Educação

Espaço para debates sobre assuntos que não sejam relacionados a Chespirito, como cinema, política, atualidades, música, cotidiano, games, tecnologias, etc.
Avatar do usuário
Dias
Membro
Membro
Mensagens: 2767
Registrado em: 30 Dez 2014, 15:39
Programa CH: Chapolin
Localização: São João de Meriti - RJ
Curtiu: 46 vezes
Curtiram: 218 vezes

Educação

Mensagem por Dias » 17 Fev 2023, 12:24

Barbano escreveu:
17 Fev 2023, 11:34
O mercado tá cagando pra esse negócio aí das bolsas, teve zero repercussão esse reajuste. Não tem impacto relevante nas contas do governo.

E não, o mercado não quer que o BNDES salve a Americanas. Não sei de onde você tirou isso, Mercadante foi perfeito ontem na fala sobre a Americanas.
Primeiro você disse que o mercado ia reclamar com razão, agora o mercado "tá cagando"?

Claro que o mercado gostaria que o BNDES salve as Americanas, pois aí se a empresa deles quebrassem, eles já iam estender a mão ao BNDES. Agora viram que se quebrarem, que se virem. A Americanas já deu calote em seus credores, tudo indica que iam calotear o governo. O mercado pede livre mercado e menos estado, mas só até eles quebrarem.
Esses usuários curtiram o post de Dias (total: 1):
Chapolin Gremista
"Está vendo como às vezes é bom ser burro?" - Chaves

Avatar do usuário
Barbano
Administrador
Administrador
Mensagens: 43866
Registrado em: 28 Jan 2009, 13:29
Time de Futebol: São Paulo
Localização: São Carlos (SP)
Curtiu: 1680 vezes
Curtiram: 3387 vezes

Educação

Mensagem por Barbano » 17 Fev 2023, 16:06

Dias escreveu:
17 Fev 2023, 12:24
Primeiro você disse que o mercado ia reclamar com razão, agora o mercado "tá cagando"?
Para o reajuste das bolsas em específico sim. O problema é que todo dia o Lula anuncia uma despesa nova.

Tipo, se você tem 20 reais de saldo na conta e decide comprar um sorvete, não tem problema. O problema é se você decide comprar um sorvete, um Big Mac, um tênis novo, uma camiseta, um ingresso pro cinema e um celular. Aí a conta não fecha.
Dias escreveu:
17 Fev 2023, 12:24
Claro que o mercado gostaria que o BNDES salve as Americanas, pois aí se a empresa deles quebrassem, eles já iam estender a mão ao BNDES. Agora viram que se quebrarem, que se virem. A Americanas já deu calote em seus credores, tudo indica que iam calotear o governo. O mercado pede livre mercado e menos estado, mas só até eles quebrarem.
Isso não tem nada de liberalismo, nem de mercado. Quem defende governo salvando empresa em prol da empregabilidade normalmente é a esquerda. Mercado certamente não veria com bons olhos o BNDES botando dinheiro em empresa quebrada, e ainda por cima por fraude contábil.

Mas claro que farinha pouca, meu pirão primeiro. Quem é credor ou acionista da Americanas sairia no lucro com o governo salvando a empresa. Esses aí realmente podem até ser favoráveis, por interesse próprio.

Avatar do usuário
Dias
Membro
Membro
Mensagens: 2767
Registrado em: 30 Dez 2014, 15:39
Programa CH: Chapolin
Localização: São João de Meriti - RJ
Curtiu: 46 vezes
Curtiram: 218 vezes

Educação

Mensagem por Dias » 17 Fev 2023, 18:35

Barbano escreveu:
17 Fev 2023, 16:06
Dias escreveu:
17 Fev 2023, 12:24
Primeiro você disse que o mercado ia reclamar com razão, agora o mercado "tá cagando"?
Para o reajuste das bolsas em específico sim. O problema é que todo dia o Lula anuncia uma despesa nova.

