Livros

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Re: Livros

Mensagem por E.R » 28 Out 2018, 09:27

A Amazon só é boa pra comprar livros, revistas ou encadernados. :joinha:

Porque tem outros produtos no site que eles levam semanas pra entregar.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 30 Out 2018, 08:16

O GLOBO

O ano de 2018 promete ser um dos mais difíceis para as livrarias do país.

Ontem, a Saraiva anunciou o fechamento de lojas.

De acordo com uma fonte, foram encerradas as operações de 12 unidades, como antecipou o colunista do GLOBO Lauro Jardim. A rede ficará com 84 filiais.

Em comunicado, a empresa, que não confirmou o número de lojas fechadas, disse que “as iniciativas refletem um esforço da companhia em obter rentabilidade e ganho de eficiência operacional, dentro de uma estrutura mais enxuta e dinâmica”.

Com a reestruturação, a Saraiva diz que “continua a investir em seu futuro e reforçará sua estratégia voltada para o digital”. A internet já responde por 38,4% das vendas da empresa.

—O mercado de livraria sofre com a concorrência digital. Os livros são produtos que se adaptam muito bem ao comércio via web, onde os custos são bem menores que os das lojas, principalmente em shoppings. Para completar, o brasileiro lê pouco, e o jovem de hoje, menos ainda — analisa Antônio Cesar Carvalho, sócio da consultoria Acomp e professor de gestão da FGV.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 31 Out 2018, 05:28

O GLOBO

A Companhia das Letras confirmou ontem que a americana Peguin Random House comprou mais uma fatia da editora brasileira e passará a ter o controle da empresa. O fundador da casa, Luiz Schwarcz, continua na presidência.

— Na prática, nada muda — disse Luiz Schwarcz, em entrevista ao GLOBO. — O que vai acontecer é uma unificação do departamento financeiro, para melhorar o fluxo de prestação de contas. Do ponto de vista de controle editorial, continua tudo da mesma forma que há seis anos.

O grupo Penguin iniciou sua investida sobre a Companhia das Letras em 2012, quando adquiriu 45% das ações da editora brasileira.

Agora, o grupo Penguin assumiu 70% do total da empresa.

—O cenário de crise em que estamos no momento seria ideal para eles adiarem mais uma vez (a opção de ampliar sua participação). No entanto, foi exatamente o contrário. Na avaliação deles, essa crise é passageira, e o mercado editorial local voltará a se desenvolver —diz o presidente da editora.

Luiz Schwarcz e sua mulher, Lilia, que tem cargo de direção na editora, passarão a ser sócios minoritários, com 30% da empresa.

A família Moreira Salles, que fazia parte da constituição acionária, sai da sociedade.

Pelo acordo, Schwarcz mantém o cargo de presidente por tempo indeterminado. Ele garante apostar na renovação, que já diz estar em curso na editora.

— Durante as negociações, disseram pra mim que, se eu quisesse ficar mais 20 anos, por eles não tinha problema — afirma ele.

Em comunicado, Markus Dohle, presidente da Penguin, escreveu : “Sou grato pela permanência do Luiz na liderança da Companhia, e estou confiante de que, alongo prazo, a situação macroeconômica brasileira vai melhorar ”.

Bernardo Gurbanov, presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL), diz que o negócio faz parte de um processo de concentração que vem acontecendo desde os anos 1980 :

— O mercado brasileiro é pequeno ainda, com poucos leitores e consumo baixo. O grupo Penguin é um dos cinco maiores do mundo. Tem condições de administrar uma situação como essa.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 03 Nov 2018, 02:20

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada ... eiro.shtml

O mercado editorial no Brasil nunca pareceu tão próximo de uma catástrofe — com as duas principais redes de livrarias do país, Saraiva e Cultura, em uma crise profunda, reduzindo o número de lojas e com dívidas que parecem sem fim.

