Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 11 Ago 2022, 23:22

Entreguismo
Gustavo Petro e a esquerda que quer uma Amazônia nas mãos dos EUA
Presidente eleito da Colômbia indicou que defende a "internacionalização" da Amazônia, que significa entregar a região para o controle do imperialismo.

ImagemPresidente colombiano, Gustavo Petro, em encontro com o Secretário-Geral Adjunto da Organização dos Estados Americanos (OEA) no último domingo. – Foto: Flickr/ OEA – OAS/ CC BY-NC-ND 2.0.

As relações de toda a chamada “nova esquerda” latino americana com o imperialismo norte-americano explicitam o caráter farsesco dessa operação política. Depois de Gabriel Boric no Chile, o recém-empossado Gustavo Petro vem mostrando ser mais um político dessa safra, por um lado oferecendo alguma política social diante do panorama desolador em ambos os países, mas mantendo o dócil servilismo ao imperialismo. Uma receita que já vem se mostrando insustentável no Chile em menos de um ano de governo.

Se o contraste dentro da esquerda de Boric no Chile era com o movimento popular nas ruas, o de Petro é com a esquerda real do país, a esquerda armada, clandestina, nesse país que é uma ditadura, uma base do imperialismo para assediar o continente. Após uma tentativa de acordo de paz, com as FARC depondo armas e ingressando na política eleitoral, seus membros passaram a ser sistematicamente assassinados. Em seu discurso de posse, Petro não propôs uma reforma nas Forças Armadas da Colômbia, mas pequenos benefícios judiciais aos “criminosos” guerrilheiros.

Demonstrando um alinhamento milimétrico com a atual cabeça da USAID, Samantha Power, o presidente colombiano defendeu no seu discurso de posse a criação de um fundo internacional para “salvar a Floresta Amazônica”. Em passagem pelo país nos últimos dias, Power expressou satisfação na continuação da “colaboração” entre Colômbia e Estados Unidos nas seguintes áreas: mudanças climáticas, igualdade racial e étnica, direitos humanos e estado de direito. Uma mescla das tradicionais bandeiras do imperialismo em torno da “democracia” com os embustes modernos, como o identitarismo e o intervencionismo ambientalista.

O fato de Petro ter dedicado espaço no seu primeiro discurso como presidente para trazer o capital estrangeiro para dentro da Amazônia pode parecer deslocada diante de uma população empobrecida, afinal, como afirmado pelo próprio, sua prioridade será o combate à fome. Coincidência ou não, os grupos guerrilheiros colombianos se refugiam justamente nas florestas do país. Perseguidos impiedosamente pelo imperialismo norte-americano, a esquerda colombiana terá contra si outro poderoso inimigo, a demagogia ambientalista.

Além de esmagar a oposição à farsesca democracia na Colômbia, o imperialismo sinaliza um avanço em direção aos muito cobiçados e gigantescos territórios da Amazônia, cuja maior parte se encontra no Brasil. Não apenas pelo enorme potencial científico por conta da rara biodiversidade, mas pela tradicional exploração de recursos minerais e até petróleo. Um interesse concreto que contrasta radicalmente com a propaganda ambientalista de “proteção da floresta”.

A esquerda que não está no bolso do imperialismo tem o dever de denunciar essa manobra traiçoeira dos “novo-esquerdistas”, expondo que não passam de uma direita travestida de popular. A Amazônia não é um patrimônio “da humanidade”, o que significa na prática ser um patrimônio privado da burguesia imperialista, mas um patrimônio do povo dos países da América do Sul, onde ela se encontra. A Amazônia é nossa e não das aves de rapina dos países imperialistas, aqueles que mantém a população mundial na miséria. Abaixo os funcionários do imperialismo na América do Sul! Abaixo a esquerda identitária “Made in USA”!


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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por E.R » 14 Ago 2022, 03:35

NOTÍCIAS
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Mensagem por Chapolin Gremista » 17 Ago 2022, 08:51

XI Congresso Nacional do PCO
“O índio não quer passar a vida comendo batata, quer tecnologia”
Candidato a governador do Mato Grosso do Sul, Magno Souza, da etnia guarani kaiowá, denuncia a violência do latifúndio e do estado contra seu povo

ImagemMagno Souza no XI Congresso Nacional do PC – Foto: Reprodução

As tribos indígenas do Brasil estão sofrendo a cada dia mais sérios riscos de violência e morte, sobretudo com este governo de extrema-direita que está dando guarida aos criminosos latifundiários e seus jagunços.

O XI Congresso Nacional do Partido da Causa Operária, ocorrido em São Paulo neste final de semana, contou com a presença do candidato indígena ao governo do Mato Grosso do Sul, Magno Souza, o índio que não veio para ser personalidade nos meios hegemônicos de comunicação, mas para denunciar os ataques e massacres diários que sua etnia sofre.

Segundo Renato Farac, um dos dirigentes nacionais do Partido, o companheiro Magno Souza está sofrendo ameaças. Farac informa que é preciso equipar as tribos indígenas para que elas se protejam dos ataques e ameaças. Colocar internet, fazer vídeos para denunciar quando estiverem sendo atacadas, ter lanternas, uma rádio, binóculos, dentre outros recursos, são importantes para a autodefesa dos índios.

Magno Souza inicia sua fala corajosa clamando a todos para lutarem sem medo. Mesmo com seus familiares sendo contra sua vinda a São Paulo, temendo por sua segurança, Magno Souza veio e denunciou o assassinato do seu tio, Marçal de Souza. “Se uma pessoa vem e me mata, pronto, acabou, mas não vai pensar que vai acabar. Eles mataram o tupã, que é Marçal de Souza, que levantou mais de 50 famílias para lutar(…)”.

“Eu não estou lutando por uma terra para mim, ‘tou lutando pela terra para os pequeninos que estão vindo, para as crianças que estão vindo, para as moças que estão vindo. Isso eu me empenho em toda área de retomada, não para mim a terra, eu não preciso de nada, eu preciso buscar a proteção para minha família (…) preciso de escola, emprego, educação, água, luz, casa melhor, alimento, um pãozinho na sua mesa (…).

Cansado de ser massacrado, de fazer denúncias e ninguém resolver ou protegê-los, Magno Souza afirmou que conheceu o PCO, Renato Farac, e passou a lutar contra as ameaças à sua família, com comitês de luta, o programa do partido e muita coragem para lutar contra os assassinos latifundiários.

Magno agradece aos companheiros do PCO, Farac, Marcelo, Natalia, Carla. “Agradeço muito esses nossos companheiros. Foram os únicos companheiros que apareceram na aldeia, numa área de conflito para levar nossa luta junto com nós. Agora nós podemos nos sentir mais tranquilos. Agora nós podemos dizer que temos companheiros de confiança”.

Indignado, Magno pergunta pelo dinheiro dos índios: “Me candidatei não para humilhar ninguém. Me candidatei para buscar as melhorias para todas as aldeias do Mato Grosso do Sul, que está sofrendo miséria, sem água, sem luz, sem agente de saúde, sem Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), a Sesai não pode entrar, a sesai está sem combustível, cadê o dinheiro que vem para os índios do Brasil?… Nunca aparece nada, isso é minha indignação (…)”

É preciso ouvir esses verdadeiros índios, sofredores, massacrados pelo regime político brasileiro, e daí continuar formando urgentemente mais comitês de luta para todos os povos oprimidos, dar manutenção e apoiar com materiais e recursos, pois as tribos indígenas precisam defender seu território e sobretudo a vida, com saúde, educação, lazer, segurança, tecnologia, direitos fundamentais para o progresso de todos os povos.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... ecnologia/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Ago 2022, 00:51

Privatização da Amazônia
Pela estatização da mineiração da Amazônia
Os monopólios imperialistas da mineração e seus prepostos no Estado Brasileiro pretendem privatizar toda a riqueza da região Amazônica

ImagemAmazônia – Foto Reprodução

A política neoliberal imposta pelos países imperialistas, no mundo todo, desde o final da década de 1980, trouxeram à tona um fato que se torna inquestionável: os governos neoliberais no Brasil colocaram em marcha um plano para salvar os lucros dos capitalistas à custa de uma maior exploração da classe trabalhadora e da população em geral.

Com o aprofundamento da crise capitalista em nível internacional, os países imperialistas têm colocado os países da América Latina cada vez mais sob pressão para que privatize as empresas estatais. Ou seja, que as empresas estatais sejam repassadas aos grandes capitalistas estrangeiros.

Foi o que aconteceu no famigerado governo de FHC (PSDB), no começo da década de 1990 que privatizou praticamente todas as empresas estatais, tais como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a Vale do Rio Doce, que foram entregues a preço de banana e, hoje, toda a riqueza, produzidas por essas indústrias, vão parar no bolso de meia dúzia de capitalistas internacionais, enquanto a população passa fome.

