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Educação

Mensagem por Barbano » 19 Nov 2022, 19:03

Dias escreveu:
18 Nov 2022, 17:55
Barbano escreveu:
18 Nov 2022, 11:08
Chapolin Gremista escreveu:
18 Nov 2022, 04:09
Educação não devia ser só para quem tem dinheiro, livre acesso para todos é a política correta.
Para termos mais diplomados trabalhando de Uber, vendendo doce no semáforo ou fazendo faxina.

Existe uma relação de oferta e demanda. Não adianta gastar zilhões com universidade para todos se não tem demanda para tanta gente formada no mercado de trabalho. E também não adianta botar na universidade pessoas que mal sabem escrever ou fazer contas. O Enem acaba sendo um bom filtro, selecionando para as universidades quem tem o nível de conhecimento necessário.
Concordo que não vai ter vaga no mercado de trabalho pra todo mundo. Mas sobre o Enem ser um bom filtro, já discordo. Como disse o E.R., os alunos estudam matérias que eles nunca vão ver na vida só por causa do Enem. Pra que alguém que pretende estudar História precisa saber que a mitocôndria produz energia pra célula e que força é massa vezes aceleração? Pra que alguém que quer cursar Engenharia precisa saber o que foi o Parnasianismo?
A prova do Enem normalmente não é muito cascuda, ela exige mais que o aluno saiba interpretar bem textos e tenha os conhecimentos básicos necessários em cada área.

O estudo dessas matérias no Ensino Médio vem de bem antes da existência do Enem. Pode-se discutir sim reformulações na base curricular, e hoje o ensino médio já é mais direcionado de acordo com a área que a pessoa quer seguir, né?

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Educação

Mensagem por Chapolin Gremista » 19 Nov 2022, 20:07

NOTÍCIAS
EDUCAÇÃO
Rio Grande do Sul não terá escolas militares
O desembargador Ricardo Pippi Schmidt suspendeu a criação de escolas militares por ferir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e a Lei Estadual 10.576/95

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Ogoverno ilegítimo de Jair Bolsonaro, em seus anos de mandato, agiu com força em defesa da militarização das escolas, o que, na prática, não passa de mais um ataque à classe trabalhadora.

O esquema de ensino que se fez tão presente principalmente no Distrito Federal não obteve sucesso, entretanto, no Rio Grande do Sul. Diferente do que aconteceu em São Paulo, onde a APEOESP (maior sindicato da América Latina) entrou na justiça contra a militarização das escolas mas perdeu. Os gaúchos conseguiram minar essa ofensiva contra a classe operária por meio de decisão judicial.

Na última semana, Ricardo Pippi Schmidt, desembargador do Tribunal de Justiça, suspendeu a implementação de novas escolas militares no Rio Grande do Sul. Segundo a decisão, o decreto de Bolsonaro, que institui o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), é contrário ao princípio da gestão democrática do ensino garantido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e a Lei Estadual 10.576/95. Ambas garantem a autonomia na gestão administrativa escolar.

Aqui é preciso ficar claro que esse episódio não significa que o judiciário age em prol da juventude. Muito pelo contrário, se coubesse somente aos juízes, o povo estaria sendo ainda mais escravizado do que já é. Trata-se de uma série de contradições internas que resultam em decisões como essa, da não aplicação de determinada lei repressiva. Finalmente, o Estado precisa buscar o equilíbrio entre massacrar os trabalhadores e concedê-los conquistas, justamente para impedir que a revolta popular geral cresça.

A militarização das escolas nada mais é, de forma prática, do que a oficialização do modelo repressivo no sistema de ensino. Significa trazer as polícias e todo o aparato estatal que já pune o trabalhador do lado de fora das escolas para dentro das salas de aulas. Como contam mães de alunos em relatos, geralmente anônimos, já que têm medo de uma possível retaliação por parte dos policiais, os alunos são por vezes levados para a delegacia para fins militares e os pais são constantemente colocados em um regime de medo.