Líder do mercado, a Saraiva, que já acumula atrasos de pagamentos a editores nos últimos anos, anunciou nesta semana o fechamento de 20 lojas. Em nota, a rede afirma que a medida tem a ver com “desafios econômicos e operacionais”, além de uma mudança na “dinâmica do varejo”.

Na semana anterior, a Livraria Cultura entrou em recuperação judicial — no pedido à Justiça, a rede afirma acumular prejuízos nos últimos quatro anos, ter custos que só crescem e vendas menores. Mesmo assim, diz a petição enviada ao juiz, não teria aumentado seus preços.

O enrosco da Cultura está explicado aí. Diante da crise, a empresa passou a pegar dinheiro emprestado com os bancos —o tamanho da dívida é de R$ 63 milhões, cerca de 25% de sua receita líquida.

Com os atrasos nos pagamentos das duas redes, editoras já promoveram uma série de demissões ao longo dos últimos dois anos.

O cenário de derrocada, contudo, parece estar em descompasso com os números de vendas. Desde o começo do ano, os dados compilados pela Nielsen, empresa de pesquisa de mercado, levantados a pedido do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, mostravam que o meio livreiro vinha dando sinais de melhoras pela primeira vez desde o início da recessão econômica que abala o país.

No acumulado deste ano, o mercado cresceu 5,7% em número de exemplares vendidos e 9,33% em faturamento. No primeiro semestre, o preço do livro aumentou em média 4,5% se comparado ao mesmo período do ano passado.

Simone Paulino, da Nós, editora independente de São Paulo, enxerga um descompasso entre as vendas em alta e a crise. Nas palavras dela, “um paradoxo assustador”.

“A editora nunca vendeu tanto na Cultura quanto nesses últimos seis meses”, diz. E é justamente nesse período que eles não têm sido pagos.

“O modelo de produção do livro é muito complicado. Você investe desde a compra do direito autoral ou tradução e vai investindo ao longo de todo o processo. Na hora que você deveria receber, esse dinheiro não volta”, diz Paulino.

“Os grandes grupos têm uma estrutura de advogados que vão ter estratégia para tentar receber. E para os pequenos? O que vai acontecer?”

Segundo Paulino, está sendo articulada entre as editoras de pequeno porte uma espécie de coalizão, para que tenham maior poder de pressão.

Para entender essa contradição na qual as vendas de livros crescem e as livrarias penam, vale lembrar que esse crescimento surge depois de um movimento de queda em curso por vários anos.

“Não é que o mercado esteja crescendo, ele está se recuperando”, diz Carlo Carrenho, consultor editorial e fundador do Publishnews, boletim de notícias do segmento.

O que a Saraiva e a Cultura estão enfrentando agora tem a ver com uma questão mundial, segundo Carrenho, em que “a livraria de rede tem um futuro bem complicado”.

O pedido de recuperação judicial da Cultura ilustra bem essa tese. De acordo com os dados apresentados à Justiça, a receita líquida da empresa encolheu quase 40% de 2017 para cá. O lucro, por sua vez, encolheu em quase um terço.

Ismael Borges, gestor da Nielsen e responsável pela ferramenta Bookscan, também coloca a má fase da macroeconomia brasileira como um dos principais fatores da crise do mercado editorial.

Com a recessão, houve queda na venda de livros de entretenimento e cultura, enquanto os voltados para carreira e negócios foram mais visados.

Os preços dos livros, por exemplo, se analisados em longo prazo, sofreram declínio, diz Borges. Ele dá o exemplo de “O Código da Vinci”, que custava R$ 39,90 há quatro anos. “Uma vez aplicada a inflação do período, o mesmo livro deveria custar algo como R$ 80 [hoje em dia]”, diz. Agora, o romance best-seller de Dan Brown custa R$ 49,90.

Editores, de fato, reclamam com frequência que o preço do livro não foi corrigido de acordo com a inflação ao longo da década passada. Nos últimos anos, contudo, as editoras têm pouco a pouco subido o valor, como mostram os números da Nielsen.