O caso da Amazônia é ainda mais drástico, existe uma campanha do imperialismo para controlar todo um gigantesco território, mais da metade do Brasil, e um dos principais motivos são justamente as riquezas minerais presentes. A estatização dessas riquezas a sua exploração pelo Estado portanto seria uma forma de defesa dessas investidas do imperialismo. A exploração da região amazônica sobre o controle dos trabalhadores da cidade e do campo é na realidade a única forma de assegurar a integridade nacional.

Há por parte desses monopólios a defesa da legalização da mineração em terras indígenas e, por tabela, lógico, a extensão para toda a região. Levantamento realizado em 2021 sobre os conflitos no ano anterior na publicação Mapa de Conflitos da Mineração 2020 revelou os números dos conflitos relacionados à mineração no Brasil.

As grandes mineradoras internacionais são apontadas como as principais “violadoras” em 48,7% dos conflitos ocorridos em 2020, enquanto as mineradoras nacionais responderam por 23,8% e o garimpo ilegal, por apenas 19,4%. Os dados são o oposto do que é propagandeado pela imprensa burguesa e pelas ONG ‘s financiadas pelo imperialismo. E essa campanha não é por acaso. Os conflitos são incentivados pela direita que lucra às custas da exploração dos garimpeiros, que recebem de 30 a 40% do valor do ouro encontrado. Esses sim são os criminosos que financiam a violência contra os índios e outras comunidades que possuem jazidas de minério em suas terras e pretendem com isso manipular a situação como justificativa para realizarem os seus negócios na região com objetivos próprios. É através desses métodos que os capitalistas e seus prepostos pretendem aprovar a privatização da indústria de mineração na Amazônia.

Toda essa falcatruas e vigarices promovidas pelos monopólios capitalistas, só podem ser bloqueadas pela intervenção firme e organizada daqueles que efetivamente são os verdadeiros interessados na exploração das riquezas nacionais: os povos indígenas, os trabalhadores, os garimpeiros e toda a população em geral, ou seja, que a política racional do desenvolvimento da região amazônica passa, obrigatoriamente, pela estatização da mineração na Amazônia sob o controle dos trabalhadores, através de comissões eleitas de forma mais direta possível, com mandatos revogáveis, e totalmente desburocratizadas e desatreladas dos interesses patronais, a partir daí estabelecer um verdadeiro controle da empresa: determinando receitas e despesas, os negócios a serem efetuados; eliminando assim as maracutaias que os patrões estão acostumados a aplicar. Além disso, é necessário organizar uma luta pela reestatização das empresas nacionais (Vale do Rio Doce, CSN, Petrobrás etc.) na defesa do patrimônio nacional e de todo o povo brasileiro.

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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 24 Ago 2022, 06:33

Cobiçada pelo imperialismo
Uma ameaça de proporções amazônicas
O imperialismo estás sempre tentando se apropriar de todas as riquezas e recursos do Planeta. A Amazônia, com toda a certeza, está na mira da cobiça, mas a floresta é nossa.

ImagemUma vasta região com riquezas incalculáveis. – montagem – DCO

Asoberania da Amazônia é um tema crucial no debate atual, em função do contexto de crise econômica inusitada no mundo, possivelmente a mais grave da história. Com todos os riscos que isso implica, inclusive de uma escalada de violência ao nível internacional, com perigo de uma grande guerra mundial. Tudo indica que a crise que temos assistido no mundo seja apenas o começo de um processo que tende a ser cada vez mais dramático. Ao par da crise econômica, há uma grande crise política, social e militar, que envolve o centro imperialista mundial, especialmente a sua cabeça, os EUA. Este país sofre grande crise porque não está conseguindo, inclusive, exercer a hegemonia da mesma forma que manteve durante tantas décadas. Praticamente mandava no mundo, interferindo em inúmeros países, invadindo outros, mais ainda após a dissolução da União Soviética, em 1991.

Assistimos à derrota do imperialismo no Afeganistão, no ano passado, país do qual os EUA saíram escorraçados, numa situação humilhante, para um exército teoricamente muito inferior, o Talibã, que dispunha do mínimo de recursos (dinheiro, armamentos modernos etc.). Estamos vendo há seis meses a crise causada pela atitude da Rússia, que decidiu enfrentar as provocações dos Estados Unidos na Ucrânia, impedindo que este país, a mando das potências imperialistas, instalasse armas nucleares às portas de Moscou.

A guerra da Ucrânia é um marco fundamental nesse processo de crise de dominação do império norte-americano. Perante a ousadia da Rússia, um país subdesenvolvido, mas grande potência militar, os EUA não tiveram o que fazer, a não ser empurrar os ucranianos para uma “fria” sem precedentes. Conforme diz a irônica frase: “os EUA irão lutar até o último ucraniano vivo”. Os EUA, ao que parece, vão tomar outra invertida em Taiwan, já que a China, apesar de muito comedida em termos diplomáticos, não irá aceitar a perda da ilha, que sabidamente pertence ao território chinês, fato reconhecido, inclusive, formalmente pelo governo dos EUA em acordos diplomáticos anteriores.

Não é que a China represente uma ameaça aos Estados Unidos da América. Na verdade, o seu crescimento e progresso, representa uma problema ao império dos EUA e às ambições hegemônicas deste. Quando as agências governamentais e a grande imprensa se referem à China como a “ameaça” número um, estão falando que ela ameaça o domínio do Império. Criticar as disputas territoriais da China com os seus vizinhos sem mencionar as políticas do império estadunidense para estabelecer a dominação estratégica dessas áreas é uma hipocrisia desmesurada. Não achamos que os chineses sejam ‘santos’, porque isso não existe em política internacional. Mas os EUA são o país que mais cometem crimes no mudo todo. Não precisamos nem lembrar as duas bombas atômicas que jogaram no Japão, que foi o maior ato terrorista da história da humanidade. Vamos lembrar algo mais recente: a articulação do golpe de 2016, que ameaça liquidar o Brasil, inclusive sua soberania territorial e que, por exemplo, levou Bolsonaro ao poder. Bolsonaro é cria direta do golpe de 2016.

A partir deste quadro impressionante é fundamental entender o que está acontecendo na Amazônia, porque a ambição imperialista sobre a região está mais exacerbada do que nunca, justamente em função desse aprofundamento da crise política e econômica internacional. Como os países ricos dispõem de muito dinheiro para propaganda, a versão quase única que circula é a de que a Amazônia está sendo destruída por quem não tem consciência ecológica. E, no lado oposto, os países ricos estariam interessados ao máximo em “salvar” a Amazônia.

Recentemente (em 18 de junho), um jornalista de O Globo, Ascânio Seleme, afirmou com todas as letras, que “A floresta não pertence ao Brasil ou Colômbia, Venezuela, Peru, Equador e Guianas.” Usando uma série de argumentos, e descrevendo os graves problemas da região, o jornalista defendeu no artigo que a Amazônia não corre risco em função dos interesses estrangeiros. O perigo de perda de soberania na Amazônia seria uma falácia, não haveria nenhuma ameaça externa. Para o jornalista, os interesses dos EUA, da França, e dos demais países imperialistas na região, seriam apenas o de preservar a floresta e garantir a segurança das populações nativas da Amazônia. Em face dos gravíssimos problemas da Amazônia, enormemente piorados no governo incompetente e entreguista de Bolsonaro, nessa interpretação os países ricos aparecem como “salvadores da pátria”, dispostos a investir e “trabalhar duro” pela preservação da floresta e suas populações nativas.

Nada poderia ser mais enganoso e perigoso do que esse tipo de perspectiva. Possivelmente, não exista em qualquer parte do globo terrestre região que disponha de mais recursos naturais do que a Amazônia. O potencial de existência de grandes quantidades de minerais raros, gás, petróleo é enorme. Obviamente a Amazônia tem graves problemas que requererão muito planejamento, vontade política, tempo, e dinheiro para serem resolvidos. Mas certamente a solução não está em colocar a administração do galinheiro nas mãos das raposas. O atual debate sobre gestão internacional da Amazônia, obviamente está sendo fomentado pelos grandes capitais internacionais, que querem simplesmente rapinar (roubar) os recursos da área. Essas ambições são disfarçadas por objetivos indiscutivelmente nobres, como a proteção das populações indígenas, preservação do meio ambiente, da fauna etc.

