Economia

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Re: Economia

Mensagem por Barbano » 14 Abr 2019, 09:07

O problema é que o preço dos alimentos depende muito da safra, que depende das condições climáticas. Os produtos de hortifruti estão bem caros, e não tem muito o que se possa fazer (curto prazo)
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 15 Abr 2019, 10:25

O ESTADO DE S.PAULO

O Ministério da Economia prepara pacote de medidas para tentar destravar a atividade econômica, com propostas para aumentar a produtividade e diminuir o desemprego.

Serão quatro grandes planos, previstos para ser colocados em prática em 90, 180 e 360 dias.

O primeiro a ser lançado será o Simplifica, com 50 medidas para desburocratização do setor produtivo.

O eSocial, formulário digital no qual os empregadores repassam informações dos trabalhadores ao governo, deve ficar mais fácil de ser usado.

Em outra frente, o Emprega Mais será voltado para a qualificação de pessoal e usará recursos do governo e parte do que é destinado hoje para o Sistema S. Vales serão oferecidos para empresas e trabalhadores investirem em treinamento.

O Pró-mercados será destinado à retirada de barreiras regulatórias, para facilitar a entrada de novas empresas no mercado.

Por fim, o Brasil 4.0 traz medidas para estimular a modernização da gestão de empresas.

O secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, antecipa que o plano foi feito com base na demanda das associações representativas do setor produtivo, ouvidas nesses primeiros 100 dias de governo.

“As empresas enfrentam um série de complexidade e vamos começar um grande processo de simplificação”, diz Costa. “O Brasil poderia estar crescendo mais se não fossem as amarras ao setor produtivo”.

Entre as medidas, está uma completa reformulação do eSocial, formulário digital pelo qual as empresas comunicam ao governo informações relativas aos trabalhadores, como vínculos, contribuições previdenciárias, folha de pagamento, aviso prévio e dados sobre o FGTS.

Segundo Carlos da Costa, o eSocial é um sistema extremamente complexo, que hoje demanda muitas horas e atrapalha o dia a dia das empresas. “Imagina um sistema mil vezes mais complexo do que a sua declaração de Imposto de Renda. E as empresas têm de preencher todo mês”, diz Costa. “As empresas não aguentam esse eSocial.”

No Emprega Mais, o governo adotará uma nova estratégia nacional de qualificação de pessoal, que vai usar o modelo conhecido como “vouchers” (vales). Eles serão oferecidos para empresas e trabalhadores investirem na qualificação. Para conceder os vales, o governo vai ouvir a demanda específica de vaga.

O financiamento dos vouchers será feito uma parte pelo governo e a outra com recursos que são atualmente direcionados ao Sistema S. O objetivo do governo é, agora, redirecionar os cursos gratuitos que já são oferecidos pelo sistema.

É provável também que seja usado dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), responsável pelo pagamento de seguro-desemprego e abono salarial. A avaliação da efetividade desse programa estará relacionada com a empregabilidade e aumento de renda. Se houver aumento de vagas, o governo conseguirá reduzir as despesas do FAT com o seguro-desemprego. O vale poderá ser utilizado em lugares credenciados pelo governo.

A equipe econômica também vai implantar as licitações de cursos com metas de empregabilidade. O edital para a seleção definirá um porcentual de contratação de emprego que as empresas qualificadoras terão de cumprir.

No plano Pró-mercados, a ideia é retirar, por meio de mudanças regulatórias, as barreiras ao pleno funcionamento do mercado. “O Brasil é um dos piores países no ranking de barreiras à competição interna”, diz Costa. Entre as áreas escolhidas, ele citou saneamento, medicamentos, óleo e gás, bancos, propriedade de terras e algumas áreas de telecomunicações. No setor farmacêutico, o governo caminha para liberar preços de medicamentos isentos de prescrição nos quais há mais de uma marca.

Para ele, o mercado brasileiro inibe a entrada de novos concorrentes, que veem o controle de preços pelo governo como risco para grandes investimentos. “O Brasil tem excesso de regulamentação”, afirma.