Carrenho diz que as causas da crise vão além dos problemas econômicos do país. Em comparação com outras indústrias, “o setor editorial está demorando para se modernizar”. Segundo ele, o segmento tem dificuldades com a padronização e a organização dos livros, e há constante desperdício de
recursos em logística.

Redes de médio porte, como a Leitura e as Livrarias Curitiba, podem não estar no paraíso, mas se encontram em situação mais confortável.

A Leitura abriu seis lojas neste ano e fechou duas. Uma das pioneiras em ecommerce, a rede mineira iniciou suas vendas online em 1998. Há cerca de três anos, na contramão das outras livrarias, decidiu sair do mercado virtual, após anos de déficit.

A estratégia deles inclui fechar todas as lojas que ficam deficitárias por mais de dois anos e abrir novas unidades em locais pouco visados pelo mercado, como Porto Velho, ou mesmo em regiões metropolitanas, por exemplo.

Para o diretor da Leitura, Marcus Teles, o fechamento de unidades da Saraiva é “um bom sinal”. Não porque os competidores, em tese, ganhariam mais espaço, mas sim porque a Saraiva finalmente está dando sinais de que está “trabalhando na recuperação dos resultados”, o que é bom para o mercado, segundo ele.

Neste ano, as Livrarias Curitiba não fecharam nenhuma unidade e abriram uma nova, em São Paulo. Do ano passado para cá, investimentos da empresa somaram R$ 45,3 milhões, segundo Marcos Pedri, diretor comercial do grupo.

Ao contrário da Leitura, a rede paranaense quer expandir as vendas pela internet. “Ele [o ecommerce] funciona bem. Hoje ele tem o faturamento de uma boa loja física, por isso queremos expandir o online”, diz Pedri.

“Enquanto a Cultura e a Saraiva estão com problemas, a Leitura e a Curitiba estão crescendo e indo relativamente bem. No estilo ‘come quieto’, a Leitura já é uma rede nacional”, afirma Carlo Carrenho.

“E ainda há a Amazon crescendo no Brasil, que tem práticas competitivas muito graves: pagar em dia e responder emails”, ironiza o consultor.

Diante do cenário de crise, a maior parte dos editores aposta em uma carta tirada da manga no apagar das luzes do governo Temer — a criação, no país, do preço fixo do livro, nos moldes de boa parte de países europeus, como França e Alemanha.

Um texto, redigido por um grupo de trabalho no Ministério da Cultura, está na Casa Civil, e editores articulam para que a norma seja implantada por medida provisória.

A proposta estabelece que, durante um ano após o lançamento de um título, as livrarias podem dar descontos de no máximo 10% em cada obra. Depois disso, ficam livres para dar o desconto que quiserem.

Os editores se inspiram no pujante mercado europeu. Por lá, o preço fixo existe desde 1837, quando a Dinamarca criou a sua lei limitando descontos, abolida só em 2001.

A crença é a de que a crise atual é em partes causada pela guerra de preço. Unificar o valor de capa permitiria um florescimento das livrarias independentes, uma vez que elas competiriam de forma mais justa com as grandes redes.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 06 Nov 2018, 06:09

O ESTADO DE S.PAULO

Depois de verem a Livraria Cultura sucumbir à recuperação judicial, por conta de seu alto endividamento, as editoras estão empenhadas em evitar que a Livraria Saraiva siga o mesmo destino, afirmam fontes do setor.

O Sindicato Nacional das Editoras de Livros (Snel) convocou para amanhã uma reunião para definir estratégias para negociar com a Saraiva, que acumulava dívida com fornecedores da ordem de R$ 485 milhões no fechamento do segundo trimestre.

O entendimento do setor é que a Saraiva seria “grande demais para quebrar”. Mesmo após o fechamento de mais de 20 lojas na semana passada, a companhia ainda é a maior rede do país, com 84 unidades, e também tem uma venda forte pelo e-commerce.

Hoje, a participação da Saraiva nas vendas de livros estaria em cerca de 30%. Logo, perder uma cadeia de distribuição deste porte poderia afetar o fluxo de caixa de curto prazo do segmento.

