Isso só mostra que o PCO não é um partido de esquerda, e sim um partido que defende a Monarkia
Educação
- Dias
- Membro
- Mensagens: 2767
- Registrado em: 30 Dez 2014, 15:39
- Programa CH: Chapolin
- Localização: São João de Meriti - RJ
- Curtiu: 46 vezes
- Curtiram: 218 vezes
Educação
"Está vendo como às vezes é bom ser burro?" - Chaves
-
- Banido
- Mensagens: 7100
- Registrado em: 03 Fev 2009, 00:22
- Programa CH: Chapolin
- Time de Futebol: Grêmio
- Localização: Viamão - RS
- Curtiu: 223 vezes
- Curtiram: 137 vezes
Educação
NOTÍCIAS
VESTIBULAR
Fuvest registra mais de 15 mil abstenções na primeira fase
Obrigatoriedade da vacina e diminuição de locais de aplicação de prova podem explicar a quantidade de abstenções.
Neste domingo (04), ocorreu, em São Paulo, a primeira fase da Fuvest, a principal forma de ingresso na Universidade de São Paulo (USP). Entre as 114 mil pessoas inscritas, o exame registrou 13,8% de abstenção, ou 15.835 abstenções. Na edição passada, em 2022, o número foi similar, com 13,7% de ausentes.
Semanas antes de sua realização, a prova foi marcada por uma série de polêmicas. Em primeiro lugar, mesmo com o fim concreto da pandemia da COVID-19, o vestibular exigiu a terceira dose da vacina contra a doença como pré-requisito. Sendo que, segundo relatos de jovens que compareceram ao exame, o comprovante não foi exigido.
Em segundo lugar, a quantidade de locais de aplicação da prova foi reduzida nas dezenas quando comparada à edição do ano passado. Ambos fatores que, de cara, já excluem parte da juventude de realizar a prova de maneira completamente antidemocrática, mesmo que o segundo não tenha relação com a abstenção
Finalmente, todo e qualquer tipo de vestibular serve para impedir a juventude, em especial a juventude pobre, operária, de entrar nas universidades. É imprescindível que os estudantes travem uma luta pelo fim deste, reivindicando o livre ingresso ás instituições de ensino superior.
https://causaoperaria.org.br/2022/fuves ... eira-fase/
Fuvest registra mais de 15 mil abstenções na primeira fase
Obrigatoriedade da vacina e diminuição de locais de aplicação de prova podem explicar a quantidade de abstenções.
Neste domingo (04), ocorreu, em São Paulo, a primeira fase da Fuvest, a principal forma de ingresso na Universidade de São Paulo (USP). Entre as 114 mil pessoas inscritas, o exame registrou 13,8% de abstenção, ou 15.835 abstenções. Na edição passada, em 2022, o número foi similar, com 13,7% de ausentes.
Semanas antes de sua realização, a prova foi marcada por uma série de polêmicas. Em primeiro lugar, mesmo com o fim concreto da pandemia da COVID-19, o vestibular exigiu a terceira dose da vacina contra a doença como pré-requisito. Sendo que, segundo relatos de jovens que compareceram ao exame, o comprovante não foi exigido.
Em segundo lugar, a quantidade de locais de aplicação da prova foi reduzida nas dezenas quando comparada à edição do ano passado. Ambos fatores que, de cara, já excluem parte da juventude de realizar a prova de maneira completamente antidemocrática, mesmo que o segundo não tenha relação com a abstenção
Finalmente, todo e qualquer tipo de vestibular serve para impedir a juventude, em especial a juventude pobre, operária, de entrar nas universidades. É imprescindível que os estudantes travem uma luta pelo fim deste, reivindicando o livre ingresso ás instituições de ensino superior.
https://causaoperaria.org.br/2022/fuves ... eira-fase/
Isso aí é sofisma seu pra avacalhar o partido o comparando com a direita, da mesma forma que a falácia do armamento, que os bolsonaristas querem armar a extrema-direita e o PCO quer armar os trabalhadores, são políticas totalmente diferentes assim como nesse caso. Os bolsonaristas não são contra o vestibular e a favor do ensino gratuito para todo o povo. Então basicamente você tá só forçando uma barra.