Tipo, se você tem 20 reais de saldo na conta e decide comprar um sorvete, não tem problema. O problema é se você decide comprar um sorvete, um Big Mac, um tênis novo, uma camiseta, um ingresso pro cinema e um celular. Aí a conta não fecha.
Dias escreveu:
17 Fev 2023, 12:24
Claro que o mercado gostaria que o BNDES salve as Americanas, pois aí se a empresa deles quebrassem, eles já iam estender a mão ao BNDES. Agora viram que se quebrarem, que se virem. A Americanas já deu calote em seus credores, tudo indica que iam calotear o governo. O mercado pede livre mercado e menos estado, mas só até eles quebrarem.
Isso não tem nada de liberalismo, nem de mercado. Quem defende governo salvando empresa em prol da empregabilidade normalmente é a esquerda. Mercado certamente não veria com bons olhos o BNDES botando dinheiro em empresa quebrada, e ainda por cima por fraude contábil.

Mas claro que farinha pouca, meu pirão primeiro. Quem é credor ou acionista da Americanas sairia no lucro com o governo salvando a empresa. Esses aí realmente podem até ser favoráveis, por interesse próprio.
O problema é que, pro mercado, se a pessoa com 20 reais comprasse 1kg de arroz, também seria "gasto" e a bolsa cairia e o dólar subir. Não é difícil imaginar isso, se existem coaches financeiros dizendo pra pessoas que elas tem que trocar o arroz pelo macarrão, e acabar com o cafezinho da manhã. E esse exemplo foi só a nível microeconômico.

E o empresário com a empresa falida também quer que o governo o salve. Mas quando a empresa dele tá de vento em popa, aí ele quer livre mercado.
Esses usuários curtiram o post de Dias (total: 1):
Chapolin Gremista
"Está vendo como às vezes é bom ser burro?" - Chaves

Avatar do usuário
Barbano
Administrador
Administrador
Mensagens: 43866
Registrado em: 28 Jan 2009, 13:29
Time de Futebol: São Paulo
Localização: São Carlos (SP)
Curtiu: 1680 vezes
Curtiram: 3387 vezes

Educação

Mensagem por Barbano » 18 Fev 2023, 14:33

Você tem uma visão completamente distorcida do que é o mercado :lol:

Para o mercado é ótimo que a pessoa com 20 reais compre um pacote de arroz. Isso é economia girando. Gasto é se esse dinheiro sair dos cofres públicos, e não do trabalho da pessoa. E sim, se a pessoa estiver em uma situação financeira ruim, é melhor cortar o cafezinho e trocar alguns itens de sua cesta de consumo do que se endividar.
Dias escreveu:
17 Fev 2023, 18:35
E o empresário com a empresa falida também quer que o governo o salve. Mas quando a empresa dele tá de vento em popa, aí ele quer livre mercado.
Farinha pouca, meu pirão primeiro. É natural do ser humano querer levar vantagem. Você só tá confundindo o empresário X ou Y com o mercado. Mercado é só um termômetro, que reage ao que acontece na economia. Quando a bolsa cai e o dólar sobe, isso só significa que a confiança caiu, e as pessoas estão se resguardando com moeda estrangeira.

Avatar do usuário
Dias
Membro
Membro
Mensagens: 2767
Registrado em: 30 Dez 2014, 15:39
Programa CH: Chapolin
Localização: São João de Meriti - RJ
Curtiu: 46 vezes
Curtiram: 218 vezes

Educação

Mensagem por Dias » 18 Fev 2023, 18:47

Barbano escreveu:
18 Fev 2023, 14:33
Você tem uma visão completamente distorcida do que é o mercado :lol:

