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Nezz
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Mensagem por Nezz » 31 Mar 2021, 21:55

Fola escreveu:
31 Mar 2021, 20:39
Uma curiosidade sobre o infeliz dia de hoje: o golpe Militar ocorreu, ironicamente, no dia primeiro de abril de 1964, mas o dia que entrou para os registros históricos foi 31 de março, pois os militares adulteraram a data para que ela não virasse eterno alvo de piadas e gozações em referência ao dia da mentira.
Eu tenho a teoria da conspiração de que o Golpe Militar foi na verdade uma piada de muito mal gosto do Castelo Branco, mas ele morreu antes de falar que era pegadinha e a ditadura continuou. :vamp:
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Chapolin Gremista
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Mensagem por Chapolin Gremista » 03 Abr 2021, 01:04

Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Abr 2021, 22:58

16/04/1941
Há 80 anos, Ustasha chegava ao poder na Croácia
A invasão nazista colocou o partido fascista Ustasha no poder no proclamado Estado Independente da Croácia, fantoche político dos alemães

A Croácia foi invadida pelas tropas nazistas durante a II Guerra Mundial em abril de 1941. No dia 16 do mesmo mês, Hitler colocou o partido de extrema-direita fascista Ustasha no poder no recém proclamado Estado Independente da Croácia, na verdade um fantoche político dos alemães. Para ser alçado ao poder, o Ustasha teve que aceitar a divisão territorial da Iugoslávia. Em uma parte foi fundado o Estado Independente e o restante ficou distribuído entre Alemanha, Itália e Hungria.

O objetivo dos nazistas na invasão era o de se apropriar dos recursos naturais da região dos Balcãs e abrir caminho para suas tropas em direção à Grécia.

Apesar de apresentar uma ideologia pseudonacionalista, o Ustasha se comprometeu a aceitar a intervenção interna dos nazistas, sempre que estes últimos julgassem necessário fazê-lo de acordo com seus interesses políticos e econômicos. Do ponto de vista ideológico, o Ustasha se parecia com o nazismo alemão e o fascismo italiano, sendo uma mescla de concepções políticas unidas pelo discurso do nacionalismo croata de direita.

O líder do partido, Ante Pavelic, costumava ser chamado de Poglavnik, que tem o mesmo significado de Führer na Alemanha e Duce na Itália.

De 1941 até 1945, ano da derrota dos nazistas, o Ustasha esteve no poder na Croácia. A política fascista deste partido de extrema-direita significou a implementação de um estado de terror contra a população, direcionado contra a esquerda, os sérvios, ciganos e judeus. O campo de concentração de Jasenovac, construído em fevereiro de 1942, exterminou aproximadamente 100 mil pessoas.

Estima-se que, no decorrer da guerra, 330 mil sérvios tenham sido vítimas da política fascista. A primeira medida do regime fascista croata foi retirar os direitos dos cidadãos sérvios. Na sequência, tornou-se crime “ofender a honra” dos croatas. Os cargos de importância no Estado só poderiam ser ocupados por croatas étnicos. Em geral, as medidas legislativas tomadas pelos fascistas croatas são similares às dos alemães.

Um aparelho estatal de vigilância e perseguição e assassinato político foi montado pelos fascistas croatas. Nas palavras do ministro da Justiça “Este Estado, nossa nação, é somente para croatas e mais ninguém. Não existem métodos e meios que nós, croatas, não usaremos para fazer esta nação verdadeiramente nossa e limpá-la de todos os sérvios ortodoxos. Todos aqueles que vieram ao nosso país há 300 anos devem desaparecer. Essa é a política do nosso Estado e durante sua realização não faremos nada além de seguir os princípios do Ustase”

O Ustasha foi uma das organizações fascistas mais brutais e sanguinárias da história, responsável por um verdadeiro genocídio. O que é irônico é o fato de que, apesar do discurso chauvinista, os fascistas croatas não passavam de satélites políticos de uma potência estrangeira, no caso, a Alemanha. Eles caíram com a derrota dos nazistas no final da II Guerra Mundial.



https://www.causaoperaria.org.br/ha-80- ... a-croacia/
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Arieel
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Mensagem por Arieel » 11 Mai 2021, 11:21


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Mensagem por Chapolin Gremista » 21 Mai 2021, 22:40

Há 150 anos, 20 mil comunardos eram mortos na semana sangrenta


A Comuna de Paris foi a primeira experiência de instauração de um governo do proletariado. No dia 26 de março, a classe operária de Paris toma o poder e declara oficialmente a Comuna.

As medidas tomadas pela Comuna demonstram que se trata de um governo da classe operária. Dentre as principais medidas políticas e sociais da Comuna estavam: a eleição dos juízes, com mandatos também revogáveis, estabelecimento do ensino público, laico e gratuito, controle dos preços dos alimentos, controle operário das fábricas, designação das casas e mansões abandonadas pela classe burguesa após o levante operário para a moradia popular, fim do trabalho noturno, fim das dívidas dos aluguéis, igualdade salarial entre homens e mulheres, separação da igreja do Estado.

Contudo, o problema é que a conquista do poder político se deu em apenas uma cidade da França, apesar de importante. O governo durou exatamente 60 dias. A burguesia francesa, a nobreza, tendo apoio dos exércitos estrangeiros, inclusive da Prússia, montaram uma coalizão política e militar que tinha um único objetivo: derrotar a Comuna e exterminar os comunardos. A ordem social havia de ser restaurada na França através do extermínio da Comuna e de qualquer forma de socialismo.

Karl Marx reconheceu os limites da experiência da Comuna, porém a saudou como uma experiência histórica sem igual. Lênin, por sua vez, declarou que se deu “um passo à frente para a revolução proletária universal”. Os bolcheviques russos estudaram minuciosamente os acontecimentos da Comuna de Paris e tiraram as conclusões necessárias para a luta revolucionária em seu próprio País, principalmente em relação à guerra civil após a tomada do poder político.

Estima-se que 40 mil comunardos foram presos e enviados para os campos de trabalhos forçados no exílio, sendo que a maioria morreu por conta das condições degradantes de vida. Quase a totalidade das lideranças da Comuna foram fuziladas pelas forças de repressão reacionárias. Após a queda de Paris, estabeleceu-se um cenário de caça às bruxas em relação aos comunardos e até mesmo para seus simpatizantes.