Os próprios alunos, por suas vezes, divulgaram nas redes sociais e entrevistas diversos casos de abusos onde os policiais e agentes dos colégios militares agiam de forma repressiva sem nenhum motivo maior muito aparente. As denúncias falam, inclusive, de casos onde as professoras faziam trabalhos de colagem, cartazes e murais com os alunos mais novos, espalhavam pela escola temáticas como o 20 de novembro ou outras datas, e os militares ordenaram que retirassem ou retiravam eles mesmos. Há casos que relatam, também, professores sendo “recomendados” a não falarem temas específicos, como, obviamente, a respeito da ditadura militar.

A repressão não é e não será nunca o caminho para os trabalhadores e os estudantes, sobretudo se falarmos da juventude operária. A educação deve ser pública e gratuita, sendo permitida para todos, e a militarização apenas vai na contramão do caminho correto. Até no regulamento da democracia liberal atual, altamente burguesa, há delimitações a respeito das escolas militares, por abertamente não serem boas para os alunos e tampouco para os professores. Faz-se, portanto, fundamental que o sistema seja combatido e os absurdos da extrema-direita denunciados.

Defender o trabalhador é dizer não ao ensino militar e defender o fim da polícia!

https://causaoperaria.org.br/2022/rio-g ... militares/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Educação

Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Nov 2022, 04:26

NOTÍCIAS
LIVRE INGRESSO NA UNIVERSIDADE
Um período de vestibulares que não deveria existir
A universidade deve ser um bem da população e controlado por ela

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O último dia de provas do ENEM será realizado hoje, dando continuidade para o processo seletivo que, em lugar de facilitar, dificulta o ingresso dos jovens no ensino superior. Apesar de a prova nacional ser um avanço em relação à situação anterior, em que era necessário realizar uma prova diferente para o ingresso em cada universidade (ao estilo da FUVEST), ele ainda significa uma barreira para qualquer pessoa ingressar no ensino superior, sobretudo para a população pobre.

Esse problema se intensifica, também, na medida que cada vestibular é diferente um do outro, sendo a maioria de caráter mais “conteudista”, cobrando mais assuntos específicos estudados apenas por setores com melhor acesso ao ensino em detrimento a alunos da escola pública. A verdade é que o atraso na educação brasileira é um grande problema social, e a necessidade de vestibular para aprender piora ainda mais a situação. O ENEM, pelo contrário, vai contra essa maioria, sendo menos conteudista, mas ainda cobrando muita interpretação e, na maioria das vezes, vencendo o candidato pelo cansaço.

Pelo fim do vestibular

Qualquer barreira para a educação da população é reacionária. Por isso, é preciso defender o fim do processo seletivo que impede a maioria da população pobre do País que não tem acesso a uma boa educação primária e não tem recursos para fazer os chamados “cursinhos” que preparam os alunos para as provas.

Há quem diga que o vestibular garante o nível do ensino superior elevado. Isso não é verdade. É preciso salientar que o nível da educação superior deriva do investimento estatal na pesquisa e no desenvolvimento tecnológico. Quanto maior o investimento, melhores serão os professores, a experiência do curso e, consequentemente, melhor será o aprendizado dos alunos.

Na realidade, o vestibular produz a situação em que, a maioria da população é alijada do ensino público e passa a estudar em instituições privadas de péssima qualidade. Isso piora o mercado nacional, boicota a economia e, em consequência, os recursos para investimento.

Pelo governo tripartite

Além do livre ingresso as universidades, precisamos defender que essas sejam governadas de maneira democrática. Quer dizer, diferente do governo atual por apontamento de reitores, a universidade seja tocada pelos três setores fundamentais de seu funcionamento: os alunos, em primeiro lugar, os funcionários e os professores. Considerando peso maior para o setor em maior número, no caso, os alunos.

Para a universidade ter uma ação progressista, é preciso que ela seja tocada pelos setores diretamente interessados no seu desenvolvimento. Os alunos, os professores e os funcionários, não só dependem da universidade, como se desenvolvem a partir dela. A pesquisa, dessa forma, deve ser voltada para os interesses da comunidade e não das grandes empresas que porventura influencie a reitoria da universidade.



https://causaoperaria.org.br/2022/um-pe ... a-existir/
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Educação

Mensagem por E.R » 20 Nov 2022, 04:40

Tem que ter vestibular sim (até porque o número de salas de aula e de professores nas faculdades, especialmente nas faculdades públicas, é limitado, o número de laboratórios e de outros locais que tem nas universidades é limitado e precisam de recursos, a estrutura para ser mantida custa caro), porém também é preciso ter cuidado, especialmente nos últimos 4 anos do período do ensino fundamental, para evitar a evasão escolar.