Para o mercado é ótimo que a pessoa com 20 reais compre um pacote de arroz. Isso é economia girando. Gasto é se esse dinheiro sair dos cofres públicos, e não do trabalho da pessoa. E sim, se a pessoa estiver em uma situação financeira ruim, é melhor cortar o cafezinho e trocar alguns itens de sua cesta de consumo do que se endividar.
Dias escreveu:
17 Fev 2023, 18:35
E o empresário com a empresa falida também quer que o governo o salve. Mas quando a empresa dele tá de vento em popa, aí ele quer livre mercado.
Farinha pouca, meu pirão primeiro. É natural do ser humano querer levar vantagem. Você só tá confundindo o empresário X ou Y com o mercado. Mercado é só um termômetro, que reage ao que acontece na economia. Quando a bolsa cai e o dólar sobe, isso só significa que a confiança caiu, e as pessoas estão se resguardando com moeda estrangeira.
A comparação entre o mercado e a compra do arroz se referia ao governo gastar em áreas essenciais. E que se até no ponto de vista microeconômico, existem coaches e a mídia querendo dizer que o pobre tem que trocar o arroz (o essencial) pelo macarrão e ensinando a comer pão mofado.
Mercado é só um termômetro
Essa é sempre a resposta dada pelos liberais quando questionados sobre o porquê do mercado não ter reagido a algum acontecimento. Mas é como você disse, farinha pouca meu pirão primeiro, e com o "ente abstrato" chamado "mercado" não seria diferente, que sempre "reage mal" a cada ato do governo mas não se ouvia nada ou pouco se ouvia sobre o governo anterior.
Esses usuários curtiram o post de Dias (total: 1):
Chapolin Gremista
"Está vendo como às vezes é bom ser burro?" - Chaves

Chapolin Gremista
Banido
Banido
Mensagens: 7100
Registrado em: 03 Fev 2009, 00:22
Programa CH: Chapolin
Time de Futebol: Grêmio
Localização: Viamão - RS
Curtiu: 223 vezes
Curtiram: 137 vezes

Educação

Mensagem por Chapolin Gremista » 21 Fev 2023, 23:24

Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

Avatar do usuário
Barbano
Administrador
Administrador
Mensagens: 43866
Registrado em: 28 Jan 2009, 13:29
Time de Futebol: São Paulo
Localização: São Carlos (SP)
Curtiu: 1680 vezes
Curtiram: 3387 vezes

Educação

Mensagem por Barbano » 23 Fev 2023, 16:06

Dias escreveu:
18 Fev 2023, 18:47
A comparação entre o mercado e a compra do arroz se referia ao governo gastar em áreas essenciais. E que se até no ponto de vista microeconômico, existem coaches e a mídia querendo dizer que o pobre tem que trocar o arroz (o essencial) pelo macarrão e ensinando a comer pão mofado.
Se a grana tá curta e algum item tá com preços elevados (por causa de safra), a substituição é sim uma boa medida. Brasileiro é muito fechado quanto a isso, pessoal aqui não vive sem a dupla arroz/feijão.

Mas isso do arroz é tolice. O custo-benefício é muito melhor do que o dos outros carboidratos.
Dias escreveu:
18 Fev 2023, 18:47
Essa é sempre a resposta dada pelos liberais quando questionados sobre o porquê do mercado não ter reagido a algum acontecimento. Mas é como você disse, farinha pouca meu pirão primeiro, e com o "ente abstrato" chamado "mercado" não seria diferente, que sempre "reage mal" a cada ato do governo mas não se ouvia nada ou pouco se ouvia sobre o governo anterior.
Papinho furado esse, heim? Mercado sempre reagiu sim quando o governo anterior pisava na bola. Já que esqueceu que foi no governo Bolsonaro que o dólar chegou a quase 6 reais?

Algumas notícias do mercado reagindo a acontecimentos no governo Bolsonaro:

https://g1.globo.com/economia/noticia/2 ... olar.ghtml
https://vocesa.abril.com.br/mercado-fin ... seu-bolso/
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... kaze.shtml

Chapolin Gremista
Banido
Banido
Mensagens: 7100
Registrado em: 03 Fev 2009, 00:22
Programa CH: Chapolin
Time de Futebol: Grêmio
Localização: Viamão - RS
Curtiu: 223 vezes
Curtiram: 137 vezes

Educação

Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Fev 2023, 03:45

NOTÍCIAS
EDUCADORES EM LUTA
Docentes universitários do PCO convocam reunião e Conferência
Para debater a crise nas universidades e as reivindicações diante do novo governo Lula, se posicionar sobre as eleições do ANDES e mobilizar pela Conferência Nacional de Luta

Imagem

Professores universitários vinculados à corrente Educadores em Luta , militantes e simpatizantes do PCO (Partido da Causa Operária), estão convocando para o próximo dia 3 de março, reunião nacional ampliada com o objetivo de debater a situação da categoria, a conjuntura politica e aprovar uma série de iniciativas buscando organizar uma intervenção classista nas universidades.

