Mundo

Espaço para debates sobre assuntos que não sejam relacionados a Chespirito, como cinema, política, atualidades, música, cotidiano, games, tecnologias, etc.
Chapolin Gremista
Banido
Banido
Mensagens: 7100
Registrado em: 03 Fev 2009, 00:22
Programa CH: Chapolin
Time de Futebol: Grêmio
Localização: Viamão - RS
Curtiu: 223 vezes
Curtiram: 137 vezes

Re: Mundo

Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Jan 2020, 00:03

Armamento nuclear é um direito
Irã avança e saída do tratado de não proliferação nuclear está próxima
Após países europeus encaminharem processo de suposta violação do Irã ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, parlamento iraniano ameaça abandonar tratado


Após os Estados Unidos assassinarem o general iraniano Qassem Soleimani, por meio de uma ação terrorista, o governo iraniano voltou atrás sobre as restrições impostas no acordo de 2015, referente ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). Agora, sob ameaça dos países europeus de levarem o Irã ao Conselho de Segurança da ONU por suposta violação do tratado, o parlamento persa publicou, em seu sítio oficial, uma moção onde ameaça se retirar do grupo de países signatários.

O governo iraniano exigiu aos países europeus que reparassem os danos causados pelas sanções impostas pelos Estados Unidos, em contrapartida da sua manutenção no TNP. A resposta dos estados europeus foi um processo, que tramita no Conselho de Segurança, referente a suposto descumprimento do país islâmico ao tratado. Diante disso, a tréplica do Irã foi publicar no sítio oficial de seu parlamento a moção que trata de sua iminente saída do TNP.

O Irã, signatário do tratado desde 1968, não seria o primeiro a romper com o TNP. Em 2003, a Coreia do Norte se retirou do tratado. Mais recentemente, em 2018, os Estados Unidos, um dos países que o tratado permite possuir tal armamento, também se retirou. O tratado, em sua origem, teve como objetivo limitar cinco países a deter tais armas: Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, China e União Soviética, substituída pela Russia após sua dissolução. Outros países não signatários do TNP também possuem tal tecnologia: Índia, Israel e Paquistão.

O Tratado de Não-Proliferação Nuclear é baseado na desigualdade de direitos, uma vez que permite a um pequeno grupo de países deter tal tecnologia. O embargo da geometria de poder entre os países signatários é invocado por meio do discurso do medo da destruição da civilização. Os países detentores de armas nucleares estão obrigados a não transferir e tampouco ajudar os países não detentores da tecnologia a desenvolver seu próprio armamento.

É importante compreender que, justamente por possuírem armas nucleares, estes países possuem poderes especiais em relação aos demais exercendo assim controle político, como consequência da força. Os imperialistas (Estados Unidos, França e Grã Bretanha) se utilizam desta condição para se autoproclamar os xerifes do mundo.

Já para China e Rússia, permite resistir à dominação completa pelo imperialismo, e vale lembrar que elas desenvolveram o poderio nuclear contradizendo o imperialismo. Portanto, a República Islâmica do Irã, assim como todos os países subjugados no capitalismo, têm todo direito desenvolver sua tecnologia nuclear de defesa. É preciso defender a auto governança dos povos e lutar contra a ingerência imperialista!
https://www.causaoperaria.org.br/ira-av ... a-proxima/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

Chapolin Gremista
Banido
Banido
Mensagens: 7100
Registrado em: 03 Fev 2009, 00:22
Programa CH: Chapolin
Time de Futebol: Grêmio
Localização: Viamão - RS
Curtiu: 223 vezes
Curtiram: 137 vezes

Re: Europa

Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Jan 2020, 02:04

Fora Macron!
Operários franceses realizam mais uma grande manifestação grevista
Bombeiros se unem as grandes manifestações que tomaram conta da França desde o ínicio de dezembro contra a reforma da previdência e o governo Macron.

Desde dezembro, quando as grandes manifestações voltaram a tomar conta das ruas francesas, o governo Macron se vê posto em uma crise cada vez mais profunda.

Com as eleições fraudulentas, onde Macron fora eleito pela minoria da população e tratado pela imprensa burguesa como o salvador da França, a população passou a sofrer inúmeros ataques, em uma completa deterioração das condições sociais deste que é um dos principais países do mundo.

