O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - CONCLUÍDO

Discuta aqui tudo relacionado aos trabalhos de Chespirito, como Chaves, Chapolin, Chaves em Desenho e Programa Chespirito. Discuta aqui também o trabalho de outros atores, como as séries do Kiko.
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ClebersonP
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - Onde está a família do Chaves?

Mensagem por ClebersonP » 18 Jun 2010, 23:00

Nem tenho palavras pra descrever o tanto que eu adoro e espero atualizaçoes do diario, mais um capítulo perfeito.
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Ecco - Kiko Botones is my life
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - Onde está a família do Chaves?

Mensagem por Ecco - Kiko Botones is my life » 19 Jun 2010, 09:44

A chamada para o próximo capitulo é na voz do Cid Moreira para fazer mistério
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - Onde está a família do Chaves?

Mensagem por Ruuki » 19 Jun 2010, 23:37

Muito bom!
Um dos capítulos mais esperados por mim (e espero, por todos aqui!) :)
A MAIS QUERIDA DO FÓRUM CHAVES:
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - Onde está a família do Chaves?

Mensagem por Antonio Felipe » 19 Jun 2010, 23:39

Desfrutem este enoooooooooorme capítulo!

90. Estranhos Sinais

Como encontrar a família do Chaves? De onde começar? É uma tarefa muito difícil, considerando a pouca idade que o menino tinha quando chegou aqui na vila, bem como as poucas lembranças que ele tem, assim como quase nada de informação que a gente tem. A Dona Clotilde disse que vai me ajudar nessa “missão”. Conversando com o Chaves, não conseguimos ir muito além daquilo que ele já havia dito antes. Se recorda de uma mulher que cuidou dele por um tempo, depois ele foi parar em algum lugar cheio de outras crianças – eu creio que seja um orfanato. Depois, a mesma mulher que cuidava dele o levou de volta para sua casa. Certo dia, a mulher sumiu. O Chaves simplesmente pegou suas coisas e saiu. E veio parar aqui na vila.

Bom, vamos começar do começo: o Chaves pode ter fugido de casa e a suposta mãe dele teria dado parte às autoridades. É aí que vamos buscar as primeiras informações. Vamos falar com um delegado de polícia para saber se alguém à época esteve procurando uma criança desaparecida.


(mais tarde...)

- Boa tarde, senhor delegado.
- Boa tarde, senhor...?
- Ramón.
- Certo, senhor Ramón. Em que posso ajudar?
- Estou buscando informações de alguns anos atrás... Há um menino que mora na vila onde eu e a senhora Clotilde residimos, que chegou sozinho àquela vila, onze anos atrás. Acabamos não dando parte à polícia, simplesmente o abrigamos na vila. Mas agora, o menino está querendo saber se tem família. Eu não me lembro de, à época, ler nos jornais anúncios por crianças desaparecidas. Gostaríamos de saber se há dessa época alguém procurando criança perdida.
- Bom, primeiro eu preciso dizer que vocês erraram em não procurar as autoridades. Espero que tenham cuidado bem do menino.
- Sim, sim, sempre o ajudamos. Eu mesma sempre procurei tratá-lo como a um filho meu., diz a Dona Clotilde.
- Ok. Em que ano foi isso?
- 1968.
- Certo. Aguardem um momento. (o delegado sai da sala por alguns minutos e volta com uma pasta enorme)
- Bem, bem. Aqui temos todos os registros de crianças desaparecidas, desde 1960. Infelizmente, só uns cinco ou seis desses se resolvem por ano. Vamos ver se temos sorte. Vejamos... 1965, não... 1967, também não... ah, aqui está! 1968. Bem, bem... Temos cinco casos não-resolvidos neste ano.
- Há fotos?, pergunto.
- Só em três. Vejam se reconhecem.
(alguns segundos depois)
- Não, nenhum deles é do menino que está na vila.
- Bem, temos aqui as características dos outros dois... O primeiro é... Esqueçam, é uma menina. O segundo, vejamos... Orfanato Santa Cecília procura menino de quatro anos, cabelos escuros, magro, pintinhas no rosto, porte pequeno. Pode ter sido raptado por terceiros. Informações, blá, blá, blá. Então?
- Pode ser ele! Orfanato..., digo.
- Bom, vocês têm aí a informação. Procurem o orfanato, quem sabe eles têm mais dados sobre a família desse menino.
- Não diz o nome no aviso?, pergunta Clotilde.
- Ah, sim. Vejamos... Não, não diz. Estranho. Como queriam encontrar uma criança, sem ao menos fornecer o nome dela? Qual o nome do garoto?
- Nem ele sabe. Diz que o chamavam de Chaves., disse.
- Bom, procurem o orfanato. Retornem-me quando tiverem mais informações?
- O senhor não vai ajudar?, pergunto.
- Ajudar? Em um caso de criança desaparecida há dez anos? O senhor está brincando! Sabe quantos assaltos, malucos, punguistas eu cuido por dia? Já lhe dei a informação. Dê-se por satisfeito. Se não tem nada mais a dizer, estão dispensados.

