Bebidas

O que vocês gostam de beber?

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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 30 Dez 2019, 23:25

https://valor.globo.com/empresas/notici ... olas.ghtml

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As vendas de vinhos, espumantes, sucos e outras bebidas à base de uvas devem encerrar o ano com crescimento de 4% a 5% em relação a 2018, atingindo entre 434 milhões e 438 milhões de litros, de acordo com a União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra).

Esse aumento será impulsionado por espumantes, que têm avanço de 7,5%, enquanto as vendas de vinhos ficaram estáveis.

O ritmo é menor em comparação a 2018, quando as vendas cresceram 15%.

Para 2020, a expectativa do setor é manter uma velocidade de crescimento parecida com 2019, podendo ter maior avanço nas vendas de produtos nacionais, devido ao aumento da safra.

Deunir Luis Argenta, presidente da Uvibra, disse que o clima está favorável para a produção de uvas. A safra está estimada em aproximadamente 700 mil toneladas, ante 614 mil neste ano. “As condições climáticas indicam que teremos uma safra perfeita”, disse.

Em 2019, o Ministério da Agricultura reajustou em 11,96% o preço mínimo da uva, de R$ 0,92 para R$ 1,03 o quilo. Esse aumento e também de outras matérias-primas, como vidro e rolha de cortiça, geraram pressão de custos para as vinícolas, que enfrentaram dificuldades para elevar preços sem perder consumidores. Para 2020, o reajuste no preço da uva é menor, de 4,9%, para R$ 1,08.

A dificuldade no repasse de custos se refletiu no preço médio das bebidas. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço das bebidas alcoólicas medido pelo IPCA-15 subiu 2,42% no ano.

“As vinícolas brasileiras têm sofrido muito com a concorrência de importados. Cerca de 90% dos importados chegam por preços entre US$ 2 e US$ 2,50 a garrafa. Não temos como produzir vinho no Brasil a esse preço, por causa da carga tributária”, disse.
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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 01 Jan 2020, 22:38

https://valor.globo.com/agronegocios/no ... mbro.ghtml

As exportações brasileiras de suco de laranja cresceram 54% nos cinco primeiros meses deste safra 2019/2020 (julho a novembro) em relação o mesmo período do ano passado, para 535,7 mil toneladas equivalentes ao produto concentrado e congelado (FCOJ) - o volume também inclui as vendas de suco pronto para beber (NFC).

De acordo com a Associação Nacional dos Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), a receita com os embarques alcançou US$ 921 milhões, alta de 39% na comparação.

“Com um volume grande de laranja para processar é natural que nesta época do ano haja movimentação de estoques do Brasil para os destinos finais, para ter o produto disponível para a venda e para liberar espaço nas unidades brasileiras”, explica, o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, em nota.

O Fundecitrus estimou a produção de laranja na temporada 2019/2020 em 385 milhões de caixas, uma das maiores dos últimos dez anos.
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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 02 Jan 2020, 22:58

https://internacional.estadao.com.br/no ... 0003141230

O Volstead Act, que proibiu o álcool nos Estados Unidos durante quase 14 anos, entrou em vigor em 1920.

Um século depois, é considerado uma prova de que proibir a bebida, quando ela já é popular, não é uma boa ideia.

A proibição nos Estados Unidos deu origem ao crime organizado, quando gangues mafiosas enriqueceram com o contrabando de álcool.

A aplicação da proibição foi débil porque não tinha apoio popular. Segundo uma estimativa, havia pelo menos 20 mil bares ilegais na cidade de Nova York durante o período em que a lei vigorou.

Quando a polícia em Denver deu uma batida em um bar, ali encontrou parlamentares locais, o prefeito e o xerife bebendo.

Mas o veto ainda anda por aí e não só no mundo muçulmano. Nos Estados Unidos existem quase 500 condados predominantemente evangélicos, incluindo o de Lynchburg, no Tennessee, cidade natal do uísque Jack Daniels (os que visitam a destilaria podem levar para casa uma garrafa “comemorativa” da bebida).

Mesmo assim, em muitos lugares os governos apenas tentam dissuadir as pessoas de beber aplicando impostos mais altos para as bebidas alcoólicas e restringindo sua venda e publicidade. Essas medidas funcionam. Mas hoje o consumo de bebida alcoólica vem caindo por uma razão distinta : uma mudança nas normas sociais entre os jovens vem delineando um novo futuro para o álcool.

Em quase todos os países ocidentais, os jovens começam a beber mais tarde do que estavam habituados. A razão, em parte, é que eles se socializam muito mais online do que pessoalmente. Uma família estruturada também tem um papel nessa tendência. A julgar pelos padrões históricos, o fato de começar a beber mais tarde indica que os jovens de hoje serão uma geração que vai beber menos álcool.

Para eles, a moderação faz parte de um estilo de vida mais saudável e esta parece ser uma tendência dominante, não um mero capricho.

Os principais clientes do setor de bebidas alcoólicas atualmente são os adultos de meia idade e mais velhos. Em alguns países ricos, eles bebem mais do que as gerações anteriores na sua idade.

O álcool é carcinogênico mesmo em pequenas quantidades, mas muitas pessoas não sabem. Assim, o uso de advertências como as colocadas nos maços de cigarros nos rótulos das garrafas vem sendo debatido pelos especialistas em saúde pública.

No momento, apenas a Coreia do Sul tem um alerta compulsório para câncer nas garrafas de bebidas. A Irlanda aprovou uma lei em 2018 para introduzir tais avisos, mas ainda não foi aplicada.

As grandes companhias de bebidas estão expandindo suas ofertas com baixo ou nenhum teor alcoólico, e isso se aplica a cerveja, vinho e licores. A inovação nesse campo hoje está florescendo.

Quase 50% das marcas da Heineken, por exemplo, têm uma versão sem álcool.

Em muitos países ocidentais essas alternativas ainda são novidade, mas as vendas vêm crescendo rapidamente. Na Alemanha e na Holanda, países que adotaram logo no início a prática, as cervejas sem álcool constituem 10% das vendas da bebida.

Ao mesmo tempo, a indústria do álcool vem seguindo na esteira do setor de tabaco e buscando novos clientes em outros lugares. Os dez mercados que mais crescem para as bebidas alcoólicas são todos de economias emergentes, especialmente na África e na Ásia (a China não está entre eles e as vendas de álcool no país vêm caindo).

Em uma ou duas gerações, beber, nos países ricos, vai parecer algo fora de moda. Até então, o álcool permanecerá um dos mais dispendiosos problemas de saúde pública e de produtividade. Estimativas oficiais indicam que o álcool tira entre 1,3% e 2,7% do PIB do Reino Unido. Nos países pobres, o dano por litro causado pelo álcool é maior – como também é maior entre os pobres do que entre os ricos nos países ocidentais.

Medidas do lado da oferta para reduzir o consumo do álcool, como impostos mais salgados, enfrentam uma batalha dura nos legislativos e nos tribunais em todo o mundo, porque os grupos contrários ao álcool não são páreo para as legiões de lobistas da indústria de bebidas.

O que é quase uma reviravolta : a proibição nos Estados Unidos surgiu porque a Anti-Saloon League, que a promoveu, era um dos grupos de lobby mais poderosos dos Estados Unidos, respaldada por muitos dos homens mais ricos do país, incluindo John Rockefeller, Henry Ford e Andrew Carnegie.

Hoje restringir o álcool é uma causa problemática para filantropos apoiarem porque a bebida está enraizada na vida social dos ricos. Mas seus filhos e netos poderão se mostrar mais entusiasmados com um mundo com muito menos álcool.
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Re: Bebidas

Mensagem por Victor235 » 02 Jan 2020, 23:34

Se isso acontecer, vai atrapalhar os compositores sertanejos :vamp:
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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 03 Jan 2020, 03:01

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... asil.shtml

Olivais, vinhas, fruticultura e gado passaram a ser mais constantes nos campos de Portugal nos últimos anos.

E isso foi possível graças à construção do Algarve, o maior lago artificial da União Europeia.

Água para a irrigação fez os portugueses deixarem de lado as tradicionais culturas de grãos, mais sujeitas às condições climáticas, e adotar outras mais rentáveis.

No início dos anos 1990, Portugal tinha 950 mil hectares com o cultivo de cereais de inverno. Neste ano, são 121 mil.

Foi o que fez a família de Sofia Noronha Lopes na centenária fazenda Comenda Grande, localizada no Alentejo. Eles deixaram os cereais para trás há uma década e fizeram da fazenda uma área tão diversificada que vai da criação de galinhas e da produção de vinho ao enoturismo.

“Os preços dos cereais caíram, a produção tornou-se antieconômica e tivemos de fazer a reconversão”, diz Sofia.

A mudança trouxe investidores estrangeiros, e o preço da terra em Portugal triplicou nas últimas duas décadas. Os investidores chegaram do Brasil, dos Estados Unidos, da China e de países da própria Europa.

O resultado foi que a produção aumentou, e os portugueses buscam agora ampliar seus negócios no mercado externo. O Brasil é visto como uma região de grande potencial para eles.

Os portugueses, que já têm os brasileiros como o principal mercado para o seu azeite, querem agora desbancar os chilenos e se tornar também os maiores exportadores de vinho para o Brasil.

Em 2018, os chilenos exportaram 51 milhões de litros de vinho e de espumantes para o Brasil. Os portugueses, vem em segundo lugar, 18 milhões.

Nem todos acreditam nessa possibilidade, mas Vitor Nunes, gerente de exportação da Cartuxa, da Fundação Eugênio de Almeida, prevê essa liderança em até dez anos.

A empresa, que produz 7 milhões de garrafas por safra e deverá atingir 8 milhões em 2022, coloca 35% de seu produto exportado no Brasil.

Atualmente a competição dos produtores europeus com os chilenos é muito difícil, devido à carga tributária. Mas o acordo União Europeia com o Mercosul vai abrir mais as portas para Portugal, afirma.

“No futuro a definição do vinho vai ser pela qualidade, e não pelo preço. O valor médio vai aumentar.”

Alexandre Relvas, enólogo da Casa Relvas, acredita no potencial do mercado brasileiro, mas acha difícil uma liderança de Portugal. O acordo comercial entre os dois blocos e a unificação de impostos, porém, dariam maior competitividade ao vinho português.

“O brasileiro gosta de um vinho fácil, e aí está a vantagem do Alentejo. Temos um vinho frutado e sem taninos fortes.”

O Brasil é um dos países onde melhor se trata o vinho. Esse cuidado vai do transporte e armazenagem à temperatura.

Além disso, a presença de profissionais com conhecimento em vinho nos restaurantes ajuda a aumentar o consumo.

Para Daniel Franco, da Casa Santa Vitória, é preciso foco na qualidade. O Brasil tem um potencial grande, mas também tem um consumidor exigente.

As vinícolas do Alentejo têm duas marcas que devem estar presentes no produto da região : qualidade e sustentabilidade.

A CVRA (Comissão Vitivinícola Regional Alentejana) criou um plano de sustentabilidade para garantir produção ecológica, competitividade e sustentabilidade, preocupações que ainda é mais presente entre consumidores europeus.

“O negócio do vinho é difícil, mas o Alentejo criou um mercado muito forte”, segundo Pedro Schmidt, diretor de produção da Herdade Paço do Conde.

Para ele, o Alentejo começou a ter maiores cuidados com o produto a partir de 1990. Foi difícil construir essa marca, mas é preciso muito cuidado para não perdê-la. De todo o vinho certificado consumido em Portugal, 43% é produzido no Alentejo.

Rui Veladas, enólogo da Carmin (Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz), afirma que uma das características dos vinhos da região é um sabor mais leve.

Para Rui Veladas, a cooperativa investe no Brasil porque é um mercado que tem muito a crescer.

Para a enóloga Maria Clara Roque do Vale, da vinícola Monte Capela, os muitos tipos de solos e de castas de uvas permitem à região do Alentejo uma diferenciação, que será a exigência do vinho no futuro.

Essa diferenciação pode ser conseguida até no manejo das culturas. Na Herdade do Mouchão, a colheita começa às 4h30 para manter o frescor das uvas.

Os vinhos são produzidos com técnicas tradicionais implantadas em 1901, inclusive com a tradicional pisa da uva e prensa manual.

Com uma produção de 670 milhões de litros, Portugal é o 11º no ranking dos maiores produtores mundiais de vinho, segundo a OIV (organização internacional do setor).
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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 05 Jan 2020, 03:22

https://veja.abril.com.br/blog/radar/gu ... e-de-onyx/

Depois da negativa de Paulo Guedes aos subsídios fiscais bilionários para fabricantes de xarope de refrigerante, as multinacionais direcionaram a pressão para a Casa Civil de Onyx Lorenzoni.

Esperam que ele dobre o presidente.
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Re: Bebidas

Mensagem por Rondamon » 05 Jan 2020, 11:01

Lendo essa última frase não tem como não lembrar do “já dobrei o barrigudo” :lol:
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Victor235
Há 11 anos no Fórum Chaves! :vitoria:

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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 05 Jan 2020, 23:36

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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 07 Jan 2020, 23:37

https://www1.folha.uol.com.br/mpme/2020 ... ados.shtml

Cafeicultores da região do Cerrado Mineiro, no noroeste do estado, estão expandindo o cultivo de grãos especiais e apostando em um certificado de origem para valorizar sua produção e conquistar novos mercados.

Para ser chamado de especial, o café deve ser livre de impurezas e seguir parâmetros de aroma e sabor (ter acidez equilibrada, por exemplo), entre outras exigências, de acordo com a Associação Brasileira de Cafés Especiais.

O investimento nesse cultivo atende a uma demanda crescente.

Segundo estimativa da entidade, o consumo nacional de cafés especiais aumentou 15% entre 2018 e 2019, chegando a 72 mil toneladas.

Na fazenda Semente, no município de Patrocínio, a duas horas de Uberlândia, o plantio desses cafés começou há dois anos. Na última colheita, os grãos especiais representaram cerca de 10% da produção.

Virgínia Siqueira, 50, dona da propriedade, diz que o café especial ajuda a abrir mercados, mas requer mais cuidados que o produto comum, da lavoura à armazenagem.

Para conseguir cafés de nível superior, muitas vezes é preciso fazer a colheita manual, na qual são selecionados com maior precisão os grãos maduros, que vão proporcionar doçura à bebida.

A família da agricultora atua no Cerrado Mineiro desde os anos 1970, quando a cafeicultura se iniciou por ali, segundo a Federação dos Cafeicultores do Cerrado. “Naquela época, ninguém acreditava que era possível produzir um produto de qualidade na região”, afirma.

Mas avanços foram conseguidos com a adição de calcário para corrigir o solo ácido e com o desenvolvimento de sistemas de irrigação, entre outros processos.

Cerca de 40 anos depois do início do plantio, a área — que compreende 55 municípios, entre eles Patrocínio — conquistou a denominação de origem Região do Cerrado Mineiro, a primeira voltada a cafés no país.

Regulamentado pelo Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), o título indica que os grãos produzidos ali têm características exclusivas, relacionadas àquela localidade e ao conhecimento dos seus produtores.

Para obter a denominação, o cafeicultor precisa cumprir uma série de exigências. Por exemplo: plantar grãos da espécie arábica e produzir um café com no mínimo 80 pontos na escala que vai de zero a cem da SCA (Specialty Coffee Association).

A classificação considera diferentes critérios, como aroma, sabor, acidez e maturação dos grãos.

O café especial, com selo denominação de origem, é usado pelo cafeicultor para mostrar a qualidade da sua produção. Mas é comum que ocupe só uma parte da lavoura, em razão do maior rigor exigido, diz o engenheiro agrônomo Juliano Tarabal, superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado.

Também de Patrocínio, o cafeicultor Alan Michel Batista, 21, estima que 20% dos 13 hectares de sua fazenda sejam dedicados a grãos com selo de denominação de origem.

Ele decidiu cultivar cafés especiais há dois anos, para renovar a produção familiar, que começou com seu avô.

“Investimos aos poucos porque ainda é um mercado em fase inicial. Mas, com os resultados, já deu para aumentar a produção”, diz ele, que trabalha ao lado da mãe, Geralda Francisca Batista, 51.

O agricultor recebe, em média, R$ 480 pela saca (60 quilos) de café comum. A de especial pode chegar ao triplo desse valor.

Para aprimorar a produção, ele construiu um terreiro suspenso, no qual os grãos ficam em uma espécie de cama elevada feita com telas, que proporciona uma secagem mais lenta e homogênea.

O processo difere do método mais comum, chamado de terreiro, feito no chão de um pátio. O investimento de R$ 7.000 na estrutura foi pago em cerca de um ano.

No fim de 2018, Alan lançou a Alado, sua marca própria de café, como forma de se aproximar de cafeterias e se destacar no setor — a maioria dos cafeicultores comercializa somente o grão verde.

A ideia de estreitar o contato com o consumidor final também é compartilhada por Gabriel Nunes, 30, da Nunes Coffee. Para ele, hoje há um interesse maior em relação ao café, em um movimento parecido com o que já aconteceu com vinhos e queijos.

Formado em agronomia, Gabriel deu novos ares à produção da fazenda, fundada em 1984 por seu pai, Osmar Pereira Nunes Júnior, 54, com quem divide a liderança do negócio.

O agrônomo introduziu um trabalho de mapeamento de variedades (são 32 em teste e 15 usadas comercialmente) e montou um laboratório para fazer controle biológico de pragas e doenças, reduzindo em 30% o uso de defensivos.

Desde 2014, ele também faz a fermentação do café, técnica que vem fazendo sucesso entre baristas. Nela, os grãos são colocados para fermentar em tanques, em um processo que reúne diferentes variáveis —entre elas, o grau de amadurecimento do grão, o tipo de variedade usada e o cálculo do tempo de fermentação.

O resultado são bebidas com um perfil frutado difícil de conseguir no processo convencional, explica Garam Um, dono da Um Coffee Co, cafeteria que tem quatro unidades em São Paulo.

Com um de seus cafés fermentados, Gabriel participou, em 2017, de um concurso com cafés brasileiros seguido de um leilão da Cup of Excellence, composto por um júri internacional. Ele faturou R$ 55 mil por cada saca —o que ajudou a renovar a estrutura da fazenda.

Muitos cafeicultores da região começaram a reservar uma parte da produção de café especial para ser enviado a concursos. “Ficar entre os finalistas ajuda a potencializar o negócio”, afirma Alan.

Para ele, o mercado de cafés especiais é um caminho para rentabilizar toda a produção.

“Como somos pequenos produtores, fazer essa transição é essencial porque nos ajuda a melhorar o retorno financeiro”, diz.
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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 08 Jan 2020, 16:56

https://geekpublicitario.com.br/43430/n ... seificado/

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A Nescafé decidiu lançar uma edição especial limitada e inédita : o Nescafé Fresh.

O novo lançamento da marca, Nescafé Fresh, traz uma infusão de café gelado com sabores levemente gaseificado, disponível nas versões frutas cítricas com tônica e limão siciliano.

O produto está disponível apenas na flagship KitKat Chocolatory – localizado no shopping Morumbi, em São Paulo.

O valor é de R$ 8,50.
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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 09 Jan 2020, 17:45

https://geekpublicitario.com.br/43386/n ... chantilly/

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O McDonald’s segue com uma série de reestruturações em seu portfolio de produtos.

Os já conhecidos McShakes vão trazer chantilly em sua composição.

A novidade foi obtida com exclusividade pelo Geek Publicitário.

De acordo com o McDonald’s, o chantilly deve deixar o McShake ainda “mais cremoso e gostoso do que nunca".

Além da adição do chantilly, alguns ingredientes mudaram.

O que mais apresentou mudanças foi o queridinho de Ovomaltine, que abandona a calda de chocolate e acrescenta polvilho de 3g de Ovomaltine sobre o chantilly.

As novidades devem chegar aos restaurantes do McDonald’s espalhados por todo o Brasil a partir do próximo dia 15 de janeiro de 2020 custando R$ 11,90.
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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 10 Jan 2020, 18:29

https://valor.globo.com/impresso/notici ... o-am.ghtml

O incentivo à indústria de refrigerantes na Zona Franca de Manaus será reduzido.

Decreto do governo Michel Temer cortou de 20% para 4% do IPI os créditos tributários concedidos aos fabricantes.

Em meio às negociações da reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro elevou esses créditos a 10% até 31 de dezembro de 2019.

Contrário ao subsídio, o ministro Paulo Guedes convenceu o presidente a não prorrogar o incentivo.
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Re: Bebidas

Mensagem por E.R » 11 Jan 2020, 03:02

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... igem.shtml

De remédio caseiro misturado com quinino para a peste negra, no século 11, para os balcões de coquetelarias e copos de plásticos carregados de gelo, limão ou pepino em bares, o gim se consolidou como bebida brasileira nos últimos anos e destronou a vodca no quesito popularidade.

O Brasil seguiu um fluxo tardio da bebida à base de zimbro, que voltou ao radar da coquetelaria na Espanha em meados dos anos 2000. Por lá, pequenas produções artesanais do destilado começaram a proliferar, e sua versatilidade para coquetéis fez sucesso no calor europeu.

“Eles começaram a usar a base de gim clássica com botânicos locais”, diz Alexandre Mazza, sócio da Amázzoni, uma das primeiras destilarias de gim artesanal brasileiro.

Segundo o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), 2017 foi o ápice de destilarias autorizadas para produção da bebida, incluindo alambiques que produziam outros destilados.

Ao todo, foram 23 autorizações expedidas pelo ministério. Já em 2018, o número caiu para 13. Hoje, são 70 destilarias em funcionamento, sendo o estado de São Paulo o maior produtor do país.

A composição básica do gim é álcool neutro e zimbro — adicionar outros botânicos como coentro, louro ou até maxixe fica por conta de quem faz a receita.

O uso de álcool neutro na fórmula facilita a produção da bebida, e muitas cachaçarias investiram na produção para aumentar a renda. Em dezembro, a marca de vinhos Salton lançou sua versão.

“O brasileiro começou a viajar mais, dando início a esse boom de gim-tônica. É até mais fácil de fazer do que uma caipirinha, é refrescante, e aqui é calor quase o ano inteiro”, diz Mazza.

“O gim sempre esteve aí, mas há anos as garrafas apodreciam na prateleira. O público gosta de descobrir coisa nova, houve refinamento no paladar, e também temos hoje a ideia de ‘influenciar’, compartilhar aquilo que está consumindo”, diz Tony Harion, embaixador da marca Bacardi no Brasil.

Na esteira do maior poder de consumo, o gosto do brasileiro mudou. Os anos 1990 foram marcados pelas batidas com leite condensado e pouca oferta de bebidas importadas. Já em 2000 chegaram os clássicos como martíni e drinques que tinham como base a vodca, diz.

A partir de 2005, bares e coquetelarias começaram a pipocar em cidades como São Paulo e Rio. “O que houve foi um gosto pelo premium, unido a curiosidade de bartenders que queriam fazer drinques com mais qualidade e empreendedores interessados no setor”, diz. “E é claro que existe um recorte social aqui.”

A Amázzoni, que tem como fundadores o italiano Arturo Isola e Mazza, foi uma das primeiras destilarias que apostaram na produção apenas de gim. “Começamos a produzir em 2015 e só lançamos em 2017. Nossa ideia era vender 3.000 garrafas no primeiro ano e acabamos vendendo 50 mil”, diz Isola. A receita da marca conquistou o prêmio de melhor gim artesanal em 2018 no World Gin Awards, uma espécie de Oscar do destilado.

Os impostos estaduais, como o ICMS, são uma barreira para que produtores consigam colocar suas garrafas em prateleiras de outros estados.

“Poucos produtores conseguem sair dos estados devido aos impostos, o que acaba fazendo do gim brasileiro algo de consumo local, bem semelhante ao que aconteceu com as cervejas artesanais. Existe o gim de Curitiba, o de Belo Horizonte, e eles não conseguem sair de lá”, diz. Hoje, a destilaria consegue mandar o produto para três estados.

Cada estado é responsável por delimitar o valor do imposto, que é o resultado do preço do produto multiplicado pela alíquota do estado de origem. No caso de bebidas e cigarros, a taxa pode ser superior comparada a outros produtos, o que pode deixar o produto até 70% mais caro dependendo do estado.

“No Brasil temos um preço que compete com os industriais importados. Mas, na Europa, nosso gim custa € 37 (R$ 170), assim como os artesanais de lá. Aqui é o inverso em razão de posicionamento da marca, senão ninguém compraria”, diz. O preço do gim industrial importado no país parte de R$ 100. Já o Amázzoni custa R$ 120.

Acompanhando o ritmo de crescimento do gim, a cachaça mira o mercado nacional e internacional, tentando tirar o estigma de bebida de boteco rumo à premiunização.

“O brasileiro sempre consumiu muita cachaça em versão ‘standard’, mais barata. O que vemos agora é o aumento de cachaças com maior valor agregado”, diz Felipe Jannuzzi, criador do Mapa da Cachaça e produtor do gim Virga.

Para o especialista, isso se deve a um investimento maior das marcas na produção da bebida e ao cuidado com o produto final. “As marcas estão investindo mais em qualidade e marketing, com um rótulo bonito e uma identidade”, diz.

É caso da 51, uma das cachaças mais populares. Mirando o mercado premium, a marca apostou em rótulos envelhecidos, e em 2017 e 2018 ganhou prêmios do Instituto Internacional de Sabor e Qualidade (iTQi), de Bruxelas.
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Jezebel do Canto e Mello
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Re: Bebidas

Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 11 Jan 2020, 05:16

Gim é fabuloso, eu amo fazer e tomar gim tônica, toda vez que eu tomo me sinto uma patricinha de Beverly Hills ou a Marília Pera em Pé na Cova
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Victor235
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Re: Bebidas

Mensagem por Victor235 » 11 Jan 2020, 22:32

Que palavra feia essa "premiunização" :P

Mas não entendi muito bem a parte do posicionamento de marca. Não seria para o gim brasileiro custar menos que os importados aqui no Brasil?
"Se aproveitaram da minha astúcia" - VELOSO, Caetano

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