Níveis avançados de matemática, desenho geométrico, física, química, especialmente em alunos mais afeitos à matérias de Humanas, acabam fazendo com que muitos estudantes repitam de ano ou fiquem desmotivados ao ponto de largar a escola (isso especialmente com estudantes pobres).

Alunos que tem pais com maior poder aquisitivo, acabam tendo aulas particulares com professores e acabam se recuperando nessas matérias mais complexas e passando de ano, seja em recuperação (quando as escolas colocam provas menos difíceis, que é para os alunos poderem passar de ano).

E por quê essas matérias tem provas tão difíceis ao longo do ano ? Por causa do vestibular. Porque as escolas querem que seus alunos sejam aprovados no vestibular de grandes faculdades, para depois mostrar "nessa escola, a porcentagem de alunos aprovados na USP, na UERJ, foi de 70 %, 80 %".

O aluno tem que aprender o que é ensinado na escola, e não apenas ficar na decoreba (isso também acontece em algumas matérias de humanas, como geografia, por exemplo, quando se estuda relevos e determinados temas que são pura decoreba, você decora aquilo antes da prova e depois não se lembra nunca mais do que estudou).

O problema da evasão escolar é seríssimo, em regiões pobres, o aluno sai da escola e tem grande chance de ir para a marginalidade e para o mundo do crime. E aí cria a tal geração "nem-nem".

Isso também acontece porque o sistema de ensino deveria ajudar a pessoa numa formação profissional (com cursos profissionalizantes), para direcionar o jovem a se preparar para a profissão que vai escolher (seja de mecânico, de profissional que conserta celulares ou computadores, a cabeleireiro, roteirista de novelas, filmes e peças de teatro, criador de artes para redes sociais (Instagram, Tik Tok), etc.).

O jovem precisa passar por muitas etapas antes de ensinarem pra ele coisas úteis para que ele possa ganhar dinheiro, que ele possa ter um retorno imediato, aprendeu e já pode começar a fazer dinheiro com aquilo, desde jovem.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Nov 2022, 04:54

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Mensagem por Dias » 20 Nov 2022, 11:39

Barbano escreveu:
19 Nov 2022, 19:03
Dias escreveu:
18 Nov 2022, 17:55
Barbano escreveu:
18 Nov 2022, 11:08
Chapolin Gremista escreveu:
18 Nov 2022, 04:09
Educação não devia ser só para quem tem dinheiro, livre acesso para todos é a política correta.
Para termos mais diplomados trabalhando de Uber, vendendo doce no semáforo ou fazendo faxina.

Existe uma relação de oferta e demanda. Não adianta gastar zilhões com universidade para todos se não tem demanda para tanta gente formada no mercado de trabalho. E também não adianta botar na universidade pessoas que mal sabem escrever ou fazer contas. O Enem acaba sendo um bom filtro, selecionando para as universidades quem tem o nível de conhecimento necessário.
Concordo que não vai ter vaga no mercado de trabalho pra todo mundo. Mas sobre o Enem ser um bom filtro, já discordo. Como disse o E.R., os alunos estudam matérias que eles nunca vão ver na vida só por causa do Enem. Pra que alguém que pretende estudar História precisa saber que a mitocôndria produz energia pra célula e que força é massa vezes aceleração? Pra que alguém que quer cursar Engenharia precisa saber o que foi o Parnasianismo?
A prova do Enem normalmente não é muito cascuda, ela exige mais que o aluno saiba interpretar bem textos e tenha os conhecimentos básicos necessários em cada área.