Com o anúncio da nova reforma da previdência, na qual os antigos direitos dados ao trabalhadores, pelo menos desde os anos 90, passariam a ser descartados em nome de um regime universal que aumentaria os anos de trabalho e diminuiria os gastos sociais, os trabalhadores tomaram as ruas de toda França em uma intensa mobilização que chega ao seu terceiro mês.

Devido as grandes proporções por ela tomada, ferroviários realizaram a paralisação mais longa da história francesa, junto a uma mobilização que juntou professores, médicos, enfermeiros, bailarinos e agora levanta também os bombeiros, parte essa relacionada diretamente ao aparelho estatal, porém que dado a tamanha crise, une-se aos trabalhadores por mais direitos.

Os bombeiros exigem aumento no bônus recebido por periculosidade, não alterado há mais de 20 anos, uma continuidade as manifestações feitas em outubro, quando os mesmos exigiam melhores salários.

Não diferentes das demais categorias, os bombeiros também entraram em duros confrontos com a polícia francesa nesta terça-feira (28) na capital, Paris, em mais um dia de protestos.

A repressão policial vem aumentando de tamanho, acompanhando o desenvolvimento das manifestações. Contudo, como já ocorreu durante os protestos dos coletes amarelos, os órgãos de repressão já vem apresentando problemas e dificuldades para controlar as amplas massas.

O governo Macron passa hoje por uma das maiores crises na França dos últimos tempos. Com o povo extremamente radicalizado, o imperialismo teme com que a mobilização atinja seu real objetivo, a derrubada do governo direitista, e o prevalecimento da palavra de ordem Fora Macron, que assim como o Fora Bolsonaro no Brasil, é a mais popular do momento.

Os franceses há um ano já demonstraram nas ruas o caminho a ser seguido contra este governo de características de extrema-direita e altamente repressivo, cabe as organizações de esquerda atenderem o chamado popular e partir para uma ofensiva contra o regime político. Fora Macron!
https://www.causaoperaria.org.br/operar ... -grevista/
Editado pela última vez por Bugiga em 11 Mar 2020, 19:41, em um total de 1 vez.
Razão: Colocação de spoiler em notícia longa
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

Avatar do usuário
Fola
Membro
Membro
Mensagens: 1263
Registrado em: 06 Nov 2017, 13:23
Programa CH: Chaves
Localização: Bucareste, Romênia
Curtiu: 262 vezes
Curtiram: 180 vezes

Re: Europa

Mensagem por Fola » 30 Jan 2020, 07:32

Macron está desagradando tanto a Esquerda quanto a Direita mais radical. Bom sinal. Significa que provavelmente está no caminho certo.
"Um governo que não aparece faz o povo feliz. Um governo que tudo quer determinar faz o povo infeliz." - Lao Tsé

Avatar do usuário
Jezebel do Canto e Mello
Membro
Membro
Mensagens: 8354
Registrado em: 13 Nov 2012, 23:45
Programa CH: Chespirito
Localização: Casa nº 21
Curtiu: 27 vezes
Curtiram: 492 vezes

Re: Europa

Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 30 Jan 2020, 13:45

Matéria imbecil, a "radicalização" vai é eleger a Marine le Pen, isso sim.
Imagem

Chapolin Gremista
Banido
Banido
Mensagens: 7100
Registrado em: 03 Fev 2009, 00:22
Programa CH: Chapolin
Time de Futebol: Grêmio
Localização: Viamão - RS
Curtiu: 223 vezes
Curtiram: 137 vezes

Re: América Latina

Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Jan 2020, 15:57

167 anos de José Martí
Cônsul de Cuba: Martí nos ensinou o anti-imperialismo
Em artigo enviado ao Diário Causa Operária, Antonio Mata Salas analisa a trajetória do líder da independência de Cuba, considerado herói nacional em seu país
O Mar das Antilhas viu José Martí nascer em 28 de janeiro de 1853, um homem com atualidade visionária que deixou uma marca moral por causa de suas raízes no pensamento político e filosófico de Cuba. Hoje estamos
lembrando seu 167º aniversário.

Autor intelectual de nossa última e definitiva Revolução, liderada pelo comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz, que este ano comemora 60 anos de confronto com 11 administrações dos EUA. Os imperialistas não nos perdoam por termos construído o socialismo a 150 quilômetros de sua costa, de modo que mantiveram o bloqueio econômico, comercial e financeiro contra a ilha, que hoje se intensifica com a implementação da lei Helms Burton.

