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Espaço para debates sobre assuntos que não sejam relacionados a Chespirito, como cinema, política, atualidades, música, cotidiano, games, tecnologias, etc.
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Mensagem por E.R » 18 Jan 2023, 00:04

NOTÍCIAS
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/m ... cast.shtml

A Feira do Livro, festival literário criado ano passado em São Paulo, terá uma segunda edição que ocorrerá de 7 a 11 de junho de 2023, durante o feriado de Corpus Christi.

A praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu, na região central da capital paulista, abrigará novamente editoras, livrarias, autores e leitores.
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Mensagem por E.R » 07 Fev 2023, 04:40

NOTÍCIAS
https://oglobo.globo.com/rio/noticia/20 ... ocas.ghtml

“A orla do Rio”, livro recém-lançado pela editora ID Cultural, mostra como, através dos séculos, os caminhos da cidade e de seus moradores continuaram entrelaçados aos de seu litoral.

— O Rio de Janeiro demorou a dar bola para suas praias, que nos primórdios eram usadas para o descarte de dejetos de uma cidade sem saneamento. A ideia de lazer na orla começou com casas de banho no Centro — conta Pedro Tinoco, que é jornalista do GLOBO e assina “A orla do Rio” junto com o fotógrafo Euri Bezerra.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 08 Fev 2023, 20:20

NOTÍCIAS
LITERATURA OPERÁRIA
Charles Dickens, vida e suas principais obras
A importância de Charles Dickens para a conscientização da classe trabalhadora

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Nesta semana completa-se 211 anos do nascimento de um dos escritores mais populares de todos os tempos. No dia sete de fevereiro, nascia Charles John Huffan Dickens em Portsmouth, no condado de Hampshire na Inglaterra. Até seus 11 anos de idade, sua vida foi relativamente tranquila, nunca foi uma criança mimada, porém estudou três anos em um colégio particular e teve acesso desde o início à educação e livros, dos quais alguns, foram determinantes para sua própria autoria literária, por exemplo: obras de Goldsmith, “Dom Quixote”, de Miguel de Cervantes, “Gil Blas de Santillana”, romance de Alain-René Lesage e “As Mil e uma Noites” – autor desconhecido.

Seu sucesso, em grande parte, pode ser atribuído à sua proximidade com a classe trabalhadora, da qual efetivamente participou ainda em sua infância, quando seu pai, John Dickens, endividado, foi preso. Sua mãe, Elizabeth Barrow, colocou-o em uma indústria de graxa para sapatos, onde o grande escritor, ainda muito jovem, enfrentou as adversidades e insalubridades das fábricas, comum entre a população pobre, incluindo às crianças, motivo de intrínseca crítica ulterior em seus livros. Após uma herança de 450 libras de sua avó, Elizabeth Dickens, seu pai foi solto e à família retornava à normalidade, porém Charles permaneceu trabalhando, o que gerou um rancor em relação à sua mãe, responsável por esta decisão. Após esse período turbulento, ele se volta para os estudos, ingressando na carreira de jornalista – na qual permaneceu por 20 anos, onde tendo uma vasta produção literária, escreveu cinco livros curtos, 15 romances e inúmeros artigos de não ficção e contos. Seu sucesso se inicia com a série “The Pickwick Papers” (1836), em português traduzido como: “As aventuras do senhor Pickwick”, verdadeiro fenômeno nas camadas populares, principalmente entre os operários. Inicialmente, sua obra não foi tão estimada, foi a partir do episódio quatro, onde surgiu a aparição do criado do senhor Pickwick, a personagem Sam Weller, um engraxate bem-humorado, que acompanharia à trajetória de seu amo, ala Sancho Pança a Dom Quixote. Publicado sobre o pseudônimo de “Boz”, o autor narra às aventuras de um grupo de estudo do clube Pickwick, composto pelo Sr. Pickwick e três púpilos; Sr. Tupman, Sr. Snodgrass e o Sr. Wincle, o pequeno grupo, tinha como função desbravar à Inglaterra, com foco nas descobertas científicas e análise do comportamento humano. Sua obra ganha popularidade por tecer críticas a situação dramática da classe trabalhadora, apesar de manter um tom cômico, mantendo seus leitores em demasiado divertimento, e satirizando os personagens que representavam à burguesia, responsáveis, segundo o autor, pela miséria da maioria.

