Tecnologia

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Victor235
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Re: Tecnologia

Mensagem por Victor235 » 15 Dez 2019, 20:39

Vocês levaram ao pé da letra meu comentário por considerar só capinha da venda da esquina como "capa de celular".

Meu celular anterior, o LG G3, tinha uma case com um círculo na frente que mostrava a hora e dava diversas opções de uso enquanto o celular estava fechado (trocar música, atender ligações e até uma foto rápida). Uma capa assim complementa o celular sim, não tenho a menor dúvida.

A capa do meu celular atual custou muitas vezes o preço indicado pelo Fabão e deixou meu Zenfone 3 bem bonito, com um tipo de couro azul o protegendo. Por outro lado, não coloquei a película (nenhuma loja daqui tinha no tamanho exato do modelo).

Mas usar capa também tem seus poréns: a minha atual já está ficando gasta e começou a "desfiar".
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Re: Tecnologia

Mensagem por Bia N » 15 Dez 2019, 22:03

E eu sigo usando meu lg l90. Até pouco tempo atrás usava capa nele, quando joguei fora porque estava quebrando, e agora tô sem por não venderem mais pra esse modelo. Pelo menos ainda não joguei fora a película.
Ela não desapareceu, apenas se escondeu.


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Re: Tecnologia

Mensagem por E.R » 30 Dez 2019, 13:37

https://valor.globo.com/empresas/notici ... aria.ghtml

O governo decidiu apostar na alternativa de convivência da quinta geração da telefonia móvel (5G) na faixa de 3,5 gigahertz (GHz) com as antenas parabólicas que recepcionam o sinal de satélite da TV aberta no meio rural pela banda C.

Essa sinalização, defendida pelas operadoras de telecomunicações, é aguardada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para avançar na definição do edital de venda de licenças do novo padrão tecnológico.

A decisão virá em portaria do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, a ser publicada até meados de janeiro. O documento seguiu, na sexta-feira, da Secretaria de Telecomunicações para a Consultoria Jurídica do órgão, caminho que antecede a assinatura do ministro Marcos Pontes.

A convivência dos serviços na banda C com adoção de medidas de mitigação é defendida pelas teles como a solução ideal, porque evitaria a interferência a um custo reduzido.

Outra opção, apoiada pelos radiodifusores, é a realocação do sinal dos canais de TV para a banda Ku, com a substituição das antenas no meio rural e o uso de outro sinal de satélite.
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Re: Tecnologia

Mensagem por Victor235 » 31 Dez 2019, 01:12

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Re: Tecnologia

Mensagem por Luciano Junior » 31 Dez 2019, 10:49

Putz, eu me lembro de já ter feito algo parecido. Eu instalei o android-x86 em uma máquina virtual. Na época que fiz isso rodava mal pra cacete, mas hoje o sistema deve ter evoluído muito.
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Re: Tecnologia

Mensagem por E.R » 02 Jan 2020, 07:19

https://valor.globo.com/legislacao/colu ... cial.ghtml

No dia 12 de dezembro, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) lançou a consulta pública da Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial, aberta até o dia 31 de janeiro, com o objetivo de fomentar a promoção de pesquisa, desenvolvimento e inovação, bem como os ganhos de produtividade em iniciativas voltadas a campos de aplicação específicos, como a saúde, a mobilidade e a segurança pública, qualificação profissional, dentro de uma preocupação com a reestruturação do mercado de trabalho e políticas de educação.

O governo brasileiro, dessa forma, adota uma abordagem similar a outros governos e entidades internacionais, na medida em que o Brasil e demais países do G-20, adotaram, em junho de 2019, os princípios da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre inteligência artificial, estabelecendo uma estratégia para aumentar a capacidade tecnológica e industrial por meio da inteligência artificial e preparar-se para mudanças socioeconômicas contando com um quadro ético e legal adequado.

Assim, a consulta pública da Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial do Brasil tem entre suas diversas verticais a discussões acerca da necessidade de desenvolvimento de parâmetros jurídicos, regulatórios e éticos para orientar o desenvolvimento e aplicação da tecnologia, que visam discutir a proteção e salvaguarda de direitos, inclusive aqueles associados à proteção de dados pessoais e à prevenção de discriminação e viés algorítmico; a preservação de estruturas adequadas para incentivar o desenvolvimento de uma tecnologia cujas potencialidades ainda não foram plenamente compreendidas.

Se atendo exclusivamente ao eixo “legislação, regulação e uso ético”, atualmente se indaga a necessidade de uma regulamentação legal, quanto ao uso de inteligência artificial no país.

Para nós, o ponto de partida para regular a inteligência artificial deve ser um estatuto que estabeleça os princípios gerais, como uma declaração de propósito para garantir que a tecnologia seja segura, protegida e suscetível a controle e alinhado com os interesses humanos, incentivando o desenvolvimento de uma inteligência artificial benéfica ao ser humano, o constante avanço das tecnologias, investimentos e modelos de negócios.

O importante, como já apontaram previamente os trabalhos da OCDE, é que a inteligência artificial seja adotada de forma natural e segura pela sociedade.
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Re: Tecnologia

Mensagem por E.R » 03 Jan 2020, 09:45

https://veja.abril.com.br/economia/empr ... -extincao/

O escritor israelense Yuval Noah Harari escreveu em um de seus livros que imagina um mundo em que a inteligência artificial avança de tal forma que torna obsoleto o trabalho de boa parte da humanidade.

O mais alarmante nesse futuro possível é quanto ele está próximo da realidade atual.

Um estudo realizado pela consultoria americana Gartner mostra que, já em 2020, o uso de máquinas que reproduzem o raciocínio humano deve extinguir 1,8 milhão de empregos e algumas profissões se tornarão completamente ultrapassadas devido ao avanço da tecnologia, incluindo carreiras técnicas e com remuneração mais elevada em áreas de produção e administrativas.

No Brasil, por exemplo, entre 2009 e 2019, não foi registrado um único ano sequer de crescimento do emprego formal com mais de dois salários mínimos, segmento típico das ocupações médias nos escritórios e fábricas.

Parece incontestável que, no Brasil, boa parte do atual contingente de 11,9 milhões de desempregados jamais retornará às suas antigas funções.

A indústria e o comércio, em um ambiente de pouco crescimento, estão realizando rapidamente a transição para o ambiente digital como forma de substituir a mão de obra demitida, ganhar eficiência e deixar de pagar pesados encargos trabalhistas com novas contratações com a melhoria do cenário econômico.

A situação é igualmente séria para os jovens que buscam o primeiro emprego, e que têm pouquíssimas chances de obtê-lo nas mesmas condições que as gerações anteriores. “Em breve, será muito difícil ver um jovem conquistar um padrão de vida melhor que o de seu pai”, prevê o economista José Pastore, professor da USP e presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Fecomercio de São Paulo. “Nós assistiremos a uma inversão de boa parte da lógica social. Em vez de o filho cuidar do pai na velhice, o pai continuará contribuindo para a subsistência do filho por muito mais tempo”.

Com o avanço tecnológico e a automação de linhas de produção, a curva de crescimento de riqueza pessoal, que era ascendente, passou a ser descendente e reflete na qualidade dos empregos.

Pode-se pensar que isso está acontecendo de forma mais acentuada no Brasil devido à crise econômica vivida pelo país nos últimos seis anos. Mas o fenômeno faz parte de uma transição global.

Até mesmo nos Estados Unidos, um país que registra índices de desemprego ínfimos e onde se criam mais de 150 000 postos de trabalho mensalmente, a qualidade do emprego é baixa e piora ano a ano. Estudo realizado recentemente por pesquisadores da Universidade Cornell demonstrou como essa degradação se deu. Para isso, os economistas cruzaram o valor pago por hora aos trabalhadores com o volume de horas trabalhadas para definir a qualidade dos empregos. Em novembro de 2019, quando foram gerados 266 000 postos de trabalho nos Estados Unidos, a proporção era de oitenta funções bem remuneradas para cada 100 mal remuneradas. Em 1990, a diferença era muito menor — 94 funções bem remuneradas para 100 mal remuneradas. O estudo é claro ao apontar o avanço da tecnologia como o responsável pela piora da remuneração.

Outra grande mudança no mundo do trabalho é a migração da fabricação de produtos de consumo duráveis para países com grande contingente de mão de obra não qualificada e com regulamentação trabalhista baixa ou inexistente.

Foi tal fenômeno que transformou nações como China, Índia, Paquistão, Bangladesh e Vietnã em “fábricas do mundo”. Estudiosos acreditam que a associação da evolução tecnológica com essa transferência da produção teve impacto severo sobre as camadas da população de países mais industrializados que se beneficiavam de salários mais elevados nas indústrias globais de produtos de consumo. Com menos mão de obra empregada nas fábricas, a grande maioria da massa trabalhadora tende a migrar para o setor de serviços, o que acaba por concentrar os recursos no topo da pirâmide social. “Como resultado, a maior parte do crescimento do mercado de trabalho se dá na forma de vagas que não apenas pagam menos por hora trabalhada, como também têm carga horária menor”, afirma Daniel Alpert, um dos autores do estudo da Universidade Cornell.

Definida por especialistas como um novo ciclo da Revolução Industrial, o momento que vivemos está muito distante dos tempos em que os chamados ludistas pregavam a destruição dos teares a vapor por substituírem a mão de obra humana e consequentemente deixarem uma massa de desempregados nas cidades industriais da Europa. Isso não significa, entretanto, que não sejam necessárias medidas que permitam uma transição menos traumática entre os modelos de produção. Os pesquisadores de Cornell, por exemplo, defendem ações públicas para mitigar esse impacto que vão de alterações no sistema educacional à modernização das relações trabalhistas.

No Brasil, essa também é a linha defendida por quem está atento ao assunto. Em 2019, o governo federal montou o Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet), que visa ao desenvolvimento de políticas específicas para o setor. O objetivo dos economistas e sociólogos que participam do grupo é mudar a mentalidade corrente de que os trabalhadores são “executores de tarefas”, de modo que eles passem a ser “resolvedores de problemas”.

Trata-se de uma mudança brutal, que exigirá o aperfeiçoamento contínuo e grande capacidade de adaptação. “As pessoas vão precisar estudar ao longo de toda a sua vida, mas elas não poderão se dedicar a apenas uma área. Os especialistas vão perder mercado”, diz Ricardo Paes de Barros, economista do Insper e chefe do Gaet. “No passado, nossos pais diziam para nos dedicarmos a uma área para nos tornarmos uma sumidade num determinado assunto. Isso já não vale mais de nada.”

Para Ricardo Paes de Barros, o primeiro passo no sentido de adaptar os brasileiros a esse novo cenário já foi dado pelo governo do presidente Michel Temer com a reforma trabalhista e a reorganização do ensino médio, mas ele classifica essas medidas como tímidas. A previsão é que os resultados do Gaet sejam apresentados em fevereiro para o governo, que deve formular consultas públicas para decidir como vai abordar o desafio.

O uso da automação na produção e em processos burocráticos foi uma maneira de padronizar e aumentar a escala do trabalho em tarefas mecânicas, repetitivas e maçantes. Essa foi a porta de entrada para os robôs nas linhas de montagem de carros e até produtos mais prosaicos, como escovas de dentes.

O impacto foi o fim das vagas nessas áreas. A evolução de tecnologias como sistemas de voz automatizados e a chegada de novos dispositivos de pagamentos eletrônicos já apontam para o fim de empregos como operador de telemarketing, caixas de bancos e supermercados, que começam a trilhar um processo de extinção irreversível. Por outro lado, carreiras como as de programador e especialista em computação tornam-se cada vez mais requisitadas, e muitas vezes em aspectos até então inimagináveis.

O paulistano Stefan Martin, de 36 anos, tem uma profissão de nome complicado : designer de experiência do usuário. Seu trabalho, em uma empresa do setor financeiro, é avaliar — e melhorar — a interface que os clientes têm com o site e os dispositivos eletrônicos por meio dos quais contratam serviços e realizam operações. “É um ramo novo e que só agora começa a ser explorado em escala maior, mas que é extremamente promissor e será decisivo no futuro”, diz.

Assim como as disciplinas ligadas à experiência de usuário, outras profissões despontam e implicam um desafio adicional aos gestores de recursos humanos.

De acordo com uma pesquisa da consultoria americana Capgemini Research Institute, 64% das empresas enfrentam dificuldades de encontrar no mercado profissionais especializados na área de inteligência artificial. As competências requeridas têm mudado drasticamente, e hoje a familiaridade com modernas tecnologias é apenas parte da equação.

Habilidades bem mais humanas, como originalidade, pensamento crítico, persuasão, inteligência emocional e liderança, são igualmente valorizadas.

A mudança radical no mercado de trabalho é um caminho sem volta e exige um esforço triplo : governos, empresas e os próprios indivíduos precisam se aprimorar para garantir seu espaço no futuro.
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Re: Tecnologia

Mensagem por E.R » 06 Jan 2020, 03:18

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/p ... toes.shtml

Diante da divisão exposta no fim do ano passado entre os conselheiros da Anatel em relação aos critérios técnicos para o leilão do 5G no Brasil, o Cade deve preparar uma contribuição com suas próprias sugestões sobre os modelos que geraram discórdia.

A falta de consenso no conselho diretor, em dezembro, levou ao adiamento da decisão sobre as diretrizes do leilão da quinta geração.

A proposta original na Anatel criava blocos nacionais e um outro que seria repartido entre os pequenos operadores.

Ela depois foi modificada retomando padrões de leilões anteriores de blocos de frequência separados por áreas de cobertura.

No Cade, a avaliação é que o mais adequado seria conduzir o leilão não apenas como um instrumento de arrecadação para o governo.

O ideal seria focar a competitividade do setor, com menores preços para o consumidor.

Os sucessivos imbróglios levaram o setor a trabalhar com a possibilidade de leilão do 5G só no próximo ano.
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Re: Tecnologia

Mensagem por E.R » 07 Jan 2020, 23:47

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Re: Tecnologia

Mensagem por E.R » 09 Jan 2020, 23:48

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Re: Tecnologia

Mensagem por E.R » 10 Jan 2020, 21:42

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Re: Tecnologia

Mensagem por E.R » 14 Jan 2020, 07:58

https://exame.abril.com.br/revista-exam ... -nacional/

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O Brasil não é para principiantes. A frase popular do músico Tom Jobim serve para refletir a dificuldade que muitas empresas têm para crescer e alcançar o sucesso no mercado nacional. A máxima vale especialmente para companhias brasileiras que se aventuram em setores competitivos e globalizados, como o da indústria de tecnologia.

Além de lidar com os triviais problemas brasileiros — que vão das tarifas de importação que encarecem peças aos períodos de incerteza causados por crises econômicas ou mudanças bruscas nas políticas governamentais , essas empresas têm de encarar concorrentes fortes, com acesso a capital e pessoal qualificado, entre outras vantagens.

Resistindo há 30 anos, a Positivo Tecnologia é o principal expoente do Brasil no segmento de computadores e notebooks.

Parte do Grupo Positivo, companhia criada em 1989 com o objetivo de montar e vender computadores para escolas. Com o congelamento de recursos no governo de Fernando Collor, em 1990, precisou repensar o rumo e passou a vender computadores ao poder público, nicho que lidera há dez anos. Somente 14 anos mais tarde ela se aventurou no varejo com uma estratégia que ainda mantém : vender produtos eletrônicos diversos com preços acessíveis.

Os notebooks mais baratos da marca têm preço próximo ao de um salário mínimo (998 reais), enquanto os aparelhos de multinacionais começam em 1.200 reais.

Com uma receita líquida de 2  bilhões de reais em 2018, 2% mais do que no anterior, a companhia curitibana se considera uma adaptadora de tecnologia para o Brasil, importando componentes para criar produtos adequados ao consumidor brasileiro.

Em 30 anos, a Positivo Tecnologia fabricou 30 milhões de equipamentos eletrônicos, em sua maioria computadores.

Hélio Rotenberg, fundador e presidente, conta em entrevista concedida na sede da empresa, em Curitiba, onde trabalham mais de 1.000 funcionários (há mais duas fábricas no Brasil e duas na África), que a história da Positivo é de constante reinvenção. Desde a fundação, foram investidos 490 milhões de reais em pesquisa e desenvolvimento, valor que não é alto para as empresas do ramo, mas permitiu a exploração de novos segmentos conforme foram mudando as necessidades dos consumidores. Hoje a empresa monta celulares, tablets e dispositivos de internet das coisas.

Por alçar voo sobre novos territórios, o nome original Positivo Informática ficou para trás e deu lugar à marca Positivo Tecnologia em 2017. Um dos produtos mais novos é uma lâmpada que muda de cor. Ela custa 100 reais, um quarto do preço local de sua rival Hue, da holandesa Philips. Desde que entrou no segmento de internet das coisas, em julho, as ações da Positivo subiram mais de 120% e atingiram o maior valor desde 2012, com a expectativa de retomada do consumo no país.

Para atender a diferentes faixas de renda, a Positivo é parceira da marca de notebooks Vaio, que antes pertencia à japonesa Sony e hoje é independente, e da empresa de acessórios Anker. Além disso, tem marcas próprias, como a de smartphones Quantum e a 2AM, de computadores para jogos. “É preciso atuar como empreendedor o tempo inteiro. Mas é preciso inovar sem perder de vista os interesses e as necessidades do consumidor”, afirma.

Nas últimas décadas, a indústria de eletrônicos mudou de perfil no Brasil, acompanhando a tendência mundial. O mercado nacional de computadores, que liderou o crescimento do setor de 1998 a 2011, sofreu uma queda de 73% no faturamento de lá para cá.

Dados da consultoria americana IDC mostram que o número de unidades vendidas no Brasil passou de 15,8 milhões, em 2011, para 5,5 milhões, no ano passado.

Mas, desde 2014, houve um boom nas vendas de smartphones e esses aparelhos passaram a liderar a expansão da indústria.

Os computadores são mais robustos e o tempo de troca aumentou. O consumidor compra um computador com uma mentalidade de médio prazo, ao contrário do que faz com os smartphones”, diz Wellington La Falce, analista de mercado da IDC. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, o faturamento do setor triplicou de 2000 a 2013, mas depois caiu e ainda não se recuperou. Humberto Barbato, presidente da associação, diz que o setor precisa de investimentos: “A melhora do desempenho da economia do Brasil é fundamental para a indústria eletroeletrônica voltar a crescer”.

A diversificação de produtos é uma estratégia usada por fabricantes de eletrônicos no mundo todo. A Apple é um exemplo de empresa que expandiu a área de atuação após a era do computador pessoal. Ela não só criou o iPhone como também tablets, relógios, alto-falantes inteligentes e ainda atua no setor de serviços e produtos digitais, como filmes e músicas.

A sul-coreana Samsung começou a produzir televisores em 1969. Hoje, a companhia é líder em vendas de TVs e celulares no mundo. A receita da Samsung no ano passado foi de 208 bilhões de dólares.

O número equivale a 14% do produto interno bruto da Coreia do Sul. A chinesa Lenovo vende hoje seus produtos em 160 países, incluindo o Brasil, os Estados Unidos e a União Europeia. A empresa conseguiu seu primeiro sucesso, nos anos 80, adaptando tecnologia para a China. A Lenovo criou um chip que permitia que computadores da americana IBM processassem caracteres em chinês. Mais tarde a companhia viria a comprar a divisão de computadores da IBM e assumiria a liderança global, além de vender servidores, celulares e serviços de tecnologia.

O que os três casos têm em comum ? Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e a China são países fortemente integrados à economia global. E as fabricantes de lá investiram pesadamente na internacionalização.

Para Arthur Igreja, professor especialista em tecnologia e inovação da Fundação Getulio Vargas, as condições enfrentadas pelas empresas brasileiras são entraves à internacionalização.

“Mesmo para as fabricantes multinacionais, um dos principais desafios é lidar com a variação cambial, que dificulta a previsão de receitas. Fora isso, o Brasil tem uma carga tributária alta e as empresas precisam não só se adequar a essa política como também concorrer com os aparelhos que entram irregularmente”, diz ele.

Por outro lado, as empresas instaladas no Brasil contam com a proteção de impostos altos sobre concorrentes importados. Isso pode mudar : o governo já indicou que pretende promover uma abertura do mercado. A mudança colocará negócios em xeque — mas também abrirá novos caminhos.

“Há uma oportunidade de o Brasil se posicionar na cadeia de valor global não só na aplicação da tecnologia mas também em seu desenvolvimento. Com um mercado mais aberto, o que for produzido aqui será consumido globalmente”, diz Marcia Ogawa, líder de telecomunicações, mídia e tecnologia da consultoria Deloitte. Para ela, as empresas que incorporarem tecnologias próprias nos produtos e deixarem de lado o foco exclusivo no Brasil terão mais chance de sobreviver.

Para a Positivo, e para outras empresas brasileiras, o que funcionou até aqui, então, talvez não sirva mais. Será a hora de se reinventar de novo.
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Re: Tecnologia

Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 15 Jan 2020, 05:24

Tenho uma relação de amor e ódio com a positivo, por um lado eu acho louvável estar na vanguarda brasileira da tecnologia, pelo outro, os produtos deveriam melhorar bastante...
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Re: Tecnologia

Mensagem por E.R » 16 Jan 2020, 14:33

https://exame.abril.com.br/tecnologia/g ... no-brasil/

O primeiro smartphone com tela dobrável será lançado nesta quinta-feira no mercado brasileiro.

É o Galaxy Fold, da sul-coreana Samsung, que tem tela de 7,3 polegadas e que pode ser dobrada ao meio para que o aparelho caiba no bolso ou seja usado com uma mão só.

À venda desde setembro de 2019 em países como Coreia do Sul e Estados Unidos, o Galaxy Fold enfrentou um revés antes de ser lançado no ano passado. A primeira versão do produto tinha uma fragilidade de design. Uma película sobre a tela, quando removida, inviabilizava o funcionamento do celular. Cinco meses mais tarde, o problema foi resolvido e as vendas começaram em diversos países.

Em entrevista a EXAME em maio do ano passado, DJ Koh, chefe global da divisão de dispositivos móveis da Samsung, disse que a proposta da tela grande e dobrável é oferecer uma experiência de uso imersiva para a produtividade aliada à portabilidade, ideia que a empresa teve em 2011, mas só agora conseguiu trazer ao mercado graças à tela dobrável.

O preço do Galaxy Fold para o Brasil ainda não foi divulgado — e esta é uma das maiores expectativas em relação ao lançamento de hoje. Nos Estados Unidos, o smartphone tem preço sugerido de 1.980 dóláres (aproximadamente 8.270 reais). É quase o dobro do valor de um iPhone 11 Pro de 64 GB (999 dólares ou 4.170 reais), o principal modelo do celular da Apple.
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Re: Tecnologia

Mensagem por E.R » 17 Jan 2020, 11:33

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