É impossível entender a política americana de ambição e interferência com Cuba sem conhecer as bases conceituais e políticas que a guiaram. Tampouco é possível entender o ideal revolucionário cubano e suas posições anti-imperialistas sem aprofundar o papel de José Martí na luta pela independência nacional, a unidade dos povos das Américas e o confronto com o então nascente imperialismo americano.

José Martí, a independência cubana e líder revolucionário por excelência no século 19, vê com pré-visão dezenas de anos antes de Lenin estudar científica e metodologicamente o fenômeno do imperialismo moderno, os perigos que representava para Cuba e para os países do que ele chamou Nossa América e denunciou o desejo de dominar a crescente política imperialista e expansionista dos EUA.

Sua queda em combate em 19 de maio de 1895, 12 semanas após o início da guerra de independência organizada por ele, privou o movimento de liderança da independência revolucionária cubana que poderia tê-lo levado à plena independência e ao confronto das ambições regionais dos Estados. Unidos.

De 1881 a até alguns meses antes de sua morte, Martí residirá principalmente nos EUA. Nesse estágio e a partir daí, seu pensamento e sua visão de mundo amadurecerão, o que corresponde ao tempo de concentração do capital americano na indústria e na esfera financeira, que Marti viverá, estudará e
conhecerá como nenhum outro latino-americano de sua época. Essas experiências foram refletidas em 5 de seus volumes de obras completas.

Ele apreciará o nascimento do imperialismo moderno e o estudará mesmo em suas implicações econômicas. Ele notará os terríveis germes da contradição entre o desenvolvimento econômico e tecnológico, baseado no interesse individual e na pobreza da vida material e espiritual das grandes massas.

Naquela época, os EUA, e particularmente Nova York, eram cenários de fortes correntes migratórias, através dos quais chegavam as mais diversas tendências e pensamentos políticos. Martí, com sua curiosidade insaciável e ganância por conhecer todas as facetas da atividade humana, consolidou uma interpretação universal, mas da perspectiva latino-americana.

No final da guerra de 10 anos em Cuba (1868-1878), Martí conclui que a desunião entre os cubanos era a principal razão do fracasso do movimento de independência. A partir desse ensino amargo, a unidade dos revolucionários cubanos em torno de um projeto comum de nação é e será uma condição inestimável para a luta contra o imperialismo. Fidel era o paradigma.

Martí trabalhou para combinar as vontades de todos os cubanos, especialmente para ganhar a confiança e o apoio de Máximo Gómez e Antonio Maceo, os líderes militares mais proeminentes da guerra de 68, e convencê-los da validade de sua concepção estratégica, ao mesmo tempo em que convoca e organiza emigrantes cubanos para apoiar o esforço de independência.

Para Martí, uma parte essencial de sua concepção de luta era o contato com a ilha, convencido de que todo esforço de fora seria um desperdício se não correspondesse ao espírito e às aspirações da população cubana. A organização da guerra justa, breve e necessária, que deveria levar à independência de Cuba, constituiria, assim como a redenção de nossa América, propósitos inseparáveis ​​nos grandes programas de sua luta. A independência e o Martinianismo latino-americano parecem necessariamente ligados ao seu pensamento e trabalho anti-imperialista.

Em seus escritos e discursos, Marti evidencia o perigo representado pelas ambições expansionistas dos EUA para o futuro de nossos povos. A convocação americana da Conferência Internacional Americana, inaugurada
em Washington em 2 de outubro de 1889, é para Marti evidência de que a ameaça se tornou realidade.

Em 2 de novembro daquele ano, ele enviou um artigo de NY ao diretor do jornal La Nación, em Buenos Aires, onde destacou que “nunca houve nos Estados Unidos uma questão que exija mais sabedoria ou que exija mais vigilância ou exame mais claro e aprofundado do que o convite dos EUA, poderoso, cheio de produtos não-salváveis ​​e determinado a estender seu domínio na América a nações com menos poder (…) e é urgente
dizer que chegou a hora da América espanhola declarar sua segunda independência”.

Como é essencial em sua vida e obra, Martí une pensamento e ação. O criador do ensaio “Our America”, em 1891, que levanta o ponto de partida para treinar homens a partir de suas próprias raízes, e no qual é determinado o caráter indigno de homens e mulheres que lutam por uma causa reivindicatória.