O problema agora seria definir uma forma de negociar os débitos sem necessidade de recorrer à recuperação judicial – que garante ao devedor um período “sabático” de seis meses nos pagamentos aos credores.

Para evitar a recuperação judicial, no entanto, a Saraiva estaria pedindo cortes de quase 50% nos valores devidos e também um prazo longo para pagamento.

Apesar da disposição das editoras em conversar – tanto para recuperar dívidas que se estendem por até dois anos quanto para evitar a falência de pequenos selos de livros –, esse não é o tipo de negociação que se resolva facilmente.

Além de questões internas – como a malfadada aposta em produtos de tecnologia – fontes ligadas à empresa dizem que a rede brasileira sofre também com a concorrência da Amazon, que hoje já representa cerca de 10% das vendas de livros no País.

Embora a varejista online compre livros – em vez de pegá-los em consignação –, existe a preocupação de o mercado se concentrar demais nas mãos da gigante americana, que é conhecida por vender livros com descontos agressivos.

Apesar das dificuldades das livrarias, dados do Snel mostram que o consumo de livros no País voltou a crescer em 2018. De janeiro a outubro de 2018, as vendas em volume tiveram uma alta de 3,65%, em relação ao mesmo período do ano passado. Na mesma comparação, houve uma alta de 5,37% no faturamento total. O valor médio por exemplar vendido também subiu, atingindo R$ 43,24.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 09 Nov 2018, 07:08

https://veja.abril.com.br/economia/a-beira-do-abismo-2/

É dramático o momento do mercado editorial brasileiro. As duas maiores redes de livrarias do país, a Saraiva e a Cultura, que, juntas, respondem por cerca de 40% das vendas de livros (ficção e não ficção), estão em gravíssima crise financeira. E a derrocada de ambas ameaça levar junto uma parte das editoras, com consequências negativas para os escritores e leitores. Profissionais com décadas de experiência afirmam que nunca enfrentaram turbulência parecida (leia a coluna de José Francisco Botelho, na pág. 101). A redução da tiragem de obras e do número de lançamentos, a limitação de espaço a novos autores e a demissão de funcionários já são medidas adotadas por editoras para diminuir o prejuízo nos últimos meses. Mas o esforço pode ser em vão. “Sabemos que a situação das editoras é muito dura, e nossa postura é negociar como alguém que está do mesmo lado da mesa. A Saraiva precisa de editoras fortes e saudáveis para voltar a crescer”, afirma Jorge Saraiva Neto, diretor-presidente da livraria.

A dívida da Cultura, a segunda maior rede do país, é de 285 milhões de reais. Sem conseguir pagar o que deve, a empresa pediu recuperação judicial, um instrumento da lei que a protege e lhe permite ganhar tempo — são seis meses sem pagar os credores — enquanto monta um plano de reestruturação do passivo a longo prazo. A Saraiva, cuja dívida é estimada em 420 milhões de reais (dos quais 100 milhões em atraso, segundo cálculos do mercado), está em negociação com as editoras para tentar evitar o mesmo caminho, mas sua primeira proposta foi recusada na última semana. As duas já vinham atrasando pagamentos havia meses. Fundador da Sextante e presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), Marcos Pereira acredita que a possibilidade de editoras fecharem por não receber das duas redes é real, especialmente entre as pequenas e médias companhias. Elas estão numa encruzilhada: não podem abrir mão das vendas nos dois gigantes, mas ao mesmo tempo sabem que a probabilidade de tomar um calote é enorme. “É um momento muito nebuloso”, define Pereira. Para seduzirem o leitor, editoras e distribuidoras têm lançado mão de alternativas como clubes de assinatura, uso de plataformas de venda como Submarino, Amazon e Magazine Luiza e feiras de livros. Em paralelo, o investimento em sites próprios de e-commerce também cresceu. Mas ainda são canais de venda complementares, sem o público cativo que a Saraiva e a Cultura oferecem.

