Fórum Chaves • Chaves, Chapolin e Chespirito é aqui

Chespirito veio ao Brasil somente uma vez, lá nos anos 1970/1980, à caminho do Paraguai para uma turnê. Ele esteve em Foz do Iguaçu por dois dias.

Mas eu estava revendo algumas notícias antigas e notei que, depois disso, ele ainda teve várias chances para vir ao Brasil. Mas, em todas, acabou não vindo.

A primeira foi na turnê dos anos 1990, que acabou cancelada. Abaixo a reportagem da Veja sobre a turnê.





Edgar Vivar, na turnê que fez ao Brasil este ano, falou que eles não fizeram turnês no Brasil porque Chespirito queria que todos os atores aprendessem a falar português antes de virem, para evitar que os fãs brasileiros achassem estranho ver os personagens falando espanhol. A turnê também teria sido cancelada por causa da situação política do Brasil na época.

Na revista Flashback de janeiro de 2006, Chespirito deu uma entrevista e disse que queria vir ao Brasil naquele ano para lançar aqui o seu novo livro, O Diário do Chaves. Eis a revista:



A parte da entrevista que ele fala da vinda ao Brasil é essa abaixo:

Pretende visitar o Brasil um dia?
Espero que em 2006 tenha a oportunidade de visitar esse país maravilhoso e lançar aí o meu novo livro ["El Diário del Chavo del Ocho"]

Vai encontrar com seus fãs?
O quanto antes! Esse contato com as pessoas que seguem meu trabalho é o que retroalimenta, me mantém ativo, criativo e feliz. É sempre um momento mágico.

E o livro foi lançado no Brasil, mas Chespirito não veio, por motivo desconhecido.

Agora, vejam a notícia abaixo. Ela foi publicada pelo site "Turma do Chaves" em março de 2007. Eu salvei essa notícia na época pra publicar numa comunidade do Orkut. A notícia fala de uma possível vinda de Chespirito ao Brasil naquele ano e outras oportunidades em que ele poderia ter vindo. Vejam só:
Também salvei o link dessa notícia, mas acho que ele não abre mais porque o site saiu do ar. De qualquer modo, eis o link: http://www.turmadochaves.com/index2.php ... &ucat=&amp
O livro não foi lançado no Brasil.

Por fim, vejam essa notícia que eu retirei do PortalChaves. Ela é de dezembro de 2008:
A turnê com essa peça aconteceu mas, curiosamente, não vieram para o Brasil. Mesmo com o que o Chespirito disse.

Podemos concluir, então, que Chespirito perdeu pelo menos cinco chances de vir ao Brasil:
1ª - A turnê nos anos 1990, cancelada por causa do idioma e da situação política.
2ª - A entrevista no "Falando Francamente" em 2002, que não aconteceu.
3ª - No lançamento do livro O Diário do Chaves no Brasil, em 2006.
4ª - Na sua vinda para lançar a sua autobiografia, em 2007. Mas o livro não foi lançado no Brasil e os problemas de saúde também podem ter atrapalhado Chespirito dessa vez.
5ª - Na turnê da peça "11 y 12", em 2009. Mesmo com o anúncio, não vieram para o Brasil.

Eu acho que a Televisa que não deixava ele vim. a Florinda depois da morte de Chespirito só veio, porque senão viesse e ia ficar na casa isso. Todo mundo ia saber hehe

Pra que a Televisa não deixaria ele vir? Seria mais lucro...

Que vacilos!

É incrível pois aqui no Brasil as séries parecem fazer mais sucesso que No México, acho que ele não veio por causa dos imprevistos, na época do sucesso das séries aqui, teria sido algo muito histórico.

Ótimo tópico.

Ele não veio porque não quis, tanto que quase todo o resto do elenco já veio.

Quando ele realmente se deu conta do quanto era amado pelos brasileiros já era tarde demais e sua saúde já estava muito ruim.

E.R escreveu:Quando ele realmente se deu conta do quanto era amado pelos brasileiros já era tarde demais e sua saúde já estava muito ruim.

Mesma coisa com o Rubén Aguirre.

O Gugu já tinha dito que ele era querido lá nos tempos de "Viva a noite".Não veio porque não quis.

Na autobiografia do Chespirito (ou foi na do Rubén Aguirre?), ele conta que chegou a receber uma parcela do dinheiro pra vir se apresentar no Brasil, mas o contato desapareceu depois e não conseguiram devolver o dinheiro.
O Horácio cuidava das finanças e segurou o dinheiro por uns dois anos, tentando encontrar o cara... depois acabou por distribuir pra equipe.