O estudo dessas matérias no Ensino Médio vem de bem antes da existência do Enem. Pode-se discutir sim reformulações na base curricular, e hoje o ensino médio já é mais direcionado de acordo com a área que a pessoa quer seguir, né?
A prova não tem como ser totalmente de interpretação de texto quando há questões de ciências exatas. Não sei como está o ensino médio hoje, mas quando eu estava no terceiro ano do ensino médio em 2014, a professora de química havia nos dito que quem pudesse pagar um pré-vestibular, que fizesse um. E concordo porque o que é ensinado no ensino médio não é páreo com o que é cobrado no Enem. A matéria de química mesmo, a parte de química orgânica é cobrada pesadamente no Enem, e só fomos ver química orgânica no terceiro ano.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Nov 2022, 19:22

Mas isso é óbvio. Quem estudou em escola pública e não tiver dinheiro pra pagar cursinho não passa na prova....
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Barbano » 21 Nov 2022, 08:37

Claro que passa, conheço vários que estudaram a vida toda em escola pública, prestaram a prova do Enem e entraram em uma faculdade. Mas claro que tem que estudar e se preparar também, né.

Claro que não entra no curso que quiser, pois em cursos mais concorridos a nota de corte é bem elevada, e mesmo quem estudou a vida toda nos melhores colégios tem dificuldade. Curso concorrido só entram os melhores.

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Mensagem por E.R » 21 Nov 2022, 08:49

Barbano escreveu:
21 Nov 2022, 08:37
Claro que passa, conheço vários que estudaram a vida toda em escola pública, prestaram a prova do Enem e entraram em uma faculdade. Mas claro que tem que estudar e se preparar também, né.

Claro que não entra no curso que quiser, pois em cursos mais concorridos a nota de corte é bem elevada, e mesmo quem estudou a vida toda nos melhores colégios tem dificuldade. Curso concorrido só entram os melhores.
Na USP, UFRJ, UERJ, só aqueles muito estudiosos ou inteligentes.

Já a grande maioria das pessoas pobres vai estudar em faculdades particulares, ou através de bolsa ou em faculdades particulares com mensalidades mais baixas (geralmente tendo que trabalhar para poder pagar a faculdade ou usando o FIES).

O que acontece muito é gente rica, que estudou no Colégio São Bento, no Santo Agostinho, etc, passando em vestibular para faculdades públicas, especialmente para a UERJ.

Tem que ver dos estudantes de faculdades públicas, quantos vieram de colégios particulares, o ideal seria que pessoas comprovadamente pobres tivessem mais vagas nas faculdades públicas.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 21 Nov 2022, 14:48

Se você não pagar um cursinho você não se prepara para essas provas. Quem não tem dinheiro não tem nenhuma chance. Não sei qual o mistério admitir isso.
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Dias » 21 Nov 2022, 15:07

E.R escreveu:
21 Nov 2022, 08:49
Barbano escreveu:
21 Nov 2022, 08:37
Claro que passa, conheço vários que estudaram a vida toda em escola pública, prestaram a prova do Enem e entraram em uma faculdade. Mas claro que tem que estudar e se preparar também, né.

Claro que não entra no curso que quiser, pois em cursos mais concorridos a nota de corte é bem elevada, e mesmo quem estudou a vida toda nos melhores colégios tem dificuldade. Curso concorrido só entram os melhores.
Na USP, UFRJ, UERJ, só aqueles muito estudiosos ou inteligentes.

Já a grande maioria das pessoas pobres vai estudar em faculdades particulares, ou através de bolsa ou em faculdades particulares com mensalidades mais baixas (geralmente tendo que trabalhar para poder pagar a faculdade ou usando o FIES).

O que acontece muito é gente rica, que estudou no Colégio São Bento, no Santo Agostinho, etc, passando em vestibular para faculdades públicas, especialmente para a UERJ.

Tem que ver dos estudantes de faculdades públicas, quantos vieram de colégios particulares, o ideal seria que pessoas comprovadamente pobres tivessem mais vagas nas faculdades públicas.
O exame da UERJ não é tão pesado quanto o Enem. O problema é que a segunda fase é discursiva. E em disciplinas como matemática e física, a prova não é difícil (sempre tive dificuldade com matemática, mas quando eu fiz em 2015 a prova de matemática tava bem mais fácil, não sei depois). Mas o exame de qualificação (60 questões, alguns textos não muito longos) é muito melhor que aquela aberração de 180 questões de Enem, cada uma com um textão, e redação ainda por cima.
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Educação

Mensagem por Chapolin Gremista » 22 Nov 2022, 07:50

NOTÍCIAS
ENSINO
Para reverter ataques à educação é preciso romper teto de gastos
Lula precisa abandonar essa política de austeridade fiscal para melhorar a educação

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Em discurso para a equipe de transição, o presidente eleito Lula defendeu a necessidade de aumentar o investimento em áreas fundamentais para os trabalhadores, garantindo acesso à dignidade e aos fins elementares, como saúde e educação públicas. No entanto, o mercado, cuja “mão invisível” toma dos operários seu sustento em nome de uma falsa responsabilidade fiscal, não gostou da postura do ex-metalúrgico.

