Hetero sysO Gordo escreveu:ataport.sys
Questões sobre gênero
Discussões sobre machismo, feminismo, sexismo e assuntos relacionados
- Butch
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Re: Sexismo
"Não costumo ser um homem religioso, mas se tu estás lá em cima, me salva, SUPER HOMEM"
- Tufman
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Re: Sexismo
Adoro quando a esquerda cai nas problematizações que eles tanto pregam e praticam.
#PrecisamosFalarSobreCorteDeCabeloEComoPerguntasInvasivasDesmoralizamOEmpoderamentoFemininoNoOcidenteCapitalistaEstupradorERacista
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- Antonio Felipe
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Re: Sexismo
Se alguém da esquerda problematiza, reclamam.
Se não problematizam, reclamam.
Se falam que não precisa problematizar, reclamam também.
Se decidam aí.
Se não problematizam, reclamam.
Se falam que não precisa problematizar, reclamam também.
Se decidam aí.
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- Butch
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Re: Sexismo
Terceira opção.Antonio Felipe escreveu:Se alguém da esquerda problematiza, reclamam.
Se não problematizam, reclamam.
Se falam que não precisa problematizar, reclamam também.
Se decidam aí.
E quem diabos reclama na segunda?
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- JF CH
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Re: Sexismo
Sobre a segunda, ninguém reclama, só acha estranho alguém não problematizar.
JF CH
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Campeão do De Que Episódio é Essa Foto? - Edição 2016
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piadaitaliano/F42 escreveu: ↑18 Abr 2021, 21:26com todo o perdão da palavra e com toda a certeza que eu serei punido, piada é a cabeça da minha piroca! porra mano, eu tive que adicionar seu nome como "pseudo" pré candidato a moderação lá no datafórum e você agora fala que é piada? o que vc tem na sua cabeça, mano?
- Tufman
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Re: Sexismo
Se problematizar, é lógico que vai ter quem reclame (e com razão).
Se não problematizar, ninguém vai reclamar (óbvio).
Se fala para não problematizar, mas pratica, prega e anda com gente problematizadora, temos uma incoerência que precisa ser apontada.
Agora, se fala para não problematizar, abomina e não age com hipocrisia depois, bem-vindo ao clube de quem é coerente.
Se não problematizar, ninguém vai reclamar (óbvio).
Se fala para não problematizar, mas pratica, prega e anda com gente problematizadora, temos uma incoerência que precisa ser apontada.
Agora, se fala para não problematizar, abomina e não age com hipocrisia depois, bem-vindo ao clube de quem é coerente.
- Fellipe
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Re: Sexismo
BOMBA: nem todos os esquerdistas são iguais.Quase Seca escreveu:Um(a) esquerdista falando pra não problematizar?
INSIRA AQUI O MEME DA MÔNICA NA FRENTE DO PC
- Hyuri Augusto
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Re: Sexismo
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk naoFellipeKyle escreveu:BOMBA: nem todos os esquerdistas são iguais.Quase Seca escreveu:Um(a) esquerdista falando pra não problematizar?
INSIRA AQUI O MEME DA MÔNICA NA FRENTE DO PC
A diferença é que uns sabem conversar e outros não sabem e partem para a agressão.
"Fortes são aqueles que transformam em luz o que é escuridão"
► Exibir Spoiler
- Antonio Felipe
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Re: Sexismo
"A diferença é que uns sabem conversar e outros não sabem e partem para a agressão."
Basicamente a realidade de praticamente todas as correntes ideológicas.
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- Butch
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Re: Sexismo
Eu to com umas duvidas sobre essas questões de gênero:
Se um homem bater em uma mulher, ele pode escapar da Maria da Penha alegando que ele se considera uma mulher?
Se um indivíduo biologicamente homem bate em um indivíduo biologicamente homem que se considera mulher, o homem que se considera mulher pode processar o outro por violência contra mulher?
Se um indivíduo biologicamente homem e que se considera mulher bate em um indivíduo biologicamente mulher que se considera mulher, o indivíduo biologicamente mulher pode processar o outro por violência contra a mulher?
Se um indivíduo biologicamente mulher que se considera homem bate em um indivíduo biologicamente mulher e que se diz mulher, isso seria caso de violência contra a mulher?
Se um indivíduo biologicamente mulher que se considera homem bate em um indivíduo biologicamente homem que se considera mulher, isso seria caso de violência contra mulher?
Não sei qual tópico se encaixa melhor nisso, optei por esse.