Uma das críticas que Charles Dickens sofreu na época, foi a falta de realismo. Isso se deve a uma característica do autor, de apresentar fatos e incorporar personagens baseados em pessoas reais em seu livro, inclusive a si próprio, como em sua obra prima: “David Copperfield”, livro praticamente autobiográfico, ou seja, uma vida tranquila, seguida por pobreza e trabalho infantil, que escapa devido a uma inesperada herança e com um final feliz de reconhecimento internacional, como ser realista? – Além do fato, de que o irrealismo era a peculiaridade que alegrava os ouvintes, no caso daqueles que não tinham acesso à leitura e restava pagar alguns “tostões” para alguém ler por ele, comum, já que seu público era a classe operária inglesa. Uma curiosidade importante, é que suas produções literárias inspiraram o gosto pela leitura em diversos trabalhadores.

O meio em que vivia, foi determinante para o desenvolvimento de todas às suas obras. O período da revolução industrial, apesar de ser uma etapa importante para o desenvolvimento das forças produtivas, resultou em um êxodo rural, em que os camponeses eram obrigados a trabalhar em condições bárbaras, uma verdadeira ditadura dos capitalistas, caso alguém se recusasse a atuar nas indústrias têxteis, era apresentado como “vagabundo” e era marginalizado, passível até de pena de prisão. O trabalho infantil também era muito comum, inclusive, alguns maquinários que foram desenvolvidos, eram fabricados com o intuito de caber um indivíduo de pequeno porte, ou seja, uma criança. Tudo isso foi convertido nas obras de forma grotesca e humorística, responsável por alertar o trabalhador sobre suas precárias condições de vida. Algumas de suas principais obras são:

As aventuras do senhor Pickwick (1836)

Oliver Twist (1838-1839)

A loja de antiguidades (1840-1841)

Bernaby Rudge (1841)

Canção de Natal (1843)

The Chimas (1844)

Um conto de duas cidades (1850)

Tempos difíceis (1854)

David Copperfield (1849-1850)

Suas obras foram responsáveis por mais de 180 adaptações de cinema, eternizado até os dias de hoje com suas críticas, humor e grande contribuição literária à era Vitoriana, fazendo parte da cultura literária inglesa e mundial. Na sua morte em 1870, ficou gravado em seu túmulo: “Apoiante dos pobres, dos que sofrem e dos oprimidos; e com sua morte, um dos maiores escritores da Inglaterra desapareceria para o mundo”. Isso demonstra sua importância e sua dedicação para o movimento dos trabalhadores, do qual participou politicamente a favor de direitos infantis, reformas sociais entre outras reivindicações importantes, mesmo sem nunca ter se declarado como revolucionário, teve um papel importante retratando às precárias condições do povo trabalhador em suas obras primas.

https://causaoperaria.org.br/2023/charl ... ais-obras/
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Mensagem por E.R » 10 Fev 2023, 02:43

NOTÍCIAS
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... tica.shtml

O juiz Ralpho Waldo De Barros Monteiro Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, decidiu pela falência da Livraria Cultura.

Altos custos de produção, queda na demanda por livros, falta de interesse por leitura e a profunda crise econômica pela qual o Brasil passava desde meados de 2014 foram apontados pela administração da livraria como os principais motivos para a derrocada financeira.

O pedido de recuperação judicial foi apresentado em 2018. A empresa pode recorrer da decisão.

