Essa edição já está bem mais disputada e caótica que a anterior. Alguns episódios do Chaves conseguiram pegar 10, já com os do Chapolin foi bem diferente.
Chaves
. 1975 - Jogando futebol (jugando a los penaltis): Mais uma obra-prima de 1975 (que passou semana passada via SBT, aliás), onde todos os personagens (e os dubladores dos mesmos) são o destaque. Sandra Mara narrando o jogo aqui está insuperável - e com todo o respeito, mas eu queria só ver se a Cecilia chegaria aos pés narrando a partida como a Sandra fez - digo isso com todo o respeito, claro!
Nota: 10
. 1975 - Quem com catapora fere, com catapora será ferido (La viruela): Dublagem (a melhor performance da Sandra Mara que conheço - Cecília Lemes nunca chegou nesse nível dublando a Chiquinha

- ah,e antes que eu me esqueça tem também o dublador Marcelo Gastaldi detonando e o saudoso Potiguara Lopes, mostrando do que é capaz!

), interpretação de todos os atores (em especial da Maria Antonieta - afinal, já sabem... 1975 foi "A temporada da Chiquinha"!!!

), situações pra lá de hilárias (quem resiste à cena da "dancinha" no pátio -
"Que culpa é essa, gatinha? Mexe que mexe, mexe que mexe... " ?

- aliás, me lembro quando vi essa cena e escutei esses geniais diálogos do Seu Madruga pela primeira vez na década de 1980, como eu ri nesse dia!

) e a magia da temporada garantem o status de obra-prima a este episódio.
Nem precisa de mais justificativas, acho que isso já basta!
Nota: 10
. 1976 - A limpeza do pátio (Barriendo el patio): Outro episódio genial, onde os destaques são Quico, Chaves e Seu Madruga (a Chiquinha manda bem aqui também

). A dublagem é sensacional, e o episódio abre excelentemente a temporada de 1976 (a impressão que se tem é a de que a temporada será tão boa quanto a de 1975, mas lamentavelmente foi só impressão

).
Os gritos do Quico imitando a ambulância aqui são os melhores !
Outro de que tão bom parece ser de 1975 ao invés de 1976.
Nota: 10
. 1976 - - A galinha da vizinha é mais gorda do que a minha (El pollo de Doña Clotilde): Já enjoei desse. É bom, mas um tanto interminável. Destaque pra cena em que Chaves dá uma senhora apalpada na bunda da Bruxa do 71 e diz, desculpando-se:
"Eu só queria dar uma beliscadinha na coxinha..."
Nota: 7,5
. 1976 - Ser pintor é uma questão de talento (Pintor de brocha gorda - Pt1): Episódio chato. A Chiquinha tá muuuito chata aqui (por tabela, a dubladora Cecilia Lemes também

), Quico tá desnecessário e ainda por cima o episódio é beeem interminável - tanto que tem uma 2ª parte...
A versão 1 é muito mais prática e mais legal, e faz em uma parte só o que essa em duas não faz.
Nota: 4
. 1976 - Pintando o sete (Pintor de brocha gorda - Pt2): Outro que além de previsível (como o episódio citado anteriormente) é altamente superestimado. Dublagem monótona, desenvolvimento da trama "interminável" e a superioridade clara da versão de 1973 em cima dessa justificam essa minha nota. E quando chamava
Epidemia de pintores na década de 80 não era tão fraco assim...
Nota: 5
. 1976 - O defunto será maior? (El terno del tío Jacinto): Episódio simplesmente sensacional, onde os destaques são as crianças e o Seu Madruga (ah, e a dublagem Maga!

