Peça de teatro é cancelada em São Paulo pois foi acusada de racismo.
Teatro
- E.R
- Membro
- Mensagens: 103923
- Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
- Programa CH: Chaves
- Time de Futebol: Flamengo
- Localização: Rio de Janeiro
- Curtiu: 4914 vezes
- Curtiram: 1900 vezes
Re: TEATRO
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/ ... acao.shtml
Peça de teatro é cancelada em São Paulo pois foi acusada de racismo.
Peça de teatro é cancelada em São Paulo pois foi acusada de racismo.
- O Gordo
- Membro
- Mensagens: 15868
- Registrado em: 12 Abr 2014, 21:25
- Programa CH: Chespirito
- Curtiu: 773 vezes
- Curtiram: 1411 vezes
Re: TEATRO
Enfiar o dedo no toba e sair girando e dizer que é arte blz
Uma proposta que mostra contexto histórico não pode pq é racismo?
Ah mas vá tomar no *
Uma proposta que mostra contexto histórico não pode pq é racismo?
Ah mas vá tomar no *
- E.R
- Membro
- Mensagens: 103923
- Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
- Programa CH: Chaves
- Time de Futebol: Flamengo
- Localização: Rio de Janeiro
- Curtiu: 4914 vezes
- Curtiram: 1900 vezes
- E.R
- Membro
- Mensagens: 103923
- Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
- Programa CH: Chaves
- Time de Futebol: Flamengo
- Localização: Rio de Janeiro
- Curtiu: 4914 vezes
- Curtiram: 1900 vezes
Re: TEATRO
ANCELMO GOIS
--Só comentando quando fui ver o Edgar, o Theatro Net Rio é belissimo, com homenagens a atriz Tereza Rachel dentro do teatro. Gostei muito.
- E.R
- Membro
- Mensagens: 103923
- Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
- Programa CH: Chaves
- Time de Futebol: Flamengo
- Localização: Rio de Janeiro
- Curtiu: 4914 vezes
- Curtiram: 1900 vezes
Re: TEATRO
http://oglobo.globo.com/rio/teatro-do-l ... a-19151171
Há mais de 20 anos, um rito se repente na Rua Conde de Bernardotte, no Leblon. As cortinas do palco se fecham, as portas são abertas e os restaurantes e bares da região ganham clientes.
O lugar, que se enche de vida com os frequentadores do Teatro do Leblon, na galeria do edifício número 26, corre o risco de perder parte do combustível que move o local : o palco pode sair de cena definitivamente, como informou Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO.
No endereço havia três salas, chamadas de Tônia Carrero, Fernanda Montenegro e Marília Pêra. A primeira fechou no início do ano. Com dívidas, o proprietário Wilson Rodriguez não nega que pode encerrar completamente as atividades e admite que a Igreja Universal do Reino de Deus demonstrou interesse pelo imóvel, apesar de ainda não haver negociação.
Wilson Rodriguez diz que deve cerca de R$ 2,5 milhões a bancos e que o teatro o fez perder R$ 5 milhões nos últimos cinco anos. Segundo ele, uma das salas em atividade tem programação agendada até setembro e uma outra, por mais dois meses. O empresário já teve nove salas na cidade e uma em São Paulo, e reclama que um decreto de 28 de dezembro de 2015, editado pelo prefeito Eduardo Paes, determina que o uso e a destinação de imóvel onde funcionam teatros só podem mudar com autorização municipal. A prefeitura confirma que a decisão está vigente.
— O teatro é o único negócio no qual você pode entrar, mas é proibido de sair. Acho que no Brasil não tem nenhum louco com dinheiro para comprar um imóvel de 500 metros quadrados no Leblon e continuar mantendo como teatro. Posso fechar as portas para reduzir os prejuízos. Atualmente, pago R$ 27 mil por mês de taxa de condomínio — diz Rodriguez.
O empresário conta que só fechou a Sala Tônia Carrero após ter autorização da prefeitura, há mais de um ano, para desmembrar o teatro em seis lojas comerciais.
Como o decreto é posterior à liberação e não tem efeito retroativo, ele ainda poderá vender as lojas, que estão em reforma. O corretor de imóveis Sérgio Cury confirma que a Igreja Universal o procurou, interessada em comprar um imóvel na região com as características do teatro.
A notícia de que a igreja tinha interesse em parte das salas já chegou aos moradores do edifício sobre a galeria. De acordo com o síndico do prédio, Valmir Assunção, a Igreja Universal gostaria de estabelecer uma boa relação com os condôminos, que foram radicalmente contra a mudança.