A situação das duas maiores redes de livrarias do país obedece a um enredo clássico de crise. Cada uma a seu modo, ambas fizeram investimentos — como lojas muito grandes, as megastores, com mais de 1 500 metros quadrados — que não deram o retorno esperado. Num momento de euforia da economia brasileira, contraíram dívidas para fazer investimentos que não se mostraram sustentáveis. Eletrônicos passaram a dividir espaço com livros, DVDs e CDs nas prateleiras da Saraiva. Se por um lado o mix ajudou a elevar a receita, por outro se mostrou um desafio para os executivos. Esses itens respondem por um terço do faturamento, mas consomem metade do capital de giro da empresa e têm uma complexidade tributária com a qual as livrarias, habituadas à isenção de impostos, não sabem lidar. Para tentar se reerguer, a Saraiva voltará a se concentrar em literatura e música, anunciou a demissão de 700 funcionários e o fechamento de vinte lojas. Na renegociação com as editoras, ainda em andamento, não está descartada a troca de parte da dívida por ações da companhia.

Somada às más decisões executivas, a recessão econômica do país formou a tempestade perfeita. As receitas com as vendas de livros caíram 20% na crise de 2015 a 2017. Outro fator fundamental para a crise foi a estratégia de promoções agressivas de editoras e livrarias. Mesmo livros recém-lançados que eram best-sellers garantidos foram colocados à venda com descontos de 20% ou mais, o que comprometeu a rentabilidade. É uma estratégia consagrada pela Amazon, que ganha dinheiro com outras fontes, mas a prática já era adotada no mercado brasileiro muito antes de o gigante americano entrar no país, em 2011. A francesa Fnac e a Submarino (no comércio on-­line) foram duas das pioneiras desse modelo no Brasil. Para as editoras, o plano era ampliar a base de leitores e compensar a redução da margem de lucro com o volume de vendas. Não deu certo e a conta não fechou. A inflação acumulada nos últimos oito anos ficou em torno de 50%, impactando despesas como aluguéis e salários, enquanto o preço médio do livro caiu 8%.

Agora, as editoras e as livrarias buscam inspiração em modelos como o francês, com limitação do desconto oferecido em lançamentos. As livrarias, por sua vez, prometem implementar inovações que busquem a eficiência da operação. É importante que se mexam rápido, para evitar que um passo em falso arraste todas para o abismo — o que seria uma tragédia para a cultura nacional.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 11 Nov 2018, 09:16

ANCELMO GOIS - O GLOBO

As editoras brasileiras ficaram em maus lençóis com o pedido de recuperação judicial da Livraria Cultura.

No mercado editorial, a Cultura deve R$ 7,5 milhões à Cia. das Letras, R$ 3,7 milhões à GMT (Sextante, Arqueiro e Sextante Ficção) e R$ 3,6 milhões à Record.
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Re: Livros

Mensagem por Fola » 13 Nov 2018, 19:45

Hoje comprei o livro do grupo Racionais Mc's, "Sobrevivendo no Inferno", que reúne as letras de todas as músicas do álbum mais icônico dos Racionais. Para um fã de rap nacional, como eu, é item obrigatório.
"Um governo que não aparece faz o povo feliz. Um governo que tudo quer determinar faz o povo infeliz." - Lao Tsé

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Re: Livros

Mensagem por E.R » 15 Nov 2018, 12:38

O ESTADO DE S.PAULO

A corrida pela reacomodação do mercado de livrarias, após a líder de mercado fechar 20 de suas lojas, já começou: a livraria Leitura, hoje a segunda maior rede do País, fez propostas para tentar assumir cinco dos pontos de venda que a rival Saraiva fechou nas últimas semanas. Algumas dessas unidades ficam na capital paulista, onde a mineira, forte fora do eixo Rio–São Paulo, tem presença discreta. De acordo com o presidente da Leitura, Marcus Teles, é possível que duas ou três das ofertas realizadas resultem na mudança da bandeira Saraiva para a Leitura.