O plano Brasil 4.0 contém medidas para estimular a digitalização e a modernização dos processos de gestão das companhias. O governo vai usar estudos da OCDE para fomentar o uso da tecnologia no dia a dia das empresas e consumidores.
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Re: Economia

Mensagem por Victor235 » 17 Abr 2019, 20:55

Bolsonaro interrompe política de aumento real do salário mínimo
O governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) propôs, nesta segunda-feira (15), que o Orçamento de 2020 preveja uma correção do salário mínimo apenas pela inflação.
Na prática, a medida interrompe uma política pública que permitiu 25 anos de ganhos reais aos trabalhadores.
O fim dos ganhos acima da inflação está em linha com uma das bandeiras do ministro da Economia, Paulo Guedes, que defende uma ampla desvinculação do Orçamento.
Para cada R$ 1 de aumento no valor do mínimo, o governo amplia cerca de R$ 300 milhões as despesas anuais.
Conforme antecipou a Folha, o projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) também prevê que os militares serão a única categoria do serviço público autorizada a ter reajuste de salários e benefícios em 2020.
A liberação será feita antes mesmo da aprovação da reestruturação da carreira militar proposta pelo governo e em tramitação no Congresso. Em direção contrária, o projeto barra reajustes para todos os servidores civis.
"Não teremos política de reajuste [para o serviço público], precisamos controlar esse gasto", disse secretário.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... nimo.shtml
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Re: Economia

Mensagem por Barbano » 18 Abr 2019, 22:43

Boa medida. No momento que o país vive ela é necessária. A economia brasileira está do mesmo tamanho da economia de 2011, tivemos uma década perdida. Não dá para ter reajuste real se a economia não cresce.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 23 Abr 2019, 04:09

O ESTADO DE S.PAULO

Com fábricas produzindo muito abaixo da capacidade e pessoal muito reduzido, empresários da indústria continuam à espera de um sinal de Brasília para pisar no acelerador e entrar em recuperação mais firme.

A economia continua travada e a maior parte da indústria de transformação opera em nível inferior ao de antes da crise.

A maior parte das fábricas mantém um baixo grau de utilização das máquinas, equipamentos e instalações. Na média dos 15 segmentos analisados, só houve uso de 74,6% da capacidade instalada no primeiro trimestre deste ano.

Entre janeiro e março deste ano, só os segmentos farmacêutico e de papel e celulose superaram sua média histórica. Um terceiro, o de vestuário, funcionou dentro de seu padrão normal. Todos os demais continuaram com ociosidade maior que a observada antes da crise.

A estagnação da indústria de transformação é atribuível, em primeiro lugar, ao baixo consumo das famílias. A moderação nas compras está claramente associada à insegurança, num ambiente de alto desemprego. Nem todas as famílias perderam renda, mas a maioria tem excelentes motivos para ser muito cautelosa nas despesas.

Diante do consumo retraído, os dirigentes de indústrias são levados a limitar severamente a formação de estoques.

Nem acumulam estoques de produtos prontos, porque as vendas são incertas, nem compram matérias-primas e bens intermediários além do volume necessário numa situação de negócios fracos.

Ao restringir as compras de matérias-primas e bens intermediários, transmitem a crise aos elos anteriores da cadeia de produção.

Com baixo uso de máquinas, equipamentos e instalações, há pouco ou nenhum motivo para investir na capacidade produtiva. Não teria sentido acumular bens de capital ou ampliar galpões, quando o parque produtivo ainda está largamente subutilizado.

Tem havido, apesar disso, algum investimento, porque parte das empresas deve estar sendo forçada a substituir máquinas e equipamentos muito velhos. Em algumas, pode estar ocorrendo uma substituição de bens de capital por outros mais modernos, mas, de modo geral, faltam estímulos para investir.

Isso se reflete na indústria de máquinas. No primeiro trimestre, o segmento usou 69,9% da capacidade instalada, ficando muito abaixo da média histórica de 80,3%. A diferença entre o uso atual da capacidade e a média de utilização nesse segmento é a maior encontrada em todo o levantamento.

O exame dos 15 segmentos industriais enriquece, enfim, o quadro geral já apontado pela FGV : entre o trimestre móvel encerrado em novembro e aquele terminado em fevereiro o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) foi zero. Nulos são ainda os sinais de melhora.