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI
- Billy Drescher
- Membro
- Mensagens: 13285
- Registrado em: 05 Ago 2011, 20:35
- Programa CH: Chapolin
- Curtiu: 25 vezes
- Curtiram: 811 vezes
Educação
Questão de saúde pública não tem quem ter nem discussão.
Se a vacina ou o medicamento diminuem a contaminação a obrigatoriedade precisa ser respeitada.
Se a vacina ou o medicamento diminuem a contaminação a obrigatoriedade precisa ser respeitada.
- E.R
- Membro
- Mensagens: 104484
- Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
- Programa CH: Chaves
- Time de Futebol: Flamengo
- Localização: Rio de Janeiro
- Curtiu: 4955 vezes
- Curtiram: 1918 vezes
Educação
NOTÍCIAS
https://oglobo.globo.com/opiniao/editor ... rego.ghtml
A formação deficiente é a principal causa da escassez de mão de obra nos setores ligados à tecnologia digital.
O país enfrenta agora outro gargalo : falta de profissionais para postos de menor qualificação.
A plataforma de recrutamento Gupy, que usa sistemas automáticos para associar a oferta à demanda de mão de obra, recebe 10 milhões de pedidos de emprego por mês.
Só consegue pôr no mercado 70 mil, e 10 mil vagas ficam abertas por falta de qualificação do desempregado.
Há enorme preconceito contra os cursos profissionalizantes, muitas vezes considerados um ensino de menor qualidade para pobres. Nada mais equivocado. O Brasil precisa entender a real importância do “ensino profissionalizante”.
Enquanto nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) 38% dos alunos estão matriculados nesses cursos profissionalizantes, no Brasil são apenas 9%.
É evidente que, se a realidade do ensino técnico fosse outra, o desemprego entre os jovens seria bem menor.
A formação deficiente é a principal causa da escassez de mão de obra nos setores ligados à tecnologia digital.
O país enfrenta agora outro gargalo : falta de profissionais para postos de menor qualificação.
A plataforma de recrutamento Gupy, que usa sistemas automáticos para associar a oferta à demanda de mão de obra, recebe 10 milhões de pedidos de emprego por mês.
Só consegue pôr no mercado 70 mil, e 10 mil vagas ficam abertas por falta de qualificação do desempregado.
Há enorme preconceito contra os cursos profissionalizantes, muitas vezes considerados um ensino de menor qualidade para pobres. Nada mais equivocado. O Brasil precisa entender a real importância do “ensino profissionalizante”.
Enquanto nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) 38% dos alunos estão matriculados nesses cursos profissionalizantes, no Brasil são apenas 9%.
É evidente que, se a realidade do ensino técnico fosse outra, o desemprego entre os jovens seria bem menor.
- Dias
- Membro
- Mensagens: 2767
- Registrado em: 30 Dez 2014, 15:39
- Programa CH: Chapolin
- Localização: São João de Meriti - RJ
- Curtiu: 46 vezes
- Curtiram: 218 vezes
Educação
O problema são os próprios setores de recursos humanos dessas empresas, que anunciam "vaga Junior" ou "vaga de estágio" no LinkedIn e no gupy perguntam "quanto tempo de experiência você tem com ferramenta X, Y e Z?". Aí depois ficam reclamando e fazendo textão que "emprego tem, mas ninguém quer trabalhar".
"Está vendo como às vezes é bom ser burro?" - Chaves
- E.R
- Membro
- Mensagens: 104484
- Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
- Programa CH: Chaves
- Time de Futebol: Flamengo
- Localização: Rio de Janeiro
- Curtiu: 4955 vezes
- Curtiram: 1918 vezes
Educação
O sistema de ensino (principalmente a partir de quinta série) deveria mudar, a partir de determinada época tem muita evasão escolar, principalmente com crianças mais pobres.