Mesmo derrotada, a Comuna foi um marco na história de luta da classe operária mundial. Quarenta e seis anos depois, após essa primeira experiência, os trabalhadores chegam novamente ao poder na Rússia, desta vez a revolução varre de maneira absoluta toda a resistência das classes dominantes. A Revolução Russa abre então e de maneira definitiva, a etapa revolucionária mundial rumo ao socialismo.




https://www.causaoperaria.org.br/ha-150 ... sangrenta/
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Mensagem por Tanner Lee » 22 Ago 2021, 03:08

Chapolin Comunista escreveu:
21 Mai 2021, 22:40
Há 150 anos, 20 mil comunardos eram mortos na semana sangrenta


A Comuna de Paris foi a primeira experiência de instauração de um governo do proletariado. No dia 26 de março, a classe operária de Paris toma o poder e declara oficialmente a Comuna.

As medidas tomadas pela Comuna demonstram que se trata de um governo da classe operária. Dentre as principais medidas políticas e sociais da Comuna estavam: a eleição dos juízes, com mandatos também revogáveis, estabelecimento do ensino público, laico e gratuito, controle dos preços dos alimentos, controle operário das fábricas, designação das casas e mansões abandonadas pela classe burguesa após o levante operário para a moradia popular, fim do trabalho noturno, fim das dívidas dos aluguéis, igualdade salarial entre homens e mulheres, separação da igreja do Estado.

Contudo, o problema é que a conquista do poder político se deu em apenas uma cidade da França, apesar de importante. O governo durou exatamente 60 dias. A burguesia francesa, a nobreza, tendo apoio dos exércitos estrangeiros, inclusive da Prússia, montaram uma coalizão política e militar que tinha um único objetivo: derrotar a Comuna e exterminar os comunardos. A ordem social havia de ser restaurada na França através do extermínio da Comuna e de qualquer forma de socialismo.

Karl Marx reconheceu os limites da experiência da Comuna, porém a saudou como uma experiência histórica sem igual. Lênin, por sua vez, declarou que se deu “um passo à frente para a revolução proletária universal”. Os bolcheviques russos estudaram minuciosamente os acontecimentos da Comuna de Paris e tiraram as conclusões necessárias para a luta revolucionária em seu próprio País, principalmente em relação à guerra civil após a tomada do poder político.

Estima-se que 40 mil comunardos foram presos e enviados para os campos de trabalhos forçados no exílio, sendo que a maioria morreu por conta das condições degradantes de vida. Quase a totalidade das lideranças da Comuna foram fuziladas pelas forças de repressão reacionárias. Após a queda de Paris, estabeleceu-se um cenário de caça às bruxas em relação aos comunardos e até mesmo para seus simpatizantes.

Mesmo derrotada, a Comuna foi um marco na história de luta da classe operária mundial. Quarenta e seis anos depois, após essa primeira experiência, os trabalhadores chegam novamente ao poder na Rússia, desta vez a revolução varre de maneira absoluta toda a resistência das classes dominantes. A Revolução Russa abre então e de maneira definitiva, a etapa revolucionária mundial rumo ao socialismo.




https://www.causaoperaria.org.br/ha-150 ... sangrenta/
Para mim, a história da Comuna de Paris é um dos tópicos mais interessantes para estudo e pesquisa. Também para mim, uma página muito importante na história mundial é a história da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto. Eu li muitos livros, monografias, artigos sobre esse assunto. Você também pode ler mais sobre esse assunto clicando aqui Parece-me que cada um de nós deve conhecer essa história para não repetir esses terríveis acontecimentos.

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Mensagem por CHarritO » 03 Abr 2022, 15:45

Meus títulos e conquistas no FCH:
Moderador Global do FCH (2012 à 2014 / 2016 à 2020)
Moderador do Meu Negócio é Futebol (2010 à 2012 / 2015 à 2016)
Eleito o 1º vencedor do Usuário do Mês - Março 2010
Campeão do Bolão da Copa do FCH (2010)
Campeão do 13º Concurso de Piadas (2011)
Bicampeão do Bolão do FCH - Brasileirão (2011 e 2012)
Campeão do Bolão do FCH - Liga dos Campeões (2011/2012)
Campeão de A Casa dos Chavesmaníacos 10 (2012)
Campeão do Foot Beting (2014)
Hexacampeão da Chapoliga (2014, 2015, 2016, 2017, 2019 e 2020)
Campeão de O Sobrevivente - Liga dos Campeões (2016/2017)
Campeão de O Sobrevivente - Copa América (2019)
Campeão do Bolão da Copa América (2019)

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Mensagem por Chapolin Gremista » 06 Abr 2022, 21:35

Invasão imperialista
30 anos do genocídio da OTAN na Bósnia
Imperialismo faz demagogia com o conflito na Ucrânia e procura esconder seus próprios crimes

(...)

A interferência do imperialismo norte-americano deixa claro que se tratou de guerra de agressão aos direitos de autonomia dos povos. Afinal, era um problema interno da Sérvia. Sem contar que os supostos ataques contra os albaneses do Kosovo foram, mais tarde, provados como mentirosos, falsos, e tinham o objetivo de manter separadas as nações que se tornaram independentes com o fim da URSS.

A guerra teve origem em 1991 com os movimentos separatistas da Eslovênia e Croácia. Os sérvios tinham como objetivo manter no mesmo país todos os sérvios espalhados pelos outros países da antiga Iugoslávia.

Os ataques da Otan em 1995, na Sérvia, mudaram o resultado dos conflitos e a Sérvia acabou assinando o armistício, no Acordo de Dayton em Paris, na França, em 14 de dezembro de 1995.

Essa interferência dos EUA na guerra da Bósnia guarda similaridades com a ação militar que a Rússia desencadeou contra a Ucrânia, que na verdade é contra a política dos EUA, através da OTAN, que usa a Ucrânia como bucha de canhão para atingir os objetivos norte-americanos, de dominação de todas as nações, política e economicamente.

No caso da Bósnia, a OTAN jogou bombas em todas as cidades da Sérvia sob o pretexto de alegados ataques dos Sérvios contra populações albanesas. No caso da Rússia, por outro lado, haviam ataques factuais desde 2014 pela Ucrânia contra Donetsk e Lugansk no Donbass. Essa população é de origem e nacionalidade russa.

Como Putin não aceitou esses ataques contra seu próprio povo, usou de ação militar para libertá-los das bombas genocidas da Ucrânia, que esteve agindo a mando da OTAN, dos EUA e de seus aliados imperialistas. E por essa ação da Rússia, Putin e os russos estão sendo condenados pela imprensa imperialista como sendo genocidas, e sofrendo uma série de bloqueios econômicos que farão vítimas a população russa, não o governo russo.

