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Chapolin Gremista
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Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 06 Dez 2022, 15:26

NOTÍCIAS
CRISE
Pobreza no Brasil alcançou 62,5 milhões de pessoas em 2021
País sob o governo Bolsonaro entrou em crise total

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OInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na sexta-feira (02) uma análise conclusiva sobre a pobreza e a extrema pobreza no Brasil. Desde 2012, dados foram levantados e, segundo a pesquisa, em 2020, atingimos o percentual mais alto de pobreza no País. Quase 30% dos 212 milhões de brasileiros foram considerados pobres, ou seja, 62,5 milhões. Destas, 8,4%,17,9 milhões de pessoas, vivem em extrema pobreza.

Em 2020, 51 milhões de pessoas estavam abaixo da linha da pobreza, representando um aumento de 22,7% em relação a 2021. Já em relação à extrema pobreza, 17,9 milhões estavam abaixo da linha em 2021, contra 12 milhões de pessoas em 2020, um aumento de 48,2%. Os dados foram retirados da publicação SIS (Sistema de Indicadores Sociais) do IBGE.

Os níveis de pobreza e extrema pobreza são tirados do PCC (Poder de Paridade de Compra) do Banco Mundial, onde a linha de pobreza é representada por pessoas que vivem com menos de U$5,50 por dia e a extrema pobreza por pessoas que vivem com menos de U$1,90 por dia.

A análise do IBGE para as regiões brasileiras avalia que o Nordeste e o Sudeste apresentavam as taxas mais altas. O Nordeste, que possui 27% da população brasileira, possuía mais 53,2% de pessoas em extrema pobreza e 44,8% dos pobres do País. O Sudeste, com 42,1% da população brasileira, possuía 25,5% do total de extremamente pobres e 29,5% do total de pobres. O percentual de crianças abaixo de 14 anos que atingiu a linha de pobreza foi de 46,2% no Brasil

Entre as crianças, a taxa de pobreza infantil detectada foi ainda maior, superando os 38,6% que foi a taxa detectada em 2020. Ou seja, a população de até 14 anos na pobreza pulou de 17 para 20,3 milhões de crianças, um aumento de 19,3% em relação a 2020 (acréscimo de 3,3 milhões de crianças).

A quantidade de crianças abaixo da linha da extrema pobreza foi menor, porém, o aumento em relação a 2020 foi maior em 2021. O aumento em relação a 2020 foi de 2 milhões a mais de crianças, saltando de 3,9 para 5,9 milhões em 2021.

Entre os pretos e pardos, em 2021, 11% dos pretos pardos estavam no grupo dos extremamente pobres e os brancos 5%. Já no grupo dos pobres, os pretos e pardos respondiam por 37,7% em situação de pobreza, e os brancos, 18,6%.

O governo Bolsonaro com sua política neoliberal conseguiu levar o País a quase metade da população vivendo com menos de um salário mínimo por dia. Destes, a maioria é preto ou pardo. Se considerarmos o salário mínimo do DIEESE, em torno de 7 mil reais, que seria o padrão mais correto de análise, os valores percentuais subiriam ao céu.

O governo Bolsonaro acentuou os gastos com bancos, elevando de maneira ímpar o valor do orçamento da União dispensado a eles. Acentuou o projeto do golpe que começou com a Ponte Para o futuro, de Michel Temer, e o congelamento dos investimentos em educação e saúde.

Lula deveria começar imediatamente a implementação de auxílio financeiro à população. Os números de pessoas abaixo da linha da miséria está bem mais alto que os destacados pelo IBGE, pois há uma quantidade grande de pessoas que logo após pagar as contas e impostos, têm ficado sem dinheiro para comer adequadamente as refeições diárias.



https://causaoperaria.org.br/2022/pobre ... s-em-2021/
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Economia

Mensagem por E.R » 11 Jan 2023, 22:41

NOTÍCIAS
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NOTÍCIAS
Governo de Lula desiste de dar aumento de salário mínimo para os brasileiros em 2023 :

Fonte : https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... onal.shtml

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve segurar o reajuste adicional do salário mínimo para evitar o custo extra de até R$ 7,7 bilhões, que precisaria ser acomodado mediante cortes em outras áreas. Com isso, o piso deve ser mantido em R$ 1.302.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 06 Fev 2023, 05:41

Vagabunda!

NOTÍCIAS
BOLSONARISTA ENRUSTIDA
Tebet faz chantagem sobre aumento do salário mínimo
Simone Tebet trabalha para o “mercado”, não para o povo e pressiona o governo para a direita

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Aministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou em entrevista ao site UOL que um novo aumento do salário mínimo em maio deste ano requer cortes de gastos. De uma maneira habilidosa politicamente, digna de políticos profissionais da burguesia, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, diz que “um aumento do salário mínimo para maio não pode ser considerada uma tarefa difícil, porém não está no radar, se considerarmos outras demandas que batem à porta do governo”. Segundo a ministra, essa decisão não pode ser individual, e sim coletiva; tratada com a equipe econômica e o presidente Lula.

No interior do governo Lula, o recado da burguesia passa pela necessidade de manter as contas públicas condicionadas ao ajuste fiscal ininterrupto e sem tréguas para a classe trabalhadora. Se o aumento do salário mínimo continuar condicionado ao ajuste fiscal, como propõe Tebet, a inflação acumulada durante os últimos anos engolirá o poder aquisitivo da classe trabalhadora e do povo de conjunto.


A timidez do governo Lula no sentido de uma ação mais contundente em relação à política econômica poderá custar caro ao governo, que precisa do apoio popular para colocar projetos de reconstrução do desenvolvimento nacional. O trecho da entrevista deixa clara a política da terceira via para o governo Lula. Tebet, ardilosamente, trabalha com a demagogia costumeira da classe dominante nas mensagens que dá ao “mercado” e acena ao governo para quem “trabalha”.

“Se for uma decisão política do presidente da República [reajustar o salário mínimo], nós abriremos espaço fiscal. De onde cortar? É uma decisão que nós apresentaremos à Junta, aos outros ministros, ao presidente da República. Não é uma decisão tomada individualmente. A mim me cabe abrir o espaço, achar alternativas, no plural. E aí é uma decisão coletiva, ratificada e decidida, possivelmente junto com o presidente da República”, disse.