). Consegue bater a já excelente versão de 1973 (ainda inédita na tv brasileira)!
Tão bom que até parece ser de 1975.
Nota: 10
. 1976 - Bombinhas são perigosas, ainda mais em mãos erradas (Los tronadores): Magnífico! Obra-prima!
Dá uma lavada sem dó na competente versão de 1973, a dublagem está destruidora (no bom sentido - ou melhor, no melhor sentido possível!) e tá todo mundo extremamente engraçado aqui!
Nota: 10
. 1976 - Os remédios do Quico (Quico está enfermo): Episódio genial esse! Chiquinha se sai bem, as crianças aprontam o maior fuzuê, a dublagem está divina (nos 4 personagens do episódio, aliás!), e creio que essa seja tão boa quanto a versão 1 de 1974 - ou se bobear até um pouquinho superior!
Há uma versão de 1979 desse episódio onde quem está doente é a Dona Florinda, porém esta infelizmente é lamentável (a meu ver sequer deveria ter sido feita!).
Nota: 10
. 1976 - Eu não acredito em fantasmas, mas existem (Historias de terror): Esse é sensacional, com uma trama bastante elaborada (a Chiquinha aqui NÃO FICA sobrando!

) e com vários momentos inesquecíveis na dublagem (
"Cês num querem brincar comigo?" - ou
"Ai, minha nossa!"

). Muito melhor que a versão de 1973.
Nota: 10
Chapolin
. 1975 - Cleópatra (La que nace pa’ Cleopatra no pasa de Julio César): Um clássico do Chapolin em sua essência!
Com a dublagem Maga '84 o episódio se torna simplesmente brilhante (já o era assim em seu áudio em Espanhol, então só melhora)! Mas infelizmente o SBT tinha que fazer besteira e providenciou uma dublagem Maga '90 pro episódio, deixando-o muito inferior e com infinitamente menos impacto do que outrora (perde uns 7 pontos só por causa disso - nesse caso levaria um 3, mas pelos bons tempos o deixei com 10 mesmo). Teve um remake engraçadinho em 1979, mas que fica bastante atrás dessa versão de 1975 - isso se a mesma contar com sua dublagem Maga '84, claro!
Nota: 10

(porém...

)
. 1975 - Sai de baixo que lá vem pedra! (De que dicen a pelear, del cielo se caen las piedras): Nem tem muito o que falar: um dos melhores da série, com uma trama totalmente original. A dublagem também é um arraso!
Adoro as BGMs desse episódio, e acho que o clima um pouco mais "frio" que o normal que esse episódio nos passa é sensacional!
Nota: 10
. 1975 - O estranho e misterioso caso do morto que morreu (El extraño y misterioso caso del difunto que se murió): Episódio legalzinho. Me lembro de quando o mesmo estreou no Brasil, em uma noite de 1990 no SBT. Porém talvez prefira a versão inédita de 1973 à essa, embora Ramon Valdez não convença muito como Cabo tanto quanto o Carlos Villagrán nessa de 1975 (apesar do timbre de voz que o mesmo faz nesse episódio - em Espanhol, claro!). Há também uma versão de 1977 desse, mas é muito desnecessária, mesmo sem ser propriamente ruim (digo... por que a fizeram?

). Os diálogos da dublagem aqui no Brasil foram bastante alterados e adaptados na tradução em relação ao original em Espanhol. Está bastante longe de ser mais ou menos ou ruim, mas a temporada de 1975 possui alguns outros episódios que enterram esse por completo. Talvez perca um pouco pra versão anterior ainda inédita no Brasil, datada de 1973.
Nota: 8
. 1976 - O abominável homem das neves (El misterio del abominable hombre de las nieves): Excelente episódio. Sou um dos poucos que, apesar de ter apreciado a dublagem Maga '90 desse episódio (e suas BGMs adaptadas) prefere as BGMs originais. Digo... ao menos soa bem mais melancólica (combina com o "frio") e não está "por toda a parte" como a da versão brasileira, por melhor que essa seja.
Se nota que à exemplo dos primeiros do Chaves de 1976, os do Chapolin também possuem (ainda) aquele "pé" na temporada de 1975. E em ambas as séries - Chaves e Chapolin - o primeiro episódio de 1976 é um dos melhores da temporada, e também um dos melhores da série. A temporada de 1976, por sua vez (isso no Chapolin; bem, no Chaves também, mas numa proporção um tanto menor) começa a mostrar aos telespectadores um certo esmero na produção, tentando ao menos parecer um tanto mais "cinematográfica" do que as temporadas anteriores. Isso é mostrado nesse episódio do Homem das Neves, e também no anterior à esse - o da Guerras Médicas, porém lamentavelmente isso em muitas vezes não queria dizer que o episódio ficava melhor (ao contrário: essas temporadas de 1976 também tiveram BASTANTE porcaria!