O plano do imperialismo é de deixar as nações de joelhos diante dele, para que possa se apropriar das riquezas como petróleo, gás, matérias-primas e alimentos que são produzidos nessas nações. Como a Rússia tem armamentos sofisticados e bomba nuclear, não sendo páreo para a OTAN enfrentar, fazem propaganda mentirosa contra a Rússia, tentando fazer a opinião popular ficar contra os russos e, assim, a favor do imperialismo.

Ao que tudo indica, não estão tendo sucesso. A popularidade e aprovação da ação do Putin na Ucrânia está tendo quase total aprovação da maioria da população mundial, o que deixa a OTAN, os EUA, a Inglaterra e seus aliados em uma situação bastante difícil. Com isso o mundo fica na iminência de acontecer uma 3ª guerra mundial com consequências imprevisíveis para a humanidade. Ainda mais pelo fato de que o imperialismo está em completa fase de aniquilação, passando por uma crise sem precedentes. O momento exige ampla mobilização das bases trabalhistas do planeta inteiro.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/h ... na-bosnia/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 13 Mai 2022, 21:27

134 anos
O significado político do 13 de Maio de 1888
Reproduzimos, aqui, matéria do Diário Causa Operária à luz da comemoração dos 134 anos da abolição da escravidão

ImagemPaço Imperial – Ao contrário do que pensamos, centenas esperavam a assinatura da Lei Áurea, resultado do amplo movimento abolicionista – Foto: Reprodução

Pesa sobre o 13 de maio de 1888, data da assinatura da Lei Áurea, que extinguiu a escravidão no país, uma dupla condenação. Uma natural e outra bastante inusitada. A Lavoura, os latifundiários e senhores de escravos do Brasil Imperial, condenaram com veemência a lei que pós fim a escravidão, que consideravam extremista, radical.

Embora muitos latifundiários reconhecerota às vésperas do acontecimento, é o caso de senhores que alforriaram, no nordeste, em São Paulo e em outros cantos, seus escravos, criam ainda assim que deveria ser feita tal passagem, do trabalho escravo para o livre, de maneira cautelosa, sendo Lavoura ressarcida e a libertação gradual, outros ainda se aferraram a posição e rejeitaram o fim da escravidão classificando como medida que traria o caos e a anarquia.

Nada disso aconteceu. Muitos latifundiários descontentes com a monarquia pela obra radical se bandearam para o republicanismo, ainda que republicanismo ultraconservador. A monarquia ficou, por assim dizer, suspensa no ar.

Ao recontar a história, a historiografia tradicional, ligada a classe dominante, procurou dar razão aos latifundiários de então, elaborou-se o mito de que a abolição foi obra do excessivo sentimentalismo, da compaixão e benevolência da princesa regente, dona Isabel, impulsionada pelo idealismo abolicionista, que como uma febre, tomou conta dos corações de grande parte do Parlamento e do país. A febre era tamanha que já naquela altura, ninguém defendia de público a escravidão, sem ser alvo de protesto ou escarnio. Foi esse estado de espírito, essa febre, que falava em nome da humanidade, da piedade e da caridade cristã, que desaguou no radicalismo da Lei Áurea. Isso segundo a intelectualidade reacionária, que se convencionou chamar de tradicional

A historiografia tradicional chega mesmo a dizer que a abolição do elemento servil foi prejudicial ao proprio negro. Segundo sua visão, sem a proteção e os cuidados de um senhor, o negro estava fadado ao insucesso. Esse argumento foi utilizado pelos escravocratas, segundo alguns a abolição traria o desalento para mulheres e crianças que não tinham condições de cuidar de si mesmos.

Vejamos como trata a questão, o historiador Oliveira Viana (1883 – 1951) em seu livro, O Ocaso do Império:

“Em boa verdade, não havia nenhuma razão interna, que nos levasse imperiosamente à abolição: salvante exceções inevitáveis, em regra os escravos viviam dentro dos latifúndios formando aquela “tribo patriarcal isolada do mundo”, de que falava Nabuco. E o estado de degradação em que caíram depois da Abolição, e em que atualmente vivem mostra que o regime da escravidão não era tão bárbaro e desumano, como fizera crer o romantismo filantrópico dos abolicionistas”.

Em suma, o 13 de Maio de 1888 para a direita é condenado como uma data em que o sentimentalismo e a piedade insensata realizaram um mal a fazendeiros e até aos negros ex-escravos.

De outra parte, a esquerda pequeno-burguesa, com um olhar retrospectivo, daquele que teve o privilégio de olhar o desenrolar dos acontecimentos, e vendo que o negro continuou oprimido pelo Estado nacional no pós-abolição e até hoje, lançaram a pecha de farsa ao acontecimento: a falsa abolição. Jogaram a água, o bebê e a banheira fora. Alguns nem mesmo reconhecem a diferença da opressão do negro durante a escravidão e após, como se fossem a mesma coisa.

Concordando involuntáriamente com Oliveira Viana, que era um eugenista notório, além de intelectual, historiador, político e jurista de extrema-direita, diríamos hoje, autor da notável frase: “os 200 milhões de hindus não valem o pequeno punhado de ingleses que os dominam” dentre outras, setores de esquerda advogam que a abolição, como feita, foi sim negativa ao negro. Um vídeo publicado recentemente, na ocasião dos 133 anos da abolição da escravatura, pelo portal Alma Preta, imprensa especializada na questão negra, trata a questão da seguinte maneira, transcrevo o que diz o vídeo:

“A falácia de que a Leia Áurea pôs fim à escravidão cai por terra. Se olharmos para o dia seguinte ao 13 de maio, você pode perguntar: o que aconteceu no 14 de maio de 1888? uma população de 750.000 negros e negras alforriados, pessoas que sofreram e tiveram seu familiares mortos, receberam o direito legal à liberdade, porém sem nehum amparo legal ou medida indenizatória por parte do governo imperialista.