A iniciativa foi deliberada por um grupo de companheiros dos Estados do MS, RS, RJ e SP, que decidiram convocar uma reunião mais ampla visando intensificar o trabalho da corrente nas universidades de todas as regiões do País, diante da situação de enorme crise e aumento das tendências de luta que se expressam entre os docentes e o conjunto dos trabalhadores.


Os companheiros estão propondo como pauta do encontro quatro questões centrais nesse momento: 1) o governo Lula e Universidades. 2) a Conferência Nacional de Luta (e a importância da participação docente) 3) a eleição ANDES e o apoio de Educadores em Luta à chapa Renova ANDES e 4) a organização e o trabalho de agitação e propaganda de Educadores em Luta – Universidade.


A iniciativa ocorre no momento em que se manifesta um processo de deslocamento à esquerda no interior das universidades e no movimento docente, evidenciado no enorme apoio que Lula recebeu nas universidades e na crise da direção conservador do ANDES (vinculada há anos ao Conlutas/PSTU) que sofreu um importante revés no recente Congresso da categoria (6 a 10/fevereiro), no qual se deliberou, por ampla maioria, pela desfiliação do Sindicato da “central” do PSTU que, depois de apoiar o golpe de Estado contra a presidente Dilma Rousseff (“Fora Dilma, fora todos”) mergulhou a entidade na maior paralisia de toda a sua historia, facilitando o trabalho da direita golpista de atacar duramente o ensino público federal, em particular, e a educação de um modo geral.


A corrente quer discutir com os ativistas classistas e com o maior número de professores, funcionários e estudantes das universidades, a necessidade de aproveitar a situação que evolui à esquerda com a vitoria de Lula para fazer avançar a luta nas universidades, pelas reivindicações dos trabalhadores e estudantes, contra a destruição do ensino público e pelos direitos democráticos de todo o povo, ameaçados pelos ataques da direita, como se viu no dia 8 de janeiro e na campanha reacionária que os “donos do mercado” e sua venal imprensa capitalista fazem contra o governo Lula e qualquer medidas do novo governo no sentido de atender às demandas da população do povo trabalhador.

Nesse sentido a idéia é também realizar uma grande campanha nas universidades, junto com setores da esquerda classista, em favor de uma mobilização ampla para participar da Conferência Nacional dos Comitês de Luta, convocado para os dias 21 a 23 de abril próximos, que já conta com o apoio de mais de 400 entidades, dirigentes e destacados ativistas que assinaram o Manifesto de convocação do evento dos Comitês de Luta, dentre os quais já incluem dezenas de professores universitários.

O Andes, Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior, realiza, em maio próximo, eleições para a sua nova diretoria, depois da decisão de se desfiliar da Conlutas. A corrente vai debater um programa de lutas com o qual vai apoiar de forma critica, a chapa Renova ANDES, o que incluir a luta por reivindicações centrais da categoria diante da crise atual (reposição salarial, mais verbas para as universidades, verbas públicas apenas para o ensino público etc.) e a defesa da unidade dos docentes com o conjunto da classe trabalhadora, dentre outras questões, por meio da filiação do Andes à Central Única dos Trabalhadores (CUT), única organização surgida da luta dos trabalhadores, na década de 80 passada, e que congrega a imensa maioria dos mais importante e combativos sindicatos do País.

A decisão do coletivo, que será debatida na reunião é retomar a publicação regular do Boletim Educadores em Luta – Universidades, para impulsionar a organização de um setor classista na categoria que impulsione uma perspectiva de luta, com um programa revolucionário diante da crise, que busque atuar diante das questões de interesse dos docentes e de todos os trabalhadores.