Com suas imagens poéticas, mas carregadas de significado político, José Martí observou que “as árvores precisam ser alinhadas, para que o gigante das sete ligas não passe. É a hora do conde e da marcha unida, e temos que andar em uma estrutura apertada, como a prata nas raízes dos Andes ”.

No mesmo sentido, algumas frases que nos permitem avaliar seu pensamento universal e abrangente:

– Na revolução, os métodos devem ser silenciosos; e os fins, públicos.
– As pessoas que se submetem perecem.
-É necessário modernizar a política econômica, legal e social, de acordo com a especificidade da América Latina.
-Devemos eliminar o que resta de colônia em nossa América
– Você precisa que o índio, o negro, o camponês, o trabalhador, ou seja, reconheçam as forças sociais que podem abrir o caminho para a solução da América Latina.
-É necessário que a união alcance a força e a solidariedade do mundo e refreie a ambição do próximo. Ainda há tempo para salvar a América, se você se conscientizar do perigo. Mas o remédio precisa ser urgente “porque o dia da visita está próximo”.
-Fazer homens, quem quer fazer aldeias
– Ajudar aqueles que precisam não é apenas parte do dever, mas também da felicidade.
– Há três coisas que cada pessoa deve fazer durante sua vida: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro
– Fazer é a melhor maneira de dizer.
-Faça cada um o seu dever, e nada pode nos derrotar.
-Há apenas uma criança linda no mundo e toda mãe a possui.
– A ignorância mata o povo, e é necessário matar a ignorância.
-Pátria é Humanidade.

Em 11 de abril de 1895, Marti e Máximo Gómez, acompanhados por outros 4 cubanos, desembarcaram em um pequeno barco em Playitas de Cajobabo, na costa sul e perto do extremo leste da ilha, para se juntar aos combates e deixar o governo de Cuba a República em Armas.

É uma honra e comove pensar que, quando Marti cai nas terras de Cuba, logo após chegar à ilha, ele se apaixona pelo bem maior do homem. Quando morre na luta de Dos Ríos, deixa uma carta inacabada a seu amigo mexicano Manuel Mercado, na qual revela a essência de sua luta.

(…) Eu já estou em perigo todos os dias de dar a minha vida pelo meu país e pelo meu dever – desde que eu o entendo e tenho forças para fazê-lo – para impedir com o tempo que a independência de Cuba se espalhe pelas Antilhas. Estados Unidos e cair, com essa força mais, em nossas terras da América. Quanto eu fiz até hoje, e farei, é por isso. Em silêncio, teve que ser e de forma indireta, porque há coisas que para alcançá-las precisam andar ocultas, e proclamar-se naquilo que são, criaria dificuldades muito difíceis de alcançar sobre elas no final (…)

É verdade que o equilíbrio internacional a que Martí aspirava nas Antilhas estava frustrado desde 1898 com a intervenção dos Estados Unidos em Cuba, que a partir daquele momento começaram a construir sua hegemonia no mundo.

Mas, devido aos paradoxos da história, a Revolução Cubana triunfante em 1959, com uma profunda raiz martiana, liderada por Fidel e pelo movimento de 26 de julho, abriu novamente uma porta para avançar em direção à segunda e definitiva independência da América Latina e do Caribe e, com isto, para o
equilíbrio do mundo a que o apóstolo aspirava. Ou seja, onde os Estados Unidos começaram a construir seu império, a possibilidade e a esperança de seu colapso começariam em 1959.

Com 152 anos de luta do povo cubano pela independência e 61 do triunfo revolucionário de janeiro de 1959, o povo cubano ainda tem o privilégio de ter os pensamentos de José Martí e Fidel Castro sobre justiça social e anti-imperialismo que contêm uma avaliação profunda política dos EUA. Supondo criativamente que o legado nos permitirá hoje e amanhã continuar sendo o Davi que derrotou o Golias por décadas, que em suas diferentes variantes políticas, seja por força ou sedução, não desistiu de tentar destruir o processo
revolucionário Cubano.