Pessoa é obrigada a estudar determinadas matérias muito complexas (a matemática, por exemplo, a partir de determinado ponto, tem equações complexas demais que pessoas que vão fazer Humanas são obrigadas a estudar, e acabam precisando de professor particular ou de ajuda acima do normal dos professores da escola para poder passar de ano).
Não ensinam matemática financeira e noções básicas de Economia na escola, para dar álgebra avançada, geometria avançada para quem não vai usar isso.
O mesmo vale para Desenho Geométrico em algumas escolas.
Muitas escolas só preparam os alunos para serem aprovados no vestibular e não para ajudá-lo a saber qual profissão ele leva mais jeito e poderá escolher no futuro. O que mais vemos são jovens que escolhem uma matéria em uma universidade, é aprovado no vestibular, daí chega com 1 ou 2 anos de faculdade, larga, e pede transferência para outro curso. Em países com um ensino mais qualificado que no Brasil, especialmente em alguns países asiáticos, como Japão e Coreia do Sul, as pessoas naturalmente escolhem qual caminho profissional tem mais a ver com elas, bem mais cedo do que aqui.
-
O ensino técnico é fundamental para algumas profissões e acaba que muitos jovens não tem acesso a ele e são obrigados a estudar conteúdo difícil e que acaba sendo inútil.
Pessoa é obrigada a estudar determinadas matérias muito complexas (a matemática, por exemplo, a partir de determinado ponto, tem equações complexas demais que pessoas que vão fazer Humanas são obrigadas a estudar, e acabam precisando de professor particular ou de ajuda acima do normal dos professores da escola para poder passar de ano).
Não ensinam matemática financeira e noções básicas de Economia na escola, para dar álgebra avançada, geometria avançada para quem não vai usar isso.
O mesmo vale para Desenho Geométrico em algumas escolas.
Muitas escolas só preparam os alunos para serem aprovados no vestibular e não para ajudá-lo a saber qual profissão ele leva mais jeito e poderá escolher no futuro. O que mais vemos são jovens que escolhem uma matéria em uma universidade, é aprovado no vestibular, daí chega com 1 ou 2 anos de faculdade, larga, e pede transferência para outro curso. Em países com um ensino mais qualificado que no Brasil, especialmente em alguns países asiáticos, como Japão e Coreia do Sul, as pessoas naturalmente escolhem qual caminho profissional tem mais a ver com elas, bem mais cedo do que aqui.
-
O ensino técnico é fundamental para algumas profissões e acaba que muitos jovens não tem acesso a ele e são obrigados a estudar conteúdo difícil e que acaba sendo inútil.
-
- Banido
- Mensagens: 7100
- Registrado em: 03 Fev 2009, 00:22
- Programa CH: Chapolin
- Time de Futebol: Grêmio
- Localização: Viamão - RS
- Curtiu: 223 vezes
- Curtiram: 137 vezes
Educação
NOTÍCIAS
DIRETO DA LAPA
A Bienal da UNE e a decadência do movimento estudantil
Primeiras impressões dos militantes da AJR de um dos mais importantes eventos da juventude brasileira
AUnião Nacional dos Estudantes é uma das mais importantes organizações populares do Brasil. Ela unifica todas as organizações das universidades brasileiras. É o equivalente a CUT do movimento estudantil, com a vantagem de que não há outras centrais que racham o movimento, toda a esquerda está dentro da UNE e não há direita. Contudo das grandes organizações populares ela se tornou a menos relevante na luta política, muitas vezes é até esquecida, se fala de CUT, MST, CMP e não da UNE. A Bienal da UNE, que está acontecendo no Rio de Janeiro, é um bom evento para compreender essa decadência.