Bem, saímos da delegacia. Vamos procurar o tal orfanato. Descobri que ele fica há umas duas horas daqui, se formos de táxi. Vamos levar o Chaves para ver se ele reconhece o lugar.

(no dia seguinte, Madruga e Clotilde vão ao tal orfanato, levando o Chaves)

- Então, Chaves, você reconhece esse lugar?, pergunto.
- S-s-sim...
- Chaves, o que foi...
- Pipipipipipi
- Chaves, Chaves, o que se passa?
- Não quero entrar aí. Não gosto desse lugar.
- Mas por que, explique!
- Tem uma moça aí que me batia, me deixava sem comer.
- Meu Deus...
- Ela não gostava de mim. Ela me batia por qualquer coisa, até me tirou sangue.
- Que barbaridade! Como alguém pode fazer isso, Seu Madruga?, fala Clotilde.
- Qual era o nome dessa mulher, você lembra?, pergunto.
- Martina. Se eu me lembro bem, era Martina.
- Martina... Bem, vamos ver se encontro essa Martina. Dona Clotilde, fique aqui com o Chaves que eu vou lá falar com os responsáveis. Vamos ver essa história.
- Certo. Boa sorte.

(Seu Madruga entra no orfanato. Consegue então falar com a diretora do local)

- Bem, qual o seu nome, senhora?
- Lucia Angel. E o seu?
- Me chamo Ramón.
- Certo, senhor Ramón. O que deseja? Tem interesse em adotar uma de nossas crianças?
- Não. Acho que uma de suas crianças está morando na vila onde eu vivo.
- Tem certeza?
- A senhora reconhece isso? (entrego o papel a Lucia)
- Meu Deus... Isso faz tanto tempo... 1968, não?
- Exatamente.
- A senhora lembra-se do garoto?
- Sim, como poderia esquecer do Chaves?
- Chaves? Ele tem esse apelido daqui?
- Sim, sim. Bem, esse garoto apareceu aqui no orfanato cerca de quatro meses antes de desaparecer. Um homem o deixou aqui, dizendo que uma mulher tinha lhe pedido para que o garoto ficasse no orfanato. Sabe, ele era meio estabanado. E arteiro. Não sabíamos o seu nome. No terceiro dia por aqui, o garoto roubou as chaves do escritório da antiga diretora do orfanato e lá dormiu, no sofá. Depois disso, começamos a chamá-lo de Chaves.
- Que interessante... Sabe como ele saiu daqui?
- Não, não sabemos. De dia, ele estava aqui como todas as crianças. No outro, não o encontramos. Não imagino como, mas ele deve ter fugido de noite. Como você o encontrou?
- Ele chegou à vila dizendo que tinha saído de uma casa onde morava com uma mulher. Certo dia, essa mulher o deixou sozinho e não voltou. O Chaves saiu da tal casa e foi parar na nossa vila.
- Que coisa... Bem, como ele está hoje?
- Muito bem. Estuda, é um bom garoto.
- Ótimo. Mas... O que você procura exatamente?
- Estou procurando a família dele.
- Nossa. Isso é muito difícil. Não sabemos de onde ele veio. Ninguém aqui sabia, o que é natural. Muitas mães deixam seus filhos aqui, até em cestas, pouco depois que nascem. É triste, mas ajudamos essas crianças.
- Puxa vida... Que dificuldade.
- Eu realmente lamento.
- Só mais uma coisa... Quem era Martina?
- Martina? Nossa, tenho arrepios quando penso nela. Era uma das funcionárias do orfanato. Era repressora, usava de força com algumas crianças.
- O Chaves disse que era agredido por essa Martina.
- Pois é, eu me lembro disso. A Martina batia nele também. Bom, na mesma época que ele sumiu, ela também se foi. Ainda bem, pois nos livramos de um grande...
- De um grande... Senhora?
- Agora me lembro de algo. Por favor, espere. (ela vai até uma estante cheia de caixas, pega uma na prateleira mais ao chão, abre a caixa e de lá tira um papel).
- Veja só esta carta. Encontramo-la no quarto que era de Martina, quando fomos limpar.