Na sentença da última quinta-feira, o juiz afirmou que apesar de reconhecer a importância da Livraria Cultura, o grupo não conseguiu superar sua crise econômica.

Segundo o juiz, o plano de recuperação judicial vinha sendo descumprido e a prestação de informações no processo vinha sendo feita de modo incompleto.

"É notório o papel da Livraria Cultura", escreveu. "E não apenas para a economia, mas para as pessoas, para a sociedade, para a comunidade não apenas de leitores, mas de consumidores em geral. É com certa tristeza que se reconhece, no campo jurídico, não ter o grupo logrado êxito na superação da sua crise", afirmou o juiz.
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Mensagem por E.R » 13 Fev 2023, 06:02

NOTÍCIAS
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Mensagem por Chapolin Gremista » 14 Fev 2023, 19:18

NOTÍCIAS
EMPREGADO DAS DITADURAS
Vargas Llosa recebe o prêmio por sua política pró-imperialista
“As palhaçadas de Bolsonaro são muito difíceis de admitir para um liberal. Agora, entre Bolsonaro e Lula, eu prefiro Bolsonaro de imediato."

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Vargas Llosa recebe o prêmio por sua política pró-imperialista

No dia 9 de fevereiro o escritor latino-americano Vargas Llosa integrará a Academia Francesa. Nascido na cidade de Arequipa, no Peru, no dia 28 de março de 1936, Llosa, foi um dos escritores mais importantes do chamado “boom” da literatura latino-americana. Manifestação artística esta que contou com a presença de escritores como Gabriel Garcia Márquez, Júlio Cortázar, Carlos Fuentes, entre outros.


Educado no seio de uma família de classe média, iniciou-se ainda jovem na carreira jornalística e com trabalhos de tradução e, em 1969, com a publicação do romance Conversa no Catedral consolida sua carreira literária. Obras como A Cidade e os cachorros (1963) e A festa do bode (2000), que narra a ditadura do general Rafael Leonidas Trujillo Molina sobre a República Dominicana, retratam a preocupação do escritor em abordar em seus trabalhos questões sociais. Além disso, Llosa recebeu diversos prêmios, como o Leopoldo Alas, o Prêmio Francisco Umbral de Romance, Príncipe de Astúrias das Letras e o Nobel de Literatura, em 2010, apenas para citar alguns.


Podemos afirmar com certeza que Vargas Llosa foi um grande escritor, um dos melhores de sua geração, e que de fato, com seus inúmeros trabalhos, contribuiu muito para o enriquecimento da produção literária que foi até então produzida na América Latina. Contudo, é importante ressaltar que o fato de agora fazer parte da Academia Francesa, se deve não ao fato de sua relevância como artista, mas por outro motivo.

Alinhado com o imperialismo

Nunca foi segredo que Vargas Llosa mantém ligações com o imperialismo. Podemos citar, a título de exemplo, o ano de 1971, quando o autor anunciou publicamente o fim de suas relações com a Revolução Cubana. Segundo o próprio Llosa afirmou, esse desligamento se deveu ao fato, por, de acordo com o artista, Fidel Castro ter imposto ao poeta Heberto Padilla que fizesse então uma “autocrítica pública”. O que sabemos é que ao longo de mais de seis décadas, além da política de genocídio perpetrada pelas sanções e bloqueios impostos a Cuba, o imperialismo tem buscado de todas as maneiras possíveis derrubar o avanço da Revolução, seja por meio de tentativas de golpe de estado, seja através da imprensa internacional ou cooptando artistas e intelectuais de renome para alcançar plenamente tal objetivo, e Vargas Llosa, conhecido internacionalmente, fez ao seu modo parte dessa estratégia.

Sem contar que o mesmo autor criticou abertamente tanto o governo de Hugo Chaves e a esquerda radical europeia como um todo. Outra demonstração, seguindo os ditames do imperialismo, de desmoralizar a mobilização e a luta da classe operária.