A imprensa capitalista noticiou que uma pesquisa, feita por um instituto tão relevante quanto sua credibilidade, demonstrou que as pessoas nas redes sociais “seguiram o mau humor do mercado financeiro” com o ex-presidente, à medida que seguiram afirmando que Lula ser contra o teto de gastos é uma pauta impopular. A abordagem da imprensa burguesa é não só inverídica, como mentirosa em níveis escandalosos. Chegaram a defender, inclusive, que responsabilidade fiscal (como eles apelidaram não investir em educação e saúde) significa responsabilidade social.

Lula, por sua vez, sabe que deve acabar com o teto de gastos porque, caso o contrário, o teto de gastos acabará com sua governabilidade. Ele foi eleito, sobretudo, com o apoio popular, dos trabalhadores urbanos e rurais, e o que não pode ser ignorado é exatamente aquilo que não aparece nos porta-vozes da burguesia: a base de Lula é a classe trabalhadora.

Mas, é claro, que quem se revoltará com as falas do ex e futuro presidente são os tubarões da educação, afinal, se tem uma coisa que eles entendem, é de explorar os trabalhadores e a juventude operária. Assim como já acenou que vai fazer, Lula deve seguir firme em não abraçar os empresários na sua política escabrosa de austeridade fiscal, permanecendo no caminho de combate ao teto de gastos e de proximidade aos pobres do País. Para fazer com que o filho do trabalhador que pega duas conduções para ir à fábrica ou ao escritório possa estar estudando, com qualidade e dignidade, é fundamental romper o teto.

Durante o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro, a juventude se levantou contra os inúmeros cortes de gastos que a educação sofreu, chegando a ter universidades e escolas ameaçadas de fecharem por tempo indeterminado devido à falta de verbas. As ruas, escolas e universidades devem ser desde já ocupadas em apoio à postura de Lula de romper o teto que impede que se invista em educação. Os jovens são a vanguarda de um governo operário, mas é fundamental que a UNE e a UBES, dentre as outras organizações, mobilize os estudantes, porque a burguesia não aceitará que o novo governo abandone a política de austeridade fiscal para garantir que o trabalhador tenha acesso às escolas e universidades.

Uma vez mobilizados e politizados, os estudantes e trabalhadores poderão garantir nas ruas uma base sólida para o aumento do investimento na educação e a reversão dos cortes promovidos pelo governo golpista que se instalou no Brasil.



https://causaoperaria.org.br/2022/para- ... de-gastos/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Nov 2022, 01:44

NOTÍCIAS
ATAQUE À JUVENTUDE OPERÁRIA
Governo Bolsonaro tenta mascarar número de abstenções no ENEM
Vestibular

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Nos últimos dois finais de semana, aconteceram as provas do ENEM por todo o Brasil. Esse exame possibilita que alguns jovens entrem nas universidades, enquanto barra inúmeros outros de realizarem cursos superiores.

Apesar de ocorrer anualmente, o número de inscritos em 2022 foi apenas 60% do total de candidatos inscritos em 2016, logo antes do golpe de Estado que derrubou Dilma e concretizou o ataque dos golpistas aos direitos da classe trabalhadora. Como se já não bastasse metade do número de inscritos, 32,4% desses que pagaram a taxa de inscrição para realizar o vestibular não compareceram no dia da prova. São vários os motivos possíveis para que essa realidade exista, seja por desinformação, falta de acesso aos locais de prova, falta de condições para sequer enxergar um curso superior como uma opção viável ou tantas outras alternativas. O fato único é, portanto, que com a queda da qualidade de vida dos trabalhadores, caiu, também, o número de inscritos e presentes no ENEM.

