Reforma Administrativa

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Reforma Administrativa

Mensagem por E.R » 04 Jun 2025, 18:18

NOTÍCIAS
https://www.gazetadopovo.com.br/economi ... o-governo/

A reforma administrativa voltou ao centro da agenda do Legislativo, mesmo sendo uma proposta de efeitos mais concentrados nos médio prazo e longo prazo.

A resistência de partidos de esquerda e setores aliados ao governo Lula é grande, que não querem associar a reforma a um pacote de cortes.

“Mudar o regime de contratação e estabilidade do funcionalismo público é mexer num vespeiro, com sindicatos organizados, categorias mobilizadas e resistências dentro da própria base parlamentar”, afirma o cientista político João Lucas Moreira Pires.

Ainda assim, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos) confiou ao deputado federal Pedro Paulo (PSD) a missão de ampliar o grupo técnico responsável pelo tema, agora com a orientação de apresentar, em até 45 dias, um relatório que contemple, além da reforma do funcionalismo, outras medidas permanentes para aliviar a pressão sobre as contas públicas.
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Mensagem por E.R » 10 Jun 2025, 12:35

NOTÍCIAS
O GLOBO

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Mensagem por E.R » 02 Jul 2025, 18:49

NOTÍCIAS
https://www.poder360.com.br/poder-congr ... diz-motta/

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos) afirmou durante debate no 13º Fórum de Lisboa que a sociedade brasileira está em “momento propício” para avançar com o tema da reforma administrativa no Congresso Nacional.

“A Câmara dos Deputados dará o pontapé inicial dessa discussão, porque ela fará muito bem ao país”, afirmou Hugo Motta, ressaltando ainda que a intenção do debate não é “perseguir o atual servidor público da ativa”, mas “modernizar” a gestão do setor público.

De acordo com o deputado federal Pedro Paulo (PSD) uma primeira proposta do pacote de propostas legislativas e de mudanças constitucionais será apresentada no dia 14 de julho.
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Reforma Administrativa

Mensagem por E.R » 16 Jul 2025, 20:28

NOTÍCIAS
https://www.gazetadopovo.com.br/economi ... abilidade/

A reforma administrativa, que está sendo elaborada pelo Congresso Nacional em parceria com o governo federal, não mexerá em questões estruturais e sensíveis para a modernização e ganho de eficiência da administração pública, como a delimitação de supersalários e a estabilidade dos funcionários públicos.

Na terça-feira, o deputado federal Pedro Paulo (PSD), que coordenou o grupo de trabalho responsável por debater a proposta, entregou três anteprojetos ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos).

No entanto, os textos só serão debatidos pelo Congresso na volta do recesso parlamentar, a partir do dia 1º de agosto de 2025.

Aa reforma administrativa em debate está dividida em três textos : uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), um Projeto de Lei (PL) e um Projeto de Lei Complementar (PLP).

O objetivo da reforma administrativa será dar as balizas para um Estado mais eficiente.

Antes mesmo de entregar os anteprojetos, o relator já havia anunciado que as propostas não abarcariam medidas de ajuste fiscal e, muito menos, a discussão do “tamanho do Estado”.

“Reforma administrativa para aumentar a eficiência do Estado não pode ser confundida com ajuste fiscal e muito menos com retirar recursos da saúde e educação”, defendeu o deputado Pedro Paulo.

Wagner Lenhart, CEO do Instituto Millenium e ex-secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, afirmou que a modernização do Estado não se faz em um único ato. No entanto, afirma que, caso a proposta de reforma administrativa não ataque os temas sensíveis agora, isso terá que ser feito mais adiante.

O diretor-presidente do Centro de Liderança Pública (CLP), Tadeu Barros, disse que uma reforma administrativa precisa passar necessariamente por três pilares fundamentais : modernização da máquina pública, revisão de privilégios e qualificação do gasto público..