Para participar da reunião – que será on Line – (e caso queira, já se inscrever no grupo Educadores em Luta – Universidades) entre em contatos com os companheiros à frente dessa iniciativa pelos telefones/zap: 67 8166-2051 // 51 8024-3020 // 21 99843-3078 // 11 98344-0068.

https://causaoperaria.org.br/2023/docen ... nferencia/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

Avatar do usuário
E.R
Membro
Membro
Mensagens: 104484
Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
Programa CH: Chaves
Time de Futebol: Flamengo
Localização: Rio de Janeiro
Curtiu: 4955 vezes
Curtiram: 1919 vezes

Educação

Mensagem por E.R » 02 Abr 2023, 03:38

NOTÍCIAS
https://oglobo.globo.com/opiniao/editor ... ngar.ghtml

O debate sobre o novo ensino médio precisa se libertar da estreita camisa de força a que está preso.

Dois grupos têm sobressaído. De um lado, os responsáveis pela lei de 2017 que determinou a ampliação da carga horária e a reformulação do currículo defendem que ela fique como está.

No campo oposto, sindicatos e organizações estudantis, insufladas por partidos de extrema esquerda, defendem a revogação e fazem barulho nas redes sociais. Ambos estão errados.

A reforma determina que os alunos passem a ter um currículo dividido em dois blocos. O primeiro com matérias básicas, como português e matemática.

O segundo bloco, chamado itinerário formativo, com disciplinas de formação técnica, profissional ou programas interdisciplinares para aprofundar o conhecimento. Nos três anos, a formação básica ficou com uma carga máxima estipulada em 1.800 horas de aula.

Dois problemas surgiram quando a lei começou a ser implementada. Primeiro problema : com a expansão da carga horária, os itinerários formativos acabaram ficando em algumas escolas com uma grande proporção da carga horária. Preocupados com o vestibular, alunos têm protestado com razão.

Segundo problema : ainda que bem-intencionada, a estrutura desses itinerários formativos ficou demasiadamente flexível, dando margem ao surgimento até de cursos para fazer brigadeiro.

A primeira mudança necessária é determinar que as 1.800 horas sejam o piso alocado para as disciplinas, não o teto, de modo que os alunos recebam a formação básica essencial. Nada disso pode ser feito sem mexer na lei, portanto não se trata apenas de uma dificuldade de implementação.

Mas revogar a lei, como quer o segundo grupo, seria ainda pior. O aumento da carga horária e a reformulação curricular são conquistas tardias do Brasil. A escola em tempo integral, novidade por aqui, é padrão nos países com os melhores sistemas de educação. Revogar o que foi feito seria um retrocesso.

Há décadas o desempenho dos alunos do 3º ano é sofrível. A pontuação média nas provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) está estagnada desde 2001. Os estudantes com nível adequado não passam de 10% em matemática e de 30% em português. 

O Ministério da Educação precisa determinar com mais rigidez os itinerários formativos. Noutra frente, o governo federal tem de aumentar o apoio aos estados para que prestem mais ajuda aos professores, formados para atuar numa escola distinta da necessária para o novo ensino médio.

É preciso ainda reforçar programas de atualização continuada, diz o economista Ricardo Henriques, superintendente do Instituto Unibanco.

MEC e governos estaduais têm de encarar os desafios juntos. Nenhum país adotou um novo currículo no ensino médio apenas quando os professores estavam treinados e a infraestrutura pronta. Ajustes em reformas são normais. O Brasil precisa acelerar.
Imagem
Imagem

Avatar do usuário
E.R
Membro
Membro
Mensagens: 104484
Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
Programa CH: Chaves
Time de Futebol: Flamengo
Localização: Rio de Janeiro
Curtiu: 4955 vezes
Curtiram: 1919 vezes

Educação

Mensagem por E.R » 17 Jun 2023, 03:52

NOTÍCIAS
https://www.estadao.com.br/economia/jov ... economico/

O número é alarmante : 11,5 milhões de jovens entre 15 e 29 anos não trabalham nem estudam no Brasil - ou seja, é mais que a população de Portugal inteira.

Chamado de nem-nem, esse grupo cresceu de forma exponencial nas últimas décadas.

O relatório Education at a Glance 2022, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostrou que o Brasil tinha o segundo maior porcentual de jovens entre 18 e 24 anos que não trabalhavam nem estudavam.

Reverter essa situação, no entanto, não é uma tarefa fácil nem rápida. Envolve uma mudança estrutural na educação do país, que há anos vem deixando a desejar.