Esses são os “porta-vozes” dos interesses do tal “mercado” que atuam no interior do governo eleito e legitimado pelo povo, mas, que, no fundo, estão a serviço da burguesia e do imperialismo, principalmente a fração da burguesia mais poderosa – os banqueiros e seus sócios capitalistas rentistas, que continuarão a pressionar o governo Lula até o final do seu mandato; que ainda dependerá dos desdobramentos da luta de classes, ainda mais vigorosa que se avizinha.

https://causaoperaria.org.br/2023/tebet ... io-minimo/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 07 Fev 2023, 03:02

Mercenária.
NOTÍCIAS
TEBET QUER "PENTE FINO"
Simone Tebet quer retirar milhões de pessoas do Auxílio Brasil
Ministra quer fazer um "pente fino" no CadÚnico para excluir do programa cadastros que considera como fraudado


Aministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que pretende fazer um “pente-fino” na lista de beneficiários do CadÚnico, que dá acesso a programas sociais como o Auxílio Brasil.

“Ninguém vai fazer economia com o Bolsa Família. Ao contrário, pente-fino é para garantir justiça social tirando de quem não precisa. E quem está de forma irregular recebendo. Essa é uma tarefa agora do ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social). Nosso papel é dar todo o suporte orçamentário na avaliação da nova política”, disse em entrevista ao Poder360 no dia 1° de fevereiro.


O tal “pente fino” proposto pela ministra pode retirar até 2 milhões de pessoas do Auxílio Brasil: “Há uma dúvida de quantas pessoas estariam ganhando Auxílio sem se enquadrar nas regras. Pessoas que não estão passando fome, que não dependem do dinheiro para comprar comida. Isso é ilegal. Isso faz com que você gaste dinheiro de um lado com quem não precisa, enquanto há 33 milhões de brasileiros passando fome”.

Tais declarações são uma imensa demagogia por parte de Tebet. Primeiramente, o Estado deveria servir a todos, não só aqueles em situação de miséria total. Não é porque alguém não está morando na rua e não tem nada para comer em momento nenhum que ela não passa dificuldades, seja lá por quais motivos.

Tebet afirma que algo entre 1,5 e 2 milhões de cadastros são fraudados. Embora esses possam existir, um número tão grande assim é algo a se desconfiar. O povo brasileiro está passando diversas dificuldades após quatro anos de governo Bolsonaro e dois anos do governo de Temer, os quais deixaram um rastro de desgraça até mesmo para aqueles na beira da classe média da sociedade brasileira.

Em vez do auxílio ser revisado, o que deveria acontecer é uma ampliação sua. Tebet está a serviço dos banqueiros, esse dinheiro não vai para nenhum investimento em saúde ou em educação, mas sim para coisas como o pagamento da dívida pública com os bancos e com o imperialismo, e é isso que a ministra mais deseja. O dinheiro do Estado, ou seja, o dinheiro do povo, está indo para as mãos dos capitalistas em vez de ir para ajudar a própria população.

Todos esses programas deveriam ser ampliados, se não para prestar um auxílio paliativo, então para gerar empregos, diminuir a inflação e outras medidas que ajudariam o povo brasileiro de maneira geral, e não para ir aos bolsos dos banqueiros.

Fica claro que Simone Tebet, como parte da equipe direitista dentro do governo Lula, joga contra o presidente e sua política, fazendo com que os desejos da burguesia sejam atendidos e mostrando o que veio fazer na equipe de Lula.

https://causaoperaria.org.br/2023/simon ... io-brasil/
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Economia

Mensagem por Barbano » 07 Fev 2023, 16:16

Só Simone Tebet pode salvar a pasta da economia nesse desgoverno. Cada vez que Lula, Gleisi, Luiz Marinho ou Carlos Luppi abrem a boca, o Brasil afunda mais.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 07 Fev 2023, 22:55

NOTÍCIAS
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POLARIZAÇÃO

Lula: “Brasil tem que ser governado para a maioria do povo”

Na posse de Mercadante no BNDES, Lula discursou para aumentar a polarização, buscando aproximar o empresariado para o enfrentamento aos banqueiros e ao imperialismo



Ontem, dia 6 de fevereiro, tomou posse no Rio de Janeiro para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) o economista Aloizio Mercadante (PT). A cerimônia foi marcada pelo discurso do próprio Mercadante e por uma fala do presidente Lula, que em diversos pontos demonstrou novamente o caráter político de seu governo, ainda confuso para muitos setores, com declarações categóricas sobre a situação política e econômica do Brasil.

No início de sua fala, Lula denunciou a campanha de difamação, uma série de mentiras contadas a respeito do BNDES, denunciando ainda os meios de comunicação da burguesia, que “muitas vezes preferem privilegiar a mentira do que tentar procurar saber a verdade.” Ressaltou o papel do banco no desenvolvimento nacional e internacional, tendo financiado “serviços de engenharia de empresas brasileiras em nada menos que 15 países da América Latina e do Caribe entre 1998 e 2017.” Além de apontar que de R$10,5 bilhões financiados, o banco já recebeu R$12,8 bilhões, dando lucro além de gerar empregos e desenvolvimento econômico. O presidente também indicou que 97% do investimento indireto por meio da rede bancária se direcionou a pequenas e médias empresas, ao mesmo tempo declarando ser necessário aumentar significativamente o volume dedicado a esse setor, além de declarar ser necessário privilegiar as micro e pequenas empresas. Indicou ainda que a inadimplência para com o BNDES ao final de seu segundo governo era de 0,01%, enquanto a média no setor financeiro era de 2,9%. Ao fechar esse ponto, colocou que a partir da fundação do banco, em 1952, prestou enormes serviços ao povo brasileiro — que foram destacados durante a fala de Aloizio Mercadante, o qual falou sobre o papel central do BNDES na industrialização do Brasil — e ressaltou que o banco continuará prestando esses serviços e desempenhando esse papel durante seu governo.

A responsabilidade social é mais importante

Após essa introdução, Lula iniciou a polêmica com o setor financeiro: “a palavra estabilidade é importante, a palavra previsibilidade é importante, a palavra responsabilidade fiscal é importante, a palavra responsabilidade social é mais importante ainda e a responsabilidade política é importante”, e disse ainda que o central é saber qual delas se vai privilegiar, “decidir pra que lado a balança vai pender em determinado momento”. E que “se nós temos uma dívida fiscal de 20 anos, 30 anos, 40 anos, nós temos uma dívida social de 100 anos, de 200 anos, uma dívida social impagável. Impagável se a gente não colocar como prioridade essa dívida social.”