Nas últimas semanas, o Estado conversou com diversas editoras de livros sobre a situação do setor, e executivos apontaram a Leitura como a principal candidata a compensar parte do baque que o mercado de livros sentirá com as dificuldades enfrentadas pela Saraiva. Com dívida de R$ 485 milhões, a líder do setor está com pagamentos atrasados com as editoras e tenta um novo acordo para evitar a recuperação judicial, caminho já traçado por outro peso pesado do mercado, a paulistana Cultura.

Assim como as editoras, o presidente da Leitura afirma que a crise enfrentada por grandes livrarias está menos ligada ao produto em si e mais a questões específicas da administração das empresas. Segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), as vendas de livros acumulam expansão de 3,65% em volume e de 5,37% em valor de janeiro a outubro de 2018, na comparação com o mesmo período de 2017. Entre os caminhos seguidos pelas rivais que Teles afirma querer evitar estão a forte aposta nas vendas pela internet – setor no qual, segundo ele, as margens costumam ser negativas – e a abertura nas “megastores”.

Sem bater de frente com as concorrentes ao escolher abrir mercados em capitais pouco servidas por livrarias – como Teresina, João Pessoa e Porto Velho – e em cidades do interior, como Mogi das Cruzes (SP), a rede mineira cresce se desviando de dívidas e com olhos atentos à rentabilidade. “Se uma loja dá prejuízo por mais de dois anos, nós a fechamos”, explica Teles. Uma das “vítimas” desse pragmatismo foi a unidade que a Leitura chegou a abrir na Avenida Paulista.

A “tradição” de encerrar pontos deficitários deverá ser mantida em 2019, quando a Leitura pretende abrir sete lojas – incluindo as conversões da Saraiva –, mas deverá encerrar duas. Desta forma, a Leitura deverá fechar 2019 com 75 unidades, número próximo às 84 que a Saraiva tem hoje. Depois de alguns anos de retração, o empresário diz que a rede voltou a crescer em 2018 – cerca de 8% no acumulado do ano – e prevê uma alta maior, de aproximadamente 10%, no ano que vem. A empresa não revela faturamento, mas o Estado apurou que a receita está próxima da marca de R$ 480 milhões.

Com duas das principais rivais em crise, a Leitura pretende manter o ritmo de crescimento para, dentro de três ou quatro anos, ser a livraria líder em varejo físico no País. Para ganhar espaço, a empresa está buscando oportunidades em espaços ignorados pelas grandes redes. Em São Paulo, está assumindo pontos de venda nos terminais rodoviários Tietê e Barra Funda, por exemplo. A ideia é manter os gastos com aluguel sob controle, com lojas que variem entre 300 e 500 metros quadrados.

Embora persiga a liderança no varejo físico de livros, Teles diz que não está interessado em fazer o mesmo movimento no e-commerce. Ausente das vendas pela web desde 2014 – após encerrar uma operação que perdurou por 16 anos –, ele prepara o retorno da Leitura ao meio virtual para 2019, mas sem grandes ambições. O presidente da Leitura pretende aproveitar os ativos que já tem, usando as lojas físicas como eixos de distribuição.
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Re: Livros

Mensagem por Tirado Alanís » 16 Nov 2018, 23:18

Sobre o Dostoiévski: creio que vou montar a coleção dele pela editora34, é a mais completa que há (faltando apenas Recordações da Casa dos Mortos, mas que ainda deve ser lançado), e assim ler a obra na ordem, entremeando com os contos.

Pena que o todo deixa a desejar (alguns são capa dura, ouro capa mole :estrelas: ) mas a tradução parece ser boa.

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Re: Livros

Mensagem por Bgs » 17 Nov 2018, 09:29

Churrumín escreveu:Sobre o Dostoiévski: creio que vou montar a coleção dele pela editora34, é a mais completa que há (faltando apenas Recordações da Casa dos Mortos, mas que ainda deve ser lançado), e assim ler a obra na ordem, entremeando com os contos.