Antonio Mata Salas
Cônsul Cuba
São Paulo, Brasil
Janeiro 2020.
https://www.causaoperaria.org.br/consul ... erialismo/
Editado pela última vez por Bugiga em 11 Mar 2020, 07:37, em um total de 1 vez.
Razão: Colocação de spoiler em notícia longa
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

Chapolin Gremista
Banido
Banido
Mensagens: 7100
Registrado em: 03 Fev 2009, 00:22
Programa CH: Chapolin
Time de Futebol: Grêmio
Localização: Viamão - RS
Curtiu: 223 vezes
Curtiram: 137 vezes

Re: Europa

Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Jan 2020, 16:15

Ghiraldelli e quem dá moral pra ele é que é um imbecil.
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

Avatar do usuário
E.R
Membro
Membro
Mensagens: 103914
Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
Programa CH: Chaves
Time de Futebol: Flamengo
Localização: Rio de Janeiro
Curtiu: 4913 vezes
Curtiram: 1900 vezes

Re: América Latina

Mensagem por E.R » 30 Jan 2020, 18:30

https://veja.abril.com.br/mundo/evo-mor ... a-bolivia/

O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, vai concorrer a uma cadeira no Congresso nas eleições gerais da Bolívia de 3 de maio.

Evo Morales autorizou seu advogado, Wilfredo Chávez, a registrá-lo como candidato à Assembleia Legislativa nesta quinta-feira.
Imagem
Imagem

Chapolin Gremista
Banido
Banido
Mensagens: 7100
Registrado em: 03 Fev 2009, 00:22
Programa CH: Chapolin
Time de Futebol: Grêmio
Localização: Viamão - RS
Curtiu: 223 vezes
Curtiram: 137 vezes

Re: América Latina

Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Jan 2020, 20:37

Politica suicida de Timochenko
Nova capitulação: dirigente da FARC propõe mudança da sigla
O líder da Força Alternativa Revolucionaria Comum (FARC), Rodrigo Londoño segue para uma politica capituladora em direção à direita fascista
Em uma nova capitulação à direita, o líder da Força Alternativa Revolucionaria Comum (FARC), Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como Timochenko, propõe mudar o nome do partido. Segundo ele a sigla não deve ter o mesmo acrônimo das extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército de Pessoas (FARC-EP). “Sabíamos que isso nos afetaria e está criando dificuldades. Vou manter minha posição e argumentar. Espero que as maiorias do partido decidam mudar o nome” disse ele em entrevista ao El Espectador.

Uma ala dissidente do partido, liderada por Iván Marquez – que participou dos acordos de paz com o ex-presidente da Colômbia, Manuel Santos – declarou no dia 29 de agosto de 2019 a volta à luta armada, opondo-se ao atual líder do partido. Isto para combater os assassinatos de ex-guerrilheiros, que ocorreram em várias regiões do país e as perseguições políticas, ambas impostas pelo atual governo colombiano de Iván Duque, que tomou posse em agosto 2018, para ser capacho do imperialismo norte-americano.

Na entrevista, Londoño reiterou sua posição contra a luta armada, dizendo que nas atuais circunstâncias da Colômbia e da América Latina “é louco” levantar um projeto político de armas. “Em todos os processos de paz no mundo, houve pequenos setores que continuam na guerra, mas até agora, nenhum conseguiu avançar e acabar com as gangues criminosas que lutam por economias ilegais”, afirmou.

Um fato curioso e muito controverso que aconteceu no dia 11 de Janeiro de 2020 foi uma suposta tentativa de assassinato contra Timochenko. Segundo o diretor da Policia Nacional colombiana, Oscar Atehortua, dois ex-guerrilheiros “frustrados” com o acordo de paz de 2016 estavam próximos da propriedade do líder da FARC entre Quindío e Valle del Cauca para matá-lo. Um informante alertou as autoridades sobre o ataque, segundo os policiais houve troca de tiros e os dois acabaram morrendo. Rodrigo Londoño agradeceu e elogiou a polícia de Iván Duque.

Duque também elogiou a ação conjunta da polícia e reforçou a segurança do líder da FARC, o que gerou uma certa revolta dentro do partido, pois segundo os ex-guerrilheiros, a segurança de Timochenko deve ser feita pelos militantes do partido que disseram que estavam atentos no momento. Segundo o jornal El Espectador as famílias e advogados dos dois suspeitos alegam que eles foram mortos em locais e datas diferentes das apresentadas pela polícia, contrariando o que foi divulgado pelo departamento.