Não podemos deixar de mencionar que o autor apoiou ditaduras, financiadas pelo imperialismo, sobretudo o estadunidense, em países como Chile e Peru e, mas recentemente, em reportagem publicada no sítio Carta Capital, defendeu o que ele chamou “homem de uma integridade absoluta, um homem absolutamente guiado por princípios de moralidade, decência e respeito às leis” ao se referir a respeito da conduta de Sérgio Moro no processo arbitrário que prendeu Lula e foi fundamental para a eleição de Bolsonaro e a continuidade do golpe de estado. Por falar em Bolsonaro, Vargas Llosa assim se proclamou em relação ao golpista “As palhaçadas de Bolsonaro são muito difíceis de admitir para um liberal. Agora, entre Bolsonaro e Lula, eu prefiro Bolsonaro de imediato. Mesmo com as palhaçadas, Bolsonaro não é Lula”.


Os exemplos mencionados anteriormente podem ser alguns dos fatores que justifiquem o ingresso de Vargas Llosa na tradicional, fundada em 1635, Academia Francesa, mesmo nunca tendo escrito nada em francês. Sem contar, que aos 86 anos, já ultrapassou em mais de dez a idade limite permitida para o ingresso na Academia, isto é, 75 anos. Também, é importante lembrar, que no dia da cerimônia, o príncipe emérito da Espanha Juan Carlos I, que hoje vive nos Emirados Árabes, e sua filha, Cristina, estarão presentes. Segundo declaração feita para o jornal El País, Llosa esclareceu que o príncipe emérito “sempre foi muito carinhoso comigo (…). Então pensei que, como ele está em crise, esse convite de repente veio a calhar”. A crise mencionada pelo escritor envolve um escândalo fiscal na Espanha envolvendo tanto Carlos I, quanto sua filha.

Por fim, podemos citar ainda o fato do autor peruano, que obteve nacionalidade espanhola em 1993, ter sido o primeiro autor estrangeiro a conquistar um lugar na editora francesa Gallimard, em 2016. Ou seja, Vargas Llosa mantém relações de bastante proximidade com dois países do imperialismo europeu e o fato de ter conquistado tais premiações apesar, do que qualquer outro artista poderia chamar de grandes empecilhos, não é um problema para escritores, como no caso de Vargas Llosa, que se alinharam e souberam bajular bem o imperialismo. Por isso, afirmamos mais uma vez que o prêmio é motivado não pelo talento no campo das letras, mas pelo posicionamento pró-imperialista do autor.



https://causaoperaria.org.br/2023/varga ... erialista/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Fev 2023, 13:47

NOTÍCIAS
IGUAL A HITLER
Ucrânia já removeu 19 milhões de livros russos de bibliotecas
Destes, cerca de 11 milhões foram esmagados, pois foram assinados por autores russos de todas as épocas


Ao anunciar uma reunião com órgãos competentes, Yevheniya Kravchuk, presidente da sub-comissão da Política de Informação e de Integração Europeia da Verkhovna Rada (Parlamento-ndT) ucraniana, declarou que 19 milhões de livros haviam já sido irradiados das bibliotecas ucranianas em Novembro passado.

Destes cerca de 11 milhões foram esmagados porque assinados por autores russos de todas as épocas.

Este programa, que começou em Junho de 2022, visa destruir 100 milhões de livros ligados à cultura russa [1]. Isto é, no entanto, apenas um começo.

Trata-se do mais vasto programa de censura desde a Segunda Guerra Mundial. Entretanto, vários Chefes de Estado e de Governo pronunciaram-se por uma adesão da Ucrânia à União Europeia « o mais rápido possível».

