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A concessionária de água e esgotos Águas do Rio assumiu com vontade de inovar a gestão do sistema de distribuição de águas da cidade.
Desde que assumiu as funções da CEDAE, começou a cometer um rosário de arbitrariedades que começam a causar reflexos em todas as regiões do Rio de Janeiro.
Além de insistir na cobrança de água não-medida e de utilizar um ininteligível sistema de “economias” que já é considerado ilegal pelo Judiciário, agora a empresa começa a destruir calçadas, a pretexto de “cortar água” ou “instalar hidrômetros externos“, de forma totalmente irregular.
São crateras, buracos e destruição ocorrendo nos quatro cantos da área gerida pela companhia.
Fontes da Prefeitura do Rio deram conta de que as relações entre a Secretaria Municipal de Conservação e a concessionária estão às turras desde que a empresa começou a cavar, sem qualquer cuidado, os passeios da cidade, transformando tudo num grande queijo suíço com cheiro de canteiro de obras. O que ocorre é que, para realizar intervenções na calçada, leia-se, para cavar buraco no chão na frente dos imóveis, é preciso que a concessionária tenha uma licença de obra, emitida pela Prefeitura. E isto não está ocorrendo. A empresa coloca dois ou três jagunços para socar a porta do morador ou comerciante e dizer de duas, uma : pague ou eu arrebento a calçada e corto sua água, e não preciso pedir licença de ninguém para isso ou então vou destruir sua calçada porque decidi colocar um hidrômetro externo, do lado de fora da sua casa, pra se você não me pagar, eu não ter que entrar na sua casa pra cortar tua água.
Só que, felizmente para o povo carioca, a Águas do Rio é empresa particular, e pode ser chamada à responsabilidade pelos crimes e infrações que vier a cometer.
Na Tijuca, os relatos de buracos são muitos. A Águas do Rio estaria esburacando as calçadas não só para cortar água como para instalar hidrômetros fora dos imóveis, segundo diversos relatos que recebemos no DIÁRIO DO RIO. Denúncias recebidas pela redação informam que a concessionária chega, quebra o chão e nem sequer faz acabamento ou conserta o que destrói, deixando as ruas inseguras, inclusive para cadeirantes, crianças e idosos. Fontes da Prefeitura nos disseram que a empresa “prometeu parar de fazer isso”, e que licenças chegaram a ser suspensas por conta do fato. Enquanto isso, a empresa vem recebendo multas diárias pelas ilegalidades que vem cometendo.
Na rua da Quitanda 80, quem passa vê a imensa cratera cavucada de forma grosseira, que veio a destruir toda a calçada em frente o Edifício Palácio Vigia, totalmente retrofitado há menos de 8 anos. O buraco é de autoria da Águas do Rio, que quis cortar o fornecimento de água do prédio, fechado desde 2018. Procurado, o subsíndico do prédio, Valdemar Barboza, explicou que no prédio fica apenas uma faxineira, que trabalha 8 horas por dia, e que não há qualquer tipo de vazamento, até porque os registros estão fechados. Ainda assim, a Águas do Rio quer receber R$ 17.864,33 por mês pelo hipotético consumo de água do prédio. “Só na cabeça de um maluco uma única pessoa pode consumir este valor. Esse pessoal está desconectado com a realidade, e vão ter que responder perante a justiça“, dispara. E zomba: “nossa faxineira deve fazer a conta certinha e usar um conta gotas, pois a conta vem todo mês igual : R$ 17.864,33 !“.
Parece que a concessionária mede o consumo de água pelo tamanho dos prédios. Completamente vazio desde que Eike Batista deixou o prédio, o famoso Edifício Serrador é habitado apenas por 2 seguranças. Isso, dois. O prédio, uniempresarial e com 21 andares, está tapumado e trancado. Mas a Águas do Rio cobra a quantia de R$ 57.715,56 por mês pela conta de água. O administrador do famoso prédio, Adriano Nascimento, disse ao DIÁRIO que “a cobrança é absurda pois não leva em conta o consumo. Eles não medem. Eles cobram pelo número de economias que eles inventaram para o prédio, que é uniempresarial, dividido em 22 andares, cada um deles com uma única bateria de banheiros“. Adriano Nascimento disse que o prédio avalia executar o corte da água e passar a utilizar-se de carros-pipa, sem prejuízo de buscar reparação judicial.
A verdade é que este tipo de ação ilegal conta com o pacifismo do carioca, que não é lá muito de lutar por seus direitos, ingressar na justiça, correr ao PROCON, denunciar à prefeitura.
É o típico balanço do empresário mal intencionado: “se de cada 10 ilegalidades que eu cometer só 1 reclamar, estou no lucro de 9“. Pena.
No site Reclame Aqui, o número de reclamações contra a Águas do Rio é bem alto -
https://www.reclameaqui.com.br/empresa/ ... clamacoes/