Pena que o todo deixa a desejar (alguns são capa dura, ouro capa mole :estrelas: ) mas a tradução parece ser boa.
A tradução da editora34 é uma das raras que traduz o autor direto do russo. A Nova Fronteira, que fez um edição linda de O Idiota, traduziu do francês, o que compromete um tanto a leitura.

Sobre esse lance de capa dura ou capa mole eu não me importo muito. Talvez tenham feito alguns em capa mole pro preço não sair tão caro pro consumidor.
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- criação do sub-fórum Espaço Kids: livre postagem de manifestações de apoio ao candidato Jair Bolsonaro
- criação do Fórum Privilegiado: fim das relações diplomáticas com o outro fórum a não ser que haja fusão
- revitalização do mini-chat: o mini-chat vai voltar pra home e todos os candidatos a moderação serão submetidos a uma sabatina ao vivo na plataforma
- fim do puxa saquismo: banimento do usuário Ramyen
- fim da dublagem Maga no Multishow: todos os episódios das séries Chaves e Chapolin serão imediatamente redublados (clipes inclusos)
- fim do privilégio na administração: votos de moderadores terão o mesmo peso que o de administradores em votações internas
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- legalização do flood: chega de critérios autoritários para definir o que é o que não é útil.

#BgsDNV, quem conhece confia! :campeao:
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Re: Livros

Mensagem por Tirado Alanís » 17 Nov 2018, 14:01

Eu também não me importaria se comprasse um ou outro, mas como conjunto fica destoante e feio na prateleira.
Você tem exemplares?

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Re: Livros

Mensagem por Bgs » 17 Nov 2018, 14:52

Tenho o Eterno Marido da editora Nova Fronteira (capa dura) e Gente Pobre, O Duplo e O Crocodilo da editora 34 (todos capa mole). Eterno Marido e O Crocodilo são ótimos, um dia pretendo escrever sobre eles, e o Gente Pobre e o Duplo eu ainda não li.

Eu na verdade não tenho mais prateleira (já tá toda ocupada), então fica tudo amontoado num canto. :P
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- criação do mandato colaborativo: a moderação não pode ser de 1 usuário, dessa forma, propostas e ideias poderão ser apresentadas num tópico específico. As postagens que tiverem mais respostas ou curtidas serão levadas imediatamente a votação na Politura.
- legalização do flood: chega de critérios autoritários para definir o que é o que não é útil.

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Tirado Alanís
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Re: Livros

Mensagem por Tirado Alanís » 17 Nov 2018, 15:06

Eu tenho uma mania péssima de querer dos autores que gosto só edições bonitas ou coleções completas. Não tenho nada do Jorge Amado por causa disso, por exemplo, por mais que o aprecie. Aquelas capas da Companhia das Letras não me descem.

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Re: Livros

Mensagem por Bgs » 17 Nov 2018, 16:36

Churrumín escreveu:Eu tenho uma mania péssima de querer dos autores que gosto só edições bonitas ou coleções completas. Não tenho nada do Jorge Amado por causa disso, por exemplo, por mais que o aprecie. Aquelas capas da Companhia das Letras não me descem.
Ah, eu também gosto em casos que eu gosto muito de um autor, mas infelizmente nem tudo cabe no bolso e eu acabo recorrendo a bibliotecas ou versões dos livros no Kindle. =/ Sobre esses do Jorge Amado, dei uma olhada aqui e achei as capas simpáticas.

Minha "frescura" mesmo tá no material em que o livro foi impresso. Gosto sempre de páginas amareladas e com uma fonte num tamanho aceitável. O Senhor dos Anéis da Martins Fontes é um caso que eu odeio. Livro muito pequeno, fonte minúscula e papel branco de má qualidade. Recorri ao Kindle pra conseguir ler com mais conforto.
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- criação do mandato colaborativo: a moderação não pode ser de 1 usuário, dessa forma, propostas e ideias poderão ser apresentadas num tópico específico. As postagens que tiverem mais respostas ou curtidas serão levadas imediatamente a votação na Politura.
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