Permaneceu no Brasil a insegurança em relação à política e às perspectivas da economia. O escasso envolvimento do presidente na condução da reforma da Previdência foi certamente um dos fatores negativos. Também pesou a dificuldade na relação com o Legislativo.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 11 Mai 2019, 03:56

O ESTADO DE S.PAULO

Os preços da comida subindo mais devagar são uma das poucas notícias positivas do noticiário econômico, ainda carregado de informações muito ruins.

Com os preços da comida subindo mais devagar, a inflação atormentou as famílias um pouco menos em abril e a tendência parece confirmar-se em maio.

Esta é uma das poucas notícias positivas do noticiário econômico, ainda carregado de informações muito ruins sobre o emprego, o consumo e a produção industrial.

Os primeiros quatro meses do novo governo foram muito difíceis em quase todas as frentes da economia.

No lado interno, os negócios permaneceram emperrados.

No externo, as exportações têm perdido impulso e o superávit comercial tem diminuído.

Mas pelo menos o orçamento familiar ficará menos pressionado, se a inflação continuar a acomodar-se e convergir de novo para a meta anual de 4,25%. Entre março e abril a chamada inflação oficial passou de 0,75% para 0,57%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As taxas acumuladas no ano (2,09%) e em 12 meses (4,94%) ainda são muito altas, mas parece confirmar-se a tendência de arrefecimento prevista há algum tempo pelo Banco Central (BC).

O custo do item alimentação e bebidas, principal motor do IPCA nos primeiros meses do ano, começa a perder impulso. Em abril, subiu 0,63%, menos de metade da taxa contabilizada no mês anterior, de 1,37%. Esse item, o mais importante na composição do índice, contribuiu em março com 0,34 ponto da taxa total de 0,75 ponto. Em abril, o impacto ficou em 0,16 ponto.

Impactos maiores tiveram os itens transportes (0,17 ponto) e saúde e cuidados pessoais (0,18 ponto). Este último componente refletiu o reajuste anual de remédios, em vigor desde 31 de março.

Itens de higiene pessoal e planos de saúde também foram reajustados.

A partir de maio, esse fator, obviamente sazonal, deixa de impulsionar o IPCA. Medicamentos mais caros já estarão incorporados no orçamento das famílias e naturalmente afetarão o bem-estar dos consumidores, mas deixarão de impulsionar o conjunto dos preços.

O IPCA é calculado com base no orçamento médio de famílias com rendimento mensal de 1 a 40 salários mínimos.

Mas o IBGE acompanha também a inflação das famílias mais modestas, com ganho mensal de até 5 salários mínimos.

Esse grupo foi especialmente sacrificado pelo forte aumento dos preços da comida no trimestre inicial de 2019.

A partir do mês passado, também os consumidores dessa faixa de renda foram beneficiados pela acomodação, ou início de acomodação, do custo dos alimentos. Em março, o item alimentação e bebidas havia encarecido 1,50%. Em abril, o aumento ficou em 0,64%, menos de metade da taxa do mês anterior. Principalmente graças a esse fator, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), baseado nos gastos da faixa mais modesta, subiu 0,60% em abril, ou 0,17 ponto menos que no mês anterior.

O arrefecimento da inflação foi mostrado também pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em seu Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI). Esse indicador é formado por três componentes : preços por atacado, preços ao consumidor e custo da construção, com pesos de 60%, 30% e 10%. A alta do IGP-DI passou de 1,07% em março para 0,90% em abril. No mês passado, os preços por atacado subiram 1,09%, bem menos que no mês anterior (1,35%). No caso dos preços ao consumidor, a taxa de variação recuou muito limitadamente, de 0,65% para 0,63%. Já o custo da construção ganhou impulso, passando de 0,31% para 0,38%.

A melhor notícia apareceu nos preços por atacado, no subgrupo alimentos in natura, com aumento de 0,50% em abril. Em março, a alta havia sido de 8,13%. A ampla acomodação no atacado indica menor pressão sobre os preços de consumo nos meses seguintes.

Diante dos sinais de inflação mais suave, o BC pode manter os juros básicos em 6,50% por mais um bom tempo. Essa taxa foi mantida pela nona vez na reunião de política monetária encerrada na quarta-feira.
Esses primeiros meses do ano são um inferno na parte econômica : sobretudo com o Imposto de Renda em abril e com alguns impostos (tipo IPTU e IPVA) logo no primeiro bimestre.