A explicação é: o golpe

A situação do país também foi denunciada de maneira frontal pelo presidente, e sua visão de que só é possível a economia crescer se o povo crescer, ou seja, que o crescimento econômico é o desenvolvimento do país, e não o aumento dos lucros de banqueiros e especuladores financeiros. A calamidade em que o povo foi jogado e a destruição econômica, ambos fruto do Golpe de 2016 e da Farsa Eleitoral de 2018, ainda que sem mencionar tais acontecimentos diretamente, foram denunciados. “Vamos analisar uma coisa: todos nós festejamos que em 2012 o País saiu do mapa da fome indicado pela ONU. Qual é a explicação de 10 anos depois a gente voltar a ter 33 milhões de pessoas passando fome? Qual é a explicação de a gente ter pelo menos 105 milhões de pessoas com algum problema de ausência de proteína no corpo? Qual é a razão de esse país ter sido a sexta economia do mundo e ter voltado para a décima terceira economia do mundo?”

A denúncia da destruição do golpe ainda abordou a diminuição gigantesca no volume de investimentos do BNDES, que em 2013 chegou a R$190 bilhões e, em 2021, R$64 bilhões.

Capital financeiro, entrave para o desenvolvimento

O presidente foi claro a respeito ainda da questão salarial, com destaque para o mínimo: “É possível a economia crescer se o povo continua pobre e miserável? Sabe quantos anos faz que não aumenta o salário mínimo? Sete anos!” Lula ainda denunciou a questão do piso das categorias, como dos professores e enfermeiras, além da defasagem salarial no setor público em geral e a pressão contra os aumentos que vem, em especial, do capital financeiro.

Lula centralizou o papel de sabotagem econômica dos bancos e do capital financeiro em geral durante o discurso, e deu destaque para o problema da taxa de juros, que trava o investimento: “É para isso que o BNDES pode contribuir para fazer com que a taxa de juros caia […] porque não tem explicação para que a taxa de juros esteja a 13,5%!” Adicionando: “como os empresários […] vão investir se não conseguem tomar dinheiro emprestado?” E reforçou: “o juros alto não combina com a necessidade de crescimento que nós temos.”

O papel dos bancos públicos

Não apenas o papel dos bancos públicos para o desenvolvimento industrial, mas também na infraestrutura foi destacado, apontando a necessidade de o BNDES ter participação ativa nos estados e municípios, que contam com “quase 14 mil obras paradas, das quais 4 mil só na área da educação, além de várias estradas que estão paradas, adutoras”.

“O BNDES precisa urgentemente, companheiro Aloizio, […] que você faça esse banco voltar a ser o banco indutor do desenvolvimento, do crescimento econômico desse país.”

“Eu acho que esse banco, que o Banco do Brasil, que a Caixa Econômica, que o BNB [Banco do Nordeste] e o Basa [Banco da Amazônia] foram criados exatamente para isso.”

A crise de 2008 foi um exemplo dado por Lula da importância desses investimentos, que permitiram ao Brasil passar pela crise sem nem perto do impacto sofrido por outros países.

Contra a pressão golpista

Sobre o ato do dia 8 de janeiro, em Brasília, Lula disse que foram realizados por ricos que não aceitaram perder a eleição e arrematou com uma declaração de gelar qualquer banqueiro: “nós não podemos brincar, porque um dia o povo pobre pode se cansar de ser pobre e pode resolver fazer as coisas mudarem nesse país. Eu ganhei as eleições exatamente para fazer as mudanças que não eram feitas. Se nós conseguirmos decepcionar esse povo e o povo passar a desacreditar em nós, eu fico pensando no que será desse país. Esse país não pode continuar sendo governado para uma pequena parcela da sociedade, esse país precisa ser governado para a grande maioria do povo brasileiro.”

Polarização aumenta

A última parte do discurso foi centralizada no papel dos empresários e como seus interesses estão contrários ao do setor financeiro, novamente batendo na tecla dos juros.

“A classe empresarial precisa aprender a reivindicar, precisa aprender a reclamar dos juros altos, porque quando o Banco Central era dependente de mim todo mundo reclamava. O único dia que a Fiesp falava era quando aumentava os juros.” Denunciando ainda que: “Agora eles não falam, no meu tempo 10% era muito, hoje 13,5% é pouco. Se a classe empresarial não se manifestar, se as pessoas acharem que vocês estão felizes com 13,5%, eles não vão baixar os juros.” E arrematou: “Não existe nenhuma justificativa para que a taxa de juros esteja nesse momento a 13,5%. É só ver a carta do Copom [Comitê de Política Monetária] para a gente ver que é uma vergonha esse aumento de juros e a explicação que eles deram à sociedade brasileira.”

Lula buscou polarizar o empresariado nacional contra o imperialismo e os banqueiros, uma colocação positiva, especialmente com a denúncia do mercado financeiro. Ainda assim, ele não pode se apoiar nessa consideração, é necessário cuidado, pois os empresários são um setor que muito facilmente muda seu alinhamento.

Uma política nacionalista

O fechamento do discurso de Lula reiterou seu compromisso com o desenvolvimento da economia nacional, recolocando o papel dos investimentos. “A economia brasileira precisa voltar a crescer, é urgente ela voltar a crescer, e só tem dois jeitos de ela voltar a crescer: ou a iniciativa privada faz investimento, e ela só faz investimento se tiver demanda, ou o Estado incentiva a iniciativa privada a fazer colocando primeiro a mão na massa. E é esse o papel do nosso governo, colocar a mão na massa para o País voltar a crescer.” Novamente se demonstra que os setores que acusam Lula de alinhamento ao imperialismo fazem, esses mesmos setores, a política do imperialismo na busca de enfraquecer o governo, que precisa do apoio do movimento popular organizado para conseguir se manter frente à ameaça golpista, e para levar, sob a pressão das massas, as suas reivindicações à frente.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 08 Fev 2023, 20:28

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Mensagem por Chapolin Gremista » 10 Fev 2023, 20:25

NOTÍCIAS
PIOR DO QUE NOS PRESÍDIOS
O salário mínimo brasileiro é a escravidão
Salários são menores que gasto do Estado para oprimir os presidiários

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Um recente levantamento feito pela Comissão de Redação do Diário Causa Operária revelou que, no Brasil, um preso em média tem o custo mais alto do que o salário mínimo, o que coloca o consumo de quem recebe um salário mínimo abaixo do que consome alguém que está preso, de tão risível que é o valor do salário mínimo.

O Brasil, é o maior país da América do Sul e quinto maior país do planeta, com um PIB maior do que todos os outros países da América do Sul juntos. E, ainda assim, mantém um dos piores salários mínimos dentre seus vizinhos. O salário mínimo, que, convertido, é de 250 dólares, fica atrás da Colômbia, Guatemala, Equador, Honduras e Uruguai, só para citar alguns exemplos. Alguns dos países vizinhos chegam a pagar salários mínimos de US$600, quase três vezes maiores que o salário mínimo do Brasil.


Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a média nacional de custo por preso é de R$ 2.400. Os custos refletem gastos com sistema de segurança, contratação de agentes penitenciários e outros funcionários, serviços como alimentação e compra de vestuário, assistência médica e jurídica, entre outros.


Todo brasileiro sabe que o sistema penitenciário é um Inferno na Terra, que os presos estão encarcerados injustamente, sendo que cerca de metade sequer foi julgada e portanto não foi condenada para ser considerada culpada. As condições de sobrevivência nos presídios são subumanas. E, mesmo assim, o valor irrisório do salário mínimo consegue ser ainda pior do que isso.

Embora o valor seja variável a depender da estrutura da penitenciária, sua finalidade e região do país, no geral o gasto com vítimas do sistema prisional brasileiro tem uma capacidade de consumo acima do salário mínimo, que é de R$ 1.302,00, valor que recebeu recentemente um risível aumento de 18 reais.


Nas penitenciárias federais, administradas pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), o governo gasta R$ 3.472,22 por cada preso nas quatro unidades geridas. O custo é bastante superior ao gasto nos cinco estados com as maiores populações carcerárias do país, que juntos representam mais de 60% dos presos brasileiros.

Esse valor se justifica porque as unidades federais contam com maiores investimentos no sistema de vigilância e oferecem encarceramento individual, ao contrário da maior parte dos presídios brasileiros, que enfrentam graves problemas de superlotação. Além disso, pode-se incluir o salário dos agentes prisionais federais (entre 5 mil e 7 mil reais), e gastos com uniforme e assistência médica, odontológica e jurídica.


No Paraná, o custo mensal em 2016 de um preso era de R$3.016,40. Na Bahia, o custo do preso no estado é cerca de R$3 mil. Em Pernambuco, o custo do preso é em torno de R$3,5 mil ao mês. Em São Paulo, que tem a maior população carcerária do país e o menor custo por preso, o custo mensal é de R$1.450 por preso. Já no Amazonas, com o mais alto custo, o preço de um preso é de R$4.112 por mês.

O salário mínimo, que deveria refletir o custo de vida médio para que um trabalhador possa continuar reproduzindo sua força de trabalho, está muito abaixo do necessário. É um salário de fome, de sobrevivência. É difícil até mesmo esperar que o salário seja satisfatório para pagar um aluguel. Os valores têm que ser atualizados imediatamente, e o povo precisa mobilizar grandes manifestações e conferências para levar adiante tais reivindicações.


O Dieese apresentou um levantamento sobre o preço da cesta básica em cada uma das capitais, e a conclusão foi que em dezembro de 2022, o maior custo do conjunto de bens alimentícios básicos foi observado em São Paulo (R$ 791,29), depois em Florianópolis (R$ 769,19) e Porto Alegre (R$ 765,63). Entre as cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das outras capitais, Aracaju (R$ 521,05), João Pessoa (R$ 561,84) e Recife (R$ 565,09) registraram os menores valores.

Somente uma cesta básica consome praticamente metade do valor do salário mínimo. Considerando o aluguel médio de São Paulo, capital, que atualmente está no valor de R$51 por metro quadrado, um morador de uma casa de 9 metros quadrados pagaria, só de aluguel, 459 reais. Lembrando que, se você confinar um animal a morar no espaço físico de 9 metros quadrados, é bem possível que você seja preso por maus tratos. Imagine, agora, um ser humano.

Por esse motivo, o DIEESE calculou, através de seu cálculo mensal que estima qual deveria ser o valor do salário mínimo para que todas as necessidades de consumo de uma família fosse suprida, que o salário mínimo em janeiro de 2023 deveria ter sido de R$ 6.641,58.

O que determina o preço da força de trabalho? Marx nos ensina, em sua obra Salário, Preço e Lucro, que “o preço será determinado pelos custos de produção, pelo tempo necessário para produzir a força de trabalho”. Em seguida, ele afirma que os “custos de produção são os custos necessários para manter um operário como operário e fazer dele um operário”.

Na mesma obra, de fundamental importância, Marx diz que a relação econômica entre capital e trabalho assalariado é a base material da luta política na sociedade capitalista de classes. No seio desta relação, estão os interesses inconciliáveis entre trabalhadores e patrões. A disputa pelo salário, do lado dos operários, e, pelo lucro, do lado dos burgueses, faz desta relação uma razão inversa, onde o crescimento de um significa o encolhimento do outro, e vice-versa.

Desta forma, fica claro os motivos pelos quais existe uma massiva propaganda travestida de ciência econômica por trás da luta contra os aumentos salariais, enquanto que para os trabalhadores o aumento do salário deveria ser uma luta cotidiana, sem perder de seu norte a luta política associada contra a opressão geral do capitalismo.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 12 Fev 2023, 05:48

NOTÍCIAS
ENQUANTO BANCOS LUCRAM...
Auxílio emergencial já perdeu 40% do valor com inflação
Fome, miséria, desemprego, sem presente e futuro, se assim o povo depender da burguesia e do imperialismo

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Opaís do golpe de Estado de 2016 pra cá deixou o povo sem emprego e na miséria, ao contrário dos banqueiros e rentistas que batem recordes de lucratividade a cada ano. O auxílio emergencial de 600 reais, definido com atraso desde a pandemia que iniciou 2020 impulsionou ainda mais a escalada da desigualdade e pobreza extrema no país. Contudo, não bastasse o golpe e a administração entreguista do Estado brasileiro nas mãos do vampiro Temer, a fraude eleitoral que elegeu Bolsonaro e a Covid-19 instalaram o caos no Brasil, com raros momentos em que a população se sentiu tão esmagada pelo capitalismo predatório.
Cenas lastimáveis de pessoas entrando na fila do “osso” em açougues pelo país marcou profundamente um recorte claro entre as pessoas famintas e desesperadas em comparação com os bilionários banqueiros e especuladores como o “trio de ferro” da Ambev, Lojas Americanas e Telebrás, Lemann, Sicupira e Teles, além das famílias das oligarquias financeiras como Setúbal e Safra, entre outros tantos. Ainda nesse momento existe uma disputa acirrada entre a Era FHC e a Era do golpe com Temer e Bolsonaro no que diz respeito a concretude espúria da miséria do povo, do desmanche do Estado, a partir das políticas nefastas neoliberais e do avanço das formas mais conservadoras e reacionárias dos chamados poderes da “república”, com militares golpistas e entreguistas associados a justiça burguesa e o Congresso carreirista e lobista dos grandes negócios da classe dominante em conluio com o imperialismo.


