Conta de luz, falta de água e racionamento de energia

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Re: Falta de água e racionamento de energia

Mensagem por E.R » 12 Jul 2014, 00:59

http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs ... +CAIR+AGUA

Especialistas em meteorologia se reunirão em São José dos Campos.

Um relatório a ser redigido dirá que o evento chegou ao Brasil : já subiram 2ºC as águas do Oceano Atlântico, entre o Rio Grande do Sul e São Paulo.

A partir de agosto, por uns 90 dias, choverá mais de 150 mm só em São Paulo.

O nível de água do sistema Cantareira sairá dos 18,8% de hoje para cerca de 25%, baixando o risco de racionamento na região metropolitana paulista.
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Re: Falta de água e racionamento de energia

Mensagem por Hyuri Augusto » 25 Ago 2014, 18:55

NOTÍCIAS
Represas podem secar em 107 dias
Se a tão esperada chuva não cair - em grande quantidade - nas próximas semanas, o Sistema Produtor Alto Tietê pode secar em até 107 dias. A situação mais crítica, segundo relatório técnico obtido por O Diário, é a do reservatório do Rio Jundiaí, em Mogi das Cruzes, que opera com apenas 5,41% de sua capacidade. Dois dutos cujas obras por parte da Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp) foram concluídas na semana passada pretendem bombear água do Rio Biritiba, em Biritiba Mirim, que também sofre com a longa estiagem, para despejá-la em barragens mogianas, gerando um impacto negativo em cadeia no manancial.

Os cálculos e a previsão de dias para o fim do volume útil das cinco represas do Alto Tietê foram feitos por meio de um método chamado Curva de Aversão a Risco, usado por cientistas e técnicos em diversos estudos. É uma metodologia já bastante conhecida por matemáticos também. Para chegar aos números (que podem ser conferidos por completo nesta página) foi preciso levar em conta o volume útil e o tamanho de cada reservatório, a vazão prevista em outorga concedida à Sabesp para a operação e o período de seca no Alto Tietê - este último quesito é comum a outras barragens da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). A empresa paulista não divulga esse tipo de informação detalhada por reservatórios, apenas o nível total dos sistemas produtores.

Segundo o documento, de 18 de agosto (segunda-feira passada, data mais atualizada), a do Rio Jundiaí secaria por completo em 46 dias. Descontando os dias já passados, isso ficaria em 40 dias.

Em Taiaçupeba, a segunda com menor volume (apenas 12,01%), a seca chegaria em apenas três dias. Lá, porém, a captação está praticamente paralisada, devido ao nível baixíssimo. É lá que fica a estação elevatória que recolhe água para a Estação de Tratamento de Água (ETA) que recebe o nome do distrito mogiano. (Lucas Meloni)
Fonte: O Diario de Mogi
"Fortes são aqueles que transformam em luz o que é escuridão"

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Re: Falta de água e racionamento de energia

Mensagem por E.R » 19 Jan 2015, 14:03

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ ... -104.shtml

Com altas temperaturas e sem muita chuva, o nível dos principais reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo baixou nesta segunda-feira (19).

De acordo com o balanço divulgado pela Sabesp, o Cantareira opera com 5,8% de sua capacidade nesta segunda após baixar 0,1 ponto percentual em relação ao dia anterior.

Desde o dia 11 de janeiro, o sistema cai 0,1 ponto percentual diariamente.

O reservatório é responsável pelo atendimento de 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo e já opera com a segunda cota do volume morto (água do fundo do reservatório que não era contabilizada).

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), citou pela primeira vez a possibilidade de utilizar a terceira cota do volume morto do Cantareira.
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Re: Falta de água e racionamento de energia

Mensagem por Léo Silveira » 19 Jan 2015, 19:53

Aqui em Divinópolis somos "premiados" com dois rios que cortam a cidade. Em outubro de 2014 quando a seca aqui na região deixou várias cidades de minas sem água, aqui o abastecimento estava normal. Mas nem por isso podemos esbanjar água, o uso consciente é sempre incentivado por aqui.

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Re: Falta de água e racionamento de energia

Mensagem por Chokito Cabuloso » 20 Jan 2015, 08:45

Onde eu moro (SP, abastecido pelo Cantareira) a agua era cortada por volta das 17h e só voltava por volta das 5/6 da manhã. Ontem já começaram a cortar a partir das 14h.
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Re: Falta de água e racionamento de energia

Mensagem por Victor235 » 31 Jan 2015, 23:16

Acho sinistro essas coisas que passam a ser vistas com a baixa das águas. Carros roubados, entulhos, buracos de piscinas, lixo e até cidades que haviam sido inundadas para hidrelétricas começam a aparecer.

Imagine tudo que não há submerso por aí, em baixo das águas e das terras.

http://noticias.uol.com.br/album/2014/0 ... #fotoNav=1
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Re: Falta de água e racionamento de energia

Mensagem por E.R » 04 Fev 2015, 23:22

Todos os dias vejo muito desperdício de água : vazamentos de água em diversas ruas (e a Cedae demora a fazer reparo), gente usando mangueiras pra lavar carro (ao invés de lavar com baldes), porteiros lavando o chão das ruas com mangueira por um longo tempo (ao invés de colocar água em baldes e usar a água moderadamente).
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Re: Falta de água e racionamento de energia

Mensagem por E.R » 05 Fev 2015, 20:52

http://g1.globo.com/economia/noticia/20 ... e-luz.html

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve aprovar nesta sexta-feira (6) aumento de até 83,33% no valor da taxa extra cobrada desde janeiro nas contas de luz, introduzida pelo sistema de bandeiras tarifárias.