Fora a inflação (aqui no Rio tem a gasolina com o preço mais caro do país e o aumento dos preços dos alimentos esse ano foi altíssimo).
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 20 Mai 2019, 18:28

https://economia.estadao.com.br/noticia ... 0002835508

Passados cinco anos do início da deterioração econômica brasileira – o trimestre entre abril e junho de 2014 foi o primeiro da recessão – nenhum setor produtivo voltou ao patamar pré-crise.

Na mais lenta retomada da história do país, a construção civil ainda está 27% aquém do registrado no começo de 2014 e a indústria, 16,7%.

Um pouco menos atingidos, serviço e varejo também sofrem para se recuperar e estão em níveis 11,7% e 5,8% inferiores ao de 2014, respectivamente.

O processo é tão vagaroso, com frustrações de expectativa de crescimento trimestre após trimestre, que economistas têm tido dificuldade para explicar o que ocorre no País. “Há uma diversidade de diagnósticos. Quando se tem isso, é porque ninguém está entendendo direito o que está acontecendo – o que é raro de se ver”, diz o economista-chefe do Banco Votorantim, Roberto Padovani.

Um dos mais recentes diagnósticos para a situação brasileira é do ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore.

Para o economista, o país está em depressão, pois o PIB per capita cresceu de forma insignificante nos últimos dois anos (0,3% em cada ano) e deve terminar 2019 no mesmo nível de 2018. Isso significa que, em dezembro deste ano, o indicador estará 8% abaixo do registrado antes da recessão.

“O conceito que estou usando (para definir depressão) é o de PIB per capita, que mostra que a população empobreceu e continua pobre. As perspectivas de crescimento deste ano indicam que isso não vai mudar”, diz.

Se o PIB voltar a crescer a uma taxa de 2% no próximo ano, o PIB per capita atingirá o nível anterior à recessão em 2026, ou 13 anos após o início dela. Na crise de 1988, essa recuperação levou nove anos.

O fato de a recessão ter sido a mais profunda da história e ter gerado uma grande ociosidade na indústria, o que torna investimentos quase desnecessários, é apontado como um dos motivos para a retomada ser tão lenta. “Havia a ideia de que a mudança do ciclo político (com a chegada de Michel Temer à Presidência, em 2016) daria um choque de confiança e melhoraria a situação. Mas houve uma frustração, porque a ociosidade era tão grande que mesmo os mais otimistas não investiram”. Em 2016, o economista previa que o PIB levaria dois anos para voltar ao patamar do fim de 2014; a lentidão da recuperação, porém, empurrou a projeção para 2021.

Além da ociosidade, surgiram neste ano novos ingredientes que têm retardado a recuperação ainda mais. O economista Claudio Considera, do Ibre/FGV, coloca a instabilidade política como uma das responsáveis pela frustração das expectativas em 2019. A falta de coordenação do governo, afirma ele, assusta o investidor estrangeiro – um dos poucos agentes econômicos que poderiam injetar capital na infraestrutura brasileira e movimentar a atividade, dado o elevado nível de endividamento do governo e o fato de grandes empreiteiras ainda sofrerem os impactos da Lava Jato.

A instabilidade política impede, ainda, o avanço da reforma previdenciária, vista como essencial para organizar as contas públicas. “A economia não cresce porque há incerteza em relação à trajetória fiscal, e isso passa pela reforma”, afirma o economista-chefe do BNP Paribas para a América Latina, José Carlos Faria.

Sócia da consultoria Tendências, Alessandra Ribeiro cita ainda como freio à economia em 2019 a desaceleração global, a tragédia de Brumadinho, que reduzirá a produção nacional de minério de ferro em 6,5% neste ano, segundo estimativa da própria economista, e à crise na Argentina, que reduziu suas importações do Brasil.
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Re: Economia

Mensagem por Victor235 » 22 Mai 2019, 20:58

Império de Jamie Oliver entra em falência e ameaça mais de mil empregos
Total de 25 restaurantes do chef inglês será afetado; maioria dos estabelecimentos envolvidos pertencem à cadeia italiana de Jamie.
Ele acusou o Brexit de ter causado um aumento dos preços — devido à desvalorização da libra esterlina desde o referendo de junho de 2016 – dos ingredientes usados para preparar seus pratos italianos.
https://exame.abril.com.br/negocios/imp ... -empregos/
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 25 Mai 2019, 22:02

https://economia.estadao.com.br/noticia ... 0002842946

O plano aventado por Jair Bolsonaro que poderia trazer benefício “maior que o da reforma da Previdência” já estava em discussão no Congresso desde 2017.