Se foi lá por 1990, contato era só por carta e telefone.

Na biografia da Chiquinha:

Percorremos em dez anos toda a América do Sul e Central, exceto o Brasil. Conto a vocês porque não aconteceu. Tínhamos um excelente contrato com Santos Televisión (sic), naqueles tempos a emissora mais importante daquele país, faríamos vinte apresentações por toda a sua geografia. Como o programa do Chaves passa dublado em português, tivemos que aprender o show nesse idioma. Chespirito, Edgar e eu não tivemos problema, pois temos facilidade para aprender línguas, mas para os demais sim foi problemático, e isso que nos colocaram professor de tempo integral. Finalmente, quando já estava tudo pronto para apresentar O Show do Chaves e Shiqhuina (sic) (El Chavo y La Chilindrina), falado em português, foi cancelado, pois naquela época os sequestros eram diários e a emissora não quis arriscar que sofrêssemos algum atentado. Assim que ficamos no México sem conhecer o Brasil, mas com o que nos haviam adiantado pelos vinte shows.

Antonio Felipe escreveu:Na biografia da Chiquinha:

Percorremos em dez anos toda a América do Sul e Central, exceto o Brasil. Conto a vocês porque não aconteceu. Tínhamos um excelente contrato com Santos Televisión (sic), naqueles tempos a emissora mais importante daquele país, faríamos vinte apresentações por toda a sua geografia. Como o programa do Chaves passa dublado em português, tivemos que aprender o show nesse idioma. Chespirito, Edgar e eu não tivemos problema, pois temos facilidade para aprender línguas, mas para os demais sim foi problemático, e isso que nos colocaram professor de tempo integral. Finalmente, quando já estava tudo pronto para apresentar O Show do Chaves e Shiqhuina (sic) (El Chavo y La Chilindrina), falado em português, foi cancelado, pois naquela época os sequestros eram diários e a emissora não quis arriscar que sofrêssemos algum atentado. Assim que ficamos no México sem conhecer o Brasil, mas com o que nos haviam adiantado pelos vinte shows.

Que merda! Cada um fala uma coisa, porque não falaram que não queriam ir ao Brasil e pronto!

Olha ali na revista, Chiquita! Veja, como sempre errando...

Em 2006, Chespirito deu uma entrevista à Folha de São Paulo. Nela, ele falou sobre não ter vindo ao Brasil nos anos 90:

Folha - Por que não visitou o país? Bolaños - Tínhamos contrato para apresentações com nosso grupo de teatro. Até aprendi coisas em português. Mas houve um problema político no Brasil. Ocuparam alguns lugares em protesto, entre eles onde íamos nos apresentar. O problema foi com Collor [manifestações pró-impeachment]. As pessoas que haviam nos contratado cancelaram a apresentação por causa disso. Iríamos a São Paulo e talvez ao Rio. Se fosse hoje, não iria caracterizado como Chaves nem Chapolim, porque sou muito velho e as pessoas ficariam desiludidas. Iria como alguém normal, porque tenho vontade de conhecer o país e agradecer a boa acolhida que tiveram meus programas.

Entrevista completa: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustr ... 200606.htm

Acho estranho que, segundo a reportagem da Veja, a turnê aconteceria em 1990, mas as manifestações contra o Collor ocorreram em 1992, quando teve o impeachment dele. Ou seja, as datas não coincidem. Mas, juntando os relatos, acho que o que deve ter acontecido foi que adiaram a turnê para 1992, para dar tempo dos atores aprenderem a falar português para o show. Mas depois, com as manifestações, cancelaram a turnê de vez.

Em 2007, até acho que ele não veio por problemas de saúde e também porque a biografia dele não foi lançada no Brasil. Mas e em 2002, 2006 e 2009?

Detalhe que o Ratinho, comentando sobre a entrevista que fez com ele em 2011, falou que ele não sabia o tanto que ele era querido no Brasil, que ele só começou a perceber depois que falaram e mostraram imagens.

Encontrei mais essa notícia do PortalChaves, ela é de outubro de 2004:
Parece que o livro iria ser lançado no final de 2004, mas o lançamento ocorreu só em agosto de 2005. Será que foi por causa desse adiamento que ele não veio?

Com essa já são seis chances em que ele poderia ter vindo ao Brasil.

Não veio porque não quis, não teve vontade, não acreditava que era querido de verdade e ponto final