O governo ilegítimo de Jair Bolsonaro, por sua vez, agiu como um bom neoliberal faz quando possui o microfone em suas mãos: mentiu. O ministro da educação que ataca a educação disse à imprensa que o Tribunal de Contas da União e a Controladoria-Geral da União possuem, em suas mãos, uma investigação em andamento que visa descobrir números inflados de inscrições das edições passadas do ENEM. Por mais que o teatro esteja armado, os atores não são bons em enganar a realidade.

A ficção criada pelo ministro, em nome da equipe do capitão da reserva, revela que a estratégia do governo para tentar camuflar a trágica situação da educação no mandato do Jair é inventar mentiras sobre as gestões passadas. Por ter tido um baixo número de inscritos e presentes, é mais fácil dizer que as outras não tiveram um número mais alto e alegar que havia uma fraude em jogo responsável por inflar os inscritos.

Para começo de conversa, o vestibular não deveria sequer existir. Ele, que já serve como um verdadeiro porteiro para as universidades federais, barra a entrada de jovens geralmente advindos da classe trabalhadora. Um filho de família abastada possui condições de estudar em escolas capacitantes (já que a educação pública vem sofrendo nas mãos dos capitalistas) e cursos que preparam exclusivamente para as provas. Ele sabe, desde que nasceu, que o ritmo natural de sua vida será estudar no ensino fundamental, seguir para o médio, cursar uma graduação e, a partir daí, conseguir um estágio até ser efetivado, sendo sustentado integral ou parcialmente por seus pais. Quando falamos da juventude operária, por sua vez, não existe tal mordomia. A escola vem junto com bicos para ajudar a trazer o sustento para casa e uma universidade, muitas vezes, é uma vontade incerta, sendo dificultada ainda mais com a presença das provas que o impedem de entrar em algum curso superior.

Defender a juventude e a classe trabalhadora é, portanto, defender o fim dos vestibulares, o livre acesso à universidade e o fim do ensino privado.

https://causaoperaria.org.br/2022/gover ... s-no-enem/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 24 Nov 2022, 10:39

NOTÍCIAS
UFS
Universidades devem ser regidas por um governo tripartite
Reitores denunciam aqueles que foram eleitos para o cargo por meio de decreto no governo Bolsonaro

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Nesta semana, reitores de Institutos Federais que foram eleitos mandaram carta para o presidente Lula por meio de sua equipe de transição para poderem assumir aos cargos aos quais foram eleitos. Os reitores, por meio da Frente Nacional de Luta pela Autonomia e Democracia nas Instituições Federais de Ensino Superior, desejam assumir pois, mesmo sendo eleitos, o que foi realizado durante o governo Bolsonaro não foi seguir os processos parcialmente democráticos das Universidades.

Durante seu mandato, o presidente ilegítimo e capitão da reserva indicou reitores que fossem alinhados política e ideologicamente com o seu governo e suas pautas principais para a educação pública; como, por exemplo, o seu desmantelamento e, posteriormente, o seu fim. A postura de Jair é a mesma que a burguesia adota e impõe aos seus lacaios (sendo Bolsonaro um deles): o fim do ensino enquanto um direito, atacando o ensino público, para, assim, conseguirem lucrar em cima do acesso de poucos às escolas e parasitar um número maior de pessoas. A Frente Nacional de Luta denuncia, ainda, que mais de 20 Institutos Federais estão sob intervenção federal, com reitores eleitos não empossados, enquanto farsantes capachos do militar aposentado e da burguesia nacional assumem o projeto de destruição da educação pública superior.

Somando ao absurdo que já foi anunciado, os interventores nomeados por Bolsonaro retém, segundo a Frente, mais de 18 bilhões de reais entregues pelo governo federal para eles, sendo óbvio que o dinheiro será aplicado para o fim pelo qual estão lá: atacar a educação pública. Cerca de 30% do orçamento destinado às universidades em 2021 está sob intervenção, sendo que aquilo que o governo investe já é uma fatia irrisória do bolo de despesas que deveria existir com assuntos relacionados à educação.