Um projeto de lei apresentado pelo então senador Flexa Ribeiro (PSDB) naquele ano versava sobre a alteração temporária das regras de declaração de bens no imposto de renda, permitindo aos contribuintes que atualizassem o valor de imóveis e antecipassem o pagamento de tributos.

Sempre que há a venda de bens, é preciso pagar o imposto sobre ganho de capital, cuja alíquota varia de 15% a 22,5%. A ideia do projeto, que chegou a ser remetido à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, era criar uma janela de oportunidade de alguns meses para que os interessados pudessem modificar o valor do imóvel e recolher o tributo devido antecipadamente com desconto.

O plano era atrair aqueles que já pensavam em se desfazer de imóveis ou até de participações em empresas, já que o projeto falava em venda de bens de forma geral.

A vantagem para o contribuinte seria pagar uma alíquota menor, de somente 10%. Para o governo, o benefício seria aumentar a arrecadação.

A medida, pensada para ser uma espécie de “Refis de ganhos de capital”, foi elaborada como forma justamente de estimular a arrecadação do governo num momento de crise econômica, disse o advogado Luiz Gustavo Bichara, que ajudou a formular o projeto com Helenilson Pontes, seu sócio no escritório Bichara Advogados. Ele afirma, contudo, que não é possível fazer uma estimativa de arrecadação. “Seria um chute”, disse.

Na quarta-feira, durante café da manhã com deputados em Brasília, Jair Bolsonaro afirmou que será apresentado em breve um projeto para aumentar a arrecadação federal. “Com todo respeito ao Paulo Guedes, a previsão de nós termos dinheiro em caixa é maior do que a reforma da Previdência em 10 anos (estimada em pelo menos R$ 1 trilhão). E ninguém vai reclamar desse projeto”, disse.

No mesmo dia, o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, explicou que o plano em análise envolvia a reavaliação de patrimônio, que normalmente é declarado por seus “valores históricos”, mas poderia ser declarado por valor de mercado. Ele disse que se tratava de uma solicitação do presidente e que ainda não analisara o projeto.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 30 Mai 2019, 03:32

https://www.em.com.br/app/noticia/polit ... enda.shtml

O presidente da Frente Parlamentar da Reforma Tributária, deputado Luís Miranda (DEM), protocolou, na última terça-feira (28), o Projeto de Lei nº 3.129/2019, que atualiza a tabela do Imposto de Renda (IR) para consumidores e empresas e institui a tributação sobre lucros e dividendos.

Tudo transcorre em uma articulação capitaneada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). Ontem, ele promoveu, na residência oficial da Casa, no Lago Sul, um jantar da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) para discutir a reforma tributária em todas as vertentes possíveis.

Pela PEC 45/19, pelo PL nº 3.129/19 e pela formação de um grupo de trabalho para combate a fraudes e sonegação no sistema tributário. Participam da interlocução nomes como Luis Miranda; o presidente nacional do DEM, ACM Neto, prefeito de Salvador; o autor da PEC 45, Baleia Rossi (MDB), líder do partido na Câmara; e o próprio presidente da FPA, Alceu Moreira (MDB).

A reforma tributária inclui, ainda, outro emedebista, o presidente da Comissão de Finanças e Tributação (CFT), Sérgio Souza (PR). A articulação não se limitará ao MDB e ao DEM e abrangerá, também, o PSDB, na figura do deputado Celso Sabino (PA), vice-líder da legenda na Câmara.

Será ele o relator do PL nº 3.129/19 que, se aprovado, ampliará a arrecadação no país.

O texto isenta da contribuição do IR quem recebe até quatro salários mínimos e reduz as demais alíquotas, atualmente em 27,5%, das demais faixas de renda. Apenas a banda entre R$ 9.980,01 e R$ 33.932 permanecerá com a taxa atual.