Uma das teses cada vez mais difundidas é a de que o Estado brasileiro é incompetente para administrar a Amazônia e que, portanto, estaria justificada a ideia do jornalista, de ser realizada a gestão da floresta através de um conjunto de países. Inclusive de fora da Região Amazônica, já que os demais países amazônicos seriam também incapazes. Os países ricos seriam mais “organizados” e “civilizados”, portanto, mais preparados para administrar a Amazônia. Neste momento de grande turbulência internacional, de crise econômica e política, e de imensa voracidade dos capitais, esse debate é singularmente perigoso. Está se falando em entregar para administração internacional 59% do território brasileiro, compreendido pela Amazônia Legal, e que é distribuído por 775 municípios.

A Amazônia compreende nada menos que 67% das florestas tropicais do mundo. Se fosse um país, como querem alguns, a Amazônia Legal seria o 6º maior do mundo em extensão territorial. No Brasil, há dois principais territórios geográficos para a região: bioma Amazônia e a Amazônia Legal. O primeiro possui 4,2 milhões de km², e é definido como um conjunto de eco regiões, fauna, flora e dinâmicas e processos ecológicos similares. Ele é composto por florestas tropicais úmidas, extensa rede hidrográfica e enorme biodiversidade.

Embaixo da Amazônia está um tesouro que os imperialistas já mapearam muito bem, um verdadeiro oceano subterrâneo, com volume total de 162 mil quilômetros cúbicos, e que é chamado pelos cientistas de Sistema Aquífero Grande Amazônia (Saga). O volume dessa reserva foi constatado há pouco tempo, especialmente pelos pesquisadores do curso de Geologia da Universidade do Pará. O Saga é considerado o maior aquífero do planeta, estimado em quatro vezes o Aquífero Guarani e, portanto o maior do mundo.

Uma das possíveis razões para a ofensiva contra a Amazônia é o que ela representa em termos de estoque de água doce. Segundo os pesquisadores, o Saga seria capaz de abastecer o planeta durante 250 anos. São mais de 150 quatrilhões de litros de água doce — uma riqueza de valor incalculável para o mundo. Em uma área total de um milhão e duzentos mil quilômetros quadrados, 75% em território brasileiro, se avalia que o Saga dispõe de mais de 150 quatrilhões de litros de água doce. Várias cidades da Amazônia já utilizam desse recurso para o abastecimento público. Segundo os pesquisadores da Universidade Federal do Pará, o Saga e a vegetação amazônica dependem um do outro para que ambos possam existir. De acordo com professores, é da relação entre aquífero e floresta que nascem as chuvas que irrigam quase todo o país.

Imaginem se a maior reserva de água doce do mundo não seria objeto da cobiça dos países imperialistas. Se os EUA fazem o que fazem por petróleo, que é também um produto essencial, imaginem o que não fazem para se apropriar de mananciais de água, que é simplesmente a substância mais importante da Terra. Somente o bioma Amazônia representa 48% do território brasileiro. A Amazônia Legal, que inclui o bioma Amazônia, além de parte do bioma Cerrado e do Pantanal, possui aproximadamente 5 milhões de km². Ela abrange todos os estados da Região Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), mais Mato Grosso e parte do Maranhão.

A denominada Pan Amazônia é um território que se distribui também entre outros oito países, tendo uma área estimada em 7,8 milhões de km², das quais o Brasil detém 64%. Em seguida vem o Peru (10%), Bolívia (6%), Colômbia (6%), Venezuela (6%) e o restante (8%), que se distribui entre Equador, Guiana, Guiana Francesa e Suriname. A população da Pan Amazônia está estimada em 38 milhões de habitantes (equivalente a 84% da população da Argentina). Somente a Amazônia Legal tem 28,1 milhões de habitantes, 13% da população brasileira.

É uma imensidão de biodiversidade, que desperta forte “apetite” nos países imperialistas. A região é extremamente estratégica sob todos os pontos de vista: econômico, ecológico, político, social e militar. Enquanto isso, uma delegação brasileira com representantes de 18 organizações da sociedade civil visitou os EUA, na última semana de julho, para solicitar ao governo de Washington uma posição em relação ao processo e aos resultados das eleições no Brasil. Esse fato revela os perigos que o Brasil corre neste momento.

Os EUA são, com folga, na história mundial, o país que mais organizou golpes de estado, em todos os continentes. Seguramente, na casa dos milhares. Os golpes de 1945, 1954, 1964, 2016, no Brasil, sabidamente, foram todos coordenados pelos norte-americanos. As ditaduras mais sanguinárias da América Latina, incluindo a de Augusto Pinochet, Jorge Rafael Videla e Emílio Garrastazu Médici, foram todas alavancadas e sustentadas pelos EUA. Essa ingenuidade e subserviência aos interesses dos países estrangeiros, por parte de alguns brasileiros, mesmo que sejam bem-intencionados, pode nos custar muito caro.

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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por E.R » 27 Ago 2022, 11:36

NOTÍCIAS
Os países que mais poluem o meio-ambiente :

1. China
2. Estados Unidos
3. Índia
4. Rússia
5. Japão
6. Irã
7. Alemanha
8. Indonésia
9. Coreia do Sul
10. Arábia Saudita

Fonte : https://br.noticias.yahoo.com/15-paises ... 16941.html
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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 12 Set 2022, 22:14

NOTÍCIAS
Sônia Guajajara
A índia do PSOL quer a Amazônia para os gringos
Sônia Guajajara deu "banana" para quadro de D. Pedro mas adora bajular a Coroa Britânica e o governo dos EUA, com quem tem se encontrado com frequência

ImagemIndígena gourmet sendo paparicada pelo imperialismo – montagem – DCO

O imperialismo tem investido pesado na ideia de que é preciso internacionalizar a Amazônia. A desculpa é prevenir os efeitos indesejáveis das mudanças climáticas. Para isso, financia políticos, ONGs, jornais para martelar na cabeça das pessoas a necessidade da preservação ambiental, coisa que as potências nunca fizeram no próprio quintal.

A nova moda é cooptar representantes dos ‘povos originários’ na defesa do meio ambiente. Indígenas são transformados em celebridades, viram capa de revistas, viajam e são paparicados pela grande imprensa. Ai de quem os criticar. Por que será que Sônia Guajajara foi capa da revista Time?

Todos deveriam se perguntar do porquê de os países imperialistas não recuperarem o próprio meio ambiente em vez de ficar metendo o bedelho por aí. Se houvesse preocupação com a natureza, investiriam pesadamente em reflorestamento, em reintroduzir espécies animais. Mas, o que e ‘importa’ é a Amazônia.

É preciso dizer que Sônia Gujajara (existem outros) é embaixadora do Washington Brazil Office (WBO). É curioso como os EUA, país que mais deu golpes de Estado e instaurou ditaduras pelo Planeta está recheado de fundações que ‘apoiam’ a democracia. Dizem que o WBO é um ‘centro especializado no pensamento e divulgação do Brasil nos Estados Unidos’. Bom, se eles querem mesmo saber do Brasil, basta procurar a CIA, se é que não fazem parte secretamente desse órgão.

WBO é uma ‘think tank’, que é um tipo de organização que tem atrás de si pessoas como o bilionário George Soros (Open Society), financiador de nazistas na Ucrânia, Fundação Ford (CIA), Fundação Rockefeller etc. Todos sabem que o principal trabalho desses organismos é cooptar, comprar, a esquerda para se opor e desestabilizar governos.

Existem cerca de 10 mil ONG’s atuando na Região Amazônica, em um espectro que vai de ‘missionários’ a entidades ensinando o inglês para os indígenas. É muita bondade no coração. Agora, experimente falar em desenvolver a região para ver essa gente ficar furiosa.



Guajajara, por exemplo, em um encontro do MST, constrangeu Lula publicamente pela Usina de Belo Monte (leia) e disse que os indígenas não precisam de hidrelétricas. Claro, o imperialismo não quer hidrelétricas, ou qualquer tipo de desenvolvimento na Amazônia, pois assim fica mais difícil dominar a região. No entanto, Magno Souza, candidato do PCO ao governo de Mato Grosso do Sul disse justamente o contrário, que os indígenas não querem ser eternos comedores de batata, querem se desenvolver, sim. Opinião bem diferente dos índios gourmet comprados pelo imperialismo.

Siga o dinheiro
Como se costuma dizer, para descobrir o nexo de certos acontecimentos basta seguir o dinheiro, e foi o que fizemos:

Um outro dado interessante sobre Sônia Guajajara é que sua candidatura, pelo PSOL, recebeu dinheiro de figura ligada ao Banco Itaú (leia matéria detalhada). Sônia recebeu R$ 190.000,00 de Elisa Sawaya Botelho Bracher, filha de Fernão Carlos Botelho Bracher, banqueiro fundador do banco BBA (adquirido pelo Itaú), vice presidente do conselho de administração do Itaú; foi vice-presidente do Bradesco e presidente do Banco Central durante o governo Sarney.

