NOVELAS & MINISSÉRIES

[Bentinho]

Pare pra pensar numa novela que foi sucesso sem ter personagem caricato e falhe miseravelmente.

Por Amor, pô.

EDIT: Cancela, tinha a Meg, uma perua que fazia até casamento pra cachorrinha de estimação.

Você arderá nas chamas eternas por não lembrar de Branca Letícia de Barros Motta.

Eu lembrei, mas é difícil classificar como caricata. Apesar do jeito Susana de falar, a personagem é uma pessoa comum.

[E.R]

A Meg foi baseada na socialite Vera Loyola, que tinha vários cachorros e sempre aparecia nessas revistas de famosos (Caras, Quem) fazendo as mesmas coisas que a Meg fazia na novela : aniversário de cachorro, festa de cachorro, etc.

A Branca era uma megera, brigava com os filhos no café da manhã, estava sempre atacando o marido e o filho mais novo, ela só mostrava o lado bom nas festas, com Atílio, com o Marcelo e com as amigas.

[HOMESSA]

Eu me arrependo pra caramba por não ter visto Verão 90 em 2019.

E eu me arrependo de não ter assistido Cheias de Charme em 2012.

[Tio Trambique]

Acho que Caras e Bocas é novela mais farofa que a Globo já produziu.

[Polegar]

A construção da Branca foi pensada pra ser caricata desde o começo com o combo frases de efeito + nome completo de efeito e um ponto de foco na aparência, no caso os cabelos platinados.

Bem coisa de vilã clássica mesmo.

[E.R]

NOTÍCIAS

O GLOBO

[E.R]

NOTÍCIAS

[Cortal Cristado]

Acho que Caras e Bocas é novela mais farofa que a Globo já produziu.

As novelas das 7 do Silvio de Abreu eram bem mais farofentas. Sassaricando que o diga.

[Barbano]

Diga isso para a moça travessa e sensual que queria ser uma sereia e dizia que era filha do boto cor de rosa com um sotaque paraense carregado.

Vamos respeitar a Ritinha, protagonista real da novela.

[Polegar]

Acho que Caras e Bocas é novela mais farofa que a Globo já produziu.

As novelas das 7 do Silvio de Abreu eram bem mais farofentas. Sassaricando que o diga.

Vocês vão saber o que é uma novela farofenta de verdade quando pesquisarem por uma pérola chamada "O Bofe".

[Bebê de Carne sem Osso]

Acho que Caras e Bocas é novela mais farofa que a Globo já produziu.

As novelas das 7 do Silvio de Abreu eram bem mais farofentas. Sassaricando que o diga.

Vocês vão saber o que é uma novela farofenta de verdade quando pesquisarem por uma pérola chamada "O Bofe".

Cara, faz uns 3 anos que pesquiso sobre essa novela e digo com toda a certeza: Ela deve ter sido a melhor novela dos anos 70.
Divertida, inteligente, personagens engraçados pra caralho. Dorival era um pobretão viúvo (Jardel Filho) que queria se dar bem dando golpes em pessoas ricas, e a Guiomar (Betty Faria) idem, eles se apaixonam, mas se separam logo depois.
Tinha uma personagem que se embebedava com xaropes, tinha um hippie que morre de tanto rir ao ouvir uma piada, era uma doideira.
A trama apresentava vários personagens e tipos caricatos e excêntricos que lutam por ascensão social e, em contato uns com os outros, transformavam a novela numa imensa crônica social.
Na época o público não gostou, pois ela era uma novela bem diferente, as pessoas gostavam era de Selva de Pedra, Uma Rosa com Amor, etc.
O final da novela foi até um pouco bonito, pois a personagem de Guiomar fica com Dorival mesmo ele sendo pobre, mostrando a vida como ela é, a única que querem é gostar um do outro normalmente.
Enfim, foi uma novela sensacional, que infelizmente nem existe mais.

[Polegar]

A personagem que se embebedava com xarope era uma crítica ao Biotônico Fontoura, que tinha álcool na fórmula original e foi assim por muitos anos... Era um pequeno drinkzinho infantil. Hoje é lembrado com saudosismo, marcou uma geração. Tem uma esquete famosa dos Caras de Pau que parodia isso também, o "Tônico Piririco".

O hippie era o José Wilker, acredito que ele teve divergência com alguém da produção (?). A história que eu sei é que por uma briga interna ele teve que sair, então o autor decidiu matar da forma mais esdrúxula possível. Ouviu uma piada e -morreu- de rir.

Se não me engano ele defendia a novela. Mas quase ninguém mais defendia, nem o público, já que ela naufragava no ibope Foi a coisa mais louca, absurda e inacreditável que já aconteceu em matéria de teledramaturgia no Brasil, talvez até no mundo.

Quase nem existem roteiro dela, porque praticamente não tinha. Os atores chegavam pra gravar sem texto. Às vezes tinha uma orientação "hoje você vai brigar com x" "hoje você e y se beijam", outras vezes não tinha nada. "Vai lá e inventa qualquer coisa, atua, faz o que quiser. Como sair saiu". E o que saía eles usavam, sem regra nenhuma. Sem saber como ia terminar.

Isso foi numa época em que a hegemonia da Globo tava começando mas ainda não se sabia como fazer novela no país, até que ponto dava, qual era a fórmula. Então eles se permitiam ousar. Basta ver O Rebu por exemplo, os 112 capítulos se passavam concentrados em um único dia.

Tudo era plástico, modelável, sem limites de tempo e espaço. Ainda mais no horário das 10, que era o mais reservado pras experiências. Foi só por isso que O Bofe aconteceu.

Ah, e antes que eu me esqueça, essa senhora na foto acima é um homem fantasiado, como a Vovó Mafalda. Se vocês pesquisarem as chamadas da novela, que são a única coisa que ainda existe, vão ver um pequeno trecho dele/dela falando com um papagaio.

Bônus: tem outra chamada mostrando o personagem do Jardel Filho tirando catota do nariz.

[Bebê de Carne sem Osso]

Tem essa matéria da época que até defendia a novela, mesmo ela sendo fraca na audiência:

[E.R]

NOTÍCIAS

O GLOBO

[Barbano]

Se ainda falta assinar o contrato, não contem com o ovo dentro da galinha. Vários atores estão pulando fora na hora de assinar o contrato, pois a Globo quer pagar mixaria.