Um Boeing 777 da Malaysia Airlines com 295 pessoas a bordo caiu na Ucrânia nesta quinta-feira (17).
A agência russa Interfax afirmou que o avião teria sido derrubado quando estava a 10 mil metros de altitude.
A aeronave voava normalmente, sem registro de problemas, até desaparecer do radar, segundo Dmytro Babeychuk, chefe do órgão regulador do espaço aéreo ucraniano.
Destroços do avião, em cuja cauda aparece o logo da companhia malaia, assim como malas e outros equipamentos também podem ser vistos espalhados ao longo de uma vasta zona da cidade de Grabove, na região de Donetsk. Soldados das forças rebeldes e bombeiros já chegaram ao local.
Separatistas pró-Rússia disseram ter encontrado a caixa preta do avião, segundo a agência Interfax.
Zoryan Shkyryak, assessor do Ministério do Interior russo, disse à Interfax que o número total de mortos passa de 300, entre eles 23 cidadãos norte-americanos. O presidente americano, Barack Obama, disse em um pronunciamento que o governo está trabalhando para confirmar que existiam americanos a bordo da aeronave. "Nossos pensamentos e orações estão com as famílias dos passageiros", disse Obama.
A França informou que pelo menos quatro franceses estavam no avião.
A Malaysia Airlines informou que perdeu contato com o voo MH17 às 14h15 GMT (11h15 de Brasília) a cerca de 50 km da fronteira entre Ucrânia e Rússia. O avião havia decolado de Amsterdã, na Holanda, às 12h15 locais e deveria chegar a Kuala Lampur, na Malásia, às 6h10 desta sexta-feira (18), também no horário local.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, disse nesta quinta-feira que a queda do avião foi um “ataque terrorista”. Eu acabei de conversar com o primeiro-ministro da Holanda e expressei minhas condolências. "Em nome da Ucrânia, eu convidei profissionais e especialistas da Holanda para investigar esse ataque terrorista de forma transparente. Quero enfatizar que não chamamos isso de acidente ou catástrofe. É um ataque terrorista".
"Este é o terceiro caso trágico nos últimos dias, após os aviões An-26 e Su-25 das forças armadas ucranianas serem derrubados a partir do território da Rússia", declarou Poroshenko em comunicado.
Anton Guerashenko, assessor do ministro do Interior da Ucrânia, disse em sua página no Facebook que a aeronave foi abatida por um míssil terra-ar. De acordo com Goroshenko, estavam a bordo 295 pessoas, sendo 280 passageiros e 15 tripulantes.
Representantes da autoproclamada República Popular de Donetsk negaram que disponham de armamento para derrubar um avião que voe a 10 mil metros de altura.
O líder separatista Aleksander Borodai culpou as forças ucranianas pela derrubada do avião. “Aparentemente, é um avião de passageiros, que foi derrubado pela Força Aérea da Ucrânia”, disse à emissora de TV russa Rossiya 24.
Um comunicado publicado em um site oficial dos separatistas pró-russos diz que a aeronave foi abatida pelas forças ucranianas. "Testemunhas viram o Boeing 777 ser atacado por um avião de caça ucraniano. Depois, o avião comercial partiu em dois e caiu no território da 'República de Lugansk' (autoproclamada pelos separatistas no leste da Ucrânia). Após o ataque, o avião ucraniano foi derrubado e também caiu no território da 'República de Lugansk", informa o site.
O governo de Kiev negou o envolvimento de suas Forças Armadas na queda.
O avião caiu em uma região que está sob o controle de milicianos separatistas pró-Rússia e que estão em confronto com as forças governamentais da Ucrânia.
Após o acidente, a Rússia pediu permissão à Ucrânia para ajudar nos trabalhos de resgate. “Os serviços de emergência russos enviaram um pedido oficial a nossos colegas ucranianos para realizar um trabalho conjunto no local da queda do Boeing no território ucraniano”, disse Vladimir Puchkov, Ministro de Emergências da Rússia, à agência RIA.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/ ... encia.html
http://g1.globo.com/mundo/fotos/2014/07 ... rania.html