Com todo esse assédio financeiro de pessoas ligadas a bancos, de think tanks imperialistas, é claro que tudo, menos os interesses dos povos indígenas estão sendo defendidos.

Violência na Amazônia
A Região Amazônica é conhecida pela violência, e o motivo é que ali existe muita riqueza sendo disputada, seja por grileiros, madeireiras, garimpeiros, contrabandistas de animais, de plantas. E o governo pouco atua para povoar e desenvolver de maneira organizada a Amazônia.

Sônia Guajajara, em junho deste ano, esteve no evento da revista Time, nos EUA, e se encontrou com John Kerry, assessor do governo de Joe Biden, com quem conversou sobre o desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, membro da ONG Univaja, e servidor da Funai. Na conversa, Guajajara pediu um ‘posicionamento’ da Casa Branca sobre a violência no Brasil com os indígenas. Tudo o que os Estados Unidos querem é ter um posicionamento na Amazônia, especialmente o militar, e já está bem perto, com suas bases na Colômbia.

A candidata do PSOL reclama da violência que aumentou durante o governo Bolsonaro, mas foram justamente os EUA que o colocaram no poder, uma vez que deram o golpe na ex-presidenta Dilma Rousseff e prendeu Lula para que não concorresse em 2018. Não faz sentido pedir intervenção, ou posicionamento, de quem tem culpa no cartório.

Houve uma verdadeira comoção (orquestrada) na grande imprensa nacional e internacional com as mortes do jornalista e do indigenista. Ninguém liga muito com os indígenas que são mortos diariamente no Brasil. No entanto, estão utilizando o caso para defender mais abertamente a internacionalização da Amazônia, que representa mais da metade do território nacional.

Tudo tem se encaminhado para convencer a intervenção imperialista no Brasil. O próprio Joe Biden andou dizendo que a Amazônia é questão de segurança para os EUA! Ou seja, já está se prontificando a usar armas para ‘preservar’ a região.

A Amazônia é estratégica, nem se pode calcular direito o quanto existem de riquezas ali e esse é o que motiva tanta ‘preocupação do imperialismo’.

Temos que defender nosso território, a Amazônia é brasileira e a defesa do que é nosso passa por denunciar os elementos infiltrados na esquerda que, com a desculpa de lutar pelos indígenas e pelo meio ambiente, estão, na verdade garantindo a região para futuros invasores.

Não podemos cair na conversa mole de ‘mudanças climáticas’. Os indígenas gourmet, financiados por bancos e fundações-fachada da CIA precisam ser desmascarados e combatidos. As riquezas do Brasil devem servir aos interesses de nós, brasileiros, não dos sanguessugas internacionais.

Que ninguém se engane, se a Amazônia cair nas mãos do imperialismo será totalmente depredada, pois é só isso que essa gente sabe fazer.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... s-gringos/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Nezz » 12 Set 2022, 22:33

Não estou entendendo, o PCO é afinal contra ou a favor do meio ambiente? O trecho que defende hidroelétricas na região amazonica é no mínimo curioso, porque sabe-se o quanto são prejudiciais.
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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 12 Set 2022, 22:38

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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Set 2022, 00:38

NOTÍCIAS
Risco de intervenção
A Amazônia está cercada por bases militares dos EUA
São 30 bases norte-americanas, incluindo uma no próprio Brasil, que poderiam servir para o início de uma operação militar "em defesa do meio ambiente"

ImagemParlamento Europeu avança contra a soberania do Brasil com novo pacote de sanções – Foto: Reprodução

Nessa terça-feira (13), o Parlamento Europeu validou a proposta de um projeto que proíbe a entrada de commodities ligadas ao desmatamento no mercado do continente. Dentre os produtos que seriam regulamentados, estão a carne bovina, a soja, a madeira, o cacau, o café e outros. Ou seja, para que essas mercadorias possam ser comercializadas na União Europeia (UE), as empresas deverão comprovar que não são provenientes de florestas derrubadas ilegalmente.

Além disso, os eurodeputados (deputados da União Europeia), com o projeto, querem que as empresas verifiquem se seus produtos são produzidos respeitando os direitos humanos e os direitos dos povos indígenas.

“As empresas europeias estão contribuindo importando carne, ração animal e outros produtos que levaram à desflorestação em outros lugares. Temos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para acabar com isso […] Precisamos do mesmo senso de urgência nas próximas negociações com os Estados membros”, afirma, em nota, a eurodeputada Anna Cavazzini.

Agora, após a aprovação do texto, o Parlamento iniciará as negociações com os estados membros da UE. Para que seja efetivamente sancionado, o projeto deve ser aprovado por todos os 27 países.

O alvo é o Brasil

Ao longo das últimas décadas, a questão ambiental tem sido uma das maiores preocupações do imperialismo. Todavia, essa campanha tem se intensificado exponencialmente nos últimos anos e tem se concentrado, principalmente, na questão da Amazônia. O projeto em questão é apenas mais uma prova disso. Afinal de contas, um dos principais afetados por isso será, justamente, o Brasil e sua floresta.

Aqui, é preciso ficar claro que se trata, antes de qualquer coisa, de um projeto de interferência na política interna de outros países. Qualquer tipo de sanção diz respeito a uma imposição econômica unilateral que procura forçar seu alvo a aderir à política do país que a emite sem que seja necessário uma intervenção mais enérgica, como a militar.

Finalmente, o desmatamento de uma floresta que fica dentro do território, por exemplo, do Brasil, só deve ser motivo de ingerência por parte do povo brasileiro. E não de um Parlamento que fica do outro lado do globo. Antes, é um projeto que procura monitorar o País e, dessa maneira, golpear a sua soberania. Não é à toa que a base do projeto em questão é a de que as empresas importadoras possam julgar os produtores na sua cadeia de abastecimento por meio de coisas como monitoramento por satélite.

A ameaça também é militar

Além do perigo econômico, por meio das sanções contra o Brasil, o imperialismo, mais especificamente o americano, também ameaça a soberania nacional por meio de mobilizações militares ao redor do território brasileiro. Os Estados Unidos, o mais ativo e mais poderoso nesta campanha, possuem cerca de 800 bases militares em todo o mundo. Delas, mais de 76 estão na América Latina, ou seja, cerca de 10% do total.

Segundo o Comando Sul Norte-Americano, esses postos têm como objetivo lutar contra o narcotráfico, o crime organizado, fornecer ajuda humanitária e um efetivo de resposta a desastres naturais. Desculpas que tentam justificar o injustificável que é a intervenção imperialista no resto do mundo. Até porque boa parte dessas bases estão localizadas ao redor de reservas naturais, como é o próprio caso da Amazônia.

À título de exemplo, em maio, na Argentina, o povo de Neuquém, na Patagônia, se manifestou contra o início da construção de uma nova base militar por parte do Comando Sul dos Estados Unidos na região. A população local considerou tratar-se de um atentado à soberania do país, bem como à segurança da chamada fronteira tripla, entre a Argentina, o Brasil e o Paraguai.

Um projeto de dominação

Fato é que o imperialismo está em uma crise cada vez maior que, com o passar do tempo, toma proporções nunca antes vistas. Isso ficou evidente com suas mais recentes derrotas no Afeganistão, no Cazaquistão, na Bielorrússia e, finalmente, na Ucrânia, onde a Rússia está enfrentando a, efetivamente, derrotando a hegemonia imperialista na região.

Para que possa sair de sua crise, o regime imperialista precisa de recursos, algo que, há muito, já está sendo explorado ao máximo em seus próprios territórios. Nesse sentido, precisa avançar sobre o patrimônio de outros países e roubar-lhes tudo que for possível.

O ataque contra a Amazônia vai exatamente nesse sentido. O Estados Unidos, acima de qualquer outro país, visa o território da Floresta do Brasil justamente para utilizá-la para os seus próprios interesses econômicos. Algo que implica, necessariamente, em uma exploração absurdamente exacerbada dos recursos naturais de nosso território, coisa que deixaria o atual desmatamento no chinelo.

Balcanização do Brasil

A recente investida do Parlamento Europeu contra a economia brasileira baseado na demagogia com o desmatamento, bem como a pesada presença de bases militares americanas ao redor do Norte do Brasil deixam muito claro que o objetivo do imperialismo é colocar a Amazônia no olho do furacão para que, assim que possível, possa saqueá-la por completo.

Além disso, ao que tudo indica, esse ataque se dará, em primeiro lugar, por meio da sabotagem da unidade nacional. Justamente por isso que, no 7 de Setembro e, de maneira geral, em torno da data, os principais jornais e ideólogos burgueses iniciaram uma campanha pela soberania dos povos indígenas do País, pregando a divisão do território em partes menores.