). Também é uma pena que daqui a alguns episódios, a qualidade dessa temporada cai vertiginosamente, voltando a melhorar só às vezes.
Nota: 9,5
. 1976 - O patrão é quem manda (Los costales caben en todo, sabiéndolos acomodar): É menos longo que sua versão de 1973, e faz um bom uso de Ruben Aguirre - coisa que nem todos os episódios conseguem fazer quando ele substitui um Carlos Villagrán, por exemplo. Aliás, essa temporada de 1976 possui muuuitas atuações do Ruben Aguirre, já notaram (um pouco mais que 74 ou 75 por exemplo, onde de certo modo Carlos Villagrán e Ramon Valdez imperavam, e era tão difícil ver Ruben Aguirre nos quadros quanto ver o Edgar Vivar - ou até mais do que isso)? Isso não ocorria com essa frequência desde a temporada de 1972, onde o elenco ainda não estava totalmente integrado, e se reforça em 1977. E é estranho ver o Horacio Gómez como o mister, já que me acostumei a ver (isso com o áudio original) o Edgar fazendo-o. E linda é a sacada que o Chapolin dá nele, logo após jogar as malas do mesmo na carroça.
Nota: 8,5 (teve a nota um pouco aumentada, em relação à resenha do ano passado

).
. 1976 - Caratê cara a cara (El campeón de karate amaneció de mal karáter): Prefiro a versão de 1973. Aliás, uma característica naquela versão é a de que anunciam o Ruben Aguirre como o carateca, mas acabou sendo feito mesmo pelo Edgar Vivar. Também impressiona que Chespirito tenha se valido uma vez mais da atuação à la "Fredebundo" do Carlos Villagrán, que por sinal já deu uma esgotada (às vezes parece até que ele quase não tem outras interpretações). E a trama da 1ª versão é melhor e mais direta também - essa parece um pouco mais absurda. Apesar que, convenhamos, com o áudio original em Espanhol o episódio não parece ser tão fraco.
Conclusão (isso geraria polêmica um ano atrás): em Espanhol até se safa, mas dublado fede.
Nota: 6
. 1976 - História de bruxas (Cuento de brujas): Esse é bacaninha até, mas às vezes enjoa brabo! Possui momentos engraçados, mas nada lá muito brilhante, mas eu até já vi a versão ultra pré-histórica que consta no programa Chespirito y la Mesa Cuadrada, que consegue ser muito superior e mais espontânea que essa.
Nota: 6
. 1976 - O ventrilouco (Si los ventrilocuos hablan con el estómago, que trompudos son los panzones): : Tendo sido um dos primeiros do lote de 1990 a ser exibido no país, esse até chega a ser interessante e mais elaborado que a versão sketch de 1973. Mas sei lá, falta um "algo mais" nele que não o permite galgar posições mais altas. Mas é até legalzinho.
Ah, e a Florinda aqui em seus 28 aninhos está uma delícia com aquele cabelo loiro e usando aquele vestidinho (e olha que eu já achava isso desde 1990 no dia em que estreou o episódio - tinha 9 anos nessa época, portanto tinha sensações que não estavam muito lá de acordo com a minha tenra idade...

)!
Nota: 7,5
. 1976 - A cidade perdida (No tiene la culpa el indio, sino el que lo hace Fernández): Numa dessas podia ter levado uma nota um pouco maior, afinal é um dos melhores ex-inéditos no Brasil de 2008 que se tem notícia. Boa versão, que talvez consiga se igualar àquela de 1973.
Mas pra mim a melhor de todas é aquela do início da década de 1970, que consta no programa Los Supergenios de la Mesa Cuadrada.
Aliás, pra quem quiser conferir olha ela aqui, ó

:
Nota: 8
. 1976 - Há hotéis tão limpos que limpam até carteira (Hay hoteles tan higiénicos que hasta la cartera te limpian): Outro que além de ser bem inferior à versão de 1973 (que por si só já não é lá essas coisas

), se esmera em termos de monotonia. O episódio cansa.
Nota: 4
SARECH feito em tempo recorde!!