Os grandes jornais da imprensa burguesa prestam um grande serviço a manutenção da ordem capitalista e subserviente aos ditames dos Estados Unidos e seus consortes europeus, mas a sua demagogia com ares de preocupação com o povo contribuem para escancarar a política do atraso nacional, como forma de dar continuidade aos ganhos absurdos de capital através da exploração da esmagadora maioria da população. O Jornal Folha de São Paulo no dia de ontem, 10 de fevereiro requenta publicação do G1 de agosto de 2021 ao abordar o assunto da pobreza e da fome de uma parcela absurda da população.


O jornal da família “Frias” Folha de são Paulo associado as organizações Globo publicou matéria explicando que o Auxílio Brasil de 600 reais teve perda de cerca de 40% com a inflação no último período. O portal UOL compara o Auxílio Brasil de Bolsonaro aprovado a toque de caixa com o Auxílio emergencial do início da pandemia. Segundo o UOL o Auxílio Brasil nasce valendo menos que o Auxílio Emergencial, ambos com o mesmo valor de 600 reais, porém, o último recém aprovado, com perdas inflacionárias de 40%. Se voltarmos no tempo para 2021 iremos constatar que o portal G1 já deixava claro a insuficiência das medidas econômicas para combater a fome em plena pandemia. Em agosto de 2021 o título da matéria já denunciava o escárnio total dos governos predatórios neoliberais com terceira via e Bolsonaro “Inflação elevada e auxílio emergencial menor reduzem a qualidade do prato feito dos mais pobres no Brasil”. Esclarecendo, que os jornalões da burguesia foram e são cúmplices do desastre promovido pelo golpe de Estado no Brasil, com sua ganância habitual em termos de uma volúpia extraordinária de imprimir de maneira acelerada e voraz a concentrar da renda e riqueza do país, deixando nervos e ossos para as populações mais pobres espalhadas pelo país. Além da ausência e inoperância das políticas públicas impostas pelos golpistas, como forma de garantir os lucros dos capitalistas, os jornalões de maneira demagógica procuram sempre se limpar da sujeira de apresentar o apoio a burguesia, a qual essas mesmas famílias, donas dos meios de comunicação pertencem como também parceiros de negócios.


Fome, miséria, desemprego, sem presente e futuro, se assim o povo depender da burguesia e do imperialismo. O Auxílio emergencial nunca foi suficiente, muito longe disso, assim como o Auxílio Brasil, mas também cabe afirmar o salário mínimo que não comporta o mínimo sustento das famílias brasileiras. Segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Estatísticos Socioeconômicos) o salário mínimo hoje teria que bater a casa dos 7 mil reais para que os trabalhadores pudessem viver dignamente. Certamente a burguesia irá fazer de tudo para barrar qualquer projeto de aumento desse mesmo salário de fome, onde o antídoto a esse veneno mortal lançado pela burguesia, que é a dependência extrema de subempregos, informalidade excessiva e migalhas de auxílio sempre será a organização do povo, apontando para a mobilização de apoio aos governos populares eleitos democraticamente e a força de pressão para as necessidades de conquistas e avanços da classe trabalhadora e do povo.

https://causaoperaria.org.br/2023/auxil ... -inflacao/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 12 Fev 2023, 20:37

NOTÍCIAS
ESCRAVIDÃO MODERNA
Escravo consumia mais que trabalhador assalariado mínimo
Capacidade de consumo e valor de um escravo era mais alto do que a do trabalhador que recebe um salário mínimo no Brasil

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Em levantamento, o Diário Causa Operária aponta que o escravo tinha uma capacidade de consumo maior do que o trabalhador assalariado que recebe um salário-mínimo.

O salário-mínimo atual no Brasil é de constrangedores R$ 1.302, um dos menores salários mínimos da América do Sul, e considerando que o Brasil seja a maior economia da América do Sul, a situação se torna ainda mais crítica. Só o Brasil é responsável por aproximadamente metade o PIB do subcontinente, conforme dados do Banco Mundial.


Em um país, cuja média dos preços de aluguéis é de R$ 1.890 e uma cesta básica custando por volta de R$ 750,74, como pode o trabalhador se alimentar adequadamente e ter uma moradia? Além de ter que viver nas piores casas para conseguir pagar o aluguel, os alimentos consumidos também têm de ser da pior qualidade, priorizando as marcas mais baratas e os alimentos com menor valor nutricional.

De acordo com o DIEESE, com base no cálculo mensal do custo de vida, o salário-mínimo, para que os trabalhadores possam viver com dignidade, deveria ser de R$ 6.641,58 em janeiro de 2023.


Para fazermos um comparativo, entre os anos de 1856 e 1862, 1 conto de réis (1 milhão de réis) comprava 1 escravo. Esse valor correspondia a 1 kg de ouro. A cotação do quilo do ouro, na data em que essa matéria foi escrita, estava em R$ 313.620,00. Em média, o custo de contratação de um trabalhador que recebe um salário-mínimo é de R$ 1.750,44. Considerando todos os encargos e direitos a serem pagos, um escravo teria o mesmo custo que 14 anos de um trabalhador assalariado.


É preciso considerar que, além de comprar o escravo, seu dono também precisaria descontar de seus lucros os custos de manutenção. E era necessário que o escravo se mantivesse saudável e apto para trabalhar, por isso era preciso alimentação, moradia e até mesmo segurança, pois o escravo era um “bem” muito caro para ser perdido. Considerando a natureza do trabalho pesado de um escravo, é de se esperar que esse tivesse que se alimentar para suportar a jornada.

Podemos ter uma ideia do tipo de moradia observando a obra Habitação de Negros, de Rugendas (1827-1835). Vemos a representação de uma cabana de escravos construída próxima à casa-grande, em cuja varanda a senhora observa os cativos. Chama a atenção o fato de ser a moradia supostamente de uma família escrava e não a tradicional senzala coletiva onde homens e mulheres eram trancados ao final do dia de trabalho. A cabana retratada era, possivelmente, a moradia de uma família que reunia pais, filhos, avós, irmãos, sobrinhos e até mesmo afilhados. A construção de pau-a-pique e coberta de sapé foi erguida junto à casa-grande. Mais ao fundo, se vê a sombra de uma segunda moradia de escravos. Ao redor da cabana pode-se reconhecer bananeiras, mamoeiros, uma pequena produção de abacaxis e um pé de mandioca. Galinhas ciscam no terreiro. Descreve Rugendas, a respeito:

“Em cada fazenda existe um pedaço de terra que lhes é entregue [para os escravos], cuja extensão varia de acordo como número de escravos, cada um dos quais cultiva como quer ou pode. (…) As cabanas dos escravos contêm mais ou menos tudo o que esse clima pode ser considerado necessário. Por outro lado, eles possuem galinhas, porcos, às vezes mesmo um cavalo ou uma besta, que alugam com vantagem porque a alimentação nada lhes custa (RUGENDAS, 1972, p. 141)


Longe de buscar uma apologia da escravidão, a presente matéria visa demonstrar que a escravidão, hoje, afeta toda a população assalariada, e pensamos ser livres por não estarmos presos a correntes.