Fonte: Voltairenet.org

https://causaoperaria.org.br/2023/ucran ... bliotecas/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 21 Fev 2023, 07:41

NOTÍCIAS
REALIZADA HÁ 40 ANOS
Feira do Livro de Havana põe Cuba no mapa cultural internacional
Desde seu início, a organização teve como objetivo fortalecer os laços entre a América Latina e o Caribe através da cultura.
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Brasil de Fato
Realizada há mais de 40 anos, a Feira Internacional do Livro de Cuba é um espaço voltado ao intercâmbio cultural e literário da América Latina e do Caribe. O evento é também uma das mais importantes ferramentas culturais da ilha para romper o bloqueio imposto pelos EUA e vencer o isolamento econômico e diplomático que a Casa Branca tenta impor.

A última edição, que ocorre entre os 9 e 19 de fevereiro deste ano, contou com a presença da vice-presidenta da Colômbia, Francia Márquez, a primeira mulher negra a assumir o cargo no país. No discurso de abertura, Márquez apontou que “Cuba e Colômbia são duas nações irmãs que hoje fortalecem suas relações históricas através da cultura”.


A ida de Francia Márquez a Cuba é a primeira viagem oficial feita pelo governo colombiano à ilha caribenha desde que Gustavo Petro tomou posse. Além da participação na Feira Literária, a agenda da vice-presidente contou com encontros com várias organizações civis, incluindo o Centro Memorial Martin Luther King, uma organização não-governamental de inspiração cristã que, em suas próprias palavras, “contribui profeticamente para a solidariedade e a participação popular, consciente, organizada e crítica.”


Márquez aproveitou a oportunidade para exigir que os EUA retirem Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo: “daqui dizemos que um país que está comprometido com a paz não pode ser colocado em uma lista de guerra”, pontua.

Cuba foi adicionada, durante o governo de Donald Trump, na lista de “países que patrocinam o terrorismo” elaborada pelo Departamento de Estado dos EUA. A inclusão ocorreu depois da ilha ter facilitado os Diálogos de Paz entre o governo colombiano e as FARC.


Em cada edição, o evento presta homenagem a importantes figuras literárias e um país é o convidado de honra. Em 2020, última edição presencial do evento, os escritores homenageados foram Ana Cairo Ballester e Eugenio Hernández Espinosa, e o país, o Vietnã.

Preços baixos e editorias fora do circuito tradicional


O diretor da editora estatal mexicana Fondo de Cultura Económica (FCE), Paco Ignacio Taibo II, palestrou no evento para falar sobre a coleção Vientos del Pueblo, um conjunto de livros curtos que são vendidos por 40 pesos cubanos, cerca de U$S 0,32. Em entrevista à agência de notícias espanho EFE, o escritor elogiou o “espírito crítico” das publicações cubanas. “Temos que perder nosso medo da capacidade crítica”, disse Paco.


Os preços baixos são uma característica das prateleiras da feira. Particular ênfase é dada à literatura infantil e juvenil, cujo um livro pode custar em torno de 15 pesos cubanos, ou U$S 0,10 dólares.

“O preço dos livros são praticamente subsidiados, na maioria dos casos, em Cuba. Neste momento, ele está se tornando um desafio. Não somos estranhos a todos os problemas que existem do ponto de vista editorial em escala internacional, que no caso cubano são sempre mais agudos por causa do bloqueio. Isto é um desafio. Uma das prioridades tem a ver com a oferta de variedade e acesso aos livros. Do ponto de vista do preço, sempre houve uma preocupação e uma vontade política expressa de que os livros não se tornem um bem de luxo”, diz Fernando Luis Rojas, diretor editorial da Casa das Américas, ao Brasil de Fato.

A participação de diferentes editoras latino-americanas também tem seu lugar no evento, indo das estatais Editorial del Estado Plurinacional de Bolívia e as publicações venezuelanas de El Perro y la Rana e Monte Ávila, até editoras independentes como a brasileira Expressão Popular e as argentinas Batalla de Ideas e El Colectivo.