O evento em seu próprio sítio é chamado de “O maior festival estudantil da América Latina” e de fato é um grande evento, jovens de todo o País participam. Na banca da Aliança da Juventude Revolucionária, que a juventude do PCO está organizando todos os dias na Bienal, passaram jovens desde o Rio Grande do Sul até Rondônia. São muitas caravanas, muitos ônibus de estados distantes como Amazonas, Pará, Ceará e Rio grande do Norte, é um evento como poucos na esquerda e que acontece com uma certa frequência. A cada 2 anos há uma Bienal e um Congresso da UNE dessas proporções. Então por que uma assembleia com tanto potencial, com jovens de todo o Brasil, nunca delibera nada de importante para a política nacional?
O principal motivo é que o PCdoB, por meio da UJS, está no controle da UNE há basicamente 40 anos. Esse partido vem se tornando cada vez mais direitista desde o golpe de Estado. Em 2018 eles quase apoiaram Ciro Gomes, em 2020 defendiam que as escolas fossem reabertas no auge da pandemia, em 2021 racharam os atos pelo fora Bolsonaro e aderiram ao bloco do PSDB e do MBL e em 2022 processaram o dirigente do Coletivo de Negros do PCO por racismo pelo uso do termo “negra de alma branca”. Isso para citar só os piores feitos na UNE, ele consegue ser a pior das organizações da esquerda, e a competição não é fácil.
Esse é o motivo por trás da destruição dos eventos nacionais estudantis, esses que poderiam ser a linha de frente da luta contra a direita, como foram em 1968 e no final da ditadura, são represados pela direção da UNE que trama todo tipo de golpe para não cair. O último deles foi em 2021 quando não chamaram o Congresso em nome da Covid-19, a mesma organização que defendia a volta as aulas generalizadas fez um “Congresso” online para eleger Bruna Brelaz, a mais direitista de todos os presidentes da UNE. O Congresso e também a Bineal presenciais portanto precisam ser desprovidos de qualquer política séria para impedir que essa direção seja subsistida. É assim que terminamos como o evento da Bienal que termina no dia de hoje.
O evento é enorme, tem mais de cinco palcos incluindo um do lado externo em frente aos Arcos da Lapa onde é possível fazer shows para dezenas de milhares de pessoas. A programação tem um grande foco na questão indígena da Amazônia, o que mostra a influência das ONGs imperialistas no movimento estudantil, inclusive a fundação Marinho é uma das financiadoras do evento. Não só isso como em meio a crise do governo Lula a única menção ao presidente na programação é essa: “Monitoramento dos tweets relacionados à posse presidencial de lula em 1º de janeiro de 2023: abordagem utilizando mineração de texto na linguagem python(Marcos Martins dos Passos)” sobre uma oficina de comunicação digital.
Para além disso houve uma homenagem à ministra da cultura do governo Lula, Margareth Menezes. Aqui vale destacar a questão cultural, o evento não é político em si mas sim cultural, a crítica política é valida, no entanto, pois há diversos debates políticos no evento e nenhum de relevância para os estudantes ou para a luta política nacional. Mas na questão cultural também é o evento é um enorme desperdício. Em vez de ser um foco onde os estudantes podem expressar sua arte, é mais uma expressão do controle dos monopólios sobre a arte.
Há diversos shows de bandas famosas e algumas exposições mas nada muito grande organizado pelos estudantes. O Centro Popular de Cultura da UNE nos anos 1960 continha artistas como o dramaturgo Oduvaldo Viana Filho, o cineasta Leon Hirszman, os músicos Carlos Lyra, Edu Lobo, Nara Leão, Ruy Guerra, Sérgio Ricardo e Geraldo Vandré. Ou seja, era um espaço onde uma nova onda de jovens artistas poderia se projetar e mostrar a vanguarda da arte, algo muito progressista e que passa longe da atual Bienal da UNE. Ela na verdade se assemelha a qualquer festival de música que é controlado pelos grandes monopólios da cultura.
As universidades de todo o Brasil tem cursos de música, teatro, dança, cinema, literatura, belas artes e além disso os demais estudantes todos podem ter uma produção cultural. Mas a UNE não organizou um evento para trazer artistas de todo o Brasil e fazer uma grande exposição democrática que poderia revelar nomes como Geraldo Vandré e Leon Hirszman, ela organizou mais um festival comum com um foco em artistas esquerdistas. É até impressionante a capacidade de desperdício da UNE, é uma política ativa para impedir que o evento levante questionamentos tamanho é o medo da burocracia da UJS que dirige a organização.