A forma do trabalho assalariado é muito vantajosa ao patrão, que contrata o trabalhador livre e por ele não tem nenhuma responsabilidade. Basta pagar a miséria mensal chamada de salário-mínimo que está cumprindo sua parte. A solução para isso, por hora, deve ser o aumento imediato do salário-mínimo e a posterior instituição de uma escala móvel de salários. Porém, a superação da contradição dos salários é, evidentemente, superar a forma do trabalho assalariado, colocando os meios de produção diretamente sob controle da classe trabalhadora. A emancipação só pode ser conquistada com a derrota da burguesia e o fim das classes sociais.

https://causaoperaria.org.br/2023/escra ... do-minimo/
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Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 13 Fev 2023, 05:08

NOTÍCIAS
NOTÍCIAS
ENQUANTO BANCOS LUCRAM...
Auxílio emergencial já perdeu 40% do valor com inflação

Fome, miséria, desemprego, sem presente e futuro, se assim o povo depender da burguesia e do imperialismo
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Oauxílio emergencial de 600 reais, definido com atraso desde a pandemia que iniciou 2020 impulsionou ainda mais a escalada da desigualdade e pobreza extrema no país. Contudo, não bastasse o golpe e a administração entreguista do Estado brasileiro nas mãos do vampiro Temer, a fraude eleitoral que elegeu Bolsonaro e a Covid-19 instalaram o caos no Brasil, com raros momentos em que a população se sentiu tão esmagada pelo capitalismo predatório.
Cenas lastimáveis de pessoas entrando na fila do “osso” em açougues pelo país marcou profundamente um recorte claro entre as pessoas famintas e desesperadas em comparação com os bilionários banqueiros e especuladores como o “trio de ferro” da Ambev, Lojas Americanas e Telebrás, Lemann, Sicupira e Teles, além das famílias das oligarquias financeiras como Setúbal e Safra, entre outros tantos. Ainda nesse momento existe uma disputa acirrada entre a Era FHC e a Era do golpe com Temer e Bolsonaro no que diz respeito a concretude espúria da miséria do povo, do desmanche do Estado, a partir das políticas nefastas neoliberais e do avanço das formas mais conservadoras e reacionárias dos chamados poderes da “república”, com militares golpistas e entreguistas associados a justiça burguesa e o Congresso carreirista e lobista dos grandes negócios da classe dominante em conluio com o imperialismo.
Os grandes jornais da imprensa burguesa prestam um grande serviço a manutenção da ordem capitalista e subserviente aos ditames dos Estados Unidos e seus consortes europeus, mas a sua demagogia com ares de preocupação com o povo contribuem para escancarar a política do atraso nacional, como forma de dar continuidade aos ganhos absurdos de capital através da exploração da esmagadora maioria da população. O Jornal Folha de São Paulo no dia de ontem, 10 de fevereiro requenta publicação do G1 de agosto de 2021 ao abordar o assunto da pobreza e da fome de uma parcela absurda da população.
O jornal da família “Frias” Folha de são Paulo associado as organizações Globo publicou matéria explicando que o Auxílio Brasil de 600 reais teve perda de cerca de 40% com a inflação no último período. O portal UOL compara o Auxílio Brasil de Bolsonaro aprovado a toque de caixa com o Auxílio emergencial do início da pandemia. Segundo o UOL o Auxílio Brasil nasce valendo menos que o Auxílio Emergencial, ambos com o mesmo valor de 600 reais, porém, o último recém aprovado, com perdas inflacionárias de 40%. Se voltarmos no tempo para 2021 iremos constatar que o portal G1 já deixava claro a insuficiência das medidas econômicas para combater a fome em plena pandemia. Em agosto de 2021 o título da matéria já denunciava o escárnio total dos governos predatórios neoliberais com terceira via e Bolsonaro “Inflação elevada e auxílio emergencial menor reduzem a qualidade do prato feito dos mais pobres no Brasil”. Esclarecendo, que os jornalões da burguesia foram e são cúmplices do desastre promovido pelo golpe de Estado no Brasil, com sua ganância habitual em termos de uma volúpia extraordinária de imprimir de maneira acelerada e voraz a concentrar da renda e riqueza do país, deixando nervos e ossos para as populações mais pobres espalhadas pelo país. Além da ausência e inoperância das políticas públicas impostas pelos golpistas, como forma de garantir os lucros dos capitalistas, os jornalões de maneira demagógica procuram sempre se limpar da sujeira de apresentar o apoio a burguesia, a qual essas mesmas famílias, donas dos meios de comunicação pertencem como também parceiros de negócios.
Fome, miséria, desemprego, sem presente e futuro, se assim o povo depender da burguesia e do imperialismo. O Auxílio emergencial nunca foi suficiente, muito longe disso, assim como o Auxílio Brasil, mas também cabe afirmar o salário mínimo que não comporta o mínimo sustento das famílias brasileiras. Segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Estatísticos Socioeconômicos) o salário mínimo hoje teria que bater a casa dos 7 mil reais para que os trabalhadores pudessem viver dignamente. Certamente a burguesia irá fazer de tudo para barrar qualquer projeto de aumento desse mesmo salário de fome, onde o antídoto a esse veneno mortal lançado pela burguesia, que é a dependência extrema de subempregos, informalidade excessiva e migalhas de auxílio sempre será a organização do povo, apontando para a mobilização de apoio aos governos populares eleitos democraticamente e a força de pressão para as necessidades de conquistas e avanços da classe trabalhadora e do povo.



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Economia

Mensagem por E.R » 14 Fev 2023, 16:01

NOTÍCIAS
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... 2023.shtml

A Receita Federal alterou o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda 2023.