Casa das Américas

Uma das principais promotoras da Feira Internacional do Livro de Cuba é a Casa das Américas, uma instituição cultural fundada poucos meses após o triunfo da Revolução Cubana, em 1959. Foi criada e dirigida por Haydee Santamaría, numa época em que mulheres dificilmente ocupavam cargos políticos importantes.

Desde seu início, a organização teve como objetivo fortalecer os laços entre a América Latina e o Caribe através da cultura. Ao longo dos anos, ela desempenhou um papel de liderança na visibilidade e na disseminação da literatura latino-americana e caribenha.

A Casa das Américas concede anualmente um prestigioso Prêmio Literário para diferentes categorias: poesia, contos, romances, peças de teatro e ensaios, além de um concurso para testemunhos, literatura caribenha de língua inglesa e francesa, literatura brasileira e literatura indígena. O objetivo é dar visibilidade às produções culturais de setores que normalmente ficam fora das academias literárias.

“A Feira Internacional do Livro de Cuba tem a ver com a forma como a Casa das Américas entende a cultura e o acesso a ela. A ideia é socializar e popularizar o melhor da contribuição das Letras nas Américas e como elas chegam a Cuba. Sempre foi um esforço trazer o Continente para Cuba e levar Cuba para o Continente, na perspectiva de que não são transferências estrangeiras. Em outras palavras, há uma centralidade, há vasos comunicantes e, ao mesmo tempo, o que temos que fazer é levá-los ao diálogo. Não para transplantar nada, mas para colocar esta perspectiva em diálogo”, avalia Fernando Luis Rojas.

Assim, o compromisso cultural da Feira Internacional do Livro de Cuba segue sendo transformar a Solidão da América Latina – da qual Gabriel Garcia Marquez falou – em reconhecimento mútuo de culturas latino-americanas e caribenhas

https://causaoperaria.org.br/2023/feira ... rnacional/
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Mensagem por E.R » 23 Fev 2023, 02:19

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Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Fev 2023, 23:23

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LITERATURA E POLÍTICA
Chico Buarque disseca a hipocrisia da classe média
Livro de Chico Buarque retrata a subjetividade brasileira na atual conjuntura histórica

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Anos de Chumbo e outros contos é uma coletânea de histórias escritas por Chico Buarque. Foi lançado no final de 2021 e é a primeira incursão do autor neste formato narrativo.

Trata-se de uma obra impressionante pela maneira crua e viva com que descreve a sociedade brasileira na atualidade.


São oito histórias sobre personagens que circulam pelo Rio de Janeiro. Em sua maioria, integrantes da classe média e da pequena-burguesia que formam uma espécie de retrato desta camada da população.

Não é um retrato muito bonito. Se pudermos fazer uma comparação, ele lembra o de Dorian Gray, escondido em seu sótão na Londres vitoriana.


Alguns dos relatos parecem de horror. Chico Buarque usa a caneta para expor como pensam e como agem o mesquinho, o fascista e o medíocre diante das circunstâncias sociais e históricas. No geral, eles fingem que não vêem. Eles fingem que não sabem.


Com seus contos, Chico quer mostrar a hipocrisia do tipinho fascistóide que compõe nossa sociedade. “Meu Tio”, por exemplo, é o conto que abre a coletânea. Está longe de ser uma referência ao poético e melancólico personagem de Jacques Tati.

“Meu tio veio me buscar em casa com seu carro novo”. Essa é a primeira linha do conto (e do livro). Uma adolescente descreve o acordo imoral entre seus pais e um parente, um policial, de quem dependem para se sustentar. “Como acontece nessas situações, papai fingiu que estava dormindo no quarto”, ela diz.

“Para Clarice Lispector, com candura” é o título de um outro retrato de horror. É a relação entre um escritor fracassado e sua mãe idosa ao longo de décadas vivendo em um apartamento no Leblon e uma única obsessão: a escritora Clarice Lispector

Em “Os primos de Campos”, o relato também em primeira pessoa envolve desaparecidos durante a ditadura. “Não tenho boa memória remota”, abre o narrador, dando uma pista sobre como o esquecimento relativo pode ser muito útil às vezes. E mudar a História quando se quer.