É exatamente o que o imperialismo fez na Europa, na região dos Balcãs, onde dividiu a Iugoslávia em diversos países menores para facilitar a sua dominação sobre o território. Além disso, temos o exemplo do Sudão, da Alemanha, do Vietnã e da Coreia. Situações em que o regime imperialista se utilizou da estratégia do “dividir para conquistar” e, na maioria dos casos, conseguiu devastar as respectivas regiões.

Uma infiltração nacional

Enquanto parte dessa campanha vem de fora, das grandes potências imperialistas, outra parcela da mesma se encontra dentro do Brasil. Algumas figuras da esquerda pequeno-burguesa, principalmente ligada ao chamado “movimento indígena”, adestradas pelo imperialismo, fazem coro com as reivindicações farsescas do capital e, com isso, atacam, eles próprios, a soberania do Brasil.

É o caso de Sônia Guajajara que, entre posar alegremente ao lado de Biden e ser financiada pelo Banco Itaú durante as eleições deste ano, foi até John Kerry, Secretário de Estado dos Estados Unidos, implorar para que o país interviesse na Amazônia.

Como se não bastasse, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), mais uma organização profundamente atrelada ao imperialismo, veio à público pedir para que todos os biomas brasileiros fossem incluídos na lei do Parlamento Europeu.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/i ... s-dos-eua/
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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 21 Set 2022, 01:58

NOTÍCIAS
Soberania nacional
Independência nos deu a Amazônia que os vendidos querem entregar
Um dos mais importantes patrimônios nacionais foi garantido pela luta árdua pela independência do Brasil, que segue vigente com a tentativa do imperialismo de roubar a floresta

ImagemA cidade de Manaus tem uma população de 2 milhões e uma zona industrial, uma demonstração do que pode se tornar a Amazônia – Foto: Reprodução

O ataque ideológico à Independência do Brasil, bem como o ataque feito em 2021 aos bandeirantes, tem como um de seus principais focos o ataque à integridade do território nacional. O Brasil foi o país que teve o maior sucesso dentre todos as nações da América Latina em manter o seu território unificado no processo de libertação nacional. E um dos maiores feitos foi justamente manter a Amazônia ligada ao restante do País, isto é, metade do território nacional com uma imensidão de recursos a uma enorme distância do centro político e populacional.

Se as relações econômicas e políticas entre os estados da Amazônia e os demais estados do Brasil já são fracas hoje em dia, é possível imaginar quão grande era a divisão há 200 anos. O estado do Grão Pará. por muito tempo, possuía uma outra administração, se integrando ao estado do Brasil apenas em 1774. Sendo assim, no ano da independência, a Amazônia não possuía nem 50 anos de unidade política com o resto do Brasil, e isso ficou claro durante todo o processo de luta contra os Portugueses.

A província do Grão Pará foi a última a aderir ao governo independente do Brasil. Os portugueses da administração colonial, em grande medida, queriam se manter ligados à metrópole e não à nova capital da nação no Rio de Janeiro. O general português José Maria de Mouro foi o último a governar a província em nome de Lisboa. De abril de 1822 até a sua rendição, em 15 de agosto de 1823, ele manteve a Amazônia sobre o controle estrangeiro, em guerra aberta com o Brasil a partir do dia da Independência, dia 7 de setembro. Por quase um ano, a Amazônia ficou de fora do controle do Brasil, foi D. Pedro I quem a reanexou à nação brasileira.

Em vez de capitular aos portugueses, como não havia feito nenhuma vez desde o dia do Fico, quando havia desrespeitado o ultimato para voltar à Portugal, D. Pedro lutou por todos os territórios que pertenciam ao País antes da independência. O Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo já haviam aderido desde o início, mas a vitória na Bahia, no Maranhão e na Amazônia necessitou de uma combinação militar entre os exércitos comandados por D. Pedro I e a população local em armas, aliadas contra as tropas que se mantinham leais a Portugal.

Após as vitórias no Maranhão e na Bahia, D. Pedro I enviou o inglês John Grenfell à Belém do Pará para conquistar o território. Contudo, nem foi necessário iniciar a guerra, bastou a ameaça de uma invasão marítima para que José de Mouro se rendesse. Assim, no dia 15 de agosto de 1823, a Amazônia passou a ser brasileira e o Brasil uma nação unificada. Ainda houve tentativas dos portugueses, que não haviam sido derrotados militarmente, de retomar o poder. Mas, foi aí que a população brasileira se levantou e impediu qualquer tentativa de golpe contra o governo brasileiro.

Com a Independência de 1822, quase metade da Amazônia se manteve como território brasileiro. Ao contrário dos casos do Grã-Colômbia, que se dividiu em 4 países, sendo 3 deles hoje em dia basicamente colônias dos EUA, o Brasil ainda ganhou territórios na Amazônia, o estado do Acre. Simon Bolívar não foi capaz de manter a unidade territorial de seu país da mesma forma que D. Pedro I. Passados duzentos anos, a obra daqueles que realizaram a independência não foi destruída, apesar das muitas tentativas.

Nos dias de hoje, fica clara a campanha imperialista gigantesca para tomar o controle da Amazônia. Ela é uma inveja para todas as nações do mundo, é uma riqueza quase que imensurável. O imperialismo, conforme entra em decadência e vai perdendo controle de territórios, como vem acontecendo nas proximidades da Rússia e da China, tende a recorrer a medidas mais agressivas em outros locais do mundo, e a Amazônia passa a ser um dos principais alvos. Na Colômbia, o presidente da nova esquerda, Gustavo Petro, já declarou que chamará “ajuda” dos EUA para estabilizar a situação do território.

Ao mesmo tempo, no Brasil, há uma campanha gigantesca com a questão indígena e a ambiental realizado por ONGs e pessoas ligadas a fundações imperialistas como a Ford e a Open Society. Sônia Guajajara é a que mais bem expressa essa tendência. Financiada pelo Itaú, a índia tem relações diretas com os EUA e já defendeu abertamente que deveria haver uma intervenção norte-americana no território da Amazônia. Essa nova esquerda parece toda concordar que uma “administração internacional” seria o melhor para impedir o desmatamento. Todos os dias a noticias indicam que há uma trama sendo preparada.

Enquanto isso, o governo Bolsonaro segue abrindo as pernas para o imperialismo no que tange a Amazônia. Uma de suas mais absurdas ações foi aceitar a construção de uma base militar nos EUA na Amazônia legal, a base de Alcântara. Ao mesmo tempo, Bolsonaro já se encontrou com Elon Musk para discutir sistemas de satélite na região amazônica e deixou militares norte-americanos realizarem exercícios em nosso território. A questão amazônica escancara o falso nacionalismo de Bolsonaro.

D. Pedro I expulsou as tropas estrangeiras que tentavam tomar o controle da Amazônia e mantê-la uma colônia de Portugal. É preciso seguir seu exemplo, expulsar todos os agentes infiltrados do imperialismo que querem saquear uma das maiores riquezas do Brasil, que querem dividir o nosso território para enriquecer ainda mais às custas da classe trabalhadora. Não aceitaremos. A Amazônia é brasileira!

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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Set 2022, 20:52

NOTÍCIAS
Aliados do imperialismo
Esquerda trai povo brasileiro ao reivindicar entrega da Amazônia
A esquerda identitária é o setor que vocaliza os interesses do imperialismo para as questões ambientais contra os interesses nacionais

ImagemA Amazônia é parte indissociável do território nacional e é assunto que diz respeito somente ao povo brasileiro – “Reprodução”

─Expedito Mendonça, candidato a senador pelo PCO no Distrito Federal, número 290

Os desmandos e os ataques do governo Bolsonaro e da extrema direita contra o meio ambiente, provocando desmatamento, contaminação das águas e incêndios florestais em enormes reservas nas regiões de mata do país, suscitou, no último período, todo um alvoroço por parte dos setores que se apresentam como “preservacionistas” , protetores e guardiões da natureza.


As iniciativas para impedir ou impor restrições à devastação ambiental provocada, em última instância – a bem da verdade – pelo modo de produção mais predador da história (o capitalismo), vão desde ameaças de intervenção nos países que não “cuidam da sua natureza e dos seus recursos naturais”, até mesmo à imposição de sanções comerciais com a sobretaxação de produtos agrícolas cultivados em áreas recentemente desmatadas. É o caso da União Europeia (UE), que estuda embargos comerciais aos países que se encontram nessa condição, como o Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, apenas para citar os que abrangem em seu território a maior área de mata tropical do planeta, a floresta amazônica.