“Em relação aos gastos públicos, apesar de o Brasil apresentar uma carga tributária elevada (superior a 33% do PIB), os resultados em serviços públicos poderiam ser muito melhores, especialmente em áreas como educação, saúde, segurança e infraestrutura", disse.

Arnaldo Lima, economista da Polo Capital, explica que a reforma administrativa deveria funcionar como uma âncora fiscal no novo arranjo institucional, sobretudo porque cerca de 30 % da força de trabalho no governo federal irá se aposentar em cerca de dez anos.

Os gastos com pessoal representam 16,9% da despesa total do governo federal, ficando atrás apenas da Previdência Social (43,3 %).

Arnaldo Lima afirma que a reforma administrativa seria uma oportunidade estratégica para alinhar a máquina pública às necessidades reais da sociedade e aos limites fiscais do Estado.

Segundo o relator, a reforma administartiva não mexe na estabilidade dos servidores, o que é visto pelos deputados como uma forma de avançar nos textos.

De acordo com Pedro Paulo, as propostas anteriores não passaram pelo Congresso no passado por “vilanizarem” o servidor público.

“A estabilidade não pode acabar, assim como não se pode reduzir os direitos do servidor. Olhá-lo como vilão e causador da ineficiência do Estado é um equívoco”, diz Pedro Paulo.

Além da discussão do tamanho do Estado, as limitações aos supersalários também ficaram de fora dos anteprojetos da reforma administrativa.

De acordo com Pedro Paulo, o grupo de trabalho traçou de 17 a 20 pontos em relação ao tema, mas é preciso acordo entre os líderes no Congresso e entre os Poderes para que o tema entre na reforma.

Tadeu Barros, do CLP, afirma que os supersalários são inadmissíveis sob três aspectos : moral, fiscal e social. “A ausência de medidas para combater os supersalários reforça a imagem de que há proteção a privilégios de grupos específicos dentro da administração pública, o que deve ser combatido pelo Executivo, o Legislativo e o Judiciário", disse.

Tadeu Barros cita estudo recente do Movimento Pessoas à Frente, segundo o qual o impacto dos supersalários nas contas públicas em 2023 chegou a R$ 11 bilhões — mais que o dobro do orçamento anual do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) em 2025. “Esses recursos poderiam ser alocados em políticas públicas – como saúde, educação, segurança, infraestrutura, saneamento básico e proteção ambiental", afirma.

Segundo o relator, os textos contam com um total de 66 propostas, dentre as quais se incluem :

- Medidas para avaliação de desempenho individual com uma bonificação para servidores públicos que cumprirem metas estabelecidas;
- Concurso Nacional Unificado (CNU) para estados e municípios;
- Transformação digital do poder público, incluindo as normativas do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos que tratam sobre trabalho remoto (home office);
- Cadastro nacional para contratação temporária de funcionários públicos, estendido para uso de todos os entes;
- Flexibilização de contratos temporários.

Já para Wagner Lenhart, uma reforma administrativa de verdade deveria se sustentar em seis pilares :

- Estrutural : um governo que foque em fiscalizar, regulamentar e acompanhar indicadores de execução, investindo cada vez mais em parcerias público-privadas para execução dos serviços;

- Pessoas : uma administração que faça uma gestão de pessoas, selecionando bem, acompanhando desempenho, desenvolvendo e adotando política de consequências, fazendo gestão da folha de pagamento;

- Compras : é preciso um sistema mais ágil e inteligente;

- Orçamento : é necessário desvincular, desindexar e destravar o orçamento, tornando-o mais dinâmico e simples de executar;

- Modernização do controle : hoje, o incentivo para o agente público é dizer não, fazer as coisas do mesmo jeito; o controle é importante, mas não pode matar a iniciativa e a inovação;

- Governo digital : continuar e aprofundar a transformação digital do Estado brasileiro, facilitando a vida do cidadão e racionalizando os processos internos.