Na avaliação de Naercio Menezes Filho, coordenador da Cátedra Ruth Cardoso e professor do Insper, o país precisa melhorar a qualidade da educação em todos os níveis - do ensino básico ao ensino médio - e garantir que os jovens tenham condições de completar o ensino superior.

A questão é que a escola não prepara o estudante. O economista Vandyck Silveira, CEO da edtech Humaitá Digital e sócio da Mind Academy, falou sobre o assunto.

“Os estudantes não encontram respaldo na educação formal. O ensino brasileiro é um ensino fidalgo, que ainda tem literatura portuguesa, análise sintática, coisas acadêmicas”, diz.

A educadora Cláudia Costin, presidente do Instituto Singularidades, tem pensamento semelhante. Recentemente, ela criticou o modelo de ensino no Brasil. “Em primeiro lugar, tem de parar com essa história de quatro horas de aula por dia. Nenhum país que se industrializou tem quatro horas de aula por dia, mas, sim, de sete a nove horas”, afirma ela, que foi diretora de Educação do Banco Mundial.

Para a especialista, não basta ter aula, é preciso ter laboratório, experimentação. “É uma educação mais mão na massa. E evitar essa educação conteudista, em que o professor despeja um conteúdo e não ensina os alunos a pensar”, acrescenta.

Segundo ela, no contexto de automação acelerada, digitalização, inteligência artificial, é preciso educar para duas coisas simultaneamente : desenvolver o pensamento crítico e o criativo. “Precisamos educar os alunos para serem pensadores autônomos e criativos”.

A cada ano, afirmam os especialistas, novos estudantes se formam e não conseguem ser absorvidos no mercado, o que cria um bolsão de nem-nem. Sem emprego nem renda, eles não conseguem estudar e muitos param no meio do caminho. No final, o crescimento dos nem-nem significa perda de produtividade e de capital humano.
Imagem
Imagem

Avatar do usuário
E.R
Membro
Membro
Mensagens: 104484
Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
Programa CH: Chaves
Time de Futebol: Flamengo
Localização: Rio de Janeiro
Curtiu: 4955 vezes
Curtiram: 1919 vezes

Educação

Mensagem por E.R » 11 Jul 2023, 20:59

NOTÍCIAS
https://g1.globo.com/jornal-nacional/no ... tivo.ghtml

Um estudo concluiu que uma oferta maior de ensino médio técnico tornaria o Brasil mais produtivo.

Para a estudante Maria Clara Souza, de 17 anos, fazer o ensino médio técnico tem sido como expandir os limites da escola.

Para a sociedade, o ganho foi calculado por estudiosos que se debruçaram sobre os indicadores econômicos : a pesquisa mostra que aumentar o acesso a esse tipo de ensino é fazer o país crescer.

“Um dos objetivos da educação profissional é prover para o jovem um ganho de habilidade que vai ser traduzido em habilidades no mercado de trabalho. Isso leva a uma economia, pessoas com uma produtividade maior. E o país, consequentemente, cresce a uma taxa mais alta ao longo do tempo”, afirma Vitor Fancio, economista e pesquisador do Insper.

O estudo revela que se o Brasil triplicasse a oferta do ensino médio técnico, o PIB subiria mais de 2% e a desigualdade social diminuiria.

Para além dos muros da escola, os pesquisadores queriam saber qual o impacto do que é vivido dentro na vida profissional desses jovens. Eles concluíram que, quem têm formação técnica, tende a ganhar mais do que aqueles que fizeram apenas o ensino médio tradicional. E essas pessoas correm menos risco de cair no desemprego.

Quem pensa a educação profissional e tecnológica não vê futuro sem formação contínua para cada vez mais jovens.

