Religião

[Paz]

Eu não preciso "refutar" ou dar "argumentos" porque não estou engajando em discussões com vocês

Como já falei antes: se vocês tiverem DÚVIDAS e quiserem que eu lhes EXPLIQUE algo, eu faço com o maior prazer. Me façam uma pergunta de boa fé e sem provocação, e eu responderei conforme o melhor do meu entendimento.
Mas palpiteiro fazendo argumento "te peguei!" eu só respondo com deboche mesmo

[BazzoReverso]

Ok, nos explique então como você lê e interpreta corretamente a Bíblia no "idioma original" se o hebraico bíblico é uma língua arcaica que foi extinta há pelo menos 2000 anos, sendo que até mesmo teólogos profissionais possuem dificuldades em traduzir e compreender. E quanto aos livros escritos em aramaico e grego koiné?

[Paz]

Ok, nos explique então como você lê e interpreta corretamente a Bíblia no "idioma original" se o hebraico bíblico é uma língua arcaica que foi extinta há pelo menos 2000 anos, sendo que até mesmo teólogos profissionais possuem dificuldades em traduzir e compreender. E quanto aos livros escritos em aramaico e grego koiné?

Beleza, agora bora lá.

O hebraico nunca foi extinto. Ele sempre foi preservado como língua litúrgica (ainda que não fosse usado como língua cotidiana); tanto que praticamente toda a literatura judaica medieval e moderna é em hebraico e/ou aramaico (que é uma língua irmã - quem entende uma entende outra). Maimonides, Yehuda Halevi, Ibn Ezra, Isaac Abravanel (o decassegundo avô do Silvio Santos), Meir Panigel (meu pentavô), dentre outros, todos escreviam em hebraico. A língua hebraica sempre foi viva entre os judeus.

O que chamam de "hebraico moderno" foi só a adaptação que o Ben Yehuda fez pra reviver o hebraico como língua cotidiana, expandindo o vocabulário acrescentando palavras pra coisas que não existiam nos tempos bíblicos como "trem" ou "jornal", padronizar as pronúncias com base no sotaque das comunidades judaicas sefarditas que eram as mais preservadas, e foi isso.

O papo de que o hebraico moderno é uma língua inventada que não tem nada a ver com o hebraico bíblico é literalmente só uma mentira ridícula pra tentar empurrar narrativa antissemita. Qualquer pessoa que tenha estudado o hebraico nem leva a sério esse papinho.

Lógico que todo idioma passa por algumas alterações com o tempo, mas a diferença entre o hebraico moderno e o hebraico bíblico é menor que a diferença do português atual pro português da carta do Pero Vaz de Caminha. Isso acontece justamente porque, por ter sido preservado por muitos anos como uma língua sagrada/litúrgica, o hebraico não se corrompeu ou vulgarizou tanto quanto o português.

Você não precisa acreditar em mim, mas falo isso como alguém que entende os dois idiomas e que consegue ler tanto a Bíblia quanto a carta do Pero Vaz e entender perfeitamente ambos.
Se duvida de alguma afirmação aqui, mande esse texto pro ChatGPT e pergunte se tem alguma mentira. Simples.

Quanto ao grego, esse eu não falo mesmo, mas livros em grego são apenas no Novo Testamento/Bíblia cristã. Os textos da Bíblia Hebraica/Antigo Testamento são todos em hebraico mesmo, com só algumas partes de Daniel e Esdras em aramaico.

[Teawine Chavinho]

Vídeo muito interessante.
Duas frases dele que me chamaram a atenção:

"O sábio não se desapega do mundo. Ele se desapega de suas expectativas rígidas sobre como o mundo deveria ser."
"Sofremos porque nos agarramos a uma versão da realidade que não corresponde ao que ela é."

[BazzoReverso]

Se duvida de alguma afirmação aqui, mande esse texto pro ChatGPT e pergunte se tem alguma mentira. Simples

Essa foi a resposta:

O texto que você compartilhou traz vários pontos interessantes sobre a continuidade do hebraico como língua litúrgica e sua revitalização como língua cotidiana. De maneira geral, a ideia central está correta, mas há imprecisões, simplificações e um tom que, embora coloquial e enfático, pode induzir a mal-entendidos.

Pontos que exigem correção, ajustes ou nuance:

1. “Praticamente toda a literatura judaica medieval e moderna é em hebraico e/ou aramaico”:

Isso é uma generalização. Muitos textos medievais foram escritos em judaico-árabe, ladino, iídiche e outras línguas. A tradição escrita judaica é plurilíngue, e o hebraico litúrgico nem sempre era a principal língua usada.

2. “Quem entende uma entende outra” (hebraico e aramaico):

Isso é exagerado. São línguas aparentadas, sim, mas não mutuamente inteligíveis para leigos. Um falante fluente em hebraico moderno não entenderá automaticamente aramaico bíblico ou talmúdico sem estudo específico.

3. “Hebraico moderno foi só uma adaptação de Ben Yehuda”:

Isso simplifica um processo linguístico e histórico complexo. A revitalização do hebraico envolveu décadas de esforços coletivos, instituições educacionais, influência de outras línguas (como russo, alemão e iídiche) e mudanças estruturais. Não foi "só" uma adaptação feita por uma pessoa.

4. “Sotaque sefardita era o mais preservado”:

Isso é discutível. A pronúncia do hebraico moderno se baseia em parte no hebraico sefardita, mas foi também padronizada em Israel de maneira pragmática, mesclando diferentes tradições fonéticas (sefardita e asquenazita). Além disso, não é consenso que o sefardita era “mais preservado”.