Enquanto a princesa Isabel gozava da fama de salvadora, ignorava as necessidades dos ex-escravizados, homens e mulheres que ficaram literalmente na rua, não tinham casa, não tinha dinheiro e nem ofício para ocupar uma vaga de emprego, pois muitos nem sabiam ler, alguns inclusive tiveram que voltar a trabalhar para os fazendeiros em troca de moradia, comida e dinheiro, esse processo acabou até beneficiando os donos de engenho, pois mesmo com a suposta abolição conseguiam ter escravos que se tornaram mão de obra ainda mais barata, pois afinal os custos de pagar um negro liberto era muito menor do que manter um escravo na fazenda, é durante esse período que se fortalece os estigmas que carregamos até os dias de hoje”.

O leitor pode ter ficado confuso, pensado que lhe pregamos uma peça, e o excerto é do próprio Oliveira Viana ou de algum outro maluco direitista. Não, caro leitor, reafirmamos, trata-se da transcrição de uma parte de um vídeo intitulado: “13 de Maio não é dia de negro”, publicado pelo portal Alma Preta, um site que tem por dever “informar, visibilizar e potencializar a voz da população negra”. Poderia-se afirmar ainda que se trata de uma posição particular, porém não, essa é a concepção média da maioria das organizações da esquerda pequeno-burguesa que atuam no movimento negro e fora dele.

Teria a Lei Áurea não acabado com a escravidão no Brasil? Teria sido a referida lei a causa dos estigmas posteriores que pesam sobre o negro brasileiro, como defende tal concepção?

E ainda, seria melhor ter permanecido no cativeiro, tendo casa, comida e trabalho, muito trabalho, do que aceitar uma abolição sem indenização, já que a classe dos escravocratas e opressores que comandavam o país não observou as necessidades do negro ao fazer a abolição, coisa nunca vista na história? Seria a escravidão tão doce e o senhor tão benevolente que, ao rechaçar o trabalho livre pensava mais no escravo, que receberia menos como trabalhador livre? Seria o senhor de escravo tão bondoso que dispensava mais dinheiro com o escravo que com o trabalhador livre, como afirma a compreensão colocada acima?

A concepção dessa esquerda, pelo exposto, fica evidente, é uma tradução à esquerda, da interpretação da historiografia tradicional e não corresponde em nada à verdade. Fruto de profunda incompreensão política que a faz rechaçar as grandes conquistas do povo negro e um dos momentos mais luminosos da história brasileira. A esquerda pequeno-burguesa se prende ao fato de a princesa Isabel ter assinado a Lei, uma questão absolutamente secundária, o importante é que a Lei Áurea é o reconhecimento da derrota completa, naquela ocasião, das classes dominantes perante o movimento popular.

Fim do regime escravocrata
Fui ver pretos na cidade

Que quisessem se alugar.

Falei com esta humildade:

-Negros, querem trabalhar~

Olharam-me de soslaio,

E um deles, feio, cambaio,

Respondeu-me arfando o peito:

– Negro, não há mais, não:

Nós tudo hoje é cidadão.

O branco que vá pro eito.

(poema satírico publicado por um jornal na província do Rio de Janeiro, 1894).

Imagem
Lei Áurea assinada em 13 de maio de 1888

A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888 foi uma das maiores conquistas democráticas do povo brasileiro. Com ela chegava ao fim mais de 300 anos de escravidão legal, do regime de fome, miséria, tortura, massacres, assassinatos em massa, em suma terror absoluto para o negro. Diferentemente da interpretação que a intelectualidade a serviço da classe dominante consagrou ao evento, está não fora ato de benevolência ou excesso de sentimentalismo algum, mas resultado de séculos de luta do negros, libertos e cativos, que encontrou, no final do século XIX, respaldo noutras camadas sociais, criando um amplo movimento que destruiu a terrível e secular instituição. A liberdade foi arrancada das classes dominantes pela força.

A abolição, consolidada a contragosto do Estado nacional, fora realizada pelo movimento abolicionista, do qual trataremos em outro artigo, em que pese outras causas, como a pressão internacional, o fim do tráfico de escravos, a baixa taxa de natalidade entre os escravos, a concentração do mesmo nas áreas cafeeiras dentre outras, que abriu espaço para o trabalho livre em outras áreas. A pressão social do movimento abolicionista, no entanto, foi essencial para a derrota dos conservadores e escravocratas.

Ao longo de décadas de luta e sob intensa repressão estatal do último governo escravocrata, com prisões, contratação de capangas para dispersar comícios abolicionistas, destruição de periódicos abolicionistas, realizada pelo gabinete Cotegipe (1885-1888), ministério do Partido Conservador, cujo presidente do conselho de ministros, o governo efetivo do país, era João Maurício Wanderley, Barão de Cotegipe, defensor da escravidão e representante dos escravocratas, o movimento abolicionista, que tinha expressão no Parlamento, com Joaquim Nabuco e outros, mas sobretudo nas ruas de todo o país, vence a reação dos conservadores e o ministério reacionário cai em 10 março; em 13 de maio é assinada a abolição.

O movimento abolicionista era um amplo partido, não no sentido moderno do termo, mas como uma causa comum que ligava amplos e diferentes setores sociais, no qual agrupavam correntes moderadas e radicais, as quais se ligavam às massas de populares, libertos e escravos. Todas com um objetivo comum, embora diferentes métodos: a destruição da escravatura. Os governos, os ministérios que se seguiram, desde de 1850 correspondiam a situação política nacional, uma ofensiva do movimento abolicionista, dava lugar a um ministério mais liberal, a reação dos escravocratas dava lugar a ministérios Conservadores, dos representantes do escravismo, como no caso de Cotegipe.

O movimento abolicionista Parlamentar procurava lutar pela abolição, ainda que uma abolição gradual, e por reformas democráticas e liberais por dentro das instituições do antigo Império, utilizando para isso a força das mobilizações de rua. Seus maiores representantes foram Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, André Rebouças e José do Patrocínio.

Havia também os elementos radicais, cuja inspiração era o grande Luiz Gama, uma das maiores figuras da história nacional, negro, ex-escravo, autodidata, intelectual, jornalista, grande poeta nacional, rabula, defendeu e libertou grande numero de negros utizando as proprias leis do Imperio, precursor do mivimento abolicionista e um dos seus principais chefes, defendia a abolição imediata, a ferro e fogo. Perante a justiça e a sociedade escravocrata, Luiz Gama afirmou que “o escravo que mata o senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa”. Gama morreu antes da abolição e não pode ver a tão sonhada queda do regime servil, mas muitos seguiram seus passos, como Antônio Bento e os Caifazes.