Martina,

Tudo bem agora. Ele pode voltar. Lembre-se de fazer tudo sem chamar atenção. Continua o dia três, às cinco. Cuidado.

Abraços,

Vera.


- O que tem isso?
- Senhor Ramón, eu acho que Martina sabia quem era o garoto! Como não pensei nisso todo esse tempo? Dia três, foi o dia em que o Chaves sumiu! Está muito claro! Martina o tirou daqui para entregar a essa senhora, chamada Vera!
- Meu Deus! Tem algum endereço?
- Vejamos... Rua trinta e dois, número cinco. Fica a meia hora daqui!
- Muito bom. Posso ficar com a carta? Vou procurar essas duas mulheres.
- Tudo bem, senhor Ramón. Boa sorte.

(Madruga sai do orfanato, conta a novidade para Clotilde e Chaves. Eles pegam um táxi e vão até o lugar indicado na carta. Chegando lá, descem do táxi)

- Bem, bem... Rua trinta e dois. Número cinco. É aqui. Você se lembra desse lugar, Chaves?
- Puxa vida...
- Você lembra?
- Lembro, Seu Madruga. É aqui que eu morava.
- Estamos chegando perto da sua família, Chaves.
(Bato palmas à frente da casa. Uma mulher idosa sai de lá)
- Quem é?
- Boa tarde, senhora! Estamos procurando por Vera.
- Vera? Quem são vocês?
- Somos amigos!
(a idosa vem até o portão)
- Vera não mora aqui há muitos anos, gente. Vera se mudou há muito tempo.
- Onde podemos encontrá-la?
- Não sei, gente... Vera não faz contato comigo há muito, muito tempo. Só Roma sabe onde ela pode estar.
- Roma, quem é Roma?
- Minha outra filha.
- Vera é sua filha?
- Sim. Filha desnaturada. Não fosse por Roma, essa casa ficava abandonada. A imbecil saiu daqui sem mais nem menos. Roma sabe onde ela está, mas não diz pra mim. Roma só me conta que está bem.
- E Martina, você conhece?
- Roma?
- Não, Martina.
- Ora, Martina é Roma.
- É?
- Martina Romero Sotomayor. Mas eu chamo ela de Roma.
- Ah, bem... E onde podemos encontrar Roma?
- Um momentinho, vou pegar o endereço. (alguns instantes, a idosa volta até sua casa e traz um papel com um endereço)
- Aqui está. Por favor, digam para ela vir me visitar. Estou com saudades.
- Faremos isso. Obrigado pela atenção.
- Não há de quê.

Nossa... Cada vez fica mais difícil essa busca pela família do Chaves. Tanta gente envolvida... Bem, o endereço que aquela velha nos deu é em uma cidade longe daqui. Vamos amanhã procurar Martina. Só encontrando a tal Vera é que saberemos onde está a família do Chavinho.

(no dia seguinte, Madruga e Clotilde deixam a vila, sem o Chaves. Eles vão até uma cidade a quatro horas de viagem. Lá, procuram pelo endereço escrito pela mãe de Martina. Chegam até uma casa acanhada).