Algo que vai aparecer no conto final, Anos de Chumbo, com o narrador falando de guerras como se fossem brincadeira de criança. “Em 9 de maio de 1971 a cavalaria do exército confederado atravessou o rio Tennessee sob o comando do general James Stuart, que ato contínuo apontou seus canhões contra o forte Anderson”.

Chico escreveu um livro sobre o Brasil atual e o lançou no meio do governo Bolsonaro. Ele reflete sobre a atual conjuntura histórica brasileira e a perversidade à qual estamos imersos por meio de seus personagens alienados e hipócritas.

Sua coletânea de contos é uma daquelas obras que entram para os cânones e, com o passar dos anos, são lidas por gerações de estudantes. O lançamento de um livro como esse é, por si só, um acontecimento e é bom poder lê-lo no momento que descreve. Afinal, vivemos exatamente a conjuntura de miséria moral descrita em suas páginas.

O livro também mostra o vigor e a importância da literatura em momentos como o que vivemos, Mostra também a maturidade do autor, tanto na forma, quanto no trato dos temas, fazendo de Chico um dos melhores e mais importantes autores em língua portuguesa nos dias de hoje. É sempre possível reconhecer algo de Machado de Assis, fonte de seu exercício literário e com quem dialoga.

É um livro sobre política, sobre história e sobre literatura. Sua leitura é obrigatória.


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Mensagem por E.R » 26 Fev 2023, 14:45

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https://economia.uol.com.br/noticias/re ... evista.htm

Uma das razões da quebra da Livraria Cultura são os preços artificialmente baixos de grandes multinacionais do setor, diz Marcus Teles, presidente da Leitura, a maior rede de livrarias do Brasil na atualidade.

Livrarias brasileiras, como Cultura e Saraiva, tentaram acompanhar os preços baixos e se deram mal. Multinacionais, como Amazon, cobram preços abaixo do custo.

O dono da Leitura também falou que lojas muito grandes são difíceis de manter, por causa do custo elevado.

"A loja da Cultura no Conjunto Nacional em São Paulo é muito grande. Manter uma livraria na Avenida Paulista não é fácil. No Brasil, a tendência é diminuir a quantidade de mega stores. E o Brasil é muito grande, tem muita cidade que não tem livraria".

Uma das ideias da Leitura, então, é abrir livrarias menores em algumas cidades do país que não possui livrarias.
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Mensagem por E.R » 05 Mar 2023, 00:10

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Mensagem por E.R » 07 Mar 2023, 08:55

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https://oglobo.globo.com/blogs/ancelmo- ... cast.ghtml

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) estreou uma temporada de podcasts nas principais plataformas de streaming de áudio, com o lançamento do “Papo CBL - uma conversa com quem faz o mercado do livro”.

O Papo CBL tem pouco mais de dez minutos de duração e abordará temas do mercado livreiro, debatendo maneiras de ampliar o acesso da população à leitura no país.
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Mensagem por Polegar » 07 Mar 2023, 12:04

Quem tiver estantes favor mostrar que eu sou fascinado em ver e ficar fuxicando.

Quando voltar pra casa mostro fotos da minha (na verdade por enquanto uso uma parte do guarda roupa).

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E.R
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Mensagem por E.R » 08 Mar 2023, 02:47

NOTÍCIAS
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/m ... acao.shtml

O escritor norte-americano radicado em Lisboa Richard Zenith, biógrafo de Fernando Pessoa, virá ao Brasil para participar da Feira do Livro, que será realizada na capital paulista de 7 a 11 de junho de 2023.

Na ocasião, o escritor promoverá o lançamento da obra "Pessoa, Uma Biografia" (Companhia das Letras), com apoio do Instituto Camões.
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