Antonio Bento na província de São Paulo, homem branco, formado em direito, promotor Público e Juiz, conhece Luiz Gama em 1873, volta a São Paulo em 1877, com a morte do grande Líder do abolicionismo paulista, Luiz Gama, em 1882, assume a direção do movimento na província. Fundam o jornal A Redempção, que circulou de 1887-1899, dirige o grupo denominado os Caifazes, que promoviam fugas e insurreições nas fazendas, acomodavam os escravos fugidos, levando-os ao quilombo do jabaquara, na cidade de Santos, e de lá para o Ceara, que já havia abolido a escravidão em 1884. Libertavam os escravos à revelia do Estado nacional.

O movimento abolicionista era amplo, com muitas atividades de rua, comícios, peças, dentre outras atividades, a ele se ligavam massas da população que auxiliavam como podiam, seja ajudando a esconder um escravo fugido, ajudando financeiramente as diversas organizações que existiam por todo país etc., todos os elementos progressistas da sociedade se consideravam abolicionistas e mesmo caifazes. A posição dos escravocratas ficava cada vez mais isolada da população em geral, que pendia cada vez mais para a abolição.

Outro elemento fundamental e determinante para a derrota dos escravocratas foram as lutas dos escravos, o escravo desde sempre lutou das mais diversas formas contra a instituição que os oprimia, quilombos, fugas, insurreições, levantes, assassinato de senhores e capatazes, uma “atividade” de grande perigo, sabotagem da produção, até o suicidio. Todas as formas de luta contribuirão para tornar o regime cada vez mais débil, custoso e menos rentável aos escravocratas. Ao final do século XIX o regime já estava demasiado debilitado, o grande abandono de fazenda entre 1887 e 1888 nos redutos escravistas tornou inoperante, ademais a ação dos abolicionistas contra a escravidão criava um clima de revolta generalizada. Com isso a escravidão desmoronava e a população em geral considerava, sobretudo, as camadas populares, um bem a exinção do cativeiro.

O exército nacional pressionado pela clamor popular pelo fim da escravidão se recente de ser o braço armado que mantém tal instituição, o Clube Militar em 23 de outubro de 1887 se manifestou contra o emprego da tropa de linha na captura de escravos, dirigindo a regente o seguinte apelo:

“Senhora – Os oficiais membros do Clube Militar pedem a Vossa Alteza imperial vênia para dirigir ao governo um pedido que é antes uma súplica. Eles todos que são e serão os amigos mais dedicados e os mais leais servidores de Sua Majestade o Imperador e de sua dinastia; os mais sinceros defensores das instituições que vos regem; eles que jamais negaram, em vosso bem, os mais dedicados sacrifícios; esperam que o governo imperial não consinta que, nos destacamentos do Exército que seguem para o interior com o fim sem dúvida de manter a ordem, tranqüilizar a população e garantir a inviolabilidade das famílias, sejam os soldados encarregados da captura de pobres negros que fogem à escravidão ou porque vivam já cansados de sofrer os horrores ou porque um raio de luz da liberdade lhes tenha aquecido o coração e iluminado a alma. (…)”.

Os tumultos nas cidades, fugas e levantes de escravos no campo só aumentam, a situação é insustentável. Ministério reacionário que tentou derrotar o movimento pela repressão é derrotado e cai em 10 de março. A 3 de maio tem início a Assembleia Geral, uma multidão acompanha a chegada da princesa, espera-se que um projeto seja apresentado, na Fala do Trono a regente apresenta o desejo de ver a escravidão exinta. No dia 07 de Maio sobe um ministério liberal, tendo a frente João Alfredo Correa de Oliveira, que apresenta o desejo de colocar um projeto de extinção da escravidão.

Um acordo é feito entre o Partido Liberal e o Partido Conservado, Antonio Prado, do Partido Conservador, já havia apresentado um projeto: o mesmo declarava a abolição, mas incluía uma série de exigências, indenização aos senhores, obrigação dos ex-escravos de permanecer nas fazendas por mais 3 meses para assegurar a colheita, impossibilidade de mudar de cidade durante 6 anos dentre outras. Os abolicionistas condenaram a intenção, que não passaria sem a aprovação do Partido Liberal, que a essa altura parte significativa era pelo abolicionismo.

O chefe dos ministros opta, seguindo os abolicionistas e a pressão popular, pela abolição incondicional. No dia 08 de maio é lido o breve projeto, que é seguido de grande aclamação, há uma grande celebração nas ruas. Na Câmara é eleita uma comissão de cinco deputados, incluindo Joaquim Nabuco, para avaliar as breves linhas. O projeto foi aprovado imediatamente.

O projeto chega ao senado a 11 de maio sem grandes contestações, feita pelo Barão de Cotegipe e alguns outros; em 13 de maio segue para sanção da regente. O movimento abolicionista presenteia a princesa com uma caneta de ouro. Numa sala lotada no prédio do Senado, que era acompanhada por uma multidão esperava apreensiva na rua, foi assinada a lei que acabava com mais de 300 anos de escravidão:

A lei trazia somente dois artigos:

“A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o Senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:

Art. 1°: É declarada extincta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.

Art. 2°: Revogam-se as disposições em contrário.”

Os escravocratas tinham sido completamente derrotados, as classes dominantes tiveram de engolir a seco a derrota. O choro tomou conta do recinto onde foi assinada a lei, Joaquim Nabuco, de uma janela, informou a multidão que já não havia mais escravidão no Brasil.

Uma febre tomou conta da população, foram duas semanas de festas e celebrações nas ruas, parte dos órgão públicos ficaram fechados por 3 dias. Evidentemente, a abolição demorou para ser uma realidade efetiva em todo o país, muitos ex-escravos continuaram sendo fechados a noite e recebiam salário muito baixos, mas o negro agora começava a se incorporar como parte integrante da nação brasileira.

O impacto que a abolição teve na psicologia dos ex-escravos é fenômeno a ser estudado, este deixava de ser um objeto para se tornar sujeito de direito, trabalhador livre dotado de vontade e direitos, ainda que o Estado, a todo custo, impedisse o exercício pleno desses direitos.

Após engolir o amargo da derrota, os escravocratas ainda tentaram conseguir ao menos um ressarcimento, sem sucesso. A classe dominante que permaneceu intacta, se reorganizou sob as novas bases, se livraram da monarquia que se tornou completamente obsoleta e instauraram uma república conservadora. Não puderam estabelecer uma legislação diferenciada contra a nova população brasileira livre, um regime de apartheid como noutros países, mas o Estado atuou de maneira tal para impedir que o negro se tornasse cidadão efetivo, marginalizando-o, perseguindo-o, impedindo o o exercício da cidadania plena etc., tema que caberá em outro momento.