A Bienal da UNE portanto é uma expressão da decadência dessa organização que é possibilitada pela paralisia do movimento estudantil. É preciso que por meio da luta dos estudantes, tanto por suas pautas, como pela defesa do governo Lula contra a ameaça golpista, haja uma reconstrução da UNE pelas bases. A falência da organização se assemelha ao que existia depois de 1968 com a repressão da ditadura. Com as mobilizações a partir de 1976 a UNE foi reconstruída e passou por um de seus melhores momentos. É isso que a atua conjuntura exige.
https://causaoperaria.org.br/2023/a-bie ... studantil/
A Bienal da UNE e a decadência do movimento estudantil
Primeiras impressões dos militantes da AJR de um dos mais importantes eventos da juventude brasileira
AUnião Nacional dos Estudantes é uma das mais importantes organizações populares do Brasil. Ela unifica todas as organizações das universidades brasileiras. É o equivalente a CUT do movimento estudantil, com a vantagem de que não há outras centrais que racham o movimento, toda a esquerda está dentro da UNE e não há direita. Contudo das grandes organizações populares ela se tornou a menos relevante na luta política, muitas vezes é até esquecida, se fala de CUT, MST, CMP e não da UNE. A Bienal da UNE, que está acontecendo no Rio de Janeiro, é um bom evento para compreender essa decadência.
O evento em seu próprio sítio é chamado de “O maior festival estudantil da América Latina” e de fato é um grande evento, jovens de todo o País participam. Na banca da Aliança da Juventude Revolucionária, que a juventude do PCO está organizando todos os dias na Bienal, passaram jovens desde o Rio Grande do Sul até Rondônia. São muitas caravanas, muitos ônibus de estados distantes como Amazonas, Pará, Ceará e Rio grande do Norte, é um evento como poucos na esquerda e que acontece com uma certa frequência. A cada 2 anos há uma Bienal e um Congresso da UNE dessas proporções. Então por que uma assembleia com tanto potencial, com jovens de todo o Brasil, nunca delibera nada de importante para a política nacional?
O principal motivo é que o PCdoB, por meio da UJS, está no controle da UNE há basicamente 40 anos. Esse partido vem se tornando cada vez mais direitista desde o golpe de Estado. Em 2018 eles quase apoiaram Ciro Gomes, em 2020 defendiam que as escolas fossem reabertas no auge da pandemia, em 2021 racharam os atos pelo fora Bolsonaro e aderiram ao bloco do PSDB e do MBL e em 2022 processaram o dirigente do Coletivo de Negros do PCO por racismo pelo uso do termo “negra de alma branca”. Isso para citar só os piores feitos na UNE, ele consegue ser a pior das organizações da esquerda, e a competição não é fácil.
Esse é o motivo por trás da destruição dos eventos nacionais estudantis, esses que poderiam ser a linha de frente da luta contra a direita, como foram em 1968 e no final da ditadura, são represados pela direção da UNE que trama todo tipo de golpe para não cair. O último deles foi em 2021 quando não chamaram o Congresso em nome da Covid-19, a mesma organização que defendia a volta as aulas generalizadas fez um “Congresso” online para eleger Bruna Brelaz, a mais direitista de todos os presidentes da UNE. O Congresso e também a Bineal presenciais portanto precisam ser desprovidos de qualquer política séria para impedir que essa direção seja subsistida. É assim que terminamos como o evento da Bienal que termina no dia de hoje.