“A gente tem uma taxa de 20% de jovens de 18 a 24 anos nas universidades. 80% está fora das universidades e, para eles, é necessário dar um encaminhamento para que eles possam prosseguir se desenvolvendo profissionalmente. Os jovens de hoje estão inseridos no mundo em constante mudança e a continuidade na formação vai ser exigido deles”, diz Ana Inoue, superintendente do Itaú Educação e Trabalho.
Imagem
Imagem

Avatar do usuário
E.R
Membro
Membro
Mensagens: 104484
Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
Programa CH: Chaves
Time de Futebol: Flamengo
Localização: Rio de Janeiro
Curtiu: 4955 vezes
Curtiram: 1919 vezes

Educação

Mensagem por E.R » 23 Out 2023, 03:15

NOTÍCIAS
Imagem
Tem que aumentar o número de cursos profissionalizantes no Brasil, para mais pessoas se qualificarem para cargos como esses, que estão em falta no mercado.
Imagem
Imagem

Avatar do usuário
Barbano
Administrador
Administrador
Mensagens: 43866
Registrado em: 28 Jan 2009, 13:29
Time de Futebol: São Paulo
Localização: São Carlos (SP)
Curtiu: 1680 vezes
Curtiram: 3387 vezes

Educação

Mensagem por Barbano » 23 Out 2023, 17:36

Claro que encontram dificuldade. Um bom profissional nessas áreas consegue tirar uns 5 mil por mês trabalhando por conta. Vai ver quanto que as construtoras querem pagar...

Avatar do usuário
E.R
Membro
Membro
Mensagens: 104484
Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
Programa CH: Chaves
Time de Futebol: Flamengo
Localização: Rio de Janeiro
Curtiu: 4955 vezes
Curtiram: 1919 vezes

Educação

Mensagem por E.R » 23 Out 2023, 18:33

As empresas sempre querem pagar o mínimo possível, mas quando percebem que tem poucos profissionais de qualidade e de confiança no mercado, acabam pagando um valor próximo ao que aquele profissional quer receber, até por falta de outros profissionais tão bons e pela pressa de fazer a obra o mais rápido possível.

Um bom eletricista (bom tecnicamente, que seja profissional sério que cumpre os horários e que trate com respeito os contratantes) sempre vai ter muito serviço e isso vale para todos os tipos de profissionais desse mercado (profissionais que fazem manuntenção de ar condicionado, profissionais que desentompem vaso sanitário, etc).

No Brasil, tem escassez de mão de obra nesse tipo de serviço.

Deveria se estimular cada vez mais formar profissionais para esse tipo de trabalho, e para outros tipos de trabalho, como conserto de smartphones, consertos de PCs e notebooks, etc.

No Brasil, tem muita gente formada em Direito, em Psicologia, em Administração, em Pedagogia, em Serviço Social, e tem muita gente desempregada.

O ser humano sempre vai querer pagar menos, sempre vai querer poupar, eu por exemplo gostaria de ficar usando o celular que comprei há 8 anos atrás por 20 anos - mas aí algumas empresas que tem aplicativos que o aplicativo não funciona mais no celular antigo (que não consigo instalar certos aplicativos), e aí sou praticamente forçado a comprar um celular novo.

Isso serve no caso de contratação de profissionais para fazer obras ou consertos, os bons profissionais sempre vão conseguir espaço.
Imagem
Imagem

Avatar do usuário
E.R
Membro
Membro
Mensagens: 104484
Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
Programa CH: Chaves
Time de Futebol: Flamengo
Localização: Rio de Janeiro
Curtiu: 4955 vezes
Curtiram: 1919 vezes

Educação

Mensagem por E.R » 24 Out 2023, 04:04

NOTÍCIAS
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/m ... uisa.shtml

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos aponta que aproximadamente seis em cada dez brasileiros (64 %) dizem acreditar que os professores não são suficientemente pagos no país.

O levantamento foi feito com 23.248 entrevistados, entre os dias 23 de junho e 7 de julho deste ano.
-
NOTÍCIAS
O ESTADO DE S.PAULO

No levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, as profissões que somaram mais de 100 mil aberturas de vagas de emprego nos últimos 12 meses foram : vendedores de loja, trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações, trabalhador de supermercado, profissionais da linha de produção e almoxarifes.

O Brasil precisa atrair investimentos, melhorar seu ambiente de negócios e reduzir o desarranjo das contas públicas e elevado endividamento.
-
NOTÍCIAS
Imagem
Imagem
Imagem

Responder