O negro não conseguiu de imediato todas as conquistas democráticas com a abolição, evidentemente, para tal conquista a única maneira seria que o negro tomasse o poder no pais sozinho ou em aliança com o movimento popular, coisa que nem os negros ou o movimento abolicionista atribuíram a si como tarefa. O negro e o movimento abolicionista realizaram uma grande obra democrática, das mais grandiosas, que foi a destruição da escravidão e a abertura para o regime democrático no país, ainda que a obra tenha ficado inconclusa, realizaram parte substantiva, cabe a gerações posteriores seguir o exemplo e termina-la.

https://www.causaoperaria.org.br/rede/h ... io-de-1888
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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Mai 2022, 09:46

Herói nacional
Cuba comemora o aniversário da queda em combate de José Martí
Cuba comemora hoje o 127º aniversário da queda em combate do Herói Nacional, José Martí (1853-1895).

ImagemJosé Martí, organizador e iniciador do que ele chamou de guerra necessária para quebrar a sujeição da ilha ao jugo colonial espanhol. – Foto: Reprodução

─Prensa Latina ─ O poeta, ensaísta, jornalista e fundador do Partido Revolucionário Cubano, descrito como o Apóstolo da independência cubana, encontrou sua morte nas planícies de Dos Ríos, Oriente, quando em seu primeiro confronto foi atingido por uma salva de espingardas inimigas da qual foi atingido várias vezes.

Apesar da recomendação do General em Chefe do Exército de Libertação, Máximo Gómez, de permanecer na retaguarda, Martí marchou para a frente acompanhado de seu ajudante, porque sua ética e senso de dever não lhe permitiram ficar atrás daqueles que ele havia chamado para combater.

Na véspera de sua queda, numa carta a Manuel Mercado, ele escreveu: “(…) Já estou em perigo todos os dias de dar minha vida pelo meu país e pelo meu dever (…) de impedir a tempo, com a independência de Cuba, que os Estados Unidos se espalhem pelas Índias Ocidentais e caiam, com ainda mais força, em nossas terras da América”.

Sua morte física precoce foi um duro golpe para a revolução que começou em 24 de fevereiro de 1895, mas suas virtudes pessoais e seu legado emancipatório, latino-americano e anti-imperialista transcenderam as lutas de Cuba por sua independência definitiva.

“A morte não é verdadeira quando o trabalho da vida foi bem realizado, o crânio pensante se transforma em pó, mas as ideias que foram elaboradas nela vivem para sempre e dão frutos”, escreveu ele.

Martí era um cubano de renome universal que transcendeu as fronteiras de seu tempo e se tornou o maior pensador político hispano-americano do século XIX.

Sua alta cultura e sensibilidade especial lhe permitiu deixar para trás uma vasta obra escrita, de estilo e beleza singulares, que é uma referência essencial para todas as gerações de cubanos aos 42 anos de idade.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Jun 2022, 11:30

140 anos de Getúlio
A Importância de Getúlio Vargas
A importância do Pai Fundador do desenvolvimento nacional

ImagemGetúlio Vargas (1882-1954) – Foto: Reprodução

No dia 19 de abril, completam-se 140 anos do nascimento de Getúlio Vargas. Indiscutivelmente a principal liderança política do século XX, a sua importância, todavia, ainda não é devidamente reconhecida, sequer conhecida. Ele mudou para sempre a história do Brasil, e sua estatura histórica somente é equiparada por José Bonifácio de Andrada e Silva, patriarca da Independência.

Somente na Era Vargas, iniciada com a Revolução de 30, o Brasil conheceu alguma forma de planejamento estratégico. O antigo liberalismo, que conferia à burguesia cafeeira paulista posição de primeiro plano na economia nacional, foi substituído por um novo nacionalismo, que colocava no Estado-nação o eixo estruturador do desenvolvimento nacional, e fez do planejamento econômico, organizado nacionalmente com o Plano Quadrienal de 1940 e, no segundo governo Vargas, com a Assessoria Econômica.

Nesse sentido, Getúlio Vargas preocupou-se em desenvolver o Brasil para dentro, de modo que a industrialização não fosse reflexo de ciclos internacionais de preços de matérias-primas, como era até então, mas a manifestação econômica da soberania nacional sobre os recursos internos. A nacionalização dos minérios e do petróleo, com o Código de Minas (1934) e o Conselho Nacional do Petróleo (1938), a edificação das indústrias de base, como a nacionalização do Lloyd Brasileiro (1938), a Companhia Siderúrgica Nacional (1941), a Companhia Vale do Rio Doce (1942), a Fábrica Nacional de Motores (1942) e a Petrobrás (1953), a criação de uma base nacional de estatística para facilitar o planejamento governamental e industrial, com a criação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (1936), a incorporação dos espaços vazios do interior à dinâmica desenvolvimentista, com a Marcha para Oeste das décadas de 1930 e 1940, e a formação de um sistema financeiro nacional voltado ao financiamento da produção e à internalização dos centros de decisão de investimentos, com a Lei de Usura (1933), a suspensão unilateral do pagamento da dívida externa (1937), o Instituto de Resseguros do Brasil (1939), o Banco Nacional do Crédito Cooperativo (1951), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (1952), o Banco do Nordeste (1953) e a criação das taxas múltiplas de câmbio pela Instrução 70 da Sumoc (1953), alicerçaram o intenso ciclo de desenvolvimento vivido pelo Brasil até a década de 1980, período durante o qual o Brasil foi o país que mais cresceu industrialmente no mundo.

Mais do que emancipação econômica, o desenvolvimento varguista objetivava a emancipação social. O Brasil é um dos poucos países do mundo em que a formação do Estado Social coincidiu com a sua Revolução Industrial. A criação dos Ministérios do Trabalho, Indústria e Comércio e da Educação e Saúde, logo nos primeiros meses de governo, colocaram o trabalho, a educação e a saúde, pela primeira vez na história do Brasil, no primeiro plano das preocupações nacionais. A educação primária, tornada obrigatória e imbuída de um sentido técnico e patriótico, abriu novos horizontes para uma população até então majoritariamente analfabeta, e serviu como esteio de uma política sanitária para a infância, uma vez que as escolas passaram a funcionar como locais de vacinação. As primeiras campanhas nacionais de combate à varíola, à malária, à febre amarela e a outras doenças tiveram início com Getúlio Vargas. A criação da Universidade do Brasil, em 1938, inicia a formação do sistema universitário federal brasileiro, do qual tanto nos orgulhamos hoje.