O evento é enorme, tem mais de cinco palcos incluindo um do lado externo em frente aos Arcos da Lapa onde é possível fazer shows para dezenas de milhares de pessoas. A programação tem um grande foco na questão indígena da Amazônia, o que mostra a influência das ONGs imperialistas no movimento estudantil, inclusive a fundação Marinho é uma das financiadoras do evento. Não só isso como em meio a crise do governo Lula a única menção ao presidente na programação é essa: “Monitoramento dos tweets relacionados à posse presidencial de lula em 1º de janeiro de 2023: abordagem utilizando mineração de texto na linguagem python(Marcos Martins dos Passos)” sobre uma oficina de comunicação digital.
Para além disso houve uma homenagem à ministra da cultura do governo Lula, Margareth Menezes. Aqui vale destacar a questão cultural, o evento não é político em si mas sim cultural, a crítica política é valida, no entanto, pois há diversos debates políticos no evento e nenhum de relevância para os estudantes ou para a luta política nacional. Mas na questão cultural também é o evento é um enorme desperdício. Em vez de ser um foco onde os estudantes podem expressar sua arte, é mais uma expressão do controle dos monopólios sobre a arte.
Há diversos shows de bandas famosas e algumas exposições mas nada muito grande organizado pelos estudantes. O Centro Popular de Cultura da UNE nos anos 1960 continha artistas como o dramaturgo Oduvaldo Viana Filho, o cineasta Leon Hirszman, os músicos Carlos Lyra, Edu Lobo, Nara Leão, Ruy Guerra, Sérgio Ricardo e Geraldo Vandré. Ou seja, era um espaço onde uma nova onda de jovens artistas poderia se projetar e mostrar a vanguarda da arte, algo muito progressista e que passa longe da atual Bienal da UNE. Ela na verdade se assemelha a qualquer festival de música que é controlado pelos grandes monopólios da cultura.
As universidades de todo o Brasil tem cursos de música, teatro, dança, cinema, literatura, belas artes e além disso os demais estudantes todos podem ter uma produção cultural. Mas a UNE não organizou um evento para trazer artistas de todo o Brasil e fazer uma grande exposição democrática que poderia revelar nomes como Geraldo Vandré e Leon Hirszman, ela organizou mais um festival comum com um foco em artistas esquerdistas. É até impressionante a capacidade de desperdício da UNE, é uma política ativa para impedir que o evento levante questionamentos tamanho é o medo da burocracia da UJS que dirige a organização.
A Bienal da UNE portanto é uma expressão da decadência dessa organização que é possibilitada pela paralisia do movimento estudantil. É preciso que por meio da luta dos estudantes, tanto por suas pautas, como pela defesa do governo Lula contra a ameaça golpista, haja uma reconstrução da UNE pelas bases. A falência da organização se assemelha ao que existia depois de 1968 com a repressão da ditadura. Com as mobilizações a partir de 1976 a UNE foi reconstruída e passou por um de seus melhores momentos. É isso que a atua conjuntura exige.
https://causaoperaria.org.br/2023/a-bie ... studantil/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI
- E.R
- Membro
- Mensagens: 104484
- Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
- Programa CH: Chaves
- Time de Futebol: Flamengo
- Localização: Rio de Janeiro
- Curtiu: 4955 vezes
- Curtiram: 1918 vezes
-
- Banido
- Mensagens: 7100
- Registrado em: 03 Fev 2009, 00:22
- Programa CH: Chapolin
- Time de Futebol: Grêmio
- Localização: Viamão - RS
- Curtiu: 223 vezes
- Curtiram: 137 vezes
Educação
NOTÍCIAS
LÍNGUA PORTUGUESA
Substantivos concretos e abstratos
Os graus de concretude ou abstração dependem do discurso
Nas gramáticas, encontra-se a classificação dos substantivos em concretos e abstratos. De acordo com as definições encontradas na “Nova Gramática da Língua Portuguesa”, de Celso Cunha e Lindley Cintra, as definições são estas: (1) os substantivos concretos designam os “seres propriamente ditos, isto é, os nomes de pessoas, de lugares, de instituições, de um gênero, de uma espécie ou de um de seus representantes”; (2) os substantivos abstratos designam “noções, ações, estados e qualidades, considerados como seres”. Dessa maneira, “Carlos”, “Campinas”, “PCO” e “professor” são substantivos concretos e “liberdade”, “viagem”, “calma” e “beleza” são substantivos abstratos.