- Bem, parece ser aqui. Vejamos., digo. (bato palmas chamando por alguém na casa. Uma mulher sai da casa)
- Sim? O que desejam?
- A senhora é Martina?
- Sou. Quem são vocês?
- Estamos na verdade procurando pela sua irmã, Vera.
- Céus... Que querem saber da Vera?
- Ela pode saber de onde veio um menino que sumiu do orfanato onde você trabalhava. O menino mora na nossa vila.
- Como? Não sei do que estão falando.
- Sabe sim. Falamos com Lucia, no orfanato. Você conhece o garoto, é o Chaves.
- Não!
- Como?
- Vocês, vocês... Não são da polícia, são?
- Não. Por quê?
- Por nada. Olha, eu não tenho nada a ver com esse menino, eu só ajudei a Vera a deixar ele no orfanato por uns meses enquanto ela se arranjava na cidade. Depois, ela sumiu de casa. Não sei do garoto mais nada.
- Ela deve saber de onde ele veio, se tem família...
- Por favor, me deixem em paz. Já tive problemas demais.
- Ele quer os pais! Quer a família! Algo me diz que vocês o esconderam de sua família!
- Eu já disse que não sei de nada. Ela disse que o garoto era filho de uma amiga que tinha morrido num acidente de avião há muitos anos. Só isso. Ela morava aqui na cidade, depois se mudou pra capital e então foi para outra cidade. Só falo com ela por telefone.
- Onde podemos encontrá-la?
- Não sei.
- Por favor, diga!
- Não sei! Deixem-me em paz!
- Você sabe! Ela pode estar mentindo! Ele pode ter família!
- Ok, ok, ok! Eu dou o endereço. Mas não prejudiquem a minha irmã, senão vão pagar caro.
- Não estou preocupado comigo, já vivi muito nessa vida. Estou preocupado com um menino de quinze anos que não tem pai nem mãe, nem ninguém.
(Martina abaixa a cabeça, engole em seco e vai em silêncio buscar o endereço)
- Aqui está. Agora se mandem daqui!

Voltamos para a capital. Estamos tendo que ir cada vez mais longe em busca da família do Chaves. Agora, é em uma cidade quase no limite do estado. Vamos amanhã.

(no outro dia, Clotilde e Madruga saem da vila, bem cedo, pegam um ônibus na rodoviária em vão em busca de Vera, numa cidade mais longe ainda da capital. Depois de algumas horas, chegam lá, enfim. Na casa que seria de Vera, não encontram ninguém. Um vizinho avisa que ela está trabalhando num bar perto dali. Clotilde e Madruga vão para lá)

- Com licença, senhor. É aqui que trabalha a Vera?, pergunto a um homem no balcão.
- Quem quer falar?
- Eu venho da capital, é relacionado à Martina.
- Ô Vera! Vem cá, mulher! Tem um casal de velhos querendo falar com você.
- Já vou! (ouve-se o grito vindo de dentro de uma cozinha no fundo do bar. Vera surge então. Uma mulher gorda, por volta de quarenta anos, com avental, e um pano à cabeça)
- Sim, o que querem?
- Vera?
- Sou eu. Quem são vocês?
- Esta é Clotilde e eu sou Ramón. Nós queremos falar-lhe em particular.
- Ihh... Se vieram me cobrar, podem cair fora, hoje o negócio tá feio.
- Não estamos aqui para cobrar. Viemos conversar sobre o Chaves.
- Chaves? De quem estão falando?
- Do menino que você deixou sozinho em casa, na capital. Do menino que você deixou para Martina cuidar em um orfanato.
- Epa, epa, vocês são da polícia?
- Não, não somos.
- Como que vocês sabem dessa história?
- O menino mora na nossa vila há onze anos, desde que você o deixou.
- Ai, cruzes... Peraí, vamos lá pra fora. (eles saem) O que vocês querem?
- A verdade. Queremos a família do garoto. Você não é a mãe dele, com certeza.
- Não, não sou. Ele era filho de uma amiga minha, que morreu em um acidente de avião.
- Essa história está muito mal contada, com todo o respeito.
- Por que duvida?
- Por que deixou o garoto sozinho? Por que o colocou em um orfanato em que a sua irmã trabalhava, para depois ir buscá-lo, sem que ninguém soubesse?
- Calma, calma, não é bem assim...
- Calma? O menino quer a família dele! É impossível que ele não tenha ao menos um avô, um tio, um parente!
- Isso faz tempo...
- Sabemos que faz! Mas a senhora deve saber de algo.
- Eu não posso dizer nada. Vão querer me prender se souberem. Não vou falar nada. Vocês vão me ferrar.
- Só queremos a família dele.
- Não vão mesmo me botar na cadeia?
- Eu prometo que não.
- Ok, eu conto. Ele não é filho de amiga nenhuma. Eu peguei o bebê no hospital, quando ele nasceu.
- O quê?
- Eu era enfermeira num hospital lá na capital. Um casal rico teve bebê lá e eu peguei a criança. Precisava dela, senão meu marido ia me matar, por que ia descobrir que eu não estava grávida. Cuidei do moleque por quatro anos lá na cidade onde hoje a Martina vive. Depois, tive que me mudar para a capital com o meu marido. E o que aconteceu? O danado morreu num acidente de carro. Não tinha dinheiro para cuidar da criança por um tempo. Tive que deixar ele no orfanato com a Martina, até as coisas se ajeitarem. Depois, peguei ele de volta. O problema é que resolveram denunciar isso na polícia, como se o pivete tivesse sido raptado. Acabei fugindo, pedi pra vizinha do lado cuidar do menino pra mim. Mas não imaginei que ele sairia de lá. A Martina me contou depois que não tinha criança nenhuma na casa. Nunca mais fiquei sabendo dele. Agora eu moro aqui.
- Meu Deus... Como a senhora pôde fazer algo tão perverso?
- Esse casal não ia sentir falta. Eu era pobre, eles ricos. Eu precisava garantir o meu.
- Que horror. Não consigo imaginar como alguém faz isso.
- Pronto, contei a história. Posso voltar ao trabalho?
- Primeiro, diga como encontramos esse casal.
- Ah, procurem lá na capital. Parece que o cara mexe com restaurantes. Não sei quem é e prefiro não saber. É só procurarem bem. Se chegaram até mim, vão encontrar os pais do Roberto.
- Roberto?
- Era esse o nome dele, pelo que estava no prontuário. Mas nunca o chamei assim. Queria esquecer que tinha feito o que fiz.
- Minha vontade era te entregar para a polícia. Mas promessa é dívida. Espero que agora esteja falando a verdade.
- Pode confiar. Hospital Madre de Deus, se precisarem. Só não falem de mim. Até nunca mais.