Se um homem bater em uma mulher, ele pode escapar da Maria da Penha alegando que ele se considera uma mulher?
Se um indivíduo biologicamente homem bate em um indivíduo biologicamente homem que se considera mulher, o homem que se considera mulher pode processar o outro por violência contra mulher?
Se um indivíduo biologicamente homem e que se considera mulher bate em um indivíduo biologicamente mulher que se considera mulher, o indivíduo biologicamente mulher pode processar o outro por violência contra a mulher?
Se um indivíduo biologicamente mulher que se considera homem bate em um indivíduo biologicamente mulher e que se diz mulher, isso seria caso de violência contra a mulher?
Se um indivíduo biologicamente mulher que se considera homem bate em um indivíduo biologicamente homem que se considera mulher, isso seria caso de violência contra mulher?
Não sei qual tópico se encaixa melhor nisso, optei por esse.
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Re: Sexismo
A essa hora, não dá pra entender esses esquemas não :p
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Re: Sexismo
Sei que é bait mas vou responder com honestidade pq tô sem nada pra fazer enquanto meus fundos da Steam não caem pra eu aproveitar a Summer Sale
Não. Os profissionais da justiça em sua maioria só contam violência contra mulheres cis. E os que consideram as mulheres trans, priorizam sempre as transicionadas (as que foram pelo menos hormonizadas).João Vitor A.K.A The Butcher escreveu:Eu to com umas duvidas sobre essas questões de gênero:
Se um homem bater em uma mulher, ele pode escapar da Maria da Penha alegando que ele se considera uma mulher?
Se for transicionada como na resposta acima, há uma pequena chance que sim. De qualquer forma, mesmo que não seja, ainda pode processar o outro por violência normal e aceitar que o agressor receba uma pena menor.João Vitor A.K.A The Butcher escreveu:Se um indivíduo biologicamente homem bate em um indivíduo biologicamente homem que se considera mulher, o homem que se considera mulher pode processar o outro por violência contra mulher?
Pode, e o mais provavel é que o processo vença, pois se considerar uma coisa, agir e fazer jus á essa consideração é outra.João Vitor A.K.A The Butcher escreveu:Se um indivíduo biologicamente homem e que se considera mulher bate em um indivíduo biologicamente mulher que se considera mulher, o indivíduo biologicamente mulher pode processar o outro por violência contra a mulher?
Dificil considerar, mas na minha honesta opinião, sim, deveria ser. Não por qualquer tipo de relação de poder, mas pq eu odeio homem trans e adoraria ver um sendo preso mesmo.João Vitor A.K.A The Butcher escreveu:Se um indivíduo biologicamente mulher que se considera homem bate em um indivíduo biologicamente mulher e que se diz mulher, isso seria caso de violência contra a mulher?
Como na maioria das respostas anteriores... é dificil o juiz considerar que é. Mas eu acho que deveria, sim.João Vitor A.K.A The Butcher escreveu:Se um indivíduo biologicamente mulher que se considera homem bate em um indivíduo biologicamente homem que se considera mulher, isso seria caso de violência contra mulher?
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Re: Questões sobre gênero
Quando comecei a ler, já imaginei que se tratava de uma campanha publicitária: http://emais.estadao.com.br/noticias/ge ... 0001881045
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Re: Questões sobre gênero
Entidades repudiam suposto assédio de deputado Wladimir Costa contra jornalista
Repórter afirma que parlamentar adotou postura inadequada; entidades classificaram situação como assédio sexual
Por: Zero Hora
04/08/2017 - 09h25min | Atualizada em 04/08/2017 - 19h10min
Deputado Wladimir Costa (SD¿PA) com a tatuagem em homenagem a Temer
Foto: divulgação
O deputado Wladimir Costa (SD-PA) está envolvido em mais uma polêmica. Após realizar uma tatuagem no braço com o nome do presidente Michel Temer, apontada como de henna por especialistas, e pedir nudes para uma mulher no WhatsApp, agora está envolvido em um suposto caso de assédio contra uma repórter de Brasília que tentava entrevistá-lo na terça-feira (1º). Entidades que representam a categoria classificaram a situação com assédio sexual.
A acusação foi feita pela repórter da rádio CBN em Brasília, Basilia Rodrigues, 29 anos, em um post no Facebook publicado na quarta-feira (2). Conforme o relato, a jornalista aguardava o término de uma reunião entre Wladimir Costa, Temer e outros deputados na casa de Fábio Ramalho (PMDB-MG), e Costa se portou de maneira inadequada após ser questionado a mostrar a tatuagem.
