pandemia.
Provavelmente, Bolsonaro está se referindo ao fato de que, logo no começo da pandemia no Brasil, jogando lenha na fogueira, Guedes destinou 1 trilhão de reais aos bancos. Tudo enquanto o povo morria aos milhares todos os dias após ser completamente abandonado pelo Estado. De fato, um grande “exemplo de gestão” aos capitalistas.
https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... de-gestao/
Bolsonaro diz que tchutchuca dos banqueiros é “exemplo de gestão”
Ministro da Economia foi o homem do imperialismo e dos bancos dentro do governo Bolsonaro
Presidente golpista elogia administração desastrosa de Guedes que, no começo da pandemia, destinou 1 trilhão aos bancos – Foto: ReproduçãoQue Bolsonaro sempre foi adepto aos chamados office boys de Chicago estilo FHC não é segredo. Entretanto, nesta quarta-feira (05), em entrevista no Palácio da Alvorada, o “mito” declarou estar mais enamorado com os tchutchucas do centrão do que nunca.
O elogio da vez foi direcionado a Paulo Guedes, ministro da Economia de Bolsonaro durante toda a sua gestão e braço do neoliberalismo no governo golpista de Jair. Na ocasião, o presidente afirmou que Guedes foi um “exemplo de gestão” durante a pandemia e que, por sua atuação, merece um prêmio Nobel de Economia.
Ademais, Bolsonaro, como se falasse de seu primeiro amante, destacou que Guedes “deu exemplo de gestão no momento mais difícil da história do Brasil”, tomando “medidas fantásticas” para administrar a situação do povo na fase mais aguda da pandemia.
Provavelmente, Bolsonaro está se referindo ao fato de que, logo no começo da pandemia no Brasil, jogando lenha na fogueira, Guedes destinou 1 trilhão de reais aos bancos. Tudo enquanto o povo morria aos milhares todos os dias após ser completamente abandonado pelo Estado. De fato, um grande “exemplo de gestão” aos capitalistas.
https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... de-gestao/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI



