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A Coca-Cola está reestruturando suas operações para se adequar às “rápidas mudanças” do mercado de bebidas.
A gigante americana anunciou que deve cortar aproximadamente 4.000 postos de trabalho nos Estados Unidos, Canadá e Porto Rico, o que pode se estender para outros países globalmente.
Segundo comunicado da companhia, um programa de demissões voluntárias deve ajudar a reduzir o número de dispensas.
Espera-se que os programas globais de demissão incorram em despesas que variam de 350 milhões a 550 milhões de dólares.
“As mudanças estruturais da empresa resultarão na realocação de algumas pessoas e recursos, o que incluirá reduções voluntárias e involuntárias de funcionários. A companhia está trabalhando nesta próxima etapa e compartilhará mais informações no futuro”, disse a Coca-Cola em comunicado.
James Quincey, presidente da companhia, disse que as mudanças no modelo operacional visam priorizar “um portfólio de marcas fortes e uma estrutura de inovação disciplinada”. “À medida que implementamos essas transformações, daremos continuidade à evolução da organização, o que incluirá mudanças significativas na estrutura de nossa força de trabalho.”
A gigante global de bebidas e alimentos vem passando por inúmeros desafios diante da mudança de hábitos do consumidor, que tem buscado cada vez mais uma alimentação com apelo saudável.
Embora ainda líder do setor, com dezenas de aquisições nos últimos anos para ampliar o portfólio, a Coca-Cola vem tentando se readequar aos novos tempos.
Um exemplo disso é a aquisição, em 2017, da marca Verde Campo, de Minas Gerais, líder na categoria de alimentos e bebidas sem lactose.
A Coca-Cola também vem apostando em produtos com apelo de saudabilidade, como o refrigerante feito à base de água e frutas, sem conservantes, o Yas.
Conforme comunicado, inovação e eficiência de marketing são as prioridades da empresa. “A Coca-Cola está conduzindo um processo de racionalização de portfólio, que levará a um portfólio personalizado de marcas globais, regionais e locais com potencial de maior crescimento.” Uma das áreas será a de “categorias emergentes”.
A reportagem da EXAME aguarda posicionamento da companhia sobre a situação do Brasil.
No segundo trimestre, a companhia registrou queda da receita de 28% na comparação anual, para 7,15 bilhões de dólares.
O lucro líquido de alcançou 1,779 bilhão de dólares no período, recuo de 32% na mesma base de comparação.