O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - CONCLUÍDO

[Tchory]

Caramba Antonio, seus textos estão magníficos!! Tá de parabéns.

[Chápulo]

DIEZ SOBRE DIEZ

Nada más qué decir.

[Ecco - Kiko Botones is my life]

ah sim, essa história da mansão ficou com lógica.

[Barbano]

Esses dois capítulos foram simplesmente brilhantes. São aqueles que dariam mais de 50 pontos de audiência.

[Cavallari]

Brilhantes mesmo, concordo com o Fabão.
Se alguem tem um pouco de emoção, e gosta de chaves, com certeza rolou uma lagrima!

[Antonio Felipe]

92. O Casamento de Dona Florinda

Existe algum sentido para estar vivo? Eu sei que isso é algo muito difícil de responder – e nem tem resposta na maioria das ocasiões. Mas certas coisas ajudam a você a compreender qual a sua missão aqui na Terra, o que você deve fazer na sua vida. Mesmo com tanto sofrimento, sempre existe um objetivo maior, um ideal, um ponto a ser atingido. Parece loucura pensar nisso, mas é o que vem á minha mente nessa hora.

A alegria tomou conta de mim desde que voltei para esta vila. E com a minha volta, parece que tudo está dentro do ideal. Kiko voltou para sua mãe, Elisa voltou para seu filho Nhonho, Chaves – ou melhor, Roberto – voltou para seus pais. Alegria sobre alegria. E pensar que tantos motivos tive para chorar aqui... Tantas desgraças, tantos horrores, tantas dificuldades. Isso ficou para trás, é um defunto já enterrado.

Há um pequeno vazio aqui na vila, desde que o Chaves deixou de viver aqui e foi para perto de seus pais. Acostumamo-nos a vê-lo todos os dias por aqui, dentro de seu barril ou brincando com as outras crianças. Mas ele está bem agora com aqueles que o amam. Mesmo com sua partida, ele não deixa de vir à esta vila, conforme prometeram seus pais. Eles resolveram se mudar para a capital, de onde se afastaram depois do incidente com o Chaves. Eles agora moram em uma bonita casa não muito longe daqui. E até ficou melhor para o senhor Gómez, que administra seus negócios mais de perto. Já o Chaves está de vez em quando aqui. Que diferença: vestido com roupas mais bonitas, banho tomado, cabelo limpo. Virou um novo menino. Fez muito mais diferença: agora ele e Paty estão como unha e carne. Não se desgrudam. Vejo ali um belo romance juvenil que poderá resultar em casamento.

Falando em casamento, finalmente tivemos o anúncio que há anos esperávamos! Dona Florinda vai se casar com o Professor Girafáles! Depois de muito tempo, ele tomou coragem e a pediu em casamento. Eles agora estarão em melhor situação: o professor virou diretor da escola. Vai ganhar um salário melhor. Ele se muda para cá após o casamento. Vai ser interessante. O grande dia do enlace será no final do ano, perto dos festejos de final de ano.

(passam-se os meses, entramos em 1980)

Ah, o amor...

Ele está no ar aqui na vila – e não fui flechado, ainda bem, nem quero por hora. Mas esse clima é mais pelo casamento que se sucedeu. Dona Florinda e o Professor Girafáles se casaram na igreja perto daqui, numa cerimônia muito bonita. Eu, Dona Clotilde, Senhor Barriga e Elisa fomos chamados para sermos padrinhos do casamento. Estava todo o pessoal da vila, alguns amigos do casal (que nunca vi), mais o casal Gómez, junto do Chaves, que estava com Paty e a tia, Glória.

Vi uma Florinda como poucas vezes tinha conhecido. Estava realmente bonita naquele vestido de noiva – agora seus cabelos estão compridos. Ela parou de usar bobes. Já o Professor Girafáles estava impecável dentro do fraque.

A cerimônia foi muito bonita e bastante emocionante. A Dona Clotilde segue querendo algo comigo, chegando a apoiar-se em meus ombros para chorar. Eu tentava, constrangido, me afastar, mas era difícil. O momento mais bonito do casamento foi o beijo do casal. Confesso que nunca tinha visto eles se beijarem em público – e boa parte do pessoal ali na igreja também não.

Depois, tivemos uma festa lá na vila. Dançamos, cantamos, nos divertimos, até que os dois saíram e foram pegar o trem. Foram fazer sua lua-de-mel em Acapulco – a Dona Florinda queria muito voltar àquela bonita cidade.

As festas de final de ano foram organizadas por mim e pela Dona Florinda. Resolvemos fazer um novo Festival da Boa Vizinhança, agora cheio de motivos para comemorar. As crianças fizeram teatro, cantaram e também tivemos várias atrações – desde um mágico que contratei, até uma mesa farta, de comes-e-bebes, oferecida pelo casal Gómez, que quis nos recompensar por tudo de bom que fizemos nesse ano para eles.

Agora entramos em um ano novo. 1980 está aí. Uma nova década surge. Que esta nova década seja repleta de alegrias, por que tristezas já tivemos demais nos últimos tempos.