Nesta sexta-feira (4), em entrevista a Zero Hora, Basilia afirmou que pediu, no fim do encontro entre os políticos, que o parlamentar do Solidariedade mostrasse o desenho feito em homenagem a Temer e que é apontado por vários tatuadores consultados pela imprensa como de henna, e não permanente. Desde a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo sobre o assunto, publicada no último segunda–feira (31), Costa não exibiu mais a tatuagem.
— Quando o deputado saiu do jantar, por volta de 23h, ele foi abordado sobre a tatuagem. Ele falou que outros deputados estavam interessados em fazer uma tatuagem também, que mostrou a tatuagem para o Temer e o presidente gostou, mas teria dito que só a Marcela não gostou porque ficou mais bonita que a dela (a primeira-dama possui uma tatuagem na nuca com o nome de Temer). No meio das perguntas ao deputado, perguntei "o senhor pode mostrar a tatuagem novamente?". Ele disse, olhando diretamente para mim, "Pra você, só se for de corpo inteiro" — disse a repórter da CBN.
Após esse primeiro desconforto, Basilia disse que foi atrás do deputado e voltou a pedir que ele mostrasse a tatuagem, pedindo respeito por ela ser repórter e mulher. No entanto, ela disse que recebeu outra resposta inconveniente: "Eu tenho várias tatuagens no corpo inteiro, amor". Na terceira investida, o deputado levantou o dedo na altura da boca e mexeu os lábios em um "não" proferido sem voz.
A profissional da imprensa salientou que gravou a fala de Costa e que cinegrafistas presentes no local também registraram o momento. Antes de publicar o post no Facebook, ela disse que escutou o áudio novamente para ter certeza sobre as palavras do parlamentar. A jornalista afirmou que considera a postura "machista e repugnante" e que o parlamentar encara esse gesto como uma brincadeira. Basilia destacou que é uma jornalista com 10 anos de carreira e não quer ser lembrada pela "atitude machista de um deputado qualquer":
— Não quero que esse meu manifesto seja visto como uma vitimização. Tenho 10 anos de jornalismo, focado em coberturas políticas e do Judiciário. Quero ser lembrada por isso.
Basilia disse que vem recebendo diversas mensagens de apoio e solidariedade após o episódio de terça-feira (1º). Ela espera que sua atitude possa incentivar outras mulheres a expor casos machistas. A repórter afirma que o deputado só adotou aquela postura pelo fato dela ser mulher:
— Conversando com outras colegas, cheguei a uma conclusão: ele não me respondeu daquela maneira porque sou uma jornalista, mas sim por eu ser mulher.
Basilia não quis falar sobre eventuais processos contra o deputado. A profissional destacou que a repercussão negativa do caso em relação ao parlamentar é uma forma de "punir o ego" de Costa.
Apoio da categoria
Entidades que representam jornalistas rechaçaram a atitude de Wladimir Costa e a classificaram como "assédio sexual e moral".
"Mesmo diante de um período questionável, do ponto de vista dos direitos e representações, faz-se necessário que situações como esta sejam expostas e veementemente combatidas. O teatro criado tendo personagens políticos bizarros como protagonistas não podem ultrapassar os limites mínimos para uma relação respeitosa, entre políticos e profissionais da imprensa", diz o texto assinado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF), pelo Coletivo de Mulheres da entidade e pela Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do DF (Cojira-DF).
"As mulheres jornalistas, em especial as negras, já estão submetidas a uma série de desigualdade e violências, dentro e fora das redações, que demandam de toda a sociedade atenção redobrada, ainda mais quando se trata de uma cobertura política de interesse público. Solidarizamo-nos à jornalista, que tem uma atuação destacada na cobertura política em Brasília, e nos colocamos à disposição para dar suporte jurídico, caso ela assim o queira", finaliza o texto.
A reportagem de ZH entrou em contato com o gabinete do deputado Wladimir Costa às 8h36min, mas não foi atendido até a publicação dessa matéria.
CONTRAPONTO
O que diz o deputado Wladimir Costa (SD-PA):
O parlamentar confirmou que disse para a jornalista que mostraria a tatuagem só se fosse de corpo inteiro, mas que proferiu a frase "sem cunho racista, sexual ou algo parecido". Costa destacou que tem seis tatuagens e que mostrar o corpo inteiro não quer dizer nu:
— Afirmo que falei que mostro só se for o corpo inteiro, o que é muito natural. O fato de dizer o corpo inteiro não quer dizer nu. Ela pode representar (ação judicial), e eu sou muito tranquilo para responder perante à Justiça — disse o deputado.