A proposta, que será avaliada pela diretoria da agência, prevê que a taxa da bandeira vermelha passará dos atuais R$ 3 para R$ 5,50 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) de energia consumidos, alta de 83,33%.

Sob a bandeira amarela, o impacto nas contas de luz subiria de R$ 1,50 para R$ 2,50, também para cada 100 kWh usados.
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Re: Falta de água e racionamento de energia

Mensagem por Barbano » 06 Fev 2015, 08:18

Governo incompetente. Não consegue dar conta de atender a demanda de energia do país, e aí começa a socar no bolso dos consumidores para ver se o consumo cai.

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Re: Falta de água e racionamento de energia

Mensagem por CHarritO » 06 Fev 2015, 16:11

Dá-lhe, Dilma!!! -_-

E por aqui já aumentou as contas de água e de luz, e olha que por aqui a gente sempre economiza!!!
Meus títulos e conquistas no FCH:
Moderador Global do FCH (2012 à 2014 / 2016 à 2020)
Moderador do Meu Negócio é Futebol (2010 à 2012 / 2015 à 2016)
Eleito o 1º vencedor do Usuário do Mês - Março 2010
Campeão do Bolão da Copa do FCH (2010)
Campeão do 13º Concurso de Piadas (2011)
Bicampeão do Bolão do FCH - Brasileirão (2011 e 2012)
Campeão do Bolão do FCH - Liga dos Campeões (2011/2012)
Campeão de A Casa dos Chavesmaníacos 10 (2012)
Campeão do Foot Beting (2014)
Hexacampeão da Chapoliga (2014, 2015, 2016, 2017, 2019 e 2020)
Campeão de O Sobrevivente - Liga dos Campeões (2016/2017)
Campeão de O Sobrevivente - Copa América (2019)
Campeão do Bolão da Copa América (2019)

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Re: Falta de água e racionamento de energia

Mensagem por Victor235 » 06 Fev 2015, 22:27

Deputados e especialistas apontam soluções para enfrentar crise hídrica
06/02/2015 - 08h52
Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Marcelo Oliveira

Entre as ações defendidas estão: melhoria da gestão do armazenamento de água; incentivos ao consumo consciente pela população; e preservação dos mananciais. Tema voltará a ser discutido em comissão geral no Plenário da Câmara.

O Brasil detém 12% de toda a água doce do planeta e abriga grandes bacias hidrográficas, como as dos rios São Francisco, Paraná e Amazonas, a maior do mundo. No entanto, o grande volume hídrico está concentrado na Região Norte, exatamente a menos habitada. Por sua vez, o semiárido e o sertão nordestino sempre estiveram associados aos cenários tórridos da seca que castigam a população.

Nos últimos anos, porém, alterações no regime de chuva levaram as regiões mais populosas do Brasil, sobretudo a Sudeste, a também conviver com o drama da seca. Em São Paulo, por exemplo, que enfrenta grave problema de abastecimento no Sistema Cantareira, a chuva até que apareceu com força no início do ano, mas caiu longe dos reservatórios: desabou em cima da cidade impermeabilizada pelo asfalto e pelo concreto dos arranha-céus.

Professor de engenharia civil e ambiental da Universidade de Brasília (UnB), Demétrius Christofidis critica a atual gerência dos sistemas de armazenamento de água pela falta de planejamento de médio e longo prazos. "Esses projetos foram feitos há muitos anos e são baseados em médias históricas de observações. Na fase que antecede o sinal amarelo, já deveriam ter feito estudos revisando essa situação", diz.

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O próprio governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, admitiu que o estado mais rico do País convive com racionamento: “Quando a ANA [Agência Nacional de Águas] determina que você tem de reduzir de 33 para 17 metros cúbicos por segundo a captação de água no Cantareira, é óbvio que você já está em restrição".

Dados da ANA indicam que 55% dos municípios brasileiros podem sofrer deficit de abastecimento em 2015. O alerta foi feito em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados no final do ano passado.

Diante da gravidade do quadro, o deputado Sarney Filho (PV-MA) quer que a Câmara mantenha um comitê ou um grupo de trabalho permanentemente focado no acompanhamento das medidas que procuram combater ou, pelo menos, amenizar os efeitos da crise.

"Tenho certeza de que essa é uma discussão que vai se prolongar porque os resultados das mudanças climáticas estão aparecendo cada vez mais. E isso vai ter repercussão aqui dentro do Congresso", comenta o parlamentar.

O novo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já anunciou que o Plenário vai realizar, em breve, uma comissão geral para debater a crises hídrica e energética no País.

Soluções

TV Câmara
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Sarney Filho quer que Câmara crie grupo permanente para acompanhar medidas contra a crise de água.

A busca de soluções para a falta de água também mobilizou algumas comissões da Casa no ano passado. Entre as sugestões apresentadas por deputados e especialistas estão: a melhoria da gestão da água; a conscientização sobre o desperdício; e o incentivo ao reflorestamento.

O professor do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) Luiz Antônio Venturi é um dos defendem mais planejamento no uso dos recursos hídricos. "A água existe e deve ser gerida de forma eficiente. Há países com muito menos água do que o Brasil em que não há racionamento nem outro tipo de problema.”, destaca. “Mesmo em áreas semiáridas, como no Nordeste, é possível garantir água para todo mundo", completa.

Na opinião de Demétrius Christofidis, outro foco de atuação deve ser a prevenção de desperdício no trajeto da água entre os reservatórios e a casa do consumidor.

Conforme o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, gerido pelo