Próximo capítulo: A Morte do Carteiro

[E.R]

. Agora sim, o Quico já tem papai novo !

[Ecco - Kiko Botones is my life]

Eu fico imaginando a roupa do Chaves...

[Jader]

Aleluia, só aqui para finalmente Dona Florinda e Professor Girafales juntarem os trapos

Já lamento só de ver o titulo do último episódio
Mas agora a curiosidade é para saber se o pessoal vai à Tangamandapio para o enterro ou será na Cidade do México mesmo

[Ruuki]

Me diverti muito vendo o casamento! Pena que não mostraram na série...
Mas as coisas já vão mudar, como eu pude ver no título do Próximo Episódio!

[ClebersonP]

Brilhantes mesmo, concordo com o Fabão.
Se alguem tem um pouco de emoção, e gosta de chaves, com certeza rolou uma lagrima!

Realmente Dudu, assino embaixo, pois isso ocorreu agora comigo lendo o capítulo, Parabéns Antônio, e como disse o Fabão esses 2 capítulos em busca da família do Chaves daria pelo menos 50 pontos de audiência.

Depois de um capítulo emocionante, um capítulo mais leve e romântico com o Casamento da Dona Florinda, mais um ótimo episódio.

Ancioso pelo próximo episódio que promete ser bem pesado, engraçado é que se o episódio sair nesta terça, o pobre carteiro vai morrer bem no dia do meu aniversário

[Samuel Boitar]

Brilhantes mesmo, concordo com o Fabão.
Se alguem tem um pouco de emoção, e gosta de chaves, com certeza rolou uma lagrima!

Realmente Dudu, assino embaixo, pois isso ocorreu agora comigo lendo o capítulo, Parabéns Antônio, e como disse o Fabão esses 2 capítulos em busca da família do Chaves daria pelo menos 50 pontos de audiência.

Vc assina embaixo de tudo.

[Antonio Felipe]

Aproveitando o ensejo, o Diário deve voltar ao normal amanhã. Hoje estou atolado de trabalho e não estou com muita inspiração (muita irritação com algumas coisas também estão atrapalhando).

[ClebersonP]

Pelo menos o Carteiro não morrer no dia do meu aniversário

[Antonio Felipe]

93. A Morte do Carteiro

Às vezes a vida nos prega algumas peças. Pensamos que tudo está bem, quando na verdade, vai de mal a pior. E quando você menos espera, a bomba acaba estourando. O ano até que começou bem. Meu emprego segue de vento em popa, o pessoal da vila segue na felicidade dos últimos tempos... Mas eis que algo surge para derrubar todo o clima de alegria e instalar a melancolia de vez.

O que eu menos queria aqui era velar uma pessoa. E isso acabou acontecendo. Morreu o carteiro Jaiminho.

Isso aconteceu há uma semana. Foi muito triste. Ele era uma figura simpática, amigo de todos, mas era conhecido pela sua pouca afeição ao trabalho pesado. O pior de tudo é que isso era justificado. Jaiminho não podia mesmo fazer esforço. Evitar a fadiga era o que o mantinha vivo.

Aconteceu o seguinte: ele estava saindo de seu apartamento, no alto da escada, carregando a bolsa e a bicicleta, para mais um dia de trabalho. Na descida, ele não suportou o esforço excessivo, para descer tudo aquilo mais uma vez. Jaiminho passou mal e desabou escada abaixo. Poucos minutos depois, eu saí de casa para ir trabalhar e vi Jaiminho estirado ao pé da escada. Chamei uma ambulância, mas já era tarde demais. Quando eles chegaram, o carteiro já estava morto. Ele sofreu um infarto causado pela fadiga. O esforço o matou.

Foi um choque. Todos estavam muito tristes pelo acontecido. Perdíamos uma figura querida, que não fazia mal a uma mosca. Eu e o Professor Girafáles fomos até o apartamento dele, em busca de informações sobre parentes. A muito custo conseguimos o telefone de um irmão dele, que mora na cidade natal de Jaiminho, Tangamandápio. Ligamos para ele, que pediu que fosse providenciada a transferência do corpo para a cidade, onde ele seria enterrado.

Para lá, fomos eu, o professor e Dona Neves, minha avozinha, a pessoa de quem ele era mais próximo. Conheci aquela pacata cidade, localizada em Michoacán. É um bonito lugar, não sei por que Jaiminho veio para a capital. Seu irmão, Juan, contou que ele não deixou herdeiros. Jaiminho nunca casou, nem teve filhos. Viveu de namoricos apenas Muita gente da cidade foi ao seu enterro. Foi um momento realmente difícil. Perdemos uma pessoa especial, vítima daquilo ele mais evitava: a fadiga.

Fadigado agora estou eu. Não sei por que, mas tenho me sentido estranho ultimamente. Perdi um pouco de peso e sinto um pouco de mal-estar. Preciso ir ao médico ver se não há nada de errado.

Próximo capítulo: Um Problema