Presidente da Associação de Moradores do Leblon, Evelyn Rosenzweig diz que foi procurada por vizinhos do teatro muito preocupados com o possível destino do espaço. Ela afirma que será uma pena se o local for vendido :
— O teatro alimenta o comércio, que, por sua vez, mantém o movimento na rua e nos dá segurança. Mas a crise está dificultando muito as coisas.
--Há mais de 20 anos, um rito se repente na Rua Conde de Bernardotte, no Leblon. As cortinas do palco se fecham, as portas são abertas e os restaurantes e bares da região ganham clientes.
O lugar, que se enche de vida com os frequentadores do Teatro do Leblon, na galeria do edifício número 26, corre o risco de perder parte do combustível que move o local : o palco pode sair de cena definitivamente, como informou Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO.
No endereço havia três salas, chamadas de Tônia Carrero, Fernanda Montenegro e Marília Pêra. A primeira fechou no início do ano. Com dívidas, o proprietário Wilson Rodriguez não nega que pode encerrar completamente as atividades e admite que a Igreja Universal do Reino de Deus demonstrou interesse pelo imóvel, apesar de ainda não haver negociação.
Wilson Rodriguez diz que deve cerca de R$ 2,5 milhões a bancos e que o teatro o fez perder R$ 5 milhões nos últimos cinco anos. Segundo ele, uma das salas em atividade tem programação agendada até setembro e uma outra, por mais dois meses. O empresário já teve nove salas na cidade e uma em São Paulo, e reclama que um decreto de 28 de dezembro de 2015, editado pelo prefeito Eduardo Paes, determina que o uso e a destinação de imóvel onde funcionam teatros só podem mudar com autorização municipal. A prefeitura confirma que a decisão está vigente.
— O teatro é o único negócio no qual você pode entrar, mas é proibido de sair. Acho que no Brasil não tem nenhum louco com dinheiro para comprar um imóvel de 500 metros quadrados no Leblon e continuar mantendo como teatro. Posso fechar as portas para reduzir os prejuízos. Atualmente, pago R$ 27 mil por mês de taxa de condomínio — diz Rodriguez.
O empresário conta que só fechou a Sala Tônia Carrero após ter autorização da prefeitura, há mais de um ano, para desmembrar o teatro em seis lojas comerciais.
Como o decreto é posterior à liberação e não tem efeito retroativo, ele ainda poderá vender as lojas, que estão em reforma. O corretor de imóveis Sérgio Cury confirma que a Igreja Universal o procurou, interessada em comprar um imóvel na região com as características do teatro.
A notícia de que a igreja tinha interesse em parte das salas já chegou aos moradores do edifício sobre a galeria. De acordo com o síndico do prédio, Valmir Assunção, a Igreja Universal gostaria de estabelecer uma boa relação com os condôminos, que foram radicalmente contra a mudança.
Presidente da Associação de Moradores do Leblon, Evelyn Rosenzweig diz que foi procurada por vizinhos do teatro muito preocupados com o possível destino do espaço. Ela afirma que será uma pena se o local for vendido :
— O teatro alimenta o comércio, que, por sua vez, mantém o movimento na rua e nos dá segurança. Mas a crise está dificultando muito as coisas.
Lembrando que o Leblon ainda tem uma sala de teatro : Oi Casa Grande.
E que as 4 salas do Shopping da Gávea ficam bem próximas do bairro.
- E.R
- Membro
- Mensagens: 103923
- Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
- Programa CH: Chaves
- Time de Futebol: Flamengo
- Localização: Rio de Janeiro
- Curtiu: 4914 vezes
- Curtiram: 1900 vezes
Re: TEATRO
http://www12.senado.leg.br/noticias/mat ... cao-basica
Foi publicada nesta quarta-feira (3) a Lei 13.278/2016, que inclui as artes visuais, a dança, a música e o teatro nos currículos dos diversos níveis da educação básica.
A nova lei altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB — Lei 9.394/1996) estabelecendo prazo de cinco anos para que os sistemas de ensino promovam a formação de professores para implantar esses componentes curriculares no ensino infantil, fundamental e médio.
A lei tem origem no substitutivo da Câmara dos Deputados (SCD)14/2015 ao projeto de lei do Senado (PLS) 337/2006, aprovado no início de abril pelo Plenário do Senado. O texto foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff na terça-feira (2) e vale a partir da data de publicação.
A legislação já prevê que o ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, seja componente curricular obrigatório na educação básica, “de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”.
A proposta original, do ex-senador Roberto Saturnino Braga, explicitava como obrigatório o ensino de música, artes plásticas e artes cênicas. A Câmara dos Deputados alterou o texto para “artes visuais” em substituição a "artes plásticas", e incluiu a dança, além da música e do teatro, já previstos no texto, como as linguagens artísticas que deverão estar presentes nas escolas.
Para o relator da matéria na Comissão de Educação (CE), Cristovam Buarque (PPS-DF), a essência da proposta foi mantida no substitutivo da Câmara.
— Esse é um projeto que só traz vantagens, ao incluir o ensino da arte nos currículos das escolas. Sem isso, não vamos conseguir criar uma consciência, nem ensinar os nossos jovens a deslumbrar-se com as belezas do mundo, o que é tão importante como fazê-los entender, pela ciência, a realidade do mundo — observou Cristovam, na discussão da matéria em Plenário.
Foi publicada nesta quarta-feira (3) a Lei 13.278/2016, que inclui as artes visuais, a dança, a música e o teatro nos currículos dos diversos níveis da educação básica.
A nova lei altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB — Lei 9.394/1996) estabelecendo prazo de cinco anos para que os sistemas de ensino promovam a formação de professores para implantar esses componentes curriculares no ensino infantil, fundamental e médio.
A lei tem origem no substitutivo da Câmara dos Deputados (SCD)14/2015 ao projeto de lei do Senado (PLS) 337/2006, aprovado no início de abril pelo Plenário do Senado. O texto foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff na terça-feira (2) e vale a partir da data de publicação.
A legislação já prevê que o ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, seja componente curricular obrigatório na educação básica, “de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”.
A proposta original, do ex-senador Roberto Saturnino Braga, explicitava como obrigatório o ensino de música, artes plásticas e artes cênicas. A Câmara dos Deputados alterou o texto para “artes visuais” em substituição a "artes plásticas", e incluiu a dança, além da música e do teatro, já previstos no texto, como as linguagens artísticas que deverão estar presentes nas escolas.
Para o relator da matéria na Comissão de Educação (CE), Cristovam Buarque (PPS-DF), a essência da proposta foi mantida no substitutivo da Câmara.
— Esse é um projeto que só traz vantagens, ao incluir o ensino da arte nos currículos das escolas. Sem isso, não vamos conseguir criar uma consciência, nem ensinar os nossos jovens a deslumbrar-se com as belezas do mundo, o que é tão importante como fazê-los entender, pela ciência, a realidade do mundo — observou Cristovam, na discussão da matéria em Plenário.
- @EA
- Membro
- Mensagens: 6935
- Registrado em: 30 Mar 2010, 23:47
- Programa CH: Chapolin
- Time de Futebol: São Paulo
- Localização: Via Láctea
- Curtiu: 272 vezes
- Curtiram: 165 vezes
Re: TEATRO
Muita gente faz curso de teatro pra superar a timidez. É um curso que cada vez mais será necessário, já que as pessoas tão vivendo cada vez mais de forma reclusa.
Agente da Coroa a serviço da Rainha
- Barbano
- Administrador
- Mensagens: 43832
- Registrado em: 28 Jan 2009, 13:29
- Time de Futebol: São Paulo
- Localização: São Carlos (SP)
- Curtiu: 1673 vezes
- Curtiram: 3371 vezes
Re: TEATRO
Ou vão ter que reinventar a matemática para arrumar grana e botar as crianças em tempo integral, ou vão ter que sacrificar aulas importantes para botar a criançada para dançar e cantar.
Não que a medida não seja boa, mas o pessoal não tem a mínima noção do que é o Brasil. Escola tá sem merenda, sem professor, com condições precárias, e acham que a melhoria surge com a inclusão de componentes curriculares que valorizem a arte?
Não que a medida não seja boa, mas o pessoal não tem a mínima noção do que é o Brasil. Escola tá sem merenda, sem professor, com condições precárias, e acham que a melhoria surge com a inclusão de componentes curriculares que valorizem a arte?
- Tufman
- Membro
- Mensagens: 6136
- Registrado em: 21 Out 2014, 18:50
- Programa CH: Chapolin
- Localização: São Paulo - SP
- Curtiu: 155 vezes
- Curtiram: 332 vezes
Re: TEATRO
Acho mais proveitoso um ensino sobre política. A arte também é importante, mas não como a política já que ela abrange diversos assuntos, tanto históricos como atuais.
- Hyuri Augusto
- Membro
- Mensagens: 10448
- Registrado em: 05 Mar 2012, 19:39
- Programa CH: Chapolin
- Time de Futebol: Santos
- Localização: TARDIS
- Curtiu: 91 vezes
- Curtiram: 394 vezes
Re: TEATRO
Sim, principalmente se tiver um professor que defende um determinado lado político. Dependendo do argumento que o aluno utilizar, o professor pode expor a opinião dele e ficar discutindo com o aluno.
Ainda nesse mérito, óbvio que teriam professores que tentariam lavar o cérebro do aluno e fazer com que ele siga a sua mesma orientação política. Já que a molecada não entende nada, iria seguir numa boa. Não em todos os casos, claro. Mas ainda sim teria gente que iria junto com a maré.
Ainda nesse mérito, óbvio que teriam professores que tentariam lavar o cérebro do aluno e fazer com que ele siga a sua mesma orientação política. Já que a molecada não entende nada, iria seguir numa boa. Não em todos os casos, claro. Mas ainda sim teria gente que iria junto com a maré.
"Fortes são aqueles que transformam em luz o que é escuridão"
► Exibir Spoiler
- Tufman
- Membro
- Mensagens: 6136
- Registrado em: 21 Out 2014, 18:50
- Programa CH: Chapolin
- Localização: São Paulo - SP
- Curtiu: 155 vezes
- Curtiram: 332 vezes
Re: TEATRO
Quando eu digo "ensino sobre política", estou dizendo da política em si. Qual a função de um presidente? Qual a função de um ministro? O que faz um deputado? E um prefeito? O que pensa a direita? Regimes, marcos históricos políticos do mundo e do Brasil, assuntos atuais que a política aborda e etc. Tudo o que um estudante precisa saber para votar consciente no futuro. Política é cidadania, é vida. É o assunto mais importante que precisa ser inserido nas escolas.
- E.R
- Membro
- Mensagens: 103923
- Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
- Programa CH: Chaves
- Time de Futebol: Flamengo
- Localização: Rio de Janeiro
- Curtiu: 4914 vezes
- Curtiram: 1900 vezes
Re: TEATRO
http://oglobo.globo.com/cultura/artista ... a-19295905
“Incompreensão”, “estupidez”.
Enquanto internautas se mobilizam em um abaixo-assinado contra a decisão do presidente Michel Temer, que extinguiu o Ministério da Cultura (MinC) e incorporou a área à Educação — criando o Ministério da Educação e Cultura —, a classe artística reage com indignação.
Veja a repercussão :
Rudifran Pompeu, presidente da Cooperativa Paulista de Teatro
Essa junção é muito ruim para a Cultura. É um retrocesso. O Minc representa um espaço de disputa do pensamento simbólico, pois é nessa instância que se coloca o debate sobre as dimensões das artes, é o espaço construído para construção da cidadania e da preservação da cultura em seus aspectos mais complexos. Então, nos colocar dentro da pauta da educação é apagar o protagonismo que estamos tentando construir há anos. Não é possível que se pense que cortar um ministério como esse vai mudar alguma coisa na economia ou na saúde financeira do país. Vamos reagir contra essa decisão certamente. A cultura precisa ser vista pelo setor político do país como algo tão importante quanto a saúde e a educação. Sou completamente contra essa junção.
Augusto de Campos, poeta, tradutor e ensaísta
Considero altamente nociva a subsunção do atual Ministério da Cultura ao da Educação. É puro retrocesso. Mas não esperava outra coisa de um governo em que não reconheço legitimidade, resultante de um impeachment sem fundamento jurídico, e orientado por mentalidades conservadoras e retrógradas.
Aderbal Freire-Filho, diretor de teatro, autor e ator
O fim do MinC representa uma ponte para o passado. O MinC nasce com a redemocratização e agora acaba pela chegada de um governo ilegítimo. Como o Ministério da Educação, que atende a um universo enorme imenso (Enem, Prouni, entre tantos outros programas),ainda poderia incorporar as demandas da rica e variada cultura brasileira? Só tem um jeito: desprezando-a, sem dar a ela seu espaço e importância. O que não espanta. O que emerge agora é o o Brasil inculto, que despreza a sua arte. Mas a força atual da cultura brasileira vai reagir a esse ato obscurantista.
Amir Haddad, diretor de teatro
Eu não posso acreditar que estamos vivendo tudo isso. Os últimos anos da minha vida, que eu lutei e trabalhei para que fossem de luz, mergulham agora na penumbra ou na escuridão completa. Como é pensar em extinguir um ministério voltado para a Cultura?
Domingos Oliveira, diretor de teatro, dramaturgo e cineasta
Para se viver em paz na sociedade é preciso saber que as pessoas são burras, muito burras. Quem não dá importância à cultura, que é a coleção do acervo pessoal da humanidade, sendo também o registro da sua brava passagem pelo planeta maravilhoso que logo se destruirá, é antes de tudo burro. Parece que não há limites para a grosseria e a estupidez dos nossos mandatários. Sua falta de espiritualidade, capaz de desvalorizar a cultura e a arte, que são nossas únicas chances de salvação nesse naufrágio agônico chamado Brasil, mostra apenas a velocidade de sua corrida em direção ao abismo.
Cacá Diegues, cineasta
Acho o fim do MinC um retrocesso histórico, uma incompreensão do que seja educação e cultura, de que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Simplificando, a educação prepara as pessoas para o mundo real, enquanto a cultura estimula a inventar outros mundos. Botar as duas coisas juntas, como se fossem uma coisa só, é um retrocesso acadêmico, uma incompreensão do mundo moderno e do futuro. Um retrocesso.
Wagner Moura, ator
Já era de se esperar. Tem havido um movimento desonesto de convencimento público da desimportância da cultura e da criminalização dos artistas que fazem uso da Lei Rouanet (que contraditoriamente é uma lei de viés neoliberal que estava sendo revista pelo Minc). A ideia de que o MinC e as leis de incentivo à Cultura não passam de uma maneira do governo sustentar artista vagabundo e comprar seu apoio político ganhou extraordinária e surpreendente aceitação popular. E como nos momentos de crise a cultura é a primeira que roda, o fim do MinC, sob a ótica do Estado enxuto e sob o entendimento popular de que artistas não passam de vagabundos que mamam nas tetas do Estado, infelizmente, não é uma surpresa. E a tendência é piorar.
Carlos Vergara, artista visual
A Cultura é uma coisa específica, e tem que ser tratada assim. Transformar a Cultura em uma Secretaria do Ministério da Educação é andar para trás cem anos. Diminuir o número de funcionários, perfeito. Mas isso não pode significar tirar a ênfase nas áreas específicas. Cultura e educação são coisas diferentes. Uma é para ensinar. Outra para engrandecer.
José de Abreu, ator
Solicitei ao governo francês um visto. Me deram um especial de residência chamado Competência e Talento com direito a trabalhar lá. Talvez por isso a Cultura na França movimente sete vezes mais dinheiro que a indústria automobilística.
Wolf Maya, diretor de TV e teatro
Sinto que o nosso MinC que já ultrapassou a maior idade e que sempre teve uma representatividade importante no processo cultural brasileiro, nosso Ministério que representa e orgulha os criadores de cultura, possa voltar a ser uma Secretaria do MEC. Como tantas Secretarias Estaduais que foram perdendo a importância. É terrível!
Maria Adelaide Amaral, dramaturga
Considero um retrocesso. Sou favorável à redução de ministérios, mas a Educação já tem problemas demais para um ministro concentrar também a pasta da Cultura. O mais provável é que ela, a Cultura, seja negligenciada.
Fernando Meirelles, cineasta
Todo mundo acha que o Brasil precisa diminuir o número de ministérios mas ninguém quer perder o “seu” ministério. Na cultura deve acontecer o mesmo. Imagino que meus colegas tenderão a não gostar da idéia. Não sei qual seria o plano e o que isso pode gerar de perdas para a produção cultural, mas me ocorre que para a educação, estar mais ligada a cultura pode ser interessante e ha maiores chances disso acontecer se houver uma cabeça pensando ambas as áreas. Talvez nem seja tão bom para os produtores culturais mas se for bom para a educação, se alunos tiverem mais acesso a cultura, já estaria valendo. Vamos ver o que vem.
Sergio de Carvalho, diretor teatral e pesquisador
A extinção do Ministério é a confirmação simbólica do próprio golpe: uma manipulação da letra da constituição para reforçar o mando do capital sobre a vida dos que trabalham. Signfica a imposição de critérios econômicos, lógica do evento, eficácia de fluxo financeiros, anulação da história, e combate policial ao direito a imaginar um mundo além da forma-mercadoria.
Rogério Flausino, cantor
As pessoas acham que o que está sempre em voga no MinC são artistas batalhando por seus direitos. Mas o ministério tem um papel maior. O patrimônio histórico, por exemplo. As pessoas não se dão conta disso.
Baby do Brasil, cantora
Parece que eles não sabem o que significa cultura. Acho que se juntássemos uma turma para ir a Brasília, falássemos com os sindicatos...
Zeca Pagodinho, cantor e compositor
A Cultura que já não era tão valorizada, vai perder ainda mais força sem ter um ministério. E Cultura é uma das coisas mais importantes para um país.
Walcyr Carrasco, autor
Eu acho que o Ministério da Cultura não deveria perder sua autonomia. A Educação é importantíssima, e o MEC deve ter todos os seus esforços dirigidos para a educação, pois trata-se de uma grande lacuna no país. Mas é preciso também um projeto cultural, que estimule a expressão artística regional, inclusive. E para isso é preciso um Ministério da Cultura.
Eduardo Barata, presidente da Associação de Produtores de Teatro do Rio
Esta extinção significa um enorme retrocesso no desenvolvimento econômico e social na história contemporânea do Brasil. No ano em que o MinC completa 30 anos de existência, recebemos a notícia da fusão das pastas de Educação e Cultura com muita apreensão e perplexidade. Cultura e Educação são hastes de sustentação de uma nação, porém com dimensões de políticas públicas completamente distintas em sua essência. Cultura é um símbolo da humanidade e um dos principais legados da civilização. A Cultura não pode e não merece ser tratada como uma mera lógica numérica de barganha política. O ministério da Cultura é uma conquista da nação brasileira.
Paulo André Moraes, produtor cultural e criador do festival Abril Pro Rock
Um país com o potencial turistico cultural inexplorado como o Brasil, ter o MinC fundido com o da Educação é deprimente. Só reforça o quanto a cultura não é prioridade por aqui, antes fosse por um projeto estruturador de levar a cultura, a lei da música pras salas de aulas, mas infelizmente, é por cortes e absolura falta de entendimento político do nosso potencial global. Eu que já passei por quase 500 cidades, em 26 países do mundo, 90% delas em turnê com artistas brasileiros, vejo com um grande retrocesso, às vesperas das Olimpíadas, uma grande vitrine mundial, e nós engessados por aqui.
“Incompreensão”, “estupidez”.
Enquanto internautas se mobilizam em um abaixo-assinado contra a decisão do presidente Michel Temer, que extinguiu o Ministério da Cultura (MinC) e incorporou a área à Educação — criando o Ministério da Educação e Cultura —, a classe artística reage com indignação.
Veja a repercussão :
Rudifran Pompeu, presidente da Cooperativa Paulista de Teatro
Essa junção é muito ruim para a Cultura. É um retrocesso. O Minc representa um espaço de disputa do pensamento simbólico, pois é nessa instância que se coloca o debate sobre as dimensões das artes, é o espaço construído para construção da cidadania e da preservação da cultura em seus aspectos mais complexos. Então, nos colocar dentro da pauta da educação é apagar o protagonismo que estamos tentando construir há anos. Não é possível que se pense que cortar um ministério como esse vai mudar alguma coisa na economia ou na saúde financeira do país. Vamos reagir contra essa decisão certamente. A cultura precisa ser vista pelo setor político do país como algo tão importante quanto a saúde e a educação. Sou completamente contra essa junção.
Augusto de Campos, poeta, tradutor e ensaísta
Considero altamente nociva a subsunção do atual Ministério da Cultura ao da Educação. É puro retrocesso. Mas não esperava outra coisa de um governo em que não reconheço legitimidade, resultante de um impeachment sem fundamento jurídico, e orientado por mentalidades conservadoras e retrógradas.
Aderbal Freire-Filho, diretor de teatro, autor e ator
O fim do MinC representa uma ponte para o passado. O MinC nasce com a redemocratização e agora acaba pela chegada de um governo ilegítimo. Como o Ministério da Educação, que atende a um universo enorme imenso (Enem, Prouni, entre tantos outros programas),ainda poderia incorporar as demandas da rica e variada cultura brasileira? Só tem um jeito: desprezando-a, sem dar a ela seu espaço e importância. O que não espanta. O que emerge agora é o o Brasil inculto, que despreza a sua arte. Mas a força atual da cultura brasileira vai reagir a esse ato obscurantista.
Amir Haddad, diretor de teatro
Eu não posso acreditar que estamos vivendo tudo isso. Os últimos anos da minha vida, que eu lutei e trabalhei para que fossem de luz, mergulham agora na penumbra ou na escuridão completa. Como é pensar em extinguir um ministério voltado para a Cultura?
Domingos Oliveira, diretor de teatro, dramaturgo e cineasta
Para se viver em paz na sociedade é preciso saber que as pessoas são burras, muito burras. Quem não dá importância à cultura, que é a coleção do acervo pessoal da humanidade, sendo também o registro da sua brava passagem pelo planeta maravilhoso que logo se destruirá, é antes de tudo burro. Parece que não há limites para a grosseria e a estupidez dos nossos mandatários. Sua falta de espiritualidade, capaz de desvalorizar a cultura e a arte, que são nossas únicas chances de salvação nesse naufrágio agônico chamado Brasil, mostra apenas a velocidade de sua corrida em direção ao abismo.
Cacá Diegues, cineasta
Acho o fim do MinC um retrocesso histórico, uma incompreensão do que seja educação e cultura, de que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Simplificando, a educação prepara as pessoas para o mundo real, enquanto a cultura estimula a inventar outros mundos. Botar as duas coisas juntas, como se fossem uma coisa só, é um retrocesso acadêmico, uma incompreensão do mundo moderno e do futuro. Um retrocesso.
Wagner Moura, ator
Já era de se esperar. Tem havido um movimento desonesto de convencimento público da desimportância da cultura e da criminalização dos artistas que fazem uso da Lei Rouanet (que contraditoriamente é uma lei de viés neoliberal que estava sendo revista pelo Minc). A ideia de que o MinC e as leis de incentivo à Cultura não passam de uma maneira do governo sustentar artista vagabundo e comprar seu apoio político ganhou extraordinária e surpreendente aceitação popular. E como nos momentos de crise a cultura é a primeira que roda, o fim do MinC, sob a ótica do Estado enxuto e sob o entendimento popular de que artistas não passam de vagabundos que mamam nas tetas do Estado, infelizmente, não é uma surpresa. E a tendência é piorar.
Carlos Vergara, artista visual
A Cultura é uma coisa específica, e tem que ser tratada assim. Transformar a Cultura em uma Secretaria do Ministério da Educação é andar para trás cem anos. Diminuir o número de funcionários, perfeito. Mas isso não pode significar tirar a ênfase nas áreas específicas. Cultura e educação são coisas diferentes. Uma é para ensinar. Outra para engrandecer.
José de Abreu, ator
Solicitei ao governo francês um visto. Me deram um especial de residência chamado Competência e Talento com direito a trabalhar lá. Talvez por isso a Cultura na França movimente sete vezes mais dinheiro que a indústria automobilística.
Wolf Maya, diretor de TV e teatro
Sinto que o nosso MinC que já ultrapassou a maior idade e que sempre teve uma representatividade importante no processo cultural brasileiro, nosso Ministério que representa e orgulha os criadores de cultura, possa voltar a ser uma Secretaria do MEC. Como tantas Secretarias Estaduais que foram perdendo a importância. É terrível!
Maria Adelaide Amaral, dramaturga
Considero um retrocesso. Sou favorável à redução de ministérios, mas a Educação já tem problemas demais para um ministro concentrar também a pasta da Cultura. O mais provável é que ela, a Cultura, seja negligenciada.
Fernando Meirelles, cineasta
Todo mundo acha que o Brasil precisa diminuir o número de ministérios mas ninguém quer perder o “seu” ministério. Na cultura deve acontecer o mesmo. Imagino que meus colegas tenderão a não gostar da idéia. Não sei qual seria o plano e o que isso pode gerar de perdas para a produção cultural, mas me ocorre que para a educação, estar mais ligada a cultura pode ser interessante e ha maiores chances disso acontecer se houver uma cabeça pensando ambas as áreas. Talvez nem seja tão bom para os produtores culturais mas se for bom para a educação, se alunos tiverem mais acesso a cultura, já estaria valendo. Vamos ver o que vem.
Sergio de Carvalho, diretor teatral e pesquisador
A extinção do Ministério é a confirmação simbólica do próprio golpe: uma manipulação da letra da constituição para reforçar o mando do capital sobre a vida dos que trabalham. Signfica a imposição de critérios econômicos, lógica do evento, eficácia de fluxo financeiros, anulação da história, e combate policial ao direito a imaginar um mundo além da forma-mercadoria.
Rogério Flausino, cantor
As pessoas acham que o que está sempre em voga no MinC são artistas batalhando por seus direitos. Mas o ministério tem um papel maior. O patrimônio histórico, por exemplo. As pessoas não se dão conta disso.
Baby do Brasil, cantora
Parece que eles não sabem o que significa cultura. Acho que se juntássemos uma turma para ir a Brasília, falássemos com os sindicatos...
Zeca Pagodinho, cantor e compositor
A Cultura que já não era tão valorizada, vai perder ainda mais força sem ter um ministério. E Cultura é uma das coisas mais importantes para um país.
Walcyr Carrasco, autor
Eu acho que o Ministério da Cultura não deveria perder sua autonomia. A Educação é importantíssima, e o MEC deve ter todos os seus esforços dirigidos para a educação, pois trata-se de uma grande lacuna no país. Mas é preciso também um projeto cultural, que estimule a expressão artística regional, inclusive. E para isso é preciso um Ministério da Cultura.
Eduardo Barata, presidente da Associação de Produtores de Teatro do Rio
Esta extinção significa um enorme retrocesso no desenvolvimento econômico e social na história contemporânea do Brasil. No ano em que o MinC completa 30 anos de existência, recebemos a notícia da fusão das pastas de Educação e Cultura com muita apreensão e perplexidade. Cultura e Educação são hastes de sustentação de uma nação, porém com dimensões de políticas públicas completamente distintas em sua essência. Cultura é um símbolo da humanidade e um dos principais legados da civilização. A Cultura não pode e não merece ser tratada como uma mera lógica numérica de barganha política. O ministério da Cultura é uma conquista da nação brasileira.
Paulo André Moraes, produtor cultural e criador do festival Abril Pro Rock
Um país com o potencial turistico cultural inexplorado como o Brasil, ter o MinC fundido com o da Educação é deprimente. Só reforça o quanto a cultura não é prioridade por aqui, antes fosse por um projeto estruturador de levar a cultura, a lei da música pras salas de aulas, mas infelizmente, é por cortes e absolura falta de entendimento político do nosso potencial global. Eu que já passei por quase 500 cidades, em 26 países do mundo, 90% delas em turnê com artistas brasileiros, vejo com um grande retrocesso, às vesperas das Olimpíadas, uma grande vitrine mundial, e nós engessados por aqui.
- E.R
- Membro
- Mensagens: 103923
- Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
- Programa CH: Chaves
- Time de Futebol: Flamengo
- Localização: Rio de Janeiro
- Curtiu: 4914 vezes
- Curtiram: 1900 vezes
Re: TEATRO
http://tvefamosos.uol.com.br/noticias/r ... enegro.htm
A atriz Fernanda Montenegro, a mais premiada atriz do Brasil, tendo já inclusive sendo indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro, e tendo conquistado diversos prêmios por sua brilhante carreira no teatro, cinema e na televisão, criticou a recente extinção do Ministério da Cultura, fundido com o Ministério da Educação pelo governo interino de Michel Temer, horas antes de Marcelo Calero ter sido anunciado novo secretário de Cultura. Para a atriz, Michel Temer vai pagar um preço alto pela decisão.
"Isso é uma tragédia, e o presidente interino vai pagar um preço alto por essa pouca visão. É um ministério de orçamento miserável, mas a cultura é a base de um país", afirmou Fernanda Montenegro nos bastidores de gravação de "Mister Brau", da Globo, nesta quarta-feira (18).
A atriz afirmou que está na luta pela retomada do MinC e contrário a atitude de Temer. "Esse congresso aí, de todos os governos, pode achar que é bobagem, é frescura, coisa de 'viados', de alienados. Enquanto esse governo interino do Temer existir na atual conjuntura, vai passar por um protesto violento. E eu estou nesse protesto".
A atriz Fernanda Montenegro, a mais premiada atriz do Brasil, tendo já inclusive sendo indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro, e tendo conquistado diversos prêmios por sua brilhante carreira no teatro, cinema e na televisão, criticou a recente extinção do Ministério da Cultura, fundido com o Ministério da Educação pelo governo interino de Michel Temer, horas antes de Marcelo Calero ter sido anunciado novo secretário de Cultura. Para a atriz, Michel Temer vai pagar um preço alto pela decisão.
"Isso é uma tragédia, e o presidente interino vai pagar um preço alto por essa pouca visão. É um ministério de orçamento miserável, mas a cultura é a base de um país", afirmou Fernanda Montenegro nos bastidores de gravação de "Mister Brau", da Globo, nesta quarta-feira (18).
A atriz afirmou que está na luta pela retomada do MinC e contrário a atitude de Temer. "Esse congresso aí, de todos os governos, pode achar que é bobagem, é frescura, coisa de 'viados', de alienados. Enquanto esse governo interino do Temer existir na atual conjuntura, vai passar por um protesto violento. E eu estou nesse protesto".
- E.R
- Membro
- Mensagens: 103923
- Registrado em: 01 Fev 2009, 19:39
- Programa CH: Chaves
- Time de Futebol: Flamengo
- Localização: Rio de Janeiro
- Curtiu: 4914 vezes
- Curtiram: 1900 vezes