Roberto.

Esse é o nome verdadeiro do Chaves. Quem diria. Já estamos na capital de novo. Amanhã, vamos tratar de procurar os pais do Chaves. É o último passo.


==

Próximo capítulo: ???????????????

Só amanhã o mistério será desvendado :D

Leiam, comentem, se divirtam, deu um trabalho enorme montar essa trama!
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - A busca continua!

Mensagem por Cavallari » 20 Jun 2010, 00:14

Poo negão, gostei muito.
Roberto, GENIAL, genial...

Ansioso pro proximo, esses sem titulo são fodas demais..
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - A busca continua!

Mensagem por bebida com metanol CH » 20 Jun 2010, 00:27

"Roberto".... por mais óbvio que fosse, eu não esperava por essa!
Esse capitulo foi o melhor de todos até agora na minha opinião... sinto que o proximo será igualmente ótimo!

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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - A busca continua!

Mensagem por Aolynthon » 20 Jun 2010, 00:29

O pai do Chaves é o ex-dono do restaurante, Horácio das Panquecas.

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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - A busca continua!

Mensagem por Antonio Felipe » 20 Jun 2010, 00:32

Só um detalhe importante: Martina é um personagem extraído do Diário do Chaves. Eu fiz a minha visão da história, mas mantive esse personagem.
Aolynthon escreveu:O pai do Chaves é o ex-dono do restaurante, Horácio das Panquecas.
hahahahah Não pensei nisso :P

Bom, não vou revelar nada. Até por que o título do capítulo entrega tudo. Mas garanto, vocês se surpreenderão com a solução!
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - A busca continua!

Mensagem por Chápulo » 20 Jun 2010, 02:36

Como diria o Rovirosa: Per fec to... peeeer fec to.......
Cada vez mais mistérios desvendados...
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - A busca continua!

Mensagem por Ruuki » 20 Jun 2010, 08:56

O Diário de Seu Madruga é FANTÁSTICO!
Espero que no Próximo episódio possamos conhecer os Pais do Roberto (Chaves) e que eles morem na vila!
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - A busca continua!

Mensagem por Ecco - Kiko Botones is my life » 20 Jun 2010, 10:35

Nossa muito bom, e o Antônio não economizou linhas, deve ter dado trabalho.
O melhor capítulo foi esse, concerteza, muito bom, parabéns.
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - A busca continua!

Mensagem por Antonio Felipe » 20 Jun 2010, 10:56

Trabalho? Eu demorei duas horas escrevendo esse capítulo, quando nos outros eu levo quarenta minutos :P
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - A busca continua!

Mensagem por Antonio Felipe » 20 Jun 2010, 14:27

ACABOU O MISTÉRIO!

