A venda de espaço em canais abertos para igrejas evangélicas

[Ambrosi]

Na verdade, une o útil ao agradável.

Não há preocupação e gasto do que colocar no ar, e entra dinheiro da venda do horário.

[Ramón Chapatin]

A Record e outros canais vendem programação para quem quiser.

Em primeiro lugar, tenha argumentos antes de entrar em um debate.

Em segundo lugar, a Record é da Igreja Universal, caso você não saiba, e o dono chama-se Edir Macedo, que já foi gravado ensinando pastores a como coagir fiéis a doar mais e mais dízimo pro culto dele. Portanto, a Record não vende programação pra igreja, é a igreja que cede horário da programação para jornais e novelas.

Canais como a CNT e o Canal 21 usam de uma concessão pública que conseguiram para vender praticamente toda a sua grade a terceiros, deixando assim de atender ao interesse público.

Exato. A CNT é um perfeito exemplo de canal-cabide.

Ah cara, vá lamber sabão. Não estou falando que isso não seja uma enganação, mas se a Record é do bispo e ele quer passar programação religiosa o dia inteiro, ele passa. Igualmente, se eu for dono de um canal e quiser vender meu horário para a Polishop, eu vendo. É claro que o canal que é voltado para outros interesses, mas não há problema em vender umas horinhas.

[Ambrosi]

Canais abertos já são escassos. Não há muita opção do que assistir. Encher eles com esse tipo de programação é dose né...

[Ricardo Haertel]

Só o Ramon 97 votou sim.

[Chilindrinaツ]

Na verdade, une o útil ao agradável.

Não há preocupação e gasto do que colocar no ar, e entra dinheiro da venda do horário.

Poisé. Mas do que adianta entrar dinheiro de locação e não usarem para investir em programas, novelas, séries ou em reality shows com formatos nacionais ou estrangeiros? Do que adianta entupir a grade com esse tipo de programação e só enfornar dinheiro??

[Ambrosi]

O correto seria isso. Mas é mais fácil continuar com o lucro da venda de horário, do que investir em novos programas e depender de uma aprovação do público.

[jppedro86]

Já eu acho que o correto seria o dinheiro vir apenas dos meios que o Fabão citou.

[Ambrosi]

Já eu acho que o correto seria o dinheiro vir apenas dos meios que o Fabão citou.

Idem.

[Chad']

O negócio é assim: o Marcelo Rossi paga pra que a Globo exiba a Santa Missa? Não, então deixa.

Agora... desde que não passe de 8 horas/dia tudo bem. Não dá pra tolerar algo como o Canal 21, mas até dá pra engolir o que acontece com a Record ou Band...

[Marquês de Sade]

As igrejas compram horários em canais abertos porque é menos burocrárico do que conseguir uma concessão e mais barato que manter um canal 24/7.

O problema nesse mercado da fé é que as emissoras de variedades, que conseguiram uma concessão com o compromisso de levar educação, entretenimento, diversão e informação às pessoas, se acomodam. Elas também sabem como é custosa essa coisa toda, sabem que produzir um programa e colocar no ar em certos horários é garantia de prejuízo pois não podem competir com a Globo (caso da Band e o Show da Fé de noite) e com as outras emissoras (caso das CNT's da vida).

Então elas garantem lucro dessa venda de horários, mas é errado. Se você não consegue produzir conteúdo ou emitir conteúdo variado, a concessão deve ser passada pra outra empresa, porque essa venda gera apenas lucro para os canais e nada para o público.

Eu tenho certeza que o que a CNT anda fazendo é ilegal, só passa porque lei no Brasil é peça de decoração.

[Daniel Brito]

Inocente quem acha que a Universal não repassa grana pra Record. Só por ano são de 100 milhões pra cima. E eles compram sim a madrugada da Record, por dia era algo em torno de 200 mil por mês, salvo engano. Logo ela vende pra Universal sim

[jppedro86]

Se você não consegue produzir conteúdo ou emitir conteúdo variado, a concessão deve ser passada pra outra empresa, porque essa venda gera apenas lucro para os canais e nada para o público.

Quando você diz "passada", você não fala em venda, não é?

[Marquês de Sade]

As concessões são públicas. Não existe compra e venda da concessão, apenas dos canais (nomes, etc), como a Universal comprou a Rede Record, mas não a concessão.

Não sei o que a lei de telecomunicações fala a respeito de perda, mas quando falei "passadas", quis dizer "cedidas" a outros empresários ou grupo.

A "venda" de que falei era a dos horários a igrejas, que gera lucro aos donos dos canais, mas não à população.

[jppedro86]

Sim, eu sei. Exatamente por isso eu perguntei.

Eu ouvi dizer que, quando um grupo não tem mais condições para manter o canal, que a concessão deve ser devolvida ao governo.

[Barbano]

Eu tenho certeza que o que a CNT anda fazendo é ilegal, só passa porque lei no Brasil é peça de decoração.

Sim, tem uma lei que limita em 25% o espaço para publicidade na tv aberta:

Art. 124. O tempo destinado na programação das estações de radiodifusão, à publicidade comercial, não poderá exceder de 25% (vinte e cinco por cento) do total.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4117.htm

Na minha opinião qualquer espaço vendido na programação constitui espaço publicitário (inclusive as ações de merchandising).