O projeto prevê, ainda, a taxação de 20% sobre os dividendos, o lucro líquido distribuído para acionistas. Em contrapartida, o IR sobre as empresas será reduzido, ou seja, na prática, o projeto de lei amplia o poder de compra das famílias e possibilita às companhias investirem mais.

No jantar na residência oficial da Câmara, uma das pautas tratadas foi a tramitação do nº PL 3.129 em regime de urgência urgentíssima, que possibilita incluir a matéria na Ordem do Dia do plenário.

A avaliação de lideranças que discutem a reforma tributária é que a aprovação da matéria daria um enorme protagonismo ao Congresso.
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Re: Economia

Mensagem por Barbano » 30 Mai 2019, 08:52

É o PL da bruxaria. Reduz as alíquotas e aumenta a arrecadação. Pode apostar que tem alguma jabuticaba aí...

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Re: Economia

Mensagem por E.R » 31 Mai 2019, 05:30

O ESTADO DE S.PAULO

Até um voo de galinha, um crescimento sem fôlego, seria bem-vindo num país assolado pelo desemprego, mas nem isso os desempregados, subempregados e desalentados tiveram no primeiro trimestre do novo governo, quando a economia encolheu 0,2%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A atividade continuou fraca em abril e em maio, desanimando empresários e consumidores e derrubando as previsões para este ano. Até o governo cortou sua previsão. Com a confirmação oficial do péssimo começo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre a liberação de dinheiro do PIS-Pasep e do FGTS. Um sinal, enfim, de um empurrãozinho nos negócios e no emprego ? Nada disso, por enquanto. Só depois de aprovada a reforma da Previdência, disse o ministro. Se essas torneiras forem abertas “sem as mudanças fundamentais”, explicou, o resultado será um voo de galinha. E os vinte e tantos milhões de desocupados e marginalizados do mercado de empregos ?

Terão de esperar, porque o ministro e seus colegas de governo parecem pouco preocupados com essa gente. Ou, no mínimo, pouco atentos a detalhes do dia a dia, como as condições para comprar comida, remédios, sabonetes e também passagens para ir em busca de ocupação ou até a uma entrevista de emprego.

Tudo se passa, em Brasília, como se só o longo prazo importasse. De fato, crescimento duradouro só se alcança com previsibilidade, confiança, investimentos produtivos, educação e treinamento. A reforma da Previdência é importante para criar um horizonte mais claro. Mas as pessoas precisam comer no curto prazo. Além disso, até um voo de águia depende de um impulso inicial. Por que deixar esse impulso para depois de aprovada a reforma ?

Nem mesmo um pequeno impulso moveu a economia nos primeiros três meses. Nesse período, o Produto Interno Bruto (PIB) foi 0,2% menor que nos meses de outubro a dezembro de 2018, quando a produção, já se arrastando, avançou apenas 0,1%. Os sinais de otimismo em relação ao novo governo logo se dissiparam.

O presidente se manteve ocupado com estranhas prioridades, como mudança da embaixada em Israel. Ministros se atropelaram ou se meteram em confusões, faltou coordenação no Executivo, a base parlamentar falhou e a equipe econômica se concentrou em assuntos de longo prazo, como se o País, sem milhões em condições dramáticas, pudesse esperar as grandes mudanças institucionais.

Sem recursos e sem confiança, as famílias consumiram apenas 0,3% mais que no trimestre final de 2019. Consumidores em condições melhores poderiam ter dado um impulso a mais à produção. Nesse quadro de estagnação interna e exportações travadas, a indústria de transformação produziu 0,5% menos que no trimestre imediatamente anterior. Poderia ter tido um desempenho muito melhor, sem dificuldade, porque o setor trabalha com cerca de 30% de capacidade ociosa. Poderia também ter oferecido mais empregos – e empregos formais.

Com ampla capacidade ociosa, o setor empresarial teria pouco estímulo para investir em máquinas, equipamentos e obras, especialmente diante de um horizonte opaco. O governo, sem dinheiro e enrolado em confusões, pouco poderia contribuir para a formação de capital fixo. Somados esses fatores, o investimento foi 1,7% menor que no trimestre final de 2019. Investir em infraestrutura será crucial para um crescimento duradouro, mas para isso será preciso avançar em licitações e em mobilização de capital privado.