As diferenças dentro do partido se acentuaram com a prisão do ex-combatente Jesús Santrich em abril de 2018, acusado ainda em 2016, por um juiz de Nova York, de ter enviado ao Estados Unidos 10 toneladas de drogas. Com a detenção ele foi impedido de ocupar sua cadeira no congresso. A maioria dos ex-combatentes alegam arbitrariedades e perseguição política.

Dois veteranos da guerrilha, Joaquim Gómez e Bertulfo Álvarez, acusaram Timochenko de não acreditar na inocência do ex-guerrilheiro quando ele disse que Santrich deveria provar sua inocência, baseando-se no fato de que ele era culpado. Na contra mão da situação, o atual líder da FARC defendeu o senador e ex-presidente fascista Álvaro Uribe, pedindo para que em um processo movido contra ele pela corte colombiana por manipulação de testemunhas fosse respeitado o princípio de inocência.

Desde então, várias lideranças e combatentes deixaram o partido. A ex-guerrilheira Tanja Nijmeijer, que ingressou no partido em 2002 e Martin Batalla, que ingressou em 2005, renunciaram ao partido no ultimo dia 21 de janeiro, após expressarem através de cartas profundas diferenças com as lideranças do partido das FARC. “Espero que eles não tenham saído porque acreditam que o caminho é a luta armada”, disse Timochenko.

O que se apresenta é uma clara capitulação à direita do líder da FARC, negando-se a lutar contra o imperialismo e contra o governo fascista de Iván Duque. Mesmo que esses ataquem duramente a população em geral, os direitos dos trabalhadores colombianos e estejam perseguindo e matando lideranças e movimentos de esquerda do país. É visível que Timochenko leva o partido para uma uma aliança com os fascistas, o que nada mais é que uma política suicida.
https://www.causaoperaria.org.br/nova-c ... -da-sigla/
Editado pela última vez por Bugiga em 11 Mar 2020, 07:36, em um total de 1 vez.
Razão: Colocação de spoiler em notícia longa
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

Avatar do usuário
Fola
Membro
Membro
Mensagens: 1263
Registrado em: 06 Nov 2017, 13:23
Programa CH: Chaves
Localização: Bucareste, Romênia
Curtiu: 262 vezes
Curtiram: 180 vezes

Re: América Latina

Mensagem por Fola » 30 Jan 2020, 20:44

As FARC praticam sequestros, assaltos, extorsões, assassinatos e até torturas, mas é a Direita que é fascista. Vai entender...

É até bom que o Chapolin Comunista poste essas coisas aqui no fórum. Isso deixa bem claro com que tipo de gente ele se identifica e que tipo de sociedade ele quer "construir".
"Um governo que não aparece faz o povo feliz. Um governo que tudo quer determinar faz o povo infeliz." - Lao Tsé

Chapolin Gremista
Banido
Banido
Mensagens: 7100
Registrado em: 03 Fev 2009, 00:22
Programa CH: Chapolin
Time de Futebol: Grêmio
Localização: Viamão - RS
Curtiu: 223 vezes
Curtiram: 137 vezes

Re: Mundo

Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Jan 2020, 21:31

Eleição presidêncial nos EUA
Bernie Sanders lidera disparado a corrida democrata para as eleições
Sanders lidera com folga as prévias dentro do Partido Democrata e inquieta os líderes do partido.


Estamos em ano de eleição presidencial nos Estados Unidos da América, mais uma vez o povo se defronta com a ameaça de uma vitória da extrema-direita, com uma possível reeleição de Trump. A crescente polarização faz com que, do outro lado, o candidato mais à esquerda da oposição, Bernie Sanders, pelo Partido Democrata, lidere as prévias dentro do partido.

Sanders foi um dos principais nomes na eleição passada, sua disputa contra Hilary foi acirrada, e não fosse o sistema eleitoral antidemocrático, criado para favorecer os candidatos da burguesia em casos como esse, teria ganhado. A matriarca dos democratas venceu pois obteve os votos dos superdelegados.

Desta vez, Bernie Sanders vem ainda mais forte. Sua disparada dentro do partido deixou-o com 39 porcento; gritantes 18 pontos à frente do segundo candidato, Elizabeth Warren, e quase 30 pontos de distância de Pete Buttigieg e Joe Biden, esse último foi o vice de Obama, e era um dos principais nomes propagandeado pela burguesia como alternativa à Trump.