Embora aceitas tranquilamente, tais definições apresentam algumas questões. As primeiras delas dizem respeito ao entendimento dos conceitos de “seres propriamente ditos” e das coisas consideradas “como seres”, simplesmente porque nos faltam definições precisas de “ser”. Outra questão está em se considerar a língua, segundo aquelas definições, enquanto simples nomenclaturas. Para compreender melhor esses questionamentos, devemos nos conscientizar de que as palavras nunca aparecem fora de determinado discurso.
A palavra “caos”, por exemplo, seria classificada enquanto substantivo abstrato, pois ela designa uma noção. Entretanto, vale a pena ler este trecho da “Teogonia”, de Hesíodo, traduzido por Jaa Torrano: (…) / Sim bem primeiro nasceu Caos, depois também / Terra de amplo seio, de todo sede irresvalável sempre, / dos imortais que têm a cabeça do Olimpo nevado, / (…). Na “Teogonia”, narram-se os nascimentos dos deuses gregos; nela, o “Caos” não pode ser lido enquanto simples noção, porque, na cultura grega, o “Caos” é entidade divina.
O mesmo acontece com o substantivo “Deus” ao designar o Deus único da tradição judaico-cristã. A palavra “Deus”, isoladamente, não é substantivo concreto nem substantivo abstrato; todavia, quando aparece na Bíblia, ela ganha os sentidos próprios dessa tradição religiosa. No seguinte trecho do “Gênese”, “No princípio Deus criou o céu e a terra”, o substantivo “Deus” é substantivo concreto, pois, nesse discurso, Deus assume existência concreta; diferentemente, segundo o materialismo histórico, “Deus” pode ser considerado noção abstrata e expressão das ideologias das classes dominantes, sendo, portanto, substantivo abstrato.
Os graus de concretude ou abstração de determinada noção dependem das definições discursivas; se para o filósofo a palavra “vida” traduz noções abstratas, para os biólogos, a “vida” é conceito bastante concreto.
Na próxima coluna de língua portuguesa, estudaremos os substantivos coletivos.
https://causaoperaria.org.br/2023/subst ... abstratos/
Substantivos concretos e abstratos
Os graus de concretude ou abstração dependem do discurso
Nas gramáticas, encontra-se a classificação dos substantivos em concretos e abstratos. De acordo com as definições encontradas na “Nova Gramática da Língua Portuguesa”, de Celso Cunha e Lindley Cintra, as definições são estas: (1) os substantivos concretos designam os “seres propriamente ditos, isto é, os nomes de pessoas, de lugares, de instituições, de um gênero, de uma espécie ou de um de seus representantes”; (2) os substantivos abstratos designam “noções, ações, estados e qualidades, considerados como seres”. Dessa maneira, “Carlos”, “Campinas”, “PCO” e “professor” são substantivos concretos e “liberdade”, “viagem”, “calma” e “beleza” são substantivos abstratos.
Embora aceitas tranquilamente, tais definições apresentam algumas questões. As primeiras delas dizem respeito ao entendimento dos conceitos de “seres propriamente ditos” e das coisas consideradas “como seres”, simplesmente porque nos faltam definições precisas de “ser”. Outra questão está em se considerar a língua, segundo aquelas definições, enquanto simples nomenclaturas. Para compreender melhor esses questionamentos, devemos nos conscientizar de que as palavras nunca aparecem fora de determinado discurso.
A palavra “caos”, por exemplo, seria classificada enquanto substantivo abstrato, pois ela designa uma noção. Entretanto, vale a pena ler este trecho da “Teogonia”, de Hesíodo, traduzido por Jaa Torrano: (…) / Sim bem primeiro nasceu Caos, depois também / Terra de amplo seio, de todo sede irresvalável sempre, / dos imortais que têm a cabeça do Olimpo nevado, / (…). Na “Teogonia”, narram-se os nascimentos dos deuses gregos; nela, o “Caos” não pode ser lido enquanto simples noção, porque, na cultura grega, o “Caos” é entidade divina.