A aprovação da reforma da Previdência, embora essencial, será insuficiente para prover o impulso necessário à movimentação da economia. Ao anunciar a liberação de recursos para as famílias, o ministro Paulo Guedes parece endossar esse ponto de vista. Seria melhor – e mais humano – antecipar esse impulso.
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Re: Economia

Mensagem por Victor235 » 06 Jun 2019, 00:20

Governo estuda trocar notas de R$ 100 e R$ 50
https://www.oantagonista.com/brasil/gov ... 00-e-r-50/
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Re: Economia

Mensagem por Barbano » 06 Jun 2019, 09:18

Mais uma ideia de "jênio". :panc:
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Victor235Jacinto

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E.R
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 09 Jun 2019, 13:07

O ESTADO DE S.PAULO

O Brasil tem hoje uma fila de 35 acordos já negociados e assinados com outros países, mas que ainda aguardam a burocracia andar para que possam entrar em vigor.

Na lista, há desde tratados de livre-comércio, que abrem mercados aos produtos brasileiros no exterior, até acordos para evitar a dupla tributação, que permitem a empresas e investidores pagarem menos impostos.

As empresas brasileiras, por exemplo, já poderiam disputar licitações para compras dos governos de Argentina, Paraguai e Uruguai – um mercado potencial de US$ 80 bilhões.

Mas, apesar de um pacto nesse sentido já ter sido firmado com os vizinhos, as regras não entraram em vigor. Os brasileiros também já poderiam estar livres de pagar a tarifa de “roaming” ao usar o celular no Chile. O acerto que permitirá tal vantagem, no entanto, ainda não foi validado.

O governo vem tentando acelerar a assinatura de novos tratados. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta semana que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia deve ser firmado “em três ou quatro semanas”. Há outros em negociação, como o de livre-comércio com o Canadá. É um esforço para promover a abertura comercial do País, considerado muito fechado.

Mas o “estoque” atual de 35 acordos, compilados pela secretaria executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), indica que o problema não está somente na dificuldade em fechar novos tratados.

Após assinado, cada acordo tem de percorrer um longo caminho em Brasília. A primeira etapa ocorre no Executivo, responsável pela negociação com o outro país. Após assinado, o acordo é enviado ao Congresso. Lá, passa por comissões e pelo plenário das duas Casas. Se aprovado, é devolvido ao Executivo para que seja publicado um decreto presidencial. É a partir desse momento que as novas regras começam a valer. O vaivém entre os Poderes é uma exigência da Constituição, que determina que o Congresso aprecie o mérito do acordo. O problema é que tanto o Legislativo quanto o Executivo têm demorado muito tempo para cumprir sua parte no processo. Em média, são quase quatro anos e meio entre a assinatura do acordo e sua entrada em vigor, indica estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que analisou 19 acordos considerados como de maior impacto econômico da lista de 35 monitorados pelo governo.

A morosidade para a validação de acordos é uma dificuldade antiga, mas nos últimos anos novos trâmites burocráticos tornaram o processo mais penoso, segundo representantes do empresariado e integrantes do governo ouvidos pelo Estado de S.Paulo.

Desde o governo Dilma Rousseff, a Casa Civil passou a solicitar a manifestação jurídica dos ministérios afetados pelo acordo antes de enviá-lo ao Congresso. Em muitos casos, uma nova manifestação é exigida quando o texto retorna do Legislativo. No governo de Michel Temer, um decreto acabou formalizando essa praxe.

Ocorre que, ao costurar um acordo, o Itamaraty já ouve os ministérios. Segundo a secretaria executiva da Camex, o objetivo da nova consulta antes do envio ao Congresso é garantir que todos os órgãos se manifestem. A Camex admite, porém, que essa etapa constitui hoje o principal gargalo para a tramitação dos atos internacionais.

Para Diego Bonomo, gerente executivo de Assuntos Internacionais da CNI, o processo de inserção internacional do País poderia estar muito mais avançado não fosse a burocracia. “Gastamos muita energia para negociar novos acordos, mas passamos a ter um problema muito maior quando finalmente os assinamos.”
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