Aqui no Brasil, a vanguarda desta política que se autointitula defensora da Amazônia é composta por setores ligados ao clero dito “progressista”, como o Frei católico Leonardo Boff, intelectual de esquerda que, recentemente, deixou cair o véu e se colocou como porta-voz do imperialismo para assuntos ambientais, posicionando-se pela internacionalização da Amazônia, ou seja, favorável a hipotecar quase dois terços do território nacional, deixando a floresta e todos os enormes recursos que ali se encontram aos cuidados dos civilizados e bem-intencionados norte-americanos.

Não falta também nessa cruzada salvacionista da floresta os que não só se declaram favoráveis à entrega da Amazônia ao imperialismo, mas os que recorrem diretamente aos “amigos da natureza e do planeta”, como foi o caso da indígena identitária do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Sônia Guajajara, candidata a deputada federal pelo Estado de São Paulo e que tem parte da sua campanha financiada pelos bancos (Itaú). Sônia, que no mês de junho foi homenageada pela Revista Times como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo em 2022, ocasião em que encontrou John Kerry, assessor do governo criminoso de Joe Biden, implorando ao mesmo para que ajudasse a encontrar o jornalista britânico Dom Philips e o indigenista brasileiro Bruno Araújo, desaparecidos na Amazônia e posteriormente encontrados mortos.

Leonardo Boff, Sônia Guajajara, organizações indígenas como a APIB e outras entidades que se apresentam como “representantes e defensoras” dos povos indígenas e da preservação ambiental, são, por sua postura e ação, nada mais do que reles porta-vozes da política do imperialismo, que não tem qualquer compromisso com a luta em defesa do planeta, da natureza, da ecologia, mas buscam, se valendo de um discurso retórico e demagógico, se credenciarem junto aos governos e partidos capachos e subservientes para executar uma política de roubo, assalto e pilhagem das riquezas existentes nos países de economia atrasada. O mais grave e absurdo de tudo isso é que a esquerda parlamentar nacional, identitária e cirandeira apoia e passa pano para essa gente, para os exploradores da nação, dos povos oprimidos.

Aqui cabe a seguinte consideração: se os países imperialistas querem, de fato, proteger o meio ambiente, por que então não reflorestam seus territórios? Ao que se sabe não existem mais florestas na Europa desde décadas, talvez séculos. Ora, porque não começar fazendo o serviço dentro da própria casa? Façam o que querem que os outros façam e deixem de interferir no que acontece em outros países, cessem a ingerência e respeitem a autodeterminação dos países que, no caso, são os de desenvolvimento atrasado, que sempre foram espoliados pelos norte-americanos e europeus (Inglaterra, Holanda, Suécia, Noruega, Dinamarca etc), os bonitinhos e bem cheirosos desenvolvidos que viviam bem até a crise e agora provam do próprio veneno que aplicaram na América Latina, África, Ásia e outras regiões.

O que o governo desses países e suas ONG’s desejam não é e nunca foi a preservação e defesa da vida, dos biomas e ecossistemas, mas apenas e tão somente se apropriar dos enormes recursos econômicos existentes na imensidão da floresta, como petróleo, ouro, gás, nióbio, além de produtos utilizados na indústria química e farmacêutica. Só para termos uma tênue ideia do que estamos falando e do que está em jogo e em disputa, os recursos econômicos da área ocupada pela Rússia na Ucrânia foram avaliados em mais de 63 trilhões de reais, segundo a empresa de dados SecDev. Isso em um território muitas vezes menor que a Amazônia. Quanto então tem acumulado em valor na nossa Amazônia? É incalculável.

No entanto, para se apoderar desses recursos que pertencem, em sua maior parte, aos países da América Latina, o imperialismo necessita se apoderar do território, e isso só é possível através de uma guerra de conquista ou então por algum artifício já anunciado pela imprensa, que é a “declaração de área de exploração conjunta com outros países”, no caso a UE. Juntos, dizem que irão proteger a região, mas a verdade é outra, já conhecida, pois o que querem são as riquezas lá existentes.

O primeiro passo para se apropriar sem guerra é a declaração massiva na imprensa capitalista, reforçando a ideia hipócrita e cínica de que os países que estão na região abrangida pela floresta não preservam a natureza, são incapazes de cuidar do “oxigênio, do pulmão do planeta”, e então os “salvadores da democracia, do meio ambiente, dos povos indígenas”, etc. chegam para se apropriarem e passam eles a explorar, fazendo como fizeram em seus países, aniquilando todo o meio ambiente para se apropriar da riqueza e… dane-se a floresta.

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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 26 Set 2022, 16:36

NOTÍCIAS
Aprenda neste curso
Qual a relação da história do País com desmatamento na Amazônia?
Rui Costa Pimenta ministra aulas todas as terças-feiras, que você pode assistir online na plataforma de cursos do PCO

ImagemA Amazônia só existe porque está no Brasil. – Foto por: reprodução.

Há cerca de dez dias, o Brasil comemorou os 200 anos de sua independência. Talvez o maior marco na história do país pois, é a partir daí que nasce o país como hoje conhecemos. Um dos maiores países do mundo em território e em população, com uma infinidade de riquezas naturais que fazem inveja a qualquer povo.

Dentre estas riquezas está a Amazônia, um território gigantesco, que abrange um terço (1/3) do território do continente sul-americano, abriga a maior biodiversidade animal e vegetal do mundo com mais de 5,5 milhões de quilômetros quadrados, aonde mais de 60% destes são brasileiros. Além disso, representa cerca de 1/3 do território do Brasil, ou seja, um espaço essencial para tornar o país o gigante que é hoje.

Mas, apesar destes serem fatos amplamente conhecidos, ultimamente tem surgido posições estranhas de ditos ecologistas ou entusiastas do tema que questionam uma Amazônia brasileira, que o desmatamento é algo que não aconteceria se o território não fosse brasileiro, chegando a propor que houvesse uma “administração internacional” para a região.

A história da Amazônia é a história do Brasil

Em primeiro lugar é preciso deixar claro que a Amazônia é um território que só existe como conhecemos graças à história do Brasil. A exuberância da floresta equatorial amazônica todo o seu grau de preservação, só está preservado em grande medida pois a maior parte do seu território faz parte de um país que, na sua fundação, não se “espatifou” que manteve sua unidade política, mantendo a unidade do seu território e do seu povo.

Vendo por outro lado, caso no processo de independência da metrópole portuguesa, o Brasil, tivesse se tornado uma série de pequenos países, uma coisa seria simples de prever: um país que tivesse seu território todo dentro da floresta amazônica, não teria outro meio de se desenvolver se não destruindo boa parte bioma, principalmente, porque seguindo a lógica do desenvolvimento econômico da região, seriam países pequenos e pobres, aonde os recursos naturais seriam o principal recurso econômico do país.

Entretanto, no processo de formação do país, a Amazônia foi preservada na unidade territorial nacional e, se por um lado não possui grande desenvolvimento econômico e social para seus habitantes, por outro o país se desenvolveu sem precisar acabar com todo o bioma.

Contradição econômica explica o desmatamento

Outro ponto a ser destacado, é que o desmatamento, a exploração mineral e vegetal de forma predatória só acontece exatamente devido ao baixo nível de desenvolvimento econômico da região. O que faz com que seus cerca de 25 milhões de habitantes tenham que lançar mão de todo o tipo de atividade que gere o mínimo de sobrevivência, mesmo que com alto custo no ambiente que vive. Para boa parte a conta é simples, sem trabalho, com renda baixíssima, não há como “abrir mão” de nenhuma atividade econômica.

Entretanto, é por este mesmo motivo que o Brasil, o Estado brasileiro é o único que pode desenvolver a região sem destruir a floresta. Como um país complexo com grandes necessidades materiais e humanos para manter sua economia, criar e implantar uma política de desenvolvimento para a região amazônica que esteja integrada à economia nacional é uma tarefa relativamente simples.

No Brasil há ainda um dos maiores parques industriais do mundo, com grande diversidade produtiva e uma classe trabalhadora desenvolvida, combinação que pode construir qualquer bem ou equipamento, além de um grande mercado consumidor. Essa combinação permitiria que fossem escolhidos tipos de indústrias, serviços e planejada a infra-estrutura combinadas com outras áreas do país de forma a manter preservadas boa parte do meio ambiente atual.