Arnaldo Lima, da Polo Capital, ainda afirma que, para garantir a efetividade, a reforma deveria incorporar mecanismos de avaliação direta pela sociedade. Além disso, seria essencial estabelecer comparativos transparentes entre o setor público e a iniciativa privada, especialmente dos salários iniciais, dado que servidores trabalham menos horas (40h contra 44h semanais), possuem estabilidade e, em muitos casos, recebem remunerações superiores. Ele também menciona que deveriam ser incluídos incentivos para transição ao setor privado, com portabilidade do benefício previdenciário especial, funcionando como um instrumento de PDV (Plano de Demissão Voluntária) para servidores estatutários.

Em relação à mobilidade, ele ainda defende que a cessão de servidores que recebam proposta de cargo gerencial em outro órgão deveria ser obrigatória, promovendo meritocracia e ganho de produtividade.

“Com 36.912 cargos comissionados e funções para 573.485 servidores civis (16,6% do total), é fundamental que cargos de liderança sejam ocupados com base em mérito e que a progressão por tempo de serviço seja restringida, como já ocorre nas estatais após a reforma trabalhista", disse.
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Reforma Administrativa

Mensagem por E.R » 24 Ago 2025, 10:21

NOTÍCIAS
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2 ... esta.shtml

Há avanços na modesta proposta de reforma administrativa que se desenha na Câmara dos Deputados.

Os principais pontos foram antecipados pelo deputado federal Pedro Paulo (PSD) coordenador do grupo de trabalho que prepara os textos legais do projeto.

Na maior parte, as mudanças —apresentadas tardiamente, num momento político pouco favorável em meio de legislatura— estão na direção correta.

Eliminar as absurdas férias de 60 dias no Judiciário, disciplinar supersalários, regulamentar a demissão por desempenho, reduzir os salários de entrada das carreiras, aumentar os níveis de progressão das carreiras e alcançar os servidores da ativa são medidas que precisam ser implementadas na reestruturação da administração pública brasileira.

Deixa-se de lado, no entanto, o alcance excessivo da estabilidade do funcionalismo no emprego, que faz do Brasil uma anomalia global e desincentiva a produtividade.

A garantia deveria ser restrita a carreiras típicas de Estado que precisam estar a salvo de pressões e retaliações políticas, como juízes, procuradores, policiais e auditores.

Quanto aos supersalários, concentrados no Judiciário e no Ministério Público, a proposta inclui restrições que os congressistas devem à sociedade há quase dez anos, quando texto sobre o tema começou a tramitar.

O projeto de lei dos Penduricalhos, aprovado pela Câmara e agora em debate no Senado, na verdade aumenta o problema ao ampliar o número de exceções que escapam do teto remuneratório do funcionalismo público, baseado no salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Pedro Paulo inverte a lógica ao propor listar na legislação os critérios para a definição das verbas indenizatórias, em vez de repetir a estratégia de elencar quais penduricalhos extrassalariais podem existir.

Será preciso atenção aos detalhes para verificar se a mudança não representa apenas uma flexibilização inócua.

A reforma também pretende disciplinar o teletrabalho, limitando-o a um dia na semana, para acabar com os abusos crescentes que acontecem nos três Poderes.

Um ponto positivo do texto elaborado na Câmara é estender a reforma para estados e municípios, o que é sempre difícil passar pelo Congresso.

Já a permissão para criação de uma 14ª folha de pagamentos a fim de pagar um bônus ao servidor, diretamente vinculado ao atingimento da meta do órgão para o qual trabalha, é uma dúvida.

Há risco de o bônus abrir uma nova porteira e acabar aumentando os gastos de governo federal, estados e municípios.

Nebulosa também é a extensão do entendimento que o coordenador do grupo de trabalho angariou entre as lideranças partidárias para protocolar a reforma e avançar na votação, além da posição do governo de Lula (PT), por natureza solidário aos interesses corporativistas dos servidores públicos.
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NOTÍCIAS
https://www.gazetadopovo.com.br/republi ... etividade/

A nova tentativa de emplacar uma reforma administrativa no Congresso reacendeu a disputa entre o discurso de modernização do Estado e a resistência de corporações do funcionalismo.