Na carta, os reitores pedem para que não existam mais interventores do governo federal e que sejam seguidos os procedimentos padrões, como, por exemplo, um reitor que foi eleito assumir o cargo. As Universidades Federais, entretanto, deveriam ser gerenciadas pelo governo tripartite nas suas instituições, ou seja, o que deveria acontecer é entregar o poder a quem é diretamente afetado por como está a Universidade Federal: os alunos, os professores e os demais funcionários.

Como os alunos são os maiores impactados e consideravelmente os que estão em maior número, teriam mais voz na participação das decisões, mas se faz fundamental que demais funcionários e professores fossem ativos no andar das graduações e pesquisas. A tecnologia e o esforço presente nas Universidades para alçar altos voos não deve estar presente na mão de tubarões da educação, de capitalistas e da burguesia em geral, mas sim a serviço da comunidade. Os setores citados anteriormente são os três pilares que fazem a Universidade funcionar e é na mão deles que deve estar o presente e o futuro das instituições federais e públicas que tanto podem servir ao povo brasileiro trabalhador como um todo.



https://causaoperaria.org.br/2022/unive ... ripartite/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Educação

Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Nov 2022, 07:26

NOTÍCIAS
"CÍVICO-MILITAR"
Escolas militares completam 3 anos de repressão no DF
Modelo de ensino, implementado durante governo de Bolsonaro, é recheado de controvérsias e oposição dos alunos

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Há três anos, durante o governo Bolsonaro, foi implantado um sistema de educação cívico-militar em escolas do Distrito Federal. Se existiam professores e alunos que, no começo, acharam que essa ideia poderia ser boa, a percepção mudou pouco tempo depois.

Professores revelaram, em entrevista, que os agentes (policiais militares) disciplinadores agiam colocando medo tanto em docentes, quanto em estudantes, e que a repressão fazia parte do cotidiano. Segundo Sueli, que dá aula no Centro Educacional no Distrito Federal, tiveram casos em que alunos fizeram um mural sobre o dia da consciência negra e os policiais obrigaram que o mural fosse retirado, somando-se aos diversos outros casos de censura dedurados por ela e os demais.

Mães de alunos contam que os filhos já foram levados para a delegacia por “desacato” e “desobediência” nas escolas e que, ao serem levados para a delegacia, receberiam um “susto” que os colocariam no eixo. Isso, porém, não foi o meio adotado por apenas uma escola. Segundo a pasta da Educação, mais de 100 escolas foram alvo da militarização ocorrida no governo ilegítimo do capitão da reserva.

A repressão não pode estar presente no cotidiano de uma escola, nem por parte dos professores, tampouco dos alunos. O modelo, adotado sobretudo no Distrito Federal, Paraná e Rio de Janeiro, sofreu resistência em São Paulo por parte da APEOESP, um dos maiores sindicatos da América Latina. O Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo levou a briga às últimas instâncias judiciais, conseguindo uma liminar provisória que barrava o sistema no principal estado brasileiro mas que, posteriormente, foi derrubada pela Justiça.

Um ex-aluno do Rio de Janeiro relatou que os pais têm medo de reclamar ou comparecer às reuniões, afinal, policial serve para reprimir e fazer com que seus direitos sejam suprimidos, não seus problemas solucionados. A população trabalhadora já sofre nas mãos da polícia, seja militar ou civil, diária e noturnamente, então não vai ser nas escolas que vão querer encontrar agentes dessa máquina de matar do Estado burguês. Há relatos, inclusive, de falta de comida nas escolas que adotaram esse sistema na antiga capital brasileira.

A educação não deve estar atrelada ao Ministério da Defesa, tampouco aos aparatos repressivos do Estado contra os mais pobres. A repressão por parte da polícia faz parte do cotidiano e do dia-a-dia de um trabalhador e o ensino, que deveria ser um direito, já sofre inúmeros ataques por parte da burguesia e seus tubarões da educação. As escolas não devem ser militarizadas, tampouco privadas. A defesa da população e da classe operária passa, sobretudo, por uma defesa do ensino público, gratuito e contra o esquema de lucro que os capitalistas armam em cima da educação. Estudar é um direito de todos.



https://causaoperaria.org.br/2022/escol ... sao-no-df/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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