Também devemos destacar que, o Brasil nunca foi “livre” para se desenvolver, desenvolver sua economia e fazê-la atender as necessidades materiais da sua população. E este fato se deve em primeiro lugar a ação da burguesia internacional imperialista que sempre agiu para impedir o progresso da nação. Podemos citar a luta para a criação da Petrobrás, a qual somente ocorreu após anos de uma campanha nacional para que a grande riqueza do século XX fosse explorada a bem do país, a campanha “O Petróleo é nosso”. Devemos lembrar também as lutas no começo do século XX quando o país auferia grandes recursos com a venda de café, indústria que afundou com a crise de 1929, a indústria da borracha, a luta pelo nascimento da indústria de base como a CSN, a construção de grandes hidroelétricas nos maiores rios, entre outras. Todos estes eventos foram acompanhados por sabotagens, campanhas na imprensa burguesa e campanhas políticas, criadas fora do país para impedir que o país superasse as contradições econômicas entre as suas diversas regiões. É claro, que a burguesia nacional foi parceira da burguesia imperialista nestes ocorridos.

Por último é preciso destacar que, como todo riqueza material, a Amazônia é um território riquíssimo em termos vegetais, animais e minerais e esta riqueza é enormemente cobiçada por grandes capitalistas em todo o mundo, que vêm incontáveis oportunidades de exploração destes recursos para auferir lucros gigantescos. E este é o perigo concreto do qual todos os brasileiros estão diante. Recursos como a água, terras raras, minerais, petróleo, gás estão entre os recursos naturais mais cobiçados no mundo e o Brasil os têm em abundância, principalmente, na Amazônia. Desta forma, é preciso estabelecer imediatamente um programa de luta pelo território como parte fundamental do país, embasado numa política de desenvolvimento nacional, que inclua os brasileiros que vivem nas regiões e exclua inexoravelmente todo e qualquer interesse estrangeiro na região que é território brasileiro e “ponto final”.

Este tema você pode acompanhar melhor e entender todos os ângulos do problema, participando do curso “Brasil 500 anos: uma análise marxista” disponível na plataforma da Universidade Marxista do PCO. O curso está no seu segundo módulo e conta com aulas ao vivo todas as terças-feiras, mas você pode acompanhar posteriormente ou a qualquer tempo o arquivo em vídeo, assim como as aulas anteriores.

Acesse a plataforma abaixo e participe do único curso da história do Brasil sob um ponto de vista marxista.

https://universidademarxista.pco.org.br/

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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 29 Set 2022, 01:19

NOTÍCIAS
Faça o que digo, mas...
Guerra, soberania energética e Amazônia
Os países adiantados estão forçando os atrasados para que cumpram ‘metas ambientais’ que eles próprios não cumprem. O que demonstra que da Amazônia querem apenas as riquezas.

ImagemO boicote à Rússia tem levado o país a diminuir o fornecimento de gás e petróleo à Europa – Reprodução

Com a redução dramática do fornecimento de gás russo que, antes da guerra da Ucrânia, abastecia 40% do consumo do produto para o restante do continente europeu, a História apressou o passo. Os governos europeus que estão apoiando o boicote econômico à Rússia têm reclamado que Moscou está utilizando a dependência energética da Europa como arma de guerra. A redução do fornecimento de gás e petróleo seria uma retaliação e forma de pressão, para compensar as sanções que o país vem sofrendo. Mas se trata de uma guerra, na qual a maioria dos países europeus decidiu apoiar o boicote que prejudica fundamentalmente a população russa. Por que a Rússia, que está sofrendo um severo boicote econômico, não usaria o comércio de petróleo e seus derivados, como forma de pressão numa guerra?

Nesse quadro, a Alemanha, cuja dependência do fornecimento de gás da Rússia chega a 49%, anunciou no dia 21.09 a nacionalização da empresa importadora de gás Uniper, a um custo de 8 bilhões de euros. A Uniper, que começou a perder dinheiro comprando energia alternativa para compensar a redução do fluxo do gás russo, já tinha sido socorrida pelo Estado alemão em julho, através de um pacote estatal de 15 bilhões de euros. Mas a medida não resolveu o problema, o que levou o governo a comprar a participação da Fortum (empresa finlandesa) na Uniper. A Fortum teve, no primeiro semestre do ano, um prejuízo de 9,1 bilhões de euros em função das perdas da Uniper. A decisão do governo alemão foi acelerada pelo anúncio da estatal russa de energia Gazprom, no início de setembro, de interrupção do fornecimento total de gás à Alemanha, por tempo indeterminado.

O caso da Alemanha talvez seja o mais visível, por se tratar da maior economia e o que tem a segunda maior população do continente (81 milhões). Mas a dependência da Europa do fornecimento de gás russo é geral, chegando no caso de alguns países a 100%. A Finlândia, por exemplo, tem 94% de seu abastecimento de gás natural dependente da Rússia, Itália, quarto PIB da Europa, depende em 46% do gás da Rússia. Alguns países menores, como Macedônia do Norte, dependem em 100% do fornecimento da Rússia. E assim por diante.

Com a aproximação do inverno no hemisfério norte, crescem as preocupações com o aquecimento das casas, que dependem muito do fornecimento de gás da Rússia. Em muitos países as temperaturas caem frequentemente para menos de zero grau. O boicote econômico à Rússia, em função de uma guerra que é de interesse, principalmente, dos EUA, obviamente não entusiasma as populações da maior parte dos países da Europa. E os governos nacionais, ao aderirem ao boicote, mostram subserviência aos EUA, na medida em que o frio, somado à crise econômica, tende a gerar um período de grande instabilidade política na região. Conforme informações públicas, se o fornecimento de gás russo fosse totalmente interrompido para a Europa, mesmo que os reservatórios de gás estivessem preenchidos completamente, durariam apenas 40 dias. O mais grave é que os estoques estão com 10% ou 20% da capacidade máxima, nos países do continente.

As cotações do gás natural nas bolsas de valores, chegaram a aumentar 1.600% neste ano. É impossível que uma explosão de preços neste montante não seja repassada ao consumidor. Em países como Itália e Alemanha, as famílias já estão pagando 400% a mais nas contas de luz e gás, em relação a um ano atrás. No Reino Unido, os preços desses produtos dobraram em 12 meses. A direita fascista ganhou as eleições parlamentares realizadas na Itália no domingo (25), fruto da insatisfação da população com o cenário de inflação, desemprego e crise energética. Os governos vêm tentando compensar os aumentos com redução de impostos ou contenção de preços essenciais, o que tem levado a déficits públicos crescentes. A Alemanha, país tido como rigoroso em termos fiscais, deve fechar este ano com um elevado déficit público decorrente da concessão de subsídios ao setor.

A crise energética ameaça fortemente a indústria europeia. Fábricas estão fechando em grande quantidade, pela ausência de alternativas à energia proveniente da Rússia. Setores intensivos em energia (químicos, fertilizantes, aço, alumínio etc.) já se encontravam em crise antes da guerra, quando aumentaram as tensões na região, com aumento dos preços dos insumos. As empresas da Europa não conseguem competir com outras regiões onde os custos de energia são menores. O preço do gás na Europa atualmente é o triplo dos verificados nos EUA, o que implica perdas de fatias do mercado internacional. Esse processo está levando a déficits comerciais crescentes nas economias da Europa.

Em função da inflação e de problemas na cadeia de suprimentos em geral, a previsão dos analistas é a de que a Europa enfrente uma recessão no final de 2022, que tende a se prolongar para o ano que vem. Os níveis de endividamento de empresas e governos com o sistema financeiro internacional, combinado com alta de juros em vários países (visando combater uma inflação que não é de demanda), torna a recessão quase inevitável. Neste quadro mundial extremamente complexo, na semana passada (21.09) o Federal Reserve (Fed), elevou a taxa de juros nos Estados Unidos em 0,75 ponto percentual (p.p.), pela terceira vez seguida. O juro praticado nos EUA, de 3,25%, está no maior patamar desde a crise de 2008. A meta de inflação estabelecida pelo Fed para o próximo período, de 2%, só será alcançada com muita recessão.

Para superar a perda de competitividade de suas indústrias a Europa precisaria reduzir rapidamente a dependência dos combustíveis fósseis fornecidos pela Rússia. Mas é bastante difícil operar isso rapidamente e em meio a uma crise brutal. Não se consegue produzir materiais químicos, ou hidrogênio para geração de aço, sem grandes quantidades de energia. Por outro lado, as chamadas “energias limpas”, como as badaladas eólica e solar, estão muito longe de se tornarem viáveis economicamente, mesmo com os crescentes investimentos em pesquisa e experimentação.

O gás natural é fonte preciosa de energia. Mas é também matéria-prima essencial na produção industrial. Por isso o preço do gás natural influencia diretamente o custo da energia elétrica. Na Europa, os estoques de gás só têm sido momentaneamente suficientes porque muitas empresas de uso intensivo de energia reduziram a produção, fecharam unidades, ou transferiram fábricas para outros continentes. Nos últimos 12 meses, a Europa já perdeu cerca de 50% da produção de aço e de alumínio, o que revela a gravidade da crise. A situação tem levado as companhias a fechar unidades, aumentar importações e transferir-se para outras regiões. As empresas do setor de produção de aço têm tentado repassar o aumento da energia para os preços, mas essa estratégia tem limites, num processo de baixo crescimento, que tende a virar recessão no curto prazo.

