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Dois meses após a aprovação da fusão entre os canais esportivos da Disney pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a gigante norte-americana ganhou força, ampliou a oferta de jogos ao vivo e indicou um comportamento que deve adotar até 1º de janeiro de 2022 : priorizar a ESPN Brasil e esvaziar, aos poucos, o Fox Sports.
Uma das obrigações que o Cade impôs para a Disney foi manter na grade ao menos o Fox Sports 1 com o mesmo padrão de qualidade e sem deixar de ter programas ao vivo e a transmissão dos jogos. A empresa até o momento tem respeitado essa determinação.
Os dois canais do grupo passaram a compartilhar direitos : o Campeonato Inglês, que era exclusivo da ESPN, começou a ser também exibido no Fox Sports; o Alemão, que estava no canal esportivo de Rupert Murdoch, virou atração da antiga rival. O mesmo intercâmbio acontece nos campeonatos Português e Espanhol e na segunda divisão do Inglês. Essa troca continuará ocorrendo em outras competições e esportes.
Os profissionais também já aparecem em ambos os canais. Por exemplo, Rodrigo Bueno, Abel Neto e Mauro Naves, do Fox Sports, já participaram de programas da ESPN Brasil. Já Paulo Calçade e Gian Oddi estiveram na antiga rival.
"O compartilhamento estimula a integração, mas também irá preservar a identidade de cada um dos canais do grupo, mantendo o estilo e a linha editorial dos programas", explica a Disney, em nota.
Por outro lado, a empresa já iniciou um movimento para reavaliar contratos. Os comentaristas Carlos Alberto e Ricardo Rocha foram informados que os seus vínculos, que vencem neste mês, não devem ser renovados.
Também em junho, o Central Fox foi retirado do ar. A ideia foi evitar que o programa batesse de frente com o SportsCenter, da ESPN, segundo antecipou o UOL Esporte.
Em janeiro de 2022, a marca Fox Sports deixará de existir no Brasil ou poderá ser comprada por qualquer outro grupo ou investidor que se interesse.
Porém, todos os direitos de transmissão e a estrutura, como a sede no Rio de Janeiro, os equipamentos e os profissionais, ficarão com a Disney.
Até janeiro de 2022, a empresa tem como objetivo aumentar a base de assinantes e a audiência da ESPN.
Após a fusão, uma das expectativas do mercado é que a dona do Mickey se coloque como uma rival mais forte do Grupo Globo, da Turner e até do DAZN na disputa pelos direitos esportivos de transmissão.
Nessa linha, uma hipótese seria a Disney, para compensar a retração da TV paga, oferecer pay-per-view da Libertadores em um aplicativo de streaming.
Em 2022, a ESPN terá direito a exibir a competição sul-americana sozinha na TV por assinatura.
Um ano antes, no entanto, terá de disputar os direitos de 2023 em diante com outros players, em uma nova licitação da Conmebol.