DEPRESSÃO - TAB - TOC - SDP - FOBIAS

[Chavo]

Um dos reais problemas da atualidade é a procura desenfreada de algumas pessoas pela "normalidade", que é um conceito puramente social (atos e costumes que são "normais" pra um grupo social não são pra outro, por exemplo).

Por isso que o lance é ser feliz e não ficar procurando ser "normal", tentando seguir desesperadamente um modo de vida exigido pela sociedade. Isso bitola qualquer um.

[Buthel]

Pois é, essa coisa de pressão/cobrança é complicada mesmo.

Tem que levar à vida naturalmente, deixando fluir sem neura. Por exemplo, a sociedade acaba cobrando de um jovem com 16/17 anos decidir o "futuro" sem nem mesmo ter acabado o ensino médio direito, essa pressão desgasta muito psicologicamente. Mas como você disse, cada pessoa tem seu tempo e nem sempre terá êxito nas suas decisões e escolhas.

Já dizia o velho e conhecido refrão: "Vou deixar a vida me levar, para onde ela quiser." - Eu encaro mais ou menos por aí, não que esteja dando muito certo, mas né...

[Chavo]

Já dizia o velho e conhecido refrão: "Vou deixar a vida me levar, para onde ela quiser." - Eu encaro mais ou menos por aí, não que esteja dando muito certo, mas né...

Deve estar melhor do que quem bitola, então tá no lucro.

[Barney Stinson]

Dedico o texto aos grandes amigos deste fórum que me apoiaram nas melhores e piores fases da minha vida: Chavo, Rafinha, Florinda, Dani, Carol e Giovani.

[news2=Quando eu me sinto quando...
O diário de um bipolar na visão de Tiago Cogo.]

Poucas pessoas compreendem o comportamento social ou íntimo de uma pessoa bipolar. São tantos pensamentos rodeando minha mente ao mesmo tempo, que às vezes me comparo com um computador defeituoso. Em termos técnicos, às vezes falta memória ram, ou o processador é muito potente que dá gargalo na placa de vídeo, etc.. Resumindo: -Certas vezes meu cérebro, juntamente com o corpo dão “tilt”, gerando a famosa blue screen do Windows, entrando em um colapso generalizado.
Tal sensação é comparada com o caos, mas aquele caos interno. Pensamentos possessivos, negativos e positivos ao mesmo tempo, compensações (as famosas bengalas) medicamentosas e drogadição (como o álcool, cigarro e demais medicamentos) dão um certo alívio aos passageiros sintomas das reações físicas causadas pelo que é definido como somatização pela psiquiatria.

“Somatização se refere a uma ou várias queixas físicas, que uma investigação adequada não revele existência de patologia orgânica ou mecanismo patofisiológico que expliquem a intensidade da queixa física. Geralmente é considerada resultado como resposta a um extremo sofrimento psicológico.”

Os pensamentos suicidas também são recorrentes. Eu como bipolar, vejo a morte como um alívio imediato de todos os problemas e, na hora, nunca pensamos nos amigos, familiares, etc.. As consequências para um bipolar sem o tratamento adequado são catastróficas. Tal distúrbio mental pode destruir a vida inteira de uma família.
Como já comecei falando da parte ruim (que é a pior), continuarei nela. Bipolares são seres humanos com características muito peculiares e, ao extremo, no que tange a fase depressiva, devastadora. O simples ato de levantar da cama pode ser o maior esforço do dia para um bipolar nos seus dias de crise. Geralmente transtornos de bipolaridade vêm acompanhados de outra patologia, como depressão ou sintomas psicóticos, que devem ser devidamente diagnosticados por um profissional competente na área.
Aqui falamos de altos e baixos. Simples assim. Um dia acordo com a corda toda, querendo ganhar o mundo inteiro, cheio de disposição, planos, esperançoso, “de bem com a vida”, sendo que em outro dia desejo nem acordar e “viver na fantasia”. Característica interessante essa, “fantasia”. Assisto a muitos filmes e seriados e uma hora ou outra desejo estar vivenciando aquilo. Essa fase da depressão é crítica, em que me fecho para o mundo e simplesmente não quero receber ninguém em minha casa ou se quer falar com alguém.
Dessa parte já deu pra notar que eu não estou seguindo uma linha lógica de raciocínio né? Pois é com essa confusão que eu convivo diariamente, tentando levar uma vida “normal” ditada pela “sociedade”. Tento regrar os meus valores ético-morais com o resto. Mas nem sempre funciona.
Um ponto extremamente frustrante durante a depressão do bipolar é o fator rejeição. Confesso que fico paranoico com a questão da rejeição. “Amigos estão fazendo uma reunião e não fui convidado”, logo penso, estou sendo excluído por ser chato, diferente ou excêntrico. Isso é muito recorrente na minha condição. Daí, a depressão bate forte e voltamos aos métodos brutais. Álcool, cigarro e medicamentos em excesso, sem nenhuma piedade ao corpo e mente e muito menos pensar nas eventuais consequências.
Outro ponto que merece destaque para mim, é a “trilha sonora da vida de um bipolar”. Aí podemos já falar da fase da mania. Na mania, eu sou extremamente compulsivo. Falo a primeira coisa que me vier à mente para qualquer pessoa, sem pensar nas consequências posteriores. Voltando ao assunto “trilha sonora”, eu tenho o prazer de criar playlists para cada fase. Eu Tiago, comecei a tocar piano com 06 anos de idade. Aos 12, violão, logo depois guitarra e aos 14 bateria. Me considero músico hoje, pois tenho conhecimento empírico, sobretudo técnico, sobre a matéria em apreço. Contudo as emoções relacionadas ao estado de espírito alterado são um tanto engraçadas. Posso estar ouvindo Britney Spears e logo passar para Metallica, sem problemas. Exemplo prático, pois quem me conhece sabe que eu escuto muita, mas muita coisa!
Chegamos ao ponto da mania! Compulsivo, eufórico, se acha tipo o Batman, que pode fazer tudo (só que sem o dinheiro do personagem fictício). Problema principal meu com a mania é a bebida alcoólica. Acordo disposto, faço todas as tarefas possíveis e impossíveis, mas ao fim do dia, me entrego ao álcool. No outro dia é depressão novamente. Que nem uma montanha russa. Quero comprar tudo o que vejo também! Um cartão de crédito em minhas mãos é uma arma! Pago bebida e comida pra todo mundo me achando o rei do mundo. A exaltação na fase da mania é visível. Falo sem parar, sem pensar... Faço coisas estúpidas, falo coisas estúpidas, me coloco em situações inusitadas... Nenhuma das duas fases é mais, ou menos, perniciosa, ambas acabam mal. Enfim, o problema é complicado e não existe equação que o resolva. Bipolaridade não tem cura, apenas tratamento e o infeliz que a tem vai carregar pro resto da vida com os altos e baixos.
Mas de tudo isso relatado posso citar exemplos de excelência de uma bipolaridade “controlada”: Bipolares são as pessoas mais criativas e inteligentes que você conhecerá, isso é um fato cientificamente comprovado. Bipolares são pessoas sensíveis, sempre tentarão te ajudar, ser aquele ombro amigo nas horas complicadas. E muitas das demais qualidades que cada bipolar possui, você realmente só vai conhecer se quiser e não tratar como uma aberração ou pessoa “deslocada”.


O relato é breve, porém sincero.

Att.,

Tiago Cogo.

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[Rafinha]

Imagino o quanto deva ser difícil. Torço para que você consiga controlar ao máximo todos os sentimentos negativos e também se livrar dos vícios, em especial o cigarro, que é o pior.

[Barney Stinson]

Imagino o quanto deva ser difícil. Torço para que você consiga controlar ao máximo todos os sentimentos negativos e também se livrar dos vícios, em especial o cigarro, que é o pior.

Fico muito agradecido pela consideração Rafa! Valeu mesmo!

[botijao]

Isso pode ser TOC?
Eu leio todas as mensagens de fóruns, principalmente deste, me sinto obrigado a ler, quando começo ler um tópico e acho interessante, eu vou pra página 1 e vou até o final.
No Youtube a mesma coisa, me sinto obrigado a ler todos os comentários dos videos que eu gosto.

[Barney Stinson]

Isso pode ser TOC?
Eu leio todas as mensagens de fóruns, principalmente deste, me sinto obrigado a ler, quando começo ler um tópico e acho interessante, eu vou pra página 1 e vou até o final.
No Youtube a mesma coisa, me sinto obrigado a ler todos os comentários dos videos que eu gosto.

Apenas demonstra interesse em certo assunto ao meu ver. Mas como não sou médico, se você sente sintomas estranhos e desconfortáveis, consulte uma pessoa qualificada!

[Chavo]

Isso pode ser TOC?
Eu leio todas as mensagens de fóruns, principalmente deste, me sinto obrigado a ler, quando começo ler um tópico e acho interessante, eu vou pra página 1 e vou até o final.
No Youtube a mesma coisa, me sinto obrigado a ler todos os comentários dos videos que eu gosto.

Se você se sente extremamente perturbado caso não faça essas coisas, pode ser.

Se você consegue resistir sem nenhum desconforto, provavelmente não é.

[Chavo]

Desde sexta eu estou com o rabão na mão por conta da apresentação do TCC, que será hoje, às 19h00. A ansiedade tá tão grande que nem tempo pro TOC eu ando tendo hahaha!

Sejam gentis e me desejem sorte nesse desafio.

[Rafinha]

Boa sorte.

E tô numa mistura de nervosismo e ansiedade também. Amanhã, enfim, vou pra facul. Bate aquela sensação esquisita de passar a frequentar um ambiente novo onde não conhece ninguém.

[Rafinha]

Boa sorte, Rafa e Rafinha!

[Cisko]

Eu tenho muito TOC. Eu fiz terapia em 2011, mas tive que interromper. Não sei quando vou recomeçar.

E, realmente, ter TOC é um saco.

[Chavo]

Valeu aos dois.

Boa sorte.

E tô numa mistura de nervosismo e ansiedade também. Amanhã, enfim, vou pra facul. Bate aquela sensação esquisita de passar a frequentar um ambiente novo onde não conhece ninguém.

Começar em setembro... Bizarro.

A faculdade ajuda a gente a amadurecer muito. Quem é novo sempre ingressa moleque (no sentido de ser recém-saído da escola, onde tudo era mais zoado e tal).

Desejo-lhe um excelente começo e que escape ileso dos trotes, se aí for permitido. Eu faltei a primeira semana inteira pra vazar dessas porra de rapar cabelo e até pêlos (isso mesmo, proteja a barba que você demorou 3 suados meses pra conseguir ), jogar tinta em cima, pintar a cara e outros "rituais". Fui só na semana seguinte.

[Rafinha]

Pois é. O calendário tá meio bizarro assim acho que por causa da greve que rolou.

Sobre o trote, vamos ver. Eu até quero participar, mas não vou permitir que façam uma porrada de merda comigo, que ultrapassem os limites.