A crise energética já afetou preços dos alimentos em função do encarecimento do aumento de preços dos fertilizantes, que levam a menores colheitas. Não há produção de fertilizantes sem gás natural. No caso de uma escalada da guerra, e uma eventual suspensão total do fluxo de gás russo para a Europa, os países teriam que dar prioridade para residências e serviços essenciais, o que atingiria diretamente a capacidade de produção industrial. O risco de uma desindustrialização acelerada na Europa (que em parte já está ocorrendo), não deve ser desprezado.

As grandes empresas industriais dispõem de reservas para enfrentar um período de grandes dificuldades. Mas a crise já atinge também pequenas empresas de comércio e serviços, por todo o continente. Os proprietários que tentam superar a elevação dos custos, repassando ao consumidor perdem clientes. Muitos pequenos negócios têm fechado em países como Itália, Espanha, Portugal e outros. Como a guerra é também um meio de ganhar dinheiro, as empresas dos EUA estão aproveitando para engolir mercados na Europa.

A crise econômica, e a guerra na Ucrânia, estão evidenciando a ambiguidade que existe no debate que envolve economia e meio ambiente. Na Alemanha, apontada por alguns como “modelo” na área ambiental, para extrair carvão destruíram uma floresta a menos de 50 km de Bonn, que já foi capital do país. As ONGs Internacionais denunciam a “destruição de uma floresta de 12 mil anos na região, na qual destruíram todas as árvores, algumas com 300 anos de vida. No lugar da floresta e de um vilarejo, instalaram uma usina de carvão para produção de energia.

Justamente o carvão, produto que muitas ONGs e governo dos países imperialistas exigem que seja abandonado como fonte de energia, em países como o Brasil, China e outros. O carvão produzido nessa região da Alemanha, é o marrom, ou lignite, que é um dos combustíveis fósseis mais poluentes que se conhece. Podemos imaginar o que aconteceria se o fato estivesse ocorrendo na Amazônia brasileira. Podemos calcular as manifestações de grupos internacionais e nacionais em relação ao problema. Alguns grupos, inclusive, que têm defendido como solução do desmatamento a gestão internacional da floresta, por um pool de países “civilizados”, já que o Brasil não teria “competência” para gerir a Amazônia.

Perante uma grave crise de energia os países ricos e desenvolvidos estão a exigir dos países subdesenvolvidos políticas que eles mesmos não praticam. Enquanto queimam suas florestas para produzir energia, pressionam para transformar a Amazônia numa área internacional. Curiosamente, quando defendem um absurdo como esse, estão se referindo aos países imperialistas, os países ricos, e não aos nove países sul-americanos, perpassados pela maior floresta do mundo. Aos “distraídos” é sempre importante lembrar que o bioma da Amazônia, além de se estender pelo território de oito países vizinhos, ocupa 49% do território brasileiro.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... -amazonia/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e Meio-Ambiente

Mensagem por Chapolin Gremista » 05 Out 2022, 22:55

NOTÍCIAS
Em SP e MG
PSOL elege índios para entregarem a Amazônia aos EUA
Longe de expressarem a luta dos indígenas contra os latifundiários, deputados do PSOL são ligados às ONGs imperialistas

ImagemSônia Guajajara e Guilherme Boulos – Foto: Reprodução

O resultado das eleições ocorridas no último domingo (2), levantou dúvidas sobre a integridade do processo para qualquer um que tenha mais de dois neurônios. A disparidade das pesquisas para com os resultados foi discrepante, e deixou todo mundo com a pulga atrás da orelha.

Isso, no entanto, não ocorreu apenas com os candidatos a presidente, mas também com candidatos ao Senado e ao Congresso. Candidatos a Deputados Federais e Estaduais, assim como Senadores, tiveram votações completamente discrepantes aos da pesquisa, como foi o caso de Antônio Carlos, candidato ao Senado pelo Partido da Causa Operária, que constava com 3% de intenção de voto nas pesquisas, mas acabou com 0,06% durante as votações, um resultado 50 vezes menor.

Outro caso notório foi o companheiro Magno Souza, candidato a governador pelo PCO no Mato Grosso do Sul e um verdadeiro representante dos indígenas. Apesar de não ter pontuado nas pesquisas, Magno tinha muito apoio popular e viralizou nas redes após confrontar André Puccinelli, ex-governador do Mato Grosso do Sul, nos bastidores de um dos debates pré-eleições. Magno é o primeiro índio do estado a concorrer a este cargo e, com seus poucos recursos, fez de tudo para prestar apoio aos indígenas da região e espalhar a política revolucionária do PCO, divulgando a necessidade de coisas como o armamento e o fim da polícia assassina, pautas extremamente populares entre os verdadeiros índios, que correm perigo de vida todos os dias nas mãos dos latifundiários, jagunços e pistoleiros.

Em contraposição a isso, o Brasil teve diversos candidatos índios para o Congresso que foram efetivamente eleitos — é difícil pensar, no entanto, que um índio bolsonarista ou um identitário, que não apresenta propostas reais para o povo, passasse em disparada na frente de Magno.

Foi o caso, por exemplo, de Sônia Guajajara. A candidata do PSOL a deputada federal em São Paulo foi eleita com mais de 150 mil votos, e se apresenta como a grande solução dos povos indígenas brasileiros. Guajajara sempre faz questão de se apresentar como uma índia com graduação e que participa da gestão da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), além de ter sido vice na chapa de Guilherme Boulos para a presidência, em 2018. Algo que Guajajara, entretanto, não fala, são seus meios para conseguir tal feito.

Diferentemente de Magno, a indígena possui recursos que são sonhos para muitos índios de verdade ao redor do Brasil. Guajajara chegou até mesmo a ser financiada por figuras ligadas ao Itaú, como Elisa Sawaya Botelho Bracher, da qual recebeu R$ 190.000,00 para sua campanha eleitoral deste ano. Além disso, Guajajara foi reconhecida pelo imperialismo em listas como as 100 pessoas mais influentes do mundo, da revista Time.

Outros indígenas eleitos neste ano foram Célia Xakriabá (PSOL-MG), Juliana Cardoso (PT-SP), Paulo Guedes (PT-MG) e Silvia Waiãpi (PL-AP). O curioso é que a maioria deles dificilmente representa a luta dos índios no Brasil, assim como Sônia Guajajara.

Um exemplo disso é Célia Xakriabá, que segue os mesmos passos de Guajajara. Sua candidatura também foi financiada por Elisa Bracher, tendo recebido R$ 60.000,00 da empresária. Também candidata do PSOL, Célia, diferentemente de muitos candidatos do PSOL, teve a sorte de receber alguma fatia do fundo eleitoral destinado ao partido — mais de 1 milhão de reais, diga-se de passagem.

Outro exemplo muito bizarro da política brasileira é Silvia Waiãpi. A candidata indígena é filiada ao Partido Liberal, do qual Bolsonaro faz parte, assim como também é a primeira índia a exercer um cargo oficial no Exército Brasileiro. Hoje militar da reserva, Silvia assumiu a campanha de Bolsonaro no segundo turno, e isso já é o suficiente para marcar sua posição como opositora ferrenha dos indígenas.

É importante dizer que todas essas aberrações têm algo em comum: nenhuma delas defende verdadeiramente os indígenas, mas sim são marionetes ou servas do imperialismo. As candidatas da esquerda são financiadas pelos banqueiros, enquanto a da direita é fortemente ligada ao latifúndio, um dos maiores inimigos dos indígenas.

Outra coisa importante a se afirmar é que ambos os lados não se importam de realizar a atrocidade de entregar a Amazônia ao imperialismo, assim como todos os índios que vivem nela. Guajajara chegou a ir para os Estados Unidos dar ode à ONGs estrangeiras que se propõem a salvar a Amazônia, mas que, na verdade, são as principais responsáveis pelos piores ataques à região e à floresta.

Com a desculpa de querer proteger o local, esses setores se propõem, por exemplo, a internacionalizar a Amazônia, retirando uma porcentagem enorme do território brasileiro e colocando na mão de estrangeiros — os quais, por sinal, não são exemplo nenhum de preservação do meio-ambiente.

Tudo isso é uma evidente armadilha para o Brasil. Esses índios eleitos nada mais são que peças do jogo imperialistas, que abordam temas fúteis ou até perigosos para o País e seus habitantes, diferentemente de candidatos como Magno, que expressam a vontade popular e, por isso, são esmagados pelo grande capital.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/d ... a-aos-eua/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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