Entenda as polêmicas
Wladimir Costa começou a se envolver em polêmicas após uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, veiculada na última segunda–feira (31), apontar que o deputado havia feito uma tatuagem com o nome do presidente e uma bandeira do Brasil.
A tatuagem teria sido feita no último dia 28 e custado R$ 1,2 mil, paga em seis parcelas no cartão. Em entrevista, o parlamentar disse que, no atual contexto político em que "tentam derrubar Temer a qualquer custo, é minha forma de mostrar que parceiro que é parceiro derrama até a última gota de sangue".
Tatuadores renomados consultados pela imprensa disseram que a tatuagem era de henna, não permanente, e que sairia facilmente após o banho. Vários detalhes do desenho foram apontados como indícios, tais como a falha na letra "r" da palavra "Temer", o acabamento da bandeira do Brasil e o próprio fato de Costa sair com a tatuagem desprotegida, sendo que havia dito que a foto fora feita logo após deixar o estúdio de tatuadores.
Desde então, Costa é incitado por repórteres a mostrar mais uma vez a tatuagem, na expectativa de confirmar se ela é feita de henna ou não.
Na quinta-feira (3), o fotógrafo Lula Marques flagrou o parlamentar em uma troca de mensagens por WhatsApp na qual pede uma nude para uma mulher durante a sessão que barrou a denúncia de corrupção passiva contra Temer. "Mostra a tua bunda afinal não são suas profissões que a destacam como mulher é sua bunda. Vai lá põe aí garota" (sic), escreveu o deputado pelo WhatsApp. Em entrevista ao UOL, ele disse que conversava com uma "profissional da imprensa".
ZERO HORAPor: Zero Hora
04/08/2017 - 09h25min | Atualizada em 04/08/2017 - 19h10min
Deputado Wladimir Costa (SD¿PA) com a tatuagem em homenagem a Temer
Foto: divulgação
O deputado Wladimir Costa (SD-PA) está envolvido em mais uma polêmica. Após realizar uma tatuagem no braço com o nome do presidente Michel Temer, apontada como de henna por especialistas, e pedir nudes para uma mulher no WhatsApp, agora está envolvido em um suposto caso de assédio contra uma repórter de Brasília que tentava entrevistá-lo na terça-feira (1º). Entidades que representam a categoria classificaram a situação com assédio sexual.
A acusação foi feita pela repórter da rádio CBN em Brasília, Basilia Rodrigues, 29 anos, em um post no Facebook publicado na quarta-feira (2). Conforme o relato, a jornalista aguardava o término de uma reunião entre Wladimir Costa, Temer e outros deputados na casa de Fábio Ramalho (PMDB-MG), e Costa se portou de maneira inadequada após ser questionado a mostrar a tatuagem.
Nesta sexta-feira (4), em entrevista a Zero Hora, Basilia afirmou que pediu, no fim do encontro entre os políticos, que o parlamentar do Solidariedade mostrasse o desenho feito em homenagem a Temer e que é apontado por vários tatuadores consultados pela imprensa como de henna, e não permanente. Desde a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo sobre o assunto, publicada no último segunda–feira (31), Costa não exibiu mais a tatuagem.
— Quando o deputado saiu do jantar, por volta de 23h, ele foi abordado sobre a tatuagem. Ele falou que outros deputados estavam interessados em fazer uma tatuagem também, que mostrou a tatuagem para o Temer e o presidente gostou, mas teria dito que só a Marcela não gostou porque ficou mais bonita que a dela (a primeira-dama possui uma tatuagem na nuca com o nome de Temer). No meio das perguntas ao deputado, perguntei "o senhor pode mostrar a tatuagem novamente?". Ele disse, olhando diretamente para mim, "Pra você, só se for de corpo inteiro" — disse a repórter da CBN.
Após esse primeiro desconforto, Basilia disse que foi atrás do deputado e voltou a pedir que ele mostrasse a tatuagem, pedindo respeito por ela ser repórter e mulher. No entanto, ela disse que recebeu outra resposta inconveniente: "Eu tenho várias tatuagens no corpo inteiro, amor". Na terceira investida, o deputado levantou o dedo na altura da boca e mexeu os lábios em um "não" proferido sem voz.