O crescimento de Sanders é um dos sintomas da crise do Partido Democrata, que vem enfrentando um enorme crescimento de sua ala mais à esquerda. Ao passo que o sistema eleitoral americano restringe a corrida eleitoral a dois partidos da alta burguesia, Republicano e Democrata, o mais progressista dentre eles, acaba sofrendo com a polarização política e vê sua ala esquerda crescendo do mesmo modo que a extrema-direita cresce dentro do Partido Republicano.

Diante esse panorama péssimo para os cacifes do partido e os adversários republicanos, a estratégia tem sido uma enorme campanha midiática contra Bernie, não diretamente contra suas pautas populares, mais contra a possibilidade de que este vença face a Trump. Temos aí uma tática muito parecida com a usada contra o candidato petista, Fernando Haddad, na última eleição presidencial no Brasil, onde enfraqueceram o candidato mais a esquerda alegando a impossibilidade deste vencer contra a extrema-direita no segundo turno, enquanto puxavam a sardinha para um candidato mais alinhado e dependente da direita tradicional, neste caso Ciro Gomes, que na verdade, como foi comprovado, sequer tinha chance de chegar ao segundo turno. Porém, ao contrário da eleição brasileira, a corrida é entre dois candidatos do mesmo partido para ver quem disputará as eleições. Como será possível um outro candidato do Partido Democrata ter mais popularidade contra Trump sem tê-la dentro do próprio partido?
https://www.causaoperaria.org.br/bernie ... -eleicoes/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

Avatar do usuário
Jezebel do Canto e Mello
Membro
Membro
Mensagens: 8354
Registrado em: 13 Nov 2012, 23:45
Programa CH: Chespirito
Localização: Casa nº 21
Curtiu: 27 vezes
Curtiram: 492 vezes

Re: Europa

Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 31 Jan 2020, 03:38

Enfia esse binarismo no rabo, gremista. Não anula o que eu afirmei, a extrema direita tá mais do que crescendo na França, LePen tá sendo a agitadora dos protestos e vai ser a futura presidente.
Imagem

Avatar do usuário
Jezebel do Canto e Mello
Membro
Membro
Mensagens: 8354
Registrado em: 13 Nov 2012, 23:45
Programa CH: Chespirito
Localização: Casa nº 21
Curtiu: 27 vezes
Curtiram: 492 vezes

Re: América Latina

Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 31 Jan 2020, 03:42

O sequestro de Ingrid Bettencourt só mostra que as FARC merecem ser genocidadas desse planeta.
Imagem

Avatar do usuário
Jezebel do Canto e Mello
Membro
Membro
Mensagens: 8354
Registrado em: 13 Nov 2012, 23:45
Programa CH: Chespirito
Localização: Casa nº 21
Curtiu: 27 vezes
Curtiram: 492 vezes

Re: Mundo

Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 31 Jan 2020, 03:45

Quero que o Bernie ganhe, mas não estou sendo otimista.

Biden (o Lula dos EUA) vai se juntar com a Warren (O PSB dos EUA) pra destruir a candidatura do Bernie (o Ciro dos EUA) por pura vaidade, pra entregar de mão beijada o 2° mandato para o Trump.
Imagem

Avatar do usuário
E.R
Membro
Membro
Mensagens: 103914
Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
Programa CH: Chaves
Time de Futebol: Flamengo
Localização: Rio de Janeiro
Curtiu: 4913 vezes
Curtiram: 1900 vezes

Re: Mundo

Mensagem por E.R » 31 Jan 2020, 03:49

Se o Partido Democrata escolher Sanders ou Warren, a reeleição do Donald Trump já está no papo.

O único com alguma chance de vencer o Trump é o Biden.
Imagem
Imagem

Avatar do usuário
Jezebel do Canto e Mello
Membro
Membro
Mensagens: 8354
Registrado em: 13 Nov 2012, 23:45
Programa CH: Chespirito
Localização: Casa nº 21
Curtiu: 27 vezes
Curtiram: 492 vezes

Re: Mundo

Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 31 Jan 2020, 03:52

Os ventos mudaram, E.R. Biden era competitivo até o escândalo do filho estourar, agora foi esvaziado.

E cada vez mais o Bernie consegue doações de pessoas que estão mais do que insatisfeitas com o sistema americano, então ele pode ser uma boa surpresa.
Imagem

Responder