5. “A diferença entre o hebraico moderno e o bíblico é menor que entre o português atual e o da carta de Pero Vaz”:

Isso depende do critério. O português do século XVI é mais facilmente compreendido por um falante moderno do que o hebraico bíblico é para um falante de hebraico moderno médio. A diferença gramatical e sintática entre hebraico bíblico e moderno é maior do que entre português arcaico e moderno.

6. “Hebraico não se corrompeu ou vulgarizou”:

A palavra “corromper” aqui é inadequada do ponto de vista linguístico. Todas as línguas mudam, evoluem. Nenhuma mudança é “corrupção” — isso é uma visão prescritiva antiquada.

7. “Grego só aparece no Novo Testamento”:

Correto quanto à Bíblia Hebraica, mas vale lembrar que alguns livros deuterocanônicos (considerados canônicos por católicos e ortodoxos) foram escritos diretamente em grego, como parte da Septuaginta.

Comentário sobre o tom do texto:

O tom é informal e até combativo, o que pode funcionar em redes sociais ou em uma conversa informal, mas não em contextos acadêmicos. A linguagem emocional (“mentira ridícula”, “papinho”, etc.) diminui a força de um argumento que, no fundo, está fundamentado em fatos reais.

Conclusão:

O cerne do texto está correto: o hebraico foi preservado ao longo dos séculos, foi revitalizado no século XX e há continuidade entre o hebraico antigo e o moderno. No entanto, o texto exagera algumas afirmações, simplifica processos complexos e contém alguns erros técnicos.

[Paz]

É isso aí

[bebida com metanol CH]

o paz explicando o negocio e o bazzo virou aqueles cara do twitter que marca o grok perguntando "@grok isso é verdade?"

akhol veshato ki makhar namut

[BazzoReverso]

o paz explicando o negocio e o bazzo virou aqueles cara do twitter que marca o grok perguntando "@grok isso é verdade?"

Foi o Paz quem pediu pra eu perguntar pro ChatGPT.

[bebida com metanol CH]

eu sei, é que eu tinha interpretado como algo retórico

[Paz]

E foi, mas dá nada

Alias é engraçado que essa é sempre a resposta padrão do gpt pra qualquer dissertação correta escrita informalmente

"o texto está correto mas faz algumas simplificações"

[MVNS]

Eu acho essencial, no estudo bíblico (e na Teologia em geral), estudar se colocando em cada ponto de vista (judeu, católico, protestante etc.).

Ao invés de "defender o que eu acredito" ou "refutar o que eu não acredito", acho mais produtivo "entender cada visão". Por exemplo, a questão do Gênesis ser mitológico, dá para estudar perfeitamente as duas visões, independente de qual é a "certa". Ou então o debate sobre Daniel ter sido escrito no século VI a.C. ou II a.C. E, finalmente, se o Velho Testamento aponta para Jesus ou não. Acho essencial entender todos os pontos de vista.

Por isso gostei tanto de estudar (e continuar estudando) a Igreja Católica e sua doutrina, para conhecer melhor. E até mesmo a Umbanda e o Candomblé, que eu não conhecia nada além de esteriótipos preconceituosos, pude aprender bastante.

[Teawine Chavinho]

Eu acho essencial, no estudo bíblico (e na Teologia em geral), estudar se colocando em cada ponto de vista (judeu, católico, protestante etc.).

Ao invés de "defender o que eu acredito" ou "refutar o que eu não acredito", acho mais produtivo "entender cada visão".

Parabéns, esse é exatamente o conceito da palavra "empatia".
Não me leve a mal, foi só uma provocaçãozinha sem maldade.

[MVNS]

Eu acho essencial, no estudo bíblico (e na Teologia em geral), estudar se colocando em cada ponto de vista (judeu, católico, protestante etc.).

Ao invés de "defender o que eu acredito" ou "refutar o que eu não acredito", acho mais produtivo "entender cada visão".

Parabéns, esse é exatamente o conceito da palavra "empatia".
Não me leve a mal, foi só uma provocaçãozinha sem maldade.

► Exibir Spoiler

Ps.: só hoje fui perceber que você é o Fola. Mania de trocar de nick desse fórum

[BazzoReverso]

Ao invés de "defender o que eu acredito" ou "refutar o que eu não acredito", acho mais produtivo "entender cada visão". Por exemplo, a questão do Gênesis ser mitológico, dá para estudar perfeitamente as duas visões, independente de qual é a "certa"

Eu entendo e compreendo visões alternativas, mas isso não me impede de discordar e refutar... péssimo exemplo aliás esse que você escolheu, é óbvio que Gênesis é mitológico, não existiu uma cobra falante que fez um casal incestuoso comer uma fruta mágica, se um adulto acredita em Gênesis literal ele deve ter algum problema mental.

Mesma coisa a história da arca de Noé, um velho sozinho no oriente medio construiu um barco e juntou um casal de 8 milhões de espécies incluindo pinguins e ursos polares. Esse tipo de discussão maluca, como o da terra plana, criacionismo ou de que a terra tem 6 mil anos não deveria ser levado a sério, nem toda visão é válida e merece respeito.

[MVNS]

@BazzoReverso falei de forma geral, só pra compartilhar uma ideia. Não me referia a você, aliás, nem tenho lido a discussão.