Por sua vez, as leis trabalhistas, reunidas na Consolidação das Leis do Trabalho (1943), foram, efetivamente, a segunda Lei Áurea, podendo ser o trabalhismo getulista considerado um segundo abolicionismo, contribuindo para valorizar o trabalho, o que tinha um aspecto imensamente progressista num país em que o ethos escravista ainda predominava. A proibição do trabalho infantil, a limitação da jornada de trabalho a 8 horas diárias, as férias remuneradas, o salário-família, a proteção especial ao trabalho da mulher e do menor, a paridade salarial de gênero e cor para uma mesma função, a obrigatoriedade das empresas de contratarem pelo menos 2/3 de brasileiros no total de seus funcionários, os restaurantes operários do Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS), a incorporação do sindicalismo às instâncias deliberativas estatais e a formação dos Institutos de Aposentadora e Pensão por categorias, iniciando a construção de uma Previdência Social nacional, constituíram um marco civilizatório, de um desenvolvimento inclusivo dos trabalhadores, assim como fortaleceram o mercado interno, para que a indústria encontrasse no bem estar dos trabalhadores brasileiros a sua fonte de prosperidade. A criação do Serviço Nacional da Indústria (SENAI), em 1942, inaugurou o posteriormente chamado “Sistema S”, uma extraordinária construção assistencial modelada pela cooperação entre capital e trabalho.

Infelizmente, Getúlio não conseguiu estender as leis trabalhistas ao campo, o que somente se efetivaria no governo do seu herdeiro João Goulart, com o Estatuto do Trabalhador Rural (1963), e se aprimoraria nos governos militares, sobretudo nos governos Médici e Geisel, que participaram da Revolução de 30. Essa infeliz limitação não diminui a importância histórica da Era Vargas, que conseguiu introduzir, num país que até poucas décadas antes padecia da escravidão, medidas sociais mais avançadas do que as existentes em muitos dos países industrialmente mais desenvolvidos, dotados de amplas e combativas organizações trabalhistas.

A Era Vargas não construiu o Brasil apenas materialmente e socialmente, mas, da mesma forma, culturalmente. Pela primeira vez, o Brasil dotou-se de uma identidade nacional própria, independente das monarquias e repúblicas europeias e anglo-saxãs que, até então, as oligarquias brasileiras buscavam emular. A partir de Getúlio, o Brasil passa a se entender como uma nação positivamente mestiça e tropical, cuja alma residiria nas manifestações culturais populares, pela primeira vez reconhecidas e valorizadas pelo poder público, como o samba, a capoeira, o Carnaval e o futebol. Pode-se dizer que a Era Vargas institucionalizou o caráter nacional e popular do modernismo da Semana de 22, sedimentando nos corações e mentes brasileiros uma ideia de Brasil que, apesar de tudo, vigora até hoje.

No caso do Carnaval, Getúlio incentivou as escolas de samba a abordarem temas nacionais, de modo que elas contribuíssem para a educação cívica brasileira. No caso do futebol, a sua profissionalização, em 1933, criou os atuais clubes da forma como existem, vinculando o esporte ao ideal de trabalho que se buscava valorizar, e os estádios tornaram-se palco de manifestações cívicas as mais importantes, como o 1º de maio e as celebrações da Independência.

O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão vigente durante o Estado Novo, projetou uma ideia otimista de Brasil, não apenas como um jovem país em desenvolvimento, mas como uma civilização sui generis, capaz de uma contribuição universal, posição essa defendida também pelo famoso escritor austríaco Stefan Zweig em seu livro Brasil País do Futuro, de 1941. O programa radiofônico “Hora do Brasil”, criado em 1938, cumpriu papel importantíssimo na divulgação de notícias referentes aos assuntos nacionais e de artistas brasileiros, que compunham a quase totalidade da sua programação cultural. A Rádio Nacional, encampada em 1940, tornou-se imediatamente um vetor de integração nacional, passando a projetar, para todo o país e até mesmo para o estrangeiro, diversas expressões artísticas brasileiras, como o samba, o baião, o forró, a música caipira e as músicas tradicionais gaúchas. A Rádio Mauá, criada em 1944, voltou-se especificamente aos trabalhadores, funcionando como aglutinador de uma identidade trabalhista. O jornal A Manhã, dirigido pelo escritor Cassiano Ricardo, e a revista Cultura Política, foram fundamentais para a difusão de valores e ideais nacionalistas. A Superintendência de Educação Musical e Artística, criada em 1931 e confiada a Villa-Lobos, instituiu o canto orfeônico nas escolas públicas como forma de moldar o caráter cívico-patriótico das novas gerações. O Instituto Nacional do Cinema Educativo (INCE), criado em 1936, e o Instituto Nacional do Livro (INL), criado em 1937, estiveram na linha de frente da política cultural da Era Vargas. Pela primeira vez, o patrimônio histórico e artístico nacional tornou-se oficialmente protegido pelo Estado, com a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, atual IPHAN, em 1937.

Não se pode esquecer, ainda, que o governo de Getúlio Vargas tomou posição decidida e decisiva no combate, dentro e fora do país, ao nazifascismo. Em 1938, antes de qualquer país ocidental romper com a Alemanha, o Brasil rompeu relações diplomáticas com a Alemanha ao expulsar o embaixador Karl Ritter, acusado de insuflar separatismos entre os colonos alemães no sul do país, e proibiu o Partido Nazista, a Ação Integralista Brasileira e todos os partidos e movimentos de inspiração nazifascista. Na II Guerra Mundial, o Brasil participou ao lado dos Aliados com a Força Expedicionária Brasileira, que granjeou importantes vitórias em campo de batalha na Europa, além de fornecer borracha e bases militares aos Estados Unidos. Além disso, o Brasil teve importante papel na criação do Estado de Israel.

Não houve, outrossim, nenhum laivo de racismo na política interna de Getúlio Vargas, que estendeu as leis trabalhistas a todos os trabalhadores urbanos, indistintamente, legalizou o samba e a capoeira, criou o Conselho Nacional de Proteção aos Índios, em 1939, e instituiu o Dia do Índio, nesse mesmo dia 19 de abril, data do seu próprio aniversário, em 1943.