91. A Mansão Sob o Barril

A busca está mais difícil agora. Temos o nome verdadeiro do Chaves, temos o hospital onde ele nasceu, sabemos o que faz o pai dele. Mas como descobrir isso? E se essa Vera estiver mentindo? Não temos mais escolha, agora é tentar desvendar esses últimos mistérios. Já chegamos tão longe, já descobrimos tanta coisa. Estamos perto, eu sei. Agora, vamos ao hospital Madre de Deus, em busca de alguma informação.

(Clotilde e Madruga saem da vila e vão até o hospital citado por Vera. Lá, falam com uma atendente)

- Bom dia, senhor, bom dia, senhora, em que posso ajudar?
- Bem, estamos aqui em busca de informações. Queremos saber sobre um caso de um bebê seqüestrado deste hospital há quinze anos atrás.
- Seqüestrado? Aqui? Vocês têm certeza?
- Sim.
- Puxa vida... Eu nunca ouvi falar disso, trabalho aqui há cinco anos apenas. Esperem... (Suzana!), ela grita, chamando outra pessoa.
- O que foi?, fala Suzana.
- Este casal busca informação sobre um bebê seqüestrado há quinze anos atrás, neste hospital.
- Quem são vocês?, pergunta Suzana.
- O garoto seqüestrado pode estar morando na nossa vila., disse.
- Meu Deus... Isso faz tanto tempo. Eu me lembro disso. Foi lá por dezembro, janeiro de 1964, 1965.
- Você pode nos ajudar? Precisamos do endereço dos pais dele.
- Não temos como. Ocorreu um grande incêndio no hospital em 1974. Perdemos todos os arquivos anteriores. Dados de pacientes, registros... Foi terrivel., diz Suzana.
- Há alguém aqui que pode saber dos pais do garoto?
- Não. Eu sou a única daquela época que ainda trabalha aqui. E esse dia, eu estava nas minhas férias. Só soube do caso pelos comentários no hospital, mas não sei exatamente quem eram os pais do menino raptado. Eu sugiro que busquem a polícia.
- Faremos isso. Obrigado pela ajuda.

(Madruga e Clotilde saem do hospital e vão para a delegacia onde souberam do rapto do Chaves no orfanato e falam com o mesmo delegado)

- Ora, ora... O que os trazem aqui de volta?
- Descobrimos o nome do garoto. Ele foi seqüestrado no hospital por uma enfermeira. É uma história muito longa. Mas precisamos outra vez de sua ajuda, delegado., disse.
- Em que posso ser útil?
- Aquela pasta... Você disse que tem os desaparecimentos desde 1960, não é?
- Sim.
- Precisamos vê-la. Os pais dele devem ter procurado a polícia.
- Ok, aguardem um instante. (ele sai da sala e volta com a pasta)
- Qual o ano?
- 1964 ou 1965.
- Vejamos... Não, não... Nada de 1964.
- E 1965?
- Tem um. Ah, pena, é de um adolescente. Nada mais.
- Como? Tem que haver!
- Pois não há. Ou o caso foi resolvido ou eles não procuraram a polícia. Lamento. Era isso?
- Como fazemos agora?
- Não tenho idéia. Fiz o que estava ao meu alcance.

Nada de informação no hospital. Nada de informação na polícia. Que desolação. Para onde ir agora? Não sei. Vou dormir e pensar. Agora que chegamos tão perto...

(no dia seguinte)

Já sei! O caso é rumoroso demais para ter passado em branco. Em um lugar essa informação teria que chegar: os jornais. É a minha última cartada. Vou ir à redação de um jornal daqui da capital, quem sabe eles consigam me ajudar.

(Madruga, sozinho, vai até um jornal da capital. Lá, fala com um jornalista que cobre a cidade)