A profissional da imprensa salientou que gravou a fala de Costa e que cinegrafistas presentes no local também registraram o momento. Antes de publicar o post no Facebook, ela disse que escutou o áudio novamente para ter certeza sobre as palavras do parlamentar. A jornalista afirmou que considera a postura "machista e repugnante" e que o parlamentar encara esse gesto como uma brincadeira. Basilia destacou que é uma jornalista com 10 anos de carreira e não quer ser lembrada pela "atitude machista de um deputado qualquer":
— Não quero que esse meu manifesto seja visto como uma vitimização. Tenho 10 anos de jornalismo, focado em coberturas políticas e do Judiciário. Quero ser lembrada por isso.
Basilia disse que vem recebendo diversas mensagens de apoio e solidariedade após o episódio de terça-feira (1º). Ela espera que sua atitude possa incentivar outras mulheres a expor casos machistas. A repórter afirma que o deputado só adotou aquela postura pelo fato dela ser mulher:
— Conversando com outras colegas, cheguei a uma conclusão: ele não me respondeu daquela maneira porque sou uma jornalista, mas sim por eu ser mulher.
Basilia não quis falar sobre eventuais processos contra o deputado. A profissional destacou que a repercussão negativa do caso em relação ao parlamentar é uma forma de "punir o ego" de Costa.
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Entidades que representam jornalistas rechaçaram a atitude de Wladimir Costa e a classificaram como "assédio sexual e moral".
"Mesmo diante de um período questionável, do ponto de vista dos direitos e representações, faz-se necessário que situações como esta sejam expostas e veementemente combatidas. O teatro criado tendo personagens políticos bizarros como protagonistas não podem ultrapassar os limites mínimos para uma relação respeitosa, entre políticos e profissionais da imprensa", diz o texto assinado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF), pelo Coletivo de Mulheres da entidade e pela Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do DF (Cojira-DF).
"As mulheres jornalistas, em especial as negras, já estão submetidas a uma série de desigualdade e violências, dentro e fora das redações, que demandam de toda a sociedade atenção redobrada, ainda mais quando se trata de uma cobertura política de interesse público. Solidarizamo-nos à jornalista, que tem uma atuação destacada na cobertura política em Brasília, e nos colocamos à disposição para dar suporte jurídico, caso ela assim o queira", finaliza o texto.
A reportagem de ZH entrou em contato com o gabinete do deputado Wladimir Costa às 8h36min, mas não foi atendido até a publicação dessa matéria.
CONTRAPONTO
O que diz o deputado Wladimir Costa (SD-PA):
O parlamentar confirmou que disse para a jornalista que mostraria a tatuagem só se fosse de corpo inteiro, mas que proferiu a frase "sem cunho racista, sexual ou algo parecido". Costa destacou que tem seis tatuagens e que mostrar o corpo inteiro não quer dizer nu:
— Afirmo que falei que mostro só se for o corpo inteiro, o que é muito natural. O fato de dizer o corpo inteiro não quer dizer nu. Ela pode representar (ação judicial), e eu sou muito tranquilo para responder perante à Justiça — disse o deputado.
Entenda as polêmicas
Wladimir Costa começou a se envolver em polêmicas após uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, veiculada na última segunda–feira (31), apontar que o deputado havia feito uma tatuagem com o nome do presidente e uma bandeira do Brasil.
A tatuagem teria sido feita no último dia 28 e custado R$ 1,2 mil, paga em seis parcelas no cartão. Em entrevista, o parlamentar disse que, no atual contexto político em que "tentam derrubar Temer a qualquer custo, é minha forma de mostrar que parceiro que é parceiro derrama até a última gota de sangue".
Tatuadores renomados consultados pela imprensa disseram que a tatuagem era de henna, não permanente, e que sairia facilmente após o banho. Vários detalhes do desenho foram apontados como indícios, tais como a falha na letra "r" da palavra "Temer", o acabamento da bandeira do Brasil e o próprio fato de Costa sair com a tatuagem desprotegida, sendo que havia dito que a foto fora feita logo após deixar o estúdio de tatuadores.
Desde então, Costa é incitado por repórteres a mostrar mais uma vez a tatuagem, na expectativa de confirmar se ela é feita de henna ou não.
Na quinta-feira (3), o fotógrafo Lula Marques flagrou o parlamentar em uma troca de mensagens por WhatsApp na qual pede uma nude para uma mulher durante a sessão que barrou a denúncia de corrupção passiva contra Temer. "Mostra a tua bunda afinal não são suas profissões que a destacam como mulher é sua bunda. Vai lá põe aí garota" (sic), escreveu o deputado pelo WhatsApp. Em entrevista ao UOL, ele disse que conversava com uma "profissional da imprensa".
"Se aproveitaram da minha astúcia" - VELOSO, Caetano