Naturalmente, esse pequeno artigo não tem a pretensão de esgotar toda a importância e significado de Getúlio Vargas para o Brasil, cuja profundidade permanecerá por muito tempo ainda insondável. Não se pode negar, contudo, que o aniversariante desse 19 de abril contribuiu, como nenhum outro em seu tempo, para a edificação de um Brasil independente, soberano, desenvolvido e generoso, em suma, o Brasil brasileiro.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Jun 2022, 17:28



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Mensagem por E.R » 23 Jun 2022, 23:20

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Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Jun 2022, 21:39

Aniversário de George Orwelll
Relembre a militância de George Orwell contra o stalinismo
Autor de "A Revolução dos Bichos" e "1984" foi um grande crítico do stalinismo e da ditadura da sociedade burguesa

ImagemGeorge Orwell. A Revolução dos Bichos foi publicado no Brasil como A fazenda dos Animais (nas edições a partir de 2020) – Foto: Reprodução

Em 25 de junho de 1903, em Motihari, na Índia, nascia Eric Arthur Blair, mais conhecido como George Orwell, grande romancista, ensaísta, jornalista e político inglês conhecido por dois grandes sucessos literários, os livros “A Revolução do Bichos” e “1984”.

Filho de um oficial britânico conservador que estava a serviço da coroa britânica, Orwell passou seus primeiros dias de infância na Índia e depois partiu com sua mãe (de origem francesa) e irmã para a Inglaterra. Teve pouco contato com seu pai, que viveu na Índia até sua aposentadoria em 1912.

Desde adolescente, mostrou habilidade com as letras e publicou um poema de sucesso na imprensa local. Ganhou bolsas de estudo e conviveu num colégio interno, onde percebeu a desigualdade social entre as classes, tema que viria marcar sua literatura com seu grande clássico “A Revolução dos Bichos”.

A inspiração de Orwell na literatura foi com Rudyard Kipling e H.G.Wells, passeando por romances de ficção científica. Orwell ganhou bolsas para estudar em bons colégios, como o Wellington College e o Eton College. Por dificuldades financeiras, passou ainda pela Força Policial Imperial da Índia no ano de 1922.

Nesse período de carência, ele teve dificuldades para desenvolver sua carreira, inclusive descreve uma passagem em que viveu como mendigo em Paris e Londres, o que lhe fez adotar o pseudônimo de George Orwell.

O grande destaque da literatura de Orwell foi por conta do retrato que faz da sociedade de classes do capitalismo. Segundo ele, “Tornei-me pró-socialista mais por desgosto com a maneira com que os setores mais pobres dos trabalhadores industriais eram oprimidos e negligenciados do que devido a qualquer admiração teórica por uma sociedade planificada.”

Sua obra, “A Revolução dos Bichos” (1945), é uma poderosa fábula distópica, na qual ele cria um grupo de animais revolucionários que procura tomar o poder dos seres humanos para organizar uma sociedade mais justa. Após a vitoriosa revolução, Orwell critica a contrarrevolução advinda por dois porcos totalitários que burocratizaram a Revolução, numa clara crítica ao que o ditador Joseph Stálin impôs aos operários que lutaram tanto para transformar a sociedade. “A Revolução dos bichos” está repleto de exemplos e lições da luta de classes que perpassa nossa sociedade excludente e violenta.

Orwell está bastante atual diante do recrudescimento da ditadura na sociedade burguesa, que anda controlando e oprimindo de diversas formas os cidadãos. O livro 1984 é uma lição nesse sentido. Uma das defesas de princípios de Orwell é a liberdade de opinião: “Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir”.

Orwell faleceu aos 46 anos no dia 21 de janeiro de 1950, em Londres, vítima de tuberculose. Foi enterrado na Igreja Anglicana All Saints´Churchyard apenas com o nome de batismo Eric Arthur Blair, mas quem ficou para a história fora George Orwell.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 05 Jul 2022, 20:28

100 anos
O que o marxismo diz sobre a Revolta do Forte de Copacabana
A Universidade Marxista recomeça dia 19 de julho, com Rui Costa Pimenta

ImagemUniversidade marxista – Foto: Reprodução

Conhecida como a “Revolta do Forte de Copacabana” ou “A Revolta dos 18 do Forte”, este evento, ocorrido há exatamente 100 anos, foi um dos marcos do fim da República Velha, e que deu início as revoltas dentro do exército contra o governo, finalmente culminando na Revolução de 30, com Getúlio Vargas.

Este importante evento não é muito conhecido, porém foi uma parte fundamental da transição entre a República Velha e o Estado Novo, marcando um período de revoltas cruciais para o que viria a acontecer nos próximos anos.

O leitor pode conferir mais sobre o acontecimento no curso da Universidade Marxista! Sob uma visão revolucionária, o Partido da Causa Operária realiza há mais de 20 anos o seu curso de formação marxista, que apresenta diversos temas sobre o marxismo e suas figuras. Já aconteceram cursos sobre o fascismo, democracia, a vida de Trótstki, a vida de Lenin, O Capital, etc.

Em um novo formato, a Universidade Marxista agora conta com 4 módulos, que estão ocorrendo ao longo deste ano. No momento estamos entrando no segundo módulo, que começará no dia 19 de julho — nesta edição, o curso tem como tema: “Brasil, 500 anos de história, uma análise marxista”.

O primeiro módulo já foi apresentado por inteiro, e está disponível na plataforma da Universidade Marxista, que você pode acessar clicando aqui. As aulas são ministradas pelo companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, e são transmitidas ao vivo, com um espaço para perguntas dos estudantes.

É importante ressaltar que este conteúdo é único, um curso feito sem igual. São horas de estudos, empenhado por diversas pessoas que reuniram o melhor material para a realização do curso. Ainda por cima, tudo isso foi analisado e será apresentado do ponto de vista marxista, gerando um conteúdo completamente novo e revolucionário para todos que quiserem aproveitá-lo.

Além disso, a plataforma da Universidade Marxista ainda fornece materiais únicos, como verbetes explicativos, textos e imagens para facilitar, incentivar e complementar o estudo de todo o material apresentado nas mais de 30 horas de curso. Confira a seguir o conteúdo dos 4 módulos do curso sobre história do Brasil:

1° módulo: Os três primeiros séculos;

2° módulo: Império Tropical;

3° módulo: Da República ao fascismo;

4° módulo: Brasil contemporâneo.

Acesse o site e conheça o curso!

universidademarxista.pco.org.br


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