- Bom dia, senhor...?
- Ramón.
- Ramón. Muito prazer, meu nome é Miguel. O que deseja?
- Preciso saber se houve no jornal a divulgação de um caso de seqüestro de bebê no hospital Madre de Deus, no final de 1964.
- Nossa... Isso é antigo. Eu mal estava começando aqui no jornal.
- Você se lembra?
- Sim. Você é Ramón, o das touradas?
- Sou eu.
- Puxa vida, adoro touradas! Lembro de você!
- Obrigado. Mas eu quero saber apenas desse rapto. O que você tem para me ajudar?
- É um casal... O senhor Gómez é dono de alguns restaurantes aqui na capital. Era o primeiro filho dele e ocorreu isso no nascimento do menino. A polícia chegou a investigar, mas como não teve solução, o caso foi arquivado. Gómez e a mulher ficaram indignados com o fim das buscas, mas ninguém encontrou nada, nem a enfermeira raptora. Mas... Por que você quer saber disso?
- O filho deles está na vila onde moro.
- Sério?
- É uma longa história...
- Por favor, conte!
(Madruga conta a história...)
- Incrível! Olha, Ramón, acho que você tem faro para o jornalismo de investigação! Incrível o seu empenho e sua investigação!
- Obrigado. Mas, você sabe dos pais do garoto? Como encontro eles?
- Isso eu já não sei. Só sei que moram em outra cidade, mas qual, não sei. O melhor seria buscar isso nos restaurantes dele, “La Taverna”.
- Vou procurar. Muito, muito obrigado!
- Por favor, posso publicar essa história, se você encontrar os pais dele? Dará uma história fenomenal!
- Primeiro quero encontrar os pais dele. Farei contato. Obrigado mais uma vez.

Madruga sai do jornal e vai direto para um restaurante de Gómez. Lá, a muito custo, consegue o endereço do casal Gómez, em uma cidade vizinha. Madruga ruma para lá. Depois de algum tempo de viagem, chega à cidade, onde procura pela residência do casal. Ele fala com algumas pessoas, até que uma lhe dá a informação:

- Siga sempre por aqui, passando pela estrada de chão batido. Você vai encontrar um barril à beira de um morro. Lá, desça por um caminho de terra. Você estará na mansão dos Gómez.
- Como assim, um barril?
- Olhe, é simples: procure a mansão sob o barril, no final da estrada. É lá.

Seu Madruga faz o caminho indicado, até chegar a um lugar bonito, mas quase isolado. No alto do morro onde ele está, ele vê um barril. Um não, vários, esquecidos. Ele se aproxima dos barris. Então encontra o que procurava. Do alto do morro, quase em um penhasco, uma descida íngrime, ele vê a mansão sob o barril. A casa dos Gómez.

Ele então desce pelo caminho indicado e chega a um portão, onde um homem cuida a entrada. Madruga fala com ele.

- Boa tarde, amigo. Preciso falar com o senhor Gómez.
- Você não é o tipo que parece precisar falar com ele. Não precisamos de empregados.
- Eu sou o tipo que sabe onde está o filho dele.
- Hein? Do que está falando?
- Do filho dele, que foi raptado há quinze anos. Eu sei onde ele está. Preciso falar com ele.
- Já volto, aguarde aí. (o homem vai até a mansão, cerca de cem metros distante. Depois de alguns minutos, ele volta e abre o portão)
- Entre. O senhor Gómez está lhe esperando.
(Madruga entra na mansão, toda branca na fachada, muito bonita. O lugar é enorme, com um vasto campo. Por dentro, a mansão é mais linda ainda. O senhor Gómez o espera na sala de estar, vestido com roupa social)

- Senhor Gómez?
- Quem é você? Que história é essa de saber onde está meu filho? Ele morreu.
- Meu nome é Ramón. E com o devido respeito, ele não morreu. Está muito vivo, na vila onde moro. Estou lhe procurando há duas semanas.
- Como pode? A polícia não encontrou pistas! Nada, nada! Por favor, explique-me.
- O que foi, querido?, pergunta uma mulher que desce as escadas. É uma morena já na faixa dos quarenta anos, mas ainda muito bonita.
- Este homem diz que sabe onde está nosso filho Roberto.
- Você sabe? Como?
- Por favor, deixem-me explicar. É uma longa, longa história.
(Madruga conta toda a história)
- Por Deus todo poderoso... Isso é um milagre!, diz a mulher.
- Como essa Vera pode fazer isso? Quero botá-la atrás das grades! Poderia matá-la com minhas próprias mãos!, diz Gómez.
- Quero ver meu filho, Gómez. Vamos agora vê-lo!
- Exatamente. Vamos, senhor Ramón. Mostre-nos nosso filho.