O pacote de medidas em discussão na Câmara, que inclui uma proposta de emenda à Constituição (PEC), um projeto de lei complementar (PLP) e um projeto de lei ordinária (PL), pretende atacar distorções salariais, reorganizar carreiras e criar mecanismos de avaliação por resultados.

Mas o texto ainda está cercado de incertezas — tanto sobre o que realmente mudará na prática quanto sobre sua viabilidade política.

O deputado federal Pedro Paulo (PSD), que coordena o Grupo de Trabalho que discute a proposta, já disse que a reforma não irá tratar sobre o corte de servidores para redução do tamanho da máquina.

Entidades de servidores falam em risco de retrocessos e enxergam na proposta uma tentativa de “congelar” reajustes e reduzir benefícios.

Já aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), defendem que o foco é “corrigir distorções e valorizar o mérito”.

Para o deputado federal Pedro Paulo, o projeto é ambicioso e polêmico, “ataca o coração da produtividade do setor público e olha para o cidadão, mas também para o funcionário público”.

Entre outros pontos, a proposta prevê a criação de uma revisão anual de gastos pelo Poder Executivo, inspirada no chamado spending review dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Embora não enterre de vez os “supersalários”, a proposta do parlamentar tenta fechar o cerco contra os “penduricalhos” definindo critérios para a concessão de benefícios.

Pedro Paulo propõe, no entanto, abrir caminho para a criação de bônus por resultado na administração pública.

O deputado federal também prevê novas regras para a realização de concursos públicos, limita o trabalho remoto e restringe outros privilégios do funcionalismo, como as férias de 60 dias.

Nos municípios, a reforma cria limites para a criação de secretarias e para aumentos de salários de prefeitos, além de restringir gastos com o Legislativo local.

Para os estados, haverá um teto de gastos com o Judiciário e o Legislativo, que será influenciado pela variação da inflação.

Além disso, o pacote acaba com a aposentadoria compulsória para magistrados e membros do Ministério Público que sejam condenados por infrações disciplinares. Hoje, juízes e promotores são penalizados com aposentadoria e continuam recebendo salários.

Apesar da expectativa de Hugo Motta em avançar com a reforma administrativa ainda em 2025, líderes partidários ouvidos pela reportagem afirmaram que o pacote deverá ter uma tramitação lenta no Congresso Nacional.

Mesmo parlamentares favoráveis ao texto reconhecem que a votação exigirá negociações prolongadas e pode ser adiada para o fim de 2026, após o ciclo eleitoral.
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Mensagem por E.R » 25 Out 2025, 00:13

NOTÍCIAS
https://g1.globo.com/politica/noticia/2 ... mara.ghtml

O deputado federal Pedro Paulo (PSD), coordenador de um grupo de trabalho que discutiu a reforma administrativa na Câmara, protocolou na sexta-feira uma proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre o assunto.

A PEC agora terá que passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois por uma comissão especial antes de chegar ao plenário, onde precisará ser aprovada por, no mínimo, 308 deputados.

Na sequência, o texto será encaminhado ao Senado Federal.

“Esse texto contém 70 propostas. É um texto que constitui aquilo que nós acreditamos ser necessário para que a gente possa fazer uma administração pública mais ágil e mais presente”.
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Mensagem por E.R » 26 Out 2025, 15:17

Pergunta feita para a inteligência artificial do Google :

Como poderia ser uma reforma administrativa justa no Brasil respeitando os direitos dos funcionários públicos em que alguns serviços poderiam continuar sendo feitos em home office e também respeitando a estabilidade do funcionalismo público, mas também melhorando a qualidade do serviço que os funcionários públicos podem prestar à população brasileira ?