A partir deste ano, os contribuintes terão prazo maior, de 15 de março a 31 de maio.
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Mensagem por Chapolin Gremista » 14 Fev 2023, 18:54

NOTÍCIAS
CASO LOJAS AMERICANAS
Como “fazer dinheiro” a partir de dinheiro
Caso das Americanas mostra como os parasitas do capital financeiro lucramCASO LOJAS AMERICANAS

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AAmericanas S.A., uma das maiores companhias do varejo nacional, há cerca de um mês emitiu um Fato Relevante ao mercado, comunicando a existência de “inconsistências contábeis” em demonstrações financeiras de exercícios dos últimos anos, incluindo 2022. Tais “inconsistências”, que alcançam a cifra impressionante de cerca de 20 bilhões de reais, não refletem ainda segundo a empresa, todos os possíveis impactos do problema. Conforme o texto divulgado pela Companhia, a contabilização das operações de “risco sacado” (que acontecem quando um banco fornece crédito para pagamento de produtos de fornecedores), teria sido realizada de forma inadequada.

A empresa tomava empréstimos dos bancos para efetuar compras dos fornecedores mediante pagamento à vista, contraindo dívidas sobre as quais pagava juros. Na contabilização de parte das operações, nos últimos anos, os valores não foram inseridos na conta de dívida bancária da empresa e, sim, na conta de fornecedores, como se não houvesse a intermediação dos bancos no processo. Ou seja, maquiavam os balanços, visando acessar condições de crédito mais favoráveis.


Os números divulgados impressionam. A companhia vale atualmente R$ 1,3 bilhão na bolsa de valores brasileira. O valor da dívida da empresa, no pedido de recuperação judicial, é de R$ 43 bilhões. Ou seja, a dívida vale trinta e tantas vezes mais do que o valor de mercado da companhia. No mês de janeiro, o preço da ação da Americanas na bolsa caiu 85%, após a divulgação do rombo. Virou poeira. O grupo tem mais de 44 mil empregados diretos, contando com os empregos indiretos a estimativa é que chegue a mais de 100 mil trabalhadores. É muita gente prejudicada. Essa é a quarta maior recuperação judicial ocorrida no Brasil, atrás apenas de Samarco, Odebrecht e Oi.


Na lista de credores estão alguns dos mais importantes bancos do país: Deutsche Bank, Bradesco, Santander, BTG Pactual, Votorantim, Itaú Unibanco e Safra. Somente para essas 7 instituições financeiras, as Americanas devem quase 22 bilhões, metade da dívida total. A auditoria independente, responsável por auditar as contas das Americanas, é a Pricewater House Coopers (atualmente PwC), uma das mais bem conceituadas do mundo. Como essa empresa de auditoria não detectou um rombo dessa magnitude, que ao que tudo indica, é resultado de fraude? Vale sempre lembrar que as agências de classificação de risco, que dão notas para países, empresas e negócios, estabelecendo assim sua credibilidade financeira, erraram olimpicamente na super crise global de 2008/2009.


No Brasil, há oito anos, precipitaram o golpe encabeçado por Michel Temer, rebaixando a nota do país em 2015, quando a economia apresentava superavit primário todo ano. Nos governos de Michel Temer e Bolsonaro, que destruíram a economia do país, não se ouvia falar nessas agências. Dá para entender a razão: elas estão ao serviço dos bancos e do imperialismo.


O impacto da crise das Americanas na economia pode ser grande, porque, além da economia já estar estagnada ou crescendo pouco há vários anos, na relação de credores da companhia há o envolvimento de diversas cadeias produtivas, especialmente ligadas aos setores de alimentos, eletrônicos e tecnologia. Isso deve afetar o crescimento e os empregos desses setores. As previsões de crescimento do PIB para este ano giram em torno de 1%. Ou seja, a crise das Americanas agrava uma situação que, em si, já é extremamente difícil.


Uma das bases do esquema das Americanas era o de atrasar pagamentos a fornecedores, em períodos acima da média do mercado (em média mais de 180 dias, metade de um ano). Isso que os donos das Americanas eram tidos como “exemplos de gestores”. A empresa pegava o empréstimo no banco a taxas mais favoráveis, mas não pagava o fornecedor, atrasava o mais que podia. O dinheiro, claro, não ficava parado, era colocado na especulação financeira. Ao mesmo tempo, iam manipulando o balanço, escondendo o nível de endividamento.

Esse sistema foi montado com indústrias, bancos e fundos, que tinham vantagens no modelo estruturado. Todos os segmentos do capital, ganhavam. É muito difícil que os parceiros da empresa, pelo menos uma parte, não tivessem conhecimento de possíveis práticas irregulares nas Americanas. Afinal os montantes envolvidos nessas operações eram cada vez maiores. A indústria emitia as faturas para pagamento, a Americanas atrasava meses, e assim as empresas industriais bloqueavam o fornecimento de mercadorias. Era um padrão que se repetia: quando atrasava muito, as vendas eram interrompidas, a companhia fechava um contrato de “risco sacado” para a dívida, e então destravava a linha para retomar o ciclo de vendas.

O objetivo dos donos da companhia não era obter lucro com a venda das mercadorias, mas “fazer dinheiro” a partir de dinheiro, fenômeno típico da fase de financeirização da economia. Só pessoas muito ingênuas podem acreditar que um esquema desses não tivesse conhecimento da antiga diretoria das Americanas e dos chamados acionistas de referência (Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles). A direção da empresa está chamando de “inconsistência contábil’ um golpe monumental na praça, contra os milhares de acionistas minoritários e o mercado de capitais brasileiro.

Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil, com fortuna estimada em R$ 90 bilhões, um dos acionistas de referência das Americanas, é também um dos principais acionistas da Eletrobrás, privatizada no ano passado por Bolsonaro, em um processo cheio de ilegalidades. Os donos das Americanas são conhecidos por extrair de empresas o que é possível e depois “jogar a casca fora”. Costumam adotar métodos temerários de gestão visando ganhar o máximo de dinheiro no menor tempo possível. Não há nenhuma visão de geração de empregos, estratégia nacional, ou coisa que o valha.

O grande risco que corremos é o método predatório utilizado nas Americanas, já estar sendo desenvolvido na Eletrobrás. Nenhum país do mundo, que queira ser soberano, entrega o controle do seu sistema elétrico para a iniciativa privada, ainda mais para predadores. Energia elétrica não é o mesmo que os produtos vendidos pelas Americanas, que podem ser supridos pela concorrência. Um dos fundamentos da sustentabilidade econômica de um país é a sua capacidade de prover logística e energia para o desenvolvimento da produção, com segurança e em condições competitivas e ambientalmente sustentáveis. Sem alimentos e formas diversificadas de energia pública, não existe nação.

