Acabei de assistir o segundo episódio e vou dizer minhas impressões.
A caracterização de todos continua muito bem feita, há bons atores...o vai e volta no tempo que a série faz é interessante, ajuda a criar uma dramaticidade/suspense em alguns momentos. E o roteiro, a forma como as coisas de desenrolam é muito boa.
A cena do Marcos/Carlos Villagrán e do Ramón conversando sobre uma possível saída deles da série é uma boa ideia para o roteiro. Mas vale lembrar que, nessa primeira saída, o Ramón não saiu para trabalhar com o Carlos Villagrán (ao contrário do que o Carlos diz na mídia). Isso só ocorreu na segunda saída do Ramón, em 1981. Se a série realmente for por esse caminho, acaba criando outro erro histórico.
Achei bacana a participação do Roberto Gómez Fernández. Dessa vez ele interpretou, ainda que por poucos segundos, o Francisco, irmão do Chespirito.
Nesse episódio, o Chespirito recebe um bilhete marcando um encontro no hotel em Acapulco. Quem enviou o bilhete...é uma boa surpresa! Quando vi, pensei "caramba, nunca imaginei que era..." Bem, não vou dizer quem foi que enviou o bilhete para não dar spoiler.
Gostei bastante do surgimento dos Supergênios da Mesa Quadrada, do Chespirito mostrando suas ideias para o Sérgio Peña...tudo muito bom.
Tenho algumas ressalvas. Uma eu já falei, do erro histórico. E o maior ponto negativo desse episódio, na minha opinião, foi o dublador do Edgar Vivar. Não combinou nada, nem com o ator, nem com o personagem que o Edgar interpreta! Uma participação de um ator consagrado das séries CH (e ainda interpretando a pessoa que deu ao Roberto o famoso nome "Chespirito") merecia uma dublagem melhor. Se no primeiro episódio a dublagem não me incomodou, a do Edgar nesse episódio sim.
Outra coisa que me decepcionou (um pouco) foi que eu achava que a relação do Chespirito com a sua mãe iria ser mais mostrada na série. Mas nesse segundo episódio (alerta de um pequeno spoiler à seguir), vemos a morte da dona Elsa Bolaños. Se ela não aparecer em possíveis flashbacks nos próximos episódios e a participação dela tiver acabado nesse episódio, então sinto dizer que a participação dela na série foi muito limitada e aquém do que eu esperava. Podiam ter explorado mais a relação dela com o Chespirito.
No final do episódio, pensei por um momento que era uma aranha na mesa, fiquei sem entender, então assisti a cena de novo e vi que não era uma aranha, era um gafanhoto.

Com isso a cena fez sentido.
Apesar de alguns detalhes, esse episódio também foi muito bom. Gostei bastante! E repito o que disse no primeiro episódio: essa série tem tudo para ser o melhor projeto CH desde o fim do Programa Chespirito em 1995. Tomara que a série faça muito sucesso!