O mesmo acontece com o substantivo “Deus” ao designar o Deus único da tradição judaico-cristã. A palavra “Deus”, isoladamente, não é substantivo concreto nem substantivo abstrato; todavia, quando aparece na Bíblia, ela ganha os sentidos próprios dessa tradição religiosa. No seguinte trecho do “Gênese”, “No princípio Deus criou o céu e a terra”, o substantivo “Deus” é substantivo concreto, pois, nesse discurso, Deus assume existência concreta; diferentemente, segundo o materialismo histórico, “Deus” pode ser considerado noção abstrata e expressão das ideologias das classes dominantes, sendo, portanto, substantivo abstrato.
Os graus de concretude ou abstração de determinada noção dependem das definições discursivas; se para o filósofo a palavra “vida” traduz noções abstratas, para os biólogos, a “vida” é conceito bastante concreto.
Na próxima coluna de língua portuguesa, estudaremos os substantivos coletivos.
https://causaoperaria.org.br/2023/subst ... abstratos/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI
- Barbano
- Administrador
- Mensagens: 43866
- Registrado em: 28 Jan 2009, 13:29
- Time de Futebol: São Paulo
- Localização: São Carlos (SP)
- Curtiu: 1680 vezes
- Curtiram: 3387 vezes
Educação
E com razão, né? Contas públicas estourando, e só se vê o presidente anunciar mais despesas. Até agora não vi ele falar em corte de gastos...
- Dias
- Membro
- Mensagens: 2767
- Registrado em: 30 Dez 2014, 15:39
- Programa CH: Chapolin
- Localização: São João de Meriti - RJ
- Curtiu: 46 vezes
- Curtiram: 218 vezes
Educação
As bolsas estão sem reajuste desde 2015 ou 2016. Já passou do tempo de reajustar.
Mas pro "mercado" composto por empresários que fazem pós graduação no exterior, é até melhor que o valor das bolsas esteja o mais baixo possível. Senão gente igual Jorge Paulo Lemann não tem como levar gente daqui pra estudar em Harvard e fazê-los voltar defendendo seus interesses.
"Está vendo como às vezes é bom ser burro?" - Chaves
- Barbano
- Administrador
- Mensagens: 43866
- Registrado em: 28 Jan 2009, 13:29
- Time de Futebol: São Paulo
- Localização: São Carlos (SP)
- Curtiu: 1680 vezes
- Curtiram: 3387 vezes
Educação
Cê acha mesmo que com o reajuste das bolsas vai faltar candidato para ir estudar em Harvard?
- Dias
- Membro
- Mensagens: 2767
- Registrado em: 30 Dez 2014, 15:39
- Programa CH: Chapolin
- Localização: São João de Meriti - RJ
- Curtiu: 46 vezes
- Curtiram: 218 vezes
Educação
Não, mas aí é um argumento a menos pra eles usarem pra captar estudantes. Aí eles passam a reclamar de que "o governo está gastando". O mesmo mercado que quer que o BNDES salve as Lojas Americanas.
"Está vendo como às vezes é bom ser burro?" - Chaves
- Barbano
- Administrador
- Mensagens: 43866
- Registrado em: 28 Jan 2009, 13:29
- Time de Futebol: São Paulo
- Localização: São Carlos (SP)
- Curtiu: 1680 vezes
- Curtiram: 3387 vezes
Educação
O mercado tá cagando pra esse negócio aí das bolsas, teve zero repercussão esse reajuste. Não tem impacto relevante nas contas do governo.
E não, o mercado não quer que o BNDES salve a Americanas. Não sei de onde você tirou isso, Mercadante foi perfeito ontem na fala sobre a Americanas.
E não, o mercado não quer que o BNDES salve a Americanas. Não sei de onde você tirou isso, Mercadante foi perfeito ontem na fala sobre a Americanas.