O caso das Americanas, e o fato dos compradores da Eletrobrás estarem diretamente envolvidos no processo, abre possibilidades concretas de revisão da privatização da Eletrobrás. Se o governo Lula, que está cercado por tubarões por todos os lados, quiser comprar essa briga fundamental, terá que se comunicar muito com a população e construir correlação de forças.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Fev 2023, 00:59

NOTÍCIAS
CONTRA A CARESTIA
Mobilizar por um aumento real do salário mínimo
Aumento de apenas 18 reais é uma miséria

De acordo com a Folha de S. Paulo, o governo Lula decidiu que irá conceder um reajuste adicional de R$18 ao salário mínimo. O aumento entrará em vigor no dia 1º de maio, Dia Internacional do Trabalhador, elevando-o de R$1.302 para R$ 1.320.

O reajuste anterior havia sido feito pelo então presidente Jair Bolsonaro, em medida provisória assinada no final de dezembro de 2022, que projetava um aumento de 1,4% acima da inflação acumulada do ano passado. Isto é, a nova adição ao salário feita pelo governo Lula será em cima deste aumento anterior.


No entanto, trata-se de um aumento irrisório: são só 20 reais a mais do que deu Bolsonaro. O salário de R$1.320 é um salário de fome, que mal serve para garantir as necessidades básicas dos trabalhadores. Em dólares, o salário mínimo brasileiro corresponde a US$250, um dos mais baixos da América Latina – ficando atrás, até mesmo, de países como Colômbia, Honduras e Equador.


Para se ter ideia, o preço médio de uma cesta básica no mês passado era de R$802,36. E, levando-se em conta que, para uma família de quatro pessoas são necessárias três cestas básicas por mês, já se tornaria impossível se alimentar regularmente com este salário mínimo de fome.


De acordo com a DIEESE – Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos –, o salário mínimo ideal, isto é, o necessário para atender as necessidades básicas do trabalhador brasileiro, seria de R$6.641,58. É válido lembrar que a reivindicação pelo salário mínimo do DIEESE é uma reivindicação antiga de toda a esquerda.

Apesar de haver críticas aos métodos do DIEESE, eles servem como uma base. Ou seja, no mínimo, este seria o salário mínimo necessário para atender as necessidades do povo.


Diante dessa situação desesperadora dos trabalhadores, Lula precisa tomar medidas capazes de dar um choque na situação: tal é a única maneira de ampliar e de fortalecer sua base de apoio entre o povo. Portanto, é preciso anunciar um aumento verdadeiro do salário mínimo, não apenas uma adição de 18 reais em cima do que Bolsonaro já havia dado.

O presidente Lula havia chamado a CUT para apresentar uma proposta de aumento do salário mínimo. Até o momento, a central sindical ainda não a apresentou, mas o seu vice-presidente nacional Vagner Freitas fez uma reunião, em janeiro, com Haddad, e declarou que a entidade trabalhará por um salário mínimo maior que R$1.320.


Ao que tudo indica, o anúncio oficial do novo aumento do salário mínimo deve ser realizado em 1º de maio. É preciso ter claro que se, de fato, o aumento for de apenas 18 reais, se tratará de uma notícia muito negativa para a classe operária de conjunto e para o próprio governo.

Não aumentar o salário mínimo é ruim para o governo, porque, uma vez que toda burguesia se opõe a Lula – desde o capital imperialista até a burguesia nacional, que, por medo da ação da classe operária, adquire um caráter reacionário –, a única base de sustentação do companheiro são os trabalhadores. E, de fato, foi através da mobilização da classe operária que Lula ganhou as eleições; no entanto, um governo não é capaz de se sustentar apenas sobre um apoio eleitoral.

Para Lula seguir governando, ele teria de transformar a qualidade desse apoio meramente eleitoral, de característica passiva, que recebeu dos trabalhadores em uma defesa ativa do governo contra os ataques da burguesia. Essa defesa do conjunto do governo contra as tentativas de derrubá-lo só pode ser conseguida através de medidas de impacto; isto é, através de medidas capazes de tirar, em primeiro lugar, as organizações operárias da paralisia.

E um salário mínimo decente, capaz de assegurar as condições básicas de vida, é uma delas. Se o governo Lula iniciasse uma ampla campanha, em conjunto com a CUT, pelo seu aumento – e, uma vez que o companheiro é presidente da República, editasse um decreto garantindo tal reajuste –, certamente o apoio ao petista extrapolaria e muito sua base. Amplos setores da classe operária, inclusive os que se encontram menos envolvidos na luta política, se colocariam nas ruas em uma defesa ativa do governo contra os ataques da imprensa burguesa e em apoio a uma política de aumento real do salário mínimo.

Se Lula entende que não é possível chegar ao salário mínimo do DIEESE por decreto, por considerar que o governo é demasiado fraco, que falta sustentação popular, que paira no ar no Congresso e que não resistiria aos ataques da imprensa; no mínimo, deveria aumentá-lo para R$2.000. Tratar-se-ia de um ganho significativo e já bastaria para colocar um amplo movimento de massas em defesa do governo.

De todo modo, a questão do salário mínimo é fundamental na situação política. É um dos principais meios de mobilizar a classe operária, que deve ser a maior força de defesa do governo Lula. A compreensão da importância de ter uma política voltada a um salário mínimo forte deriva de entender que o parlamento, que as instituições e que a burguesia de conjunto não sustentarão, mas, ao contrário, farão tudo que puderem para derrubar Lula.

O presidente Lula tem meios extraordinários à sua disposição, isto é, que não se costuma ter regularmente. Além de uma grande base popular – que, embora não esteja mobilizada no momento, é gigante –, ele tem meios de, através de decretos presidenciais, expor a política que defende. Portanto, Lula precisa radicalizar, ir à esquerda com o objetivo de impulsionar a mobilização entre a sua base; já os sindicatos devem imediatamente sair às ruas e cobrar do governo medidas mais duras no combate à carestia.

Da parte dos trabalhadores, não se pode esperar. É preciso imediatamente exigir um aumento real do salário mínimo, que atenda às suas necessidades, que seja o do DIEESE – e que, emergencialmente, seja de R$2.000. Evidentemente, ninguém deve esperar de braços cruzados uma virada de Lula à esquerda – até porque, para que Lula possa ter uma política mais ao encontro dos trabalhadores, por conta das especificidades do nacionalismo burguês, ele precisa da mobilização popular em seu apoio.

https://causaoperaria.org.br/2023/mobil ... io-minimo/
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