(eles entram em um belo carro e rumam para a capital, depois de algum tempo, chegam à vila. O Chaves está no primeiro pátio, brincando com Kiko e Chiquinha. Madruga entra na vila com o casal)

- Chaves, venha cá., digo.
- Sim, Seu Madruga? Quem são esses senhores?
- Chavinho. Eu prometi a você. Eu não ia desistir. Estes são os seus pais, Chaves. E o seu nome é Roberto.
- M-m-meus pa-pa-papais?
- Sim.
- Meu filho... Não acredito que estou te vendo pela primeira vez., diz Gómez.
- Roberto!, grita a esposa de Gómez, que o abraça e o beija.

O casal abraça Chaves, agora Roberto. Os três choram muito. Seu Madruga, perto do barril, esboça um sorriso enquanto enxuga as lágrimas. A Chiquinha o abraça, também sorrindo e chorando. Dona Florinda sai de casa para ver o acontecido, Kiko lhe conta. Dona Clotilde sai e vai até Seu Madruga. O clima é de total emoção.

- Então... É aqui que você morou todo esse tempo?, pergunta Gómez.
- Sim, é aqui.
- Você sempre foi bem cuidado?
- Sim, sim.
- E lhe deram de comer?
- Sim.
- Que bom. E os estudos?
- Vão bem.
- Ótimo. Agora não lhe faltará mais nada. Você vai morar conosco, Roberto.
- Mas eu gosto daqui.
- Ora, você agora tem família, Roberto. Tem seu pai e sua mãe. Não precisa mais viver de favor aqui.
- Eu gosto daqui. Gosto do Seu Madruga, gosto dos meus amigos, gosto da Paty.
Gómez olha ao redor. Todos estão visivelmente emocionados. Ele engole em seco.
- Sabe o que eu acho, mulher?, pergunta Gómez à esposa.
- O quê?
- Já é hora de sairmos da clausura. Vamos voltar para a capital. Assim ele não fica longe dos amigos e pode vir aqui sempre quiser. Está bom para você assim, Roberto?
- Zás, zás, e eu podia vir aqui sempre, e zás, e zás!
- Está ótimo. Senhor Ramón, como eu posso lhe agradecer por isso tudo?
- Nada no mundo pode ser maior que a alegria de um pai encontrar seu filho, senhor Gómez. Só isso.
- Não há nada mesmo que posso fazer pelo senhor, pela sua família?
- Não. Eu já fiz a minha parte.
- Junte suas coisas, Roberto. Vamos para casa.
(Gómez e a mulher, então, saem da vila, levando o Chaves embora)

Foi a maior emoção da minha vida.

Tanto tempo depois, consegui encontrar os pais do Chaves. Que grande alegria tomou o meu peito. Uni o Chaves, ou melhor, Roberto, à sua família por fim. Que coisa magnífica. Eu poderia morrer agora que já me sentiria realizado. Mal tenho o que dizer para exprimir tudo o que sinto.

Só sei que o Chaves agora está em casa. Na mansão sob o barril.


==

Enfim, resolvido o mistério.

Lembram que eu disse que ia colocar uma lenda da internet na história? Taí. Adaptada à realidade.

Próximo capítulo: O Casamento de Dona Florinda
Editado pela última vez por Antonio Felipe em 20 Jun 2010, 21:42, em um total de 1 vez.
Razão: Arrumei algumas datas.
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - ACABOU O MISTÉRIO!

Mensagem por @EA » 20 Jun 2010, 14:57

sempre achei bizarra essa lenda, mas nesse caso até que fez sentido
e o Chaves se chama Roberto Gómez: óbvio porém confesso que não pensei nisso
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Ouça Don Cristóvão quero avisar que a tripulação está com fome!
E por que não comem?
Porque não há comida!
E por que não há comida?
Porque acabou!
E por que acabou?
Porque comeram!
E por que comeram?
Porque tinham fome!
Tá vendo, deveriam ter esperado!



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Dá licença, gente! Tô passando pelo tópico!!!
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Re: O DIÁRIO DO SEU MADRUGA - ACABOU O MISTÉRIO!

Mensagem por Ruuki » 20 Jun 2010, 15:09

Eu chorei aqui! Final feliz para o Chaves!
Agora estou doida pra ver um dos melhores episódios, que a Velha e o Linguiça vão se casar!
A MAIS QUERIDA DO FÓRUM CHAVES:
Bi-Vencedora do A Propósito... - Edições #5 e #6 (2011)
Bi-Vencedora do Balão do Usuário 3.0 - Edições #2 e #16(2011/2012)
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Consagrada Usuária Dourada da Fazenda do Fórum Chaves 2 - Em grupo (2013)
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