Resposta :

Uma reforma administrativa justa e que respeite os direitos dos servidores públicos, ao mesmo tempo que melhora a qualidade dos serviços para a população brasileira, pode ser complexa e envolver um equilíbrio entre vários pontos.

A seguir, são apresentadas algumas abordagens que combinam as premissas de estabilidade, home office e eficiência.

Diretrizes para uma reforma justa

1. Preservação da estabilidade para garantir a continuidade e a imparcialidade

Manutenção da estabilidade para a maioria dos cargos : A estabilidade, em vez de ser vista como um privilégio, pode ser entendida como um mecanismo de proteção contra pressões políticas e garantia da continuidade dos serviços públicos, especialmente em áreas sensíveis como a fiscalização e a segurança.

Avaliação de desempenho como complemento, não como ameaça : Em vez de ser usada para demitir, a avaliação de desempenho pode servir para identificar pontos fortes e fracos dos funcionários públicos, direcionar treinamentos e oferecer recompensas por desempenho acima da média, como bônus e progressão de carreira mais rápida.

Foco na entrada e não na saída : Aprimorar o processo seletivo dos concursos públicos, exigindo mais de novos ingressantes, pode garantir um corpo de servidores altamente qualificado desde o início.

A PEC 38/2025, por exemplo, propõe um concurso nacional unificado para tornar a seleção de funcionários públicos mais eficiente.

2. Regulamentação do home office para melhorar a produtividade e a flexibilidade

Flexibilização do modelo de trabalho : Em vez de limitar drasticamente o home office, como sugere a PEC 38/2025, que restringe o trabalho remoto a 20 % da força de trabalho por órgão, uma reforma administrativa justa poderia permitir que cada órgão avalie seus serviços e determine o percentual de trabalho remoto com base em evidências de produtividade e resultados.

Garantia de eficiência e comunicação : Para que o trabalho em home office funcione, é preciso investir em plataformas digitais robustas, que permitam o acompanhamento transparente das metas e a comunicação eficaz entre equipes e com a população brasileira.

Residência e teletrabalho integral : A PEC 38/2025 prevê proibições para a residência de servidores em teletrabalho em cidades diferentes ou fora do país. Uma alternativa seria flexibilizar as regras em casos de teletrabalho integral, sob justificativa e acompanhamento, permitindo que o servidor público se estabeleça onde for mais conveniente, desde que mantendo o padrão de serviço.

3. Melhoria na qualidade do serviço prestado por meio de novas abordagens

Investimento em tecnologia e digitalização: Melhorar a qualidade dos serviços passa, necessariamente, pela modernização. A reforma administrativa poderia destinar mais recursos para a transformação digital dos serviços públicos, tornando-os mais acessíveis e eficientes para a população brasileira.

Capacitação contínua e foco em resultados : A reforma pode instituir programas obrigatórios de capacitação, permitindo que os servidores se atualizem constantemente. A avaliação de desempenho, aliada a bônus por resultados, pode incentivar a busca pela excelência e a eficiência.

Combate aos privilégios sem prejudicar a base : É possível combater os salários excessivos e os benefícios injustificáveis, que geram bilhões em custos, sem retirar direitos da maioria dos servidores público que trabalham em condições normais.

A PEC 38/2025 propõe a unificação de salários em uma tabela única ao longo de 10 anos, o que pode equilibrar os ganhos e reduzir distorções.

Considerações atuais sobre a PEC 38/2025

A atual Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 38/2025, em discussão na Câmara dos Deputados, aborda alguns desses pontos, mas também levanta preocupações.

Críticos, incluindo sindicatos de funcionarios públicos, argumentam que ela pode precarizar o serviço público e que as restrições ao home office são excessivas.

O debate sobre a reforma administrativa é complexo e envolve a necessidade de encontrar um meio-termo entre as demandas por eficiência e a valorização do funcionalismo. Uma reforma "justa" dependerá de como esses diversos interesses e perspectivas serão conciliados na discussão legislativa.
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