Corrupção

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Victor235
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Re: Corrupção

Mensagem por Victor235 » 18 Mai 2017, 20:05

Odebrecht montou plano de fuga para seus executivos, diz delator
Ex-executivo Fernando Migliaccio relatou 'ordem' do herdeiro do grupo para que saída de funcionários do Brasil fosse 'imediata' e afirmou que houve repatriação ilegal de US$ 25 milhões

Breno Pires, de Brasília, e Jamil Chade, correspondente em Genebra
17 Maio 2017 | 05h00

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Marcelo Odebrecht em Curitiba, em setembro de 2015. FOTO: Rodolfo Buhrer/REUTERS

Diante de um iminente confisco de informações e de uma eventual prisão, o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht montou em 2014 um plano de fuga para os funcionários do Setor de Operações Estruturadas da empresa, o “departamento de propinas”, com a incumbência de esvaziar contas no exterior. A operação conseguiu resgatar pelo menos US$ 25 milhões antes que executivos começassem a ser presos e contas, congeladas.

Isso é o que relata e sua delação premiada Fernando Migliaccio, um dos responsáveis pelo Setor de Operações Estruturadas da empresa e que foi detido em Genebra em fevereiro de 2016. Para a força-tarefa da Lava Jato, sua captura foi considerada como um ponto fundamental do processo de investigação.

Segundo ele, “em meados de 2014, pouco antes de julho, houve a decisão definitiva de Marcelo Odebrecht para que todas as pessoas envolvidas no Setor de Operações Estruturadas saíssem do Brasil”. A ordem foi dada para que a fuga fosse “imediata” e elaborada numa reunião entre Migliaccio, Marcelo Odebrecht, Hilberto Mascarenhas e outros executivos que não tinham relação com o Setor de Operações Estruturadas”.

De acordo com o delator, Marcelo Odebrecht “orientou que escolhessem o local para onde se mudariam, mas que fosse imediato”. A opção de Migliaccio foi pela República Dominicana e sua família ficaria em Miami, relatou. Alguns meses depois, ele se mudou para os Estados Unidos, onde ficou até janeiro de 2016.

“A empresa auxiliaria financeiramente a saída do País de quem aceitasse a proposta e que o auxílio financeiro compreendia desde a obtenção do visto até o pagamento de despesas de moradia e permanência no exterior”, registra o depoimento de Migliaccio. Em alguns casos, segundo o delator, a Odebrecht deu dinheiro aos funcionários para que comprassem um imóvel nos Estados Unidos para facilitar a obtenção de seu visto de permanência naquele país.

Com alguns dos funcionários no exterior, o departamento continuou a operar,
“independentemente das alocações geográficas dos envolvidos”. Seria apenas no início de 2015 que o Setor de Operações Estruturadas da empresa começaria a ser fechado.

Contas. Um dos objetivos daquele ano, ainda segundo Migliaccio, era fechar contas usadas para o pagamento de propinas e repatriar o dinheiro. No total, a empresa usava cerca de 30 contas para abastecer seus sistema de pagamentos ilegais. Conforme o Estado revelou em 2016, as investigações suíças também apontaram para a existência de uma “rede de contas”. “Para fechar as contas, foi montada uma operação segundo a qual o somatório de todos os saldos remanescentes seria devolvido para a Odebrecht”, disse o delator.

Para realizar a transferência dos recursos de volta para a Odebrecht, contratos foram elaborados para justificar a operação. Segundo Migliaccio, essas transferências ocorreram no segundo semestre de 2015 e um total de US$ 25 milhões foram resgatados, principalmente de bancos na Áustria e em Antígua.

No entanto, algumas contas começaram a ser bloqueadas na época. Em Portugal, todas foram congeladas. Na Suíça, as contas que Migliaccio se recorda de terem sido bloqueadas incluíam três no Banco Pictet e quatro no banco PKB.

Ouro. Migliaccio ainda teria, a título pessoal, cerca de 8 quilos de ouro em um cofre em Genebra, no Banco Audi. Em uma conta em nome do irmão, mais US$ 100 mil estavam depositados.

Na assinatura de seu acordo de delação premiada, o advogado suíço que o subsecreve é Georg Friedli, o mesmo que defendeu o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin, quando o cartola esteve preso na Suíça em 2015.
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Re: Corrupção

Mensagem por Victor235 » 23 Mai 2017, 19:41

Rocha Loures devolve mala faltando R$ 35 mil da propina
Um dos auxiliares mais próximos do presidente Michel Temer, Rocha Loures foi acusado por Joesley Batista de ter recebido R$ 500 mil de propina

Imagem
© Reprodução / TV Globo

HÁ 16 MINS
POR FOLHAPRESS

A mala de dinheiro que estava em poder do deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) foi entregue para a Polícia Federal sem o valor total do dinheiro supostamente pago pela JBS.

Um dos auxiliares mais próximos do presidente Michel Temer, Rocha Loures foi acusado por Joesley Batista de ter recebido R$ 500 mil de propina.

Os advogados do político devolveram a bagagem à superintendência da Polícia Federal em São Paulo na noite desta segunda (22).

No entanto, documento da PF informa que havia 9.300 cédulas de R$ 50 em uma mala "de cor predominantemente preta", no valor total de R$ 465 mil.

Ou seja, faltam R$ 35 mil do total entregue e relatado pelos delatores.Joesley disse que Rocha Loures foi indicado pelo presidente para tratar de assuntos de interesse da JBS.

Temer é investigado junto com Rocha Loures em inquérito aberto pelo ministro Edson Fachin no STF (Supremo Tribunal Federal).

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) também é alvo do inquérito, que apura se eles cometeram crimes de corrupção passiva, embaraço à investigação da Lava Jato e organização criminosa.
NOTÍCIAS AO MINUTO / FOLHAPRESS
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Re: Corrupção

Mensagem por CHarritO » 30 Mai 2017, 10:48





. Conexão Repórter - Luis Estevão
Meus títulos e conquistas no FCH:
Moderador Global do FCH (2012 à 2014 / 2016 à 2020)
Moderador do Meu Negócio é Futebol (2010 à 2012 / 2015 à 2016)
Eleito o 1º vencedor do Usuário do Mês - Março 2010
Campeão do Bolão da Copa do FCH (2010)
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Bicampeão do Bolão do FCH - Brasileirão (2011 e 2012)
Campeão do Bolão do FCH - Liga dos Campeões (2011/2012)
Campeão de A Casa dos Chavesmaníacos 10 (2012)
Campeão do Foot Beting (2014)
Hexacampeão da Chapoliga (2014, 2015, 2016, 2017, 2019 e 2020)
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Campeão de O Sobrevivente - Copa América (2019)
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Re: Corrupção

Mensagem por Victor235 » 31 Mai 2017, 20:13

25 anos para pagar o que ganham em pouco mais de um mês: http://politica.estadao.com.br/blogs/co ... 3-bilhoes/
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Re: Corrupção

Mensagem por Butch » 31 Mai 2017, 20:15

Se fosse um pobre cidadão brasileiro seria o contrário.
1 ano pra pagar o que ganha em 25.
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Re: Corrupção

Mensagem por Victor235 » 09 Jun 2017, 23:07

O jogo da delação premiada no Brasil: O acirramento do dilema dos prisioneiros?
Joyce Luz
08 Junho 2017 | 09h25

Você já deve ter ouvido falar do famoso, e um tanto quanto curioso, Dilema dos Prisioneiros. Caso você não tenha ouvido, permita-me aqui fazer uma breve explicação, ou melhor, contar uma breve história. Os indivíduos A e B foram ambos acusados de participarem de um esquema de corrupção. Os responsáveis por investigarem esse esquema, no entanto, não têm provas suficientes para condenar A e B. Diante dessa situação os investigadores decidem propor o mesmo acordo para os indivíduos A e B, só que separadamente. O acordo oferecido é o seguinte:

1. Se um dos investigados confessar (trair o outro) e o outro permanecer em silêncio, o que confessou sai livre enquanto o cúmplice silencioso cumpre 10 anos.

2. Se ambos ficarem em silêncio (colaborarem um com ou outro), a polícia só pode condená-los a 1 ano cada um.

3. Se ambos confessarem (traírem o comparsa), cada um leva 5 anos de cadeia.

Como os indivíduos encontram-se em salas separadas, cada um faz a sua escolha sem saber a escolha do outro. Como tanto A, quanto B são atores racionais, ambos escolhem a opção 1, ou seja, ambos escolhem delatar o amigo em troca de sua própria liberdade. Contudo, quando ambos os jogadores tomam a decisão de confessar, a solução dada para o jogo passa a ser a opção 3. Perceba, ainda, que para além de não conseguir ter o resultado esperado, os jogadores A e B também não conseguem alcançar o melhor resultado para ambos que seria dado com a opções 2, em que tanto A quanto B teriam penas menores. Escolhendo a opção 1, tanto A quanto B são condenados pelo crime de corrupção e temos, assim, a concretização do que chamei no início do texto de Dilema dos Prisioneiros.

Mas você deve estar se perguntando: o que esse tal de Dilema dos Prisioneiros tem a ver com as delações premiadas e com o Legislativo no Brasil? Eu te conto! Você já sabe porque a Lei da Delação Premiada (Lei 12.850/2013) foi aprovada? Em 2005, após o Deputado Federal Roberto Jefferson ter entregue e denunciado o esquema de corrupção conhecido como Mensalão, dois dos principais envolvidos nesse esquema, o então tesoureiro do PT Delúbio Soares e o publicitário Marcos Valério se viram eles próprios no interior de um verdadeiro Dilema dos Prisioneiros, que mudaria o rumo das investigações de outros casos posteriores de corrupção.

Nesse caso em específico, colocados separadamente para depor, Delúbio Soares confessou o seu envolvimento e o de Marcos Valério no esquema de corrupção e desvio de dinheiro, enquanto que o publicitário Marcos Valério continuou a negar sua participação. O resultado do jogo é que ambos foram presos, com a diferença de que enquanto Delúbio Soares obteve uma pena menor, o publicitário Marcos Valério pegou uma pena maior. E para além de uma punição maior, a não confissão de Marcos Valério apresentou consequências para as investigações do processo do Mensalão. Por ficar em silêncio e negar o seu envolvimento e o de outros parceiros no esquema, a Justiça acredita que essa não confissão tenha ocultado o envolvimento e a participação de outros atores no esquema.

A mídia alega que foi em decorrência do resultado que Marcos Valério obteve com as investigações do Mensalão que deputados e senadores aprovaram em agosto de 2013 a Lei da Delação Premiada. Como visto anteriormente, dado que Marcos Valério foi condenado a mais anos de prisão do que Delúbio Soares, que aceitou confessar, acredita-se que os atores políticos tenham elaborado e aprovado a Lei da Delação Premiada para evitar novos episódios como esse. A aprovação da Lei criaria ou daria a todos os atores os mesmos incentivos para que ambos adotassem a estratégia de não cooperar uns com os outros. A adoção da lei tornaria crível a oportunidade de todos os atores envolvidos em esquemas de corrupção confessarem seu próprio envolvimento e o de seus colegas e, ao mesmo tempo, evitaria que a confissão de um envolvido venha a prejudicar a punição do outro parceiro.

A Lava-Jato seria a prova viva de que as delações premiadas atingiram o objetivo proposto. Marcada por um esquema que envolve uma das maiores empresas estatais do Brasil, empreiteiras e atores políticos, a operação Lava Jato está hoje em sua 39ª fase de investigação e apresenta números surpreendentes. Só em 2017 mais de 78 acordos de delação foram firmados. Com três anos de duração, essa operação já conta com mais de 364 atores investigados, 299 atores formalmente denunciados, 159 réus, 82 atores condenados e o que mais interessa aqui: já conta com a participação de 18 partidos políticos, com o envolvimento de mais de 95 deputados e senadores e com a suspeita de envolvimento de presidenciáveis.

A delação premiada parece ter posto fim, ou melhor, encontrado uma solução possível e agradável (também pode ser entendida como a menos pior) para os atores políticos diretamente envolvidos no jogo do Dilema dos Prisioneiros. Ela incentiva fortemente os atores políticos a confessarem seus atos corruptos e o que mais importa: a entregarem seus parceiros. Ela os leva a tomarem a decisão mais racional não só para si mesmos, como também para aqueles que estão investigando. Investigados e investigadores parecem sair ganhando.

Findo esse texto levantando e provocando outros dilemas aos quais convido o caro leitor a achar soluções ou pensar sobre: o jogo acaba com a última delação? O que será prometido ao último jogador? Quem sai vitorioso de fato? Vai sobrar alguém para apagar a luz no final?
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Re: Corrupção

Mensagem por Victor235 » 17 Jun 2017, 01:37

Caramba, como conseguem gravações armazenadas de ligações tão antigas? http://politica.estadao.com.br/blogs/fa ... e-palocci/
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Re: Corrupção

Mensagem por Barbano » 17 Jun 2017, 09:05

Não são gravações. É só o histórico das ligações feitas e recebidas (o que é utilizado para gerar contas). É normal que tenham esses dados armazenados.
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Re: Corrupção

Mensagem por Victor235 » 17 Jun 2017, 22:04

Ah bom.

A propósito, as operadoras gravam nossas ligações e as deixam armazenadas internamente por um tempo? Ou isso só acontece em casos excepcionais, quando a PF autoriza grampos?
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Re: Corrupção

Mensagem por Barbano » 17 Jun 2017, 22:05

Somente com autorização judicial.
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Re: Corrupção

Mensagem por Victor235 » 21 Jun 2017, 00:08

Diretor da Interpol no Brasil diferencia a corrupção praticada na era PT das anteriores: http://politica.estadao.com.br/blogs/fa ... esse-pais/
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Re: Corrupção

Mensagem por Butch » 22 Jun 2017, 22:49

Condenado na Lava Jato recorre de sentença de Moro e tem pena aumentada em 15 anos
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O TRF-4 aumentou em 15 anos a condenação do ex-vice-presidente da Engevix, Gerson de Mello Almada. 
O administrador havia recorrido contra a sentença dada pelo juiz Sergio Moro em 2015.
Com isso, o julgamento feito pela 8ª Turma do órgão aumentou sua pena de 19 para 34 anos de reclusão. Mello foi sentenciado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A informação é do Radar.
https://www.papotv.com.br/posts/condena ... em-15-anos

Se quiserem um link mais confiável:
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-su ... mada.ghtml
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Re: Corrupção

Mensagem por Victor235 » 23 Jun 2017, 01:24

"A informação é do Radar".

Que Radar? Radar On-Line, da Veja?
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Re: Corrupção

Mensagem por Hyuri Augusto » 23 Jun 2017, 11:22

"Fortes são aqueles que transformam em luz o que é escuridão"

► Exibir Spoiler

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Re: Corrupção

Mensagem por Victor235 » 27 Jun 2017, 15:09

Em tempo:
Homem da mala pegou carona com Kassab, em jatinho da FAB, para buscar R$ 500 mil da JBS
Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial do presidente Temer, deslocou-se de Brasília a São Paulo em noite de 27 de abril e, no dia seguinte, foi flagrado nos Jardins carregando uma mala preta com 10 mil notas de R$ 50

Julia Affonso, Fausto Macedo e Fabio Serapião
22 Junho 2017 | 12h09

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O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) usou um jatinho da FAB para pegar a mala estufada de propina viva da JBS. No dia 27 de abril, o homem da mala – da estrita confiança do presidente Michel Temer – deslocou-se de Brasília para São Paulo, onde no dia seguinte recebeu 10 mil notas de R$ 50 somando R$ 500 mil em dinheiro da empresa.

As informações constam de relatório da Polícia Federal na Operação Patmos, desdobramento da Lava Jato que mira Loures e o presidente.

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O voo partiu da capital federal às 19h. O homem da mala pegou carona do ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações/ PSD-SP), que consta nos registros da FAB como o requisitante da aeronave. Outros cinco passageiros teriam embarcado na companhia de Kassab e do homem da mala, mas a identidade dessas pessoas não aparece no documento da Força Aérea Brasileira.

A aeronave pousou no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, às 20h55, de 27 de abril. Loures estava sob monitoramento de ação controlada da PF, autorizada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.

Os agentes o filmaram em diversos deslocamentos pela capital paulista. A cena crucial da investigação mostra o homem da mala saltitante pela Rua Pamplona, nos Jardins, carregando a propina que havia acabado de receber das mãos do executivo Ricardo Saud, diretor de Relações Institucionais da J&F, controladora da JBS.

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Rocha Loures. Foto: André Coelho/Agência O Globo

O monitoramento da PF flagrou Rocha Loures, ainda no dia 27, preocupado em não perder a viagem de qualquer maneira. Mesmo com a possibilidade de tomar voo da FAB, o homem da mala solicitou a Alessandra, apontada pelos investigadores como sua assessora na Câmara, que providenciasse a compra – com dinheiro público – uma passagem comercial para São Paulo.

“Entende-se uma preocupação em embarcar em tal dia, inclusive existe a menção a um jantar as 20 horas em São Paulo”, destaca a PF. “No mesmo diálogo, Rocha Loures menciona manter o voo com Kassab.”

A PF transcreveu o diálogo do homem da mala com Alessandra. Naquele instante, Loures aparentemente estava chegando ao Palácio do Planalto.

Loures: a princípio você diga pro ministro Kassab se não tiver uma outra, uma outra .. aqui a esquerda a gente vai pro palácio do planalto, vai pela frente, ééé…

Alessandra: mantenha a reserva do senhor?

Loures: e mantem o voo lá com o Kassab uma hora.

Alessandra: tá

Loures: mas imediatamente veja se tem alguma outra opção porque o ideal pra mim era sair daqui seis da tarde.

Alessandra: tá, chega Iá a seis ne? Sair umas … chegar Iá às seis ou sair às seis?

Loures: ééé eu tenho um jantar, eu tenho um jantar às oito horas

Alessandra: tem, oito e meia

Loures: o ideal era chegar em São Paulo sete horas

Alessandra: tá eu já vou começar a ver aqui então

Loures: tá bem?

O homem da mala ainda pediu a Alessandra que providenciasse ‘volta no outro dia, ou seja, após o encontro com Ricardo Saud’, indica a PF.

A comprovação de que Loures usou de fato o jatinho da FAB para se deslocar a São Paulo, segundo a PF, é o grampo que o pegou às 18h43 daquele dia 27.

“Provavelmente durante o embarque para São Paulo no dia 27 de abril 2017, às
18:43, Rocha Loures demonstra que embarcou em um voo da FAB com ministros. Na mesma conversa, após quatro minutos de diálogo, afirma ter conversado com o presidente Michel Temer ‘ontem’, dia 26 de abril de 2017 e ‘hoje’, dia 27 de abril de 2017”, destaca a PF.

“Verifica-se nos registros de voos da FAB que ocorreu um trecho com o Ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações às 19h de Brasília para São Paulo, motivo “serviço” e com previsão de sete passageiros, pousando no destino às 20h55, condizente com o que o deputado narrou no ultimo dialogo apresentado.

COM A PALAVRA, MINISTRO KASSAB

Por meio de sua Assessoria de Imprensa, o ministro Kassab declarou. “Na data mencionada, o ministro Kassab deslocou-se a São Paulo como mencionado, para cumprimento de agenda da pasta. E é prática comum que parlamentares usem aeronaves da FAB para deslocamento, quando disponíveis, não havendo qualquer impedimento legal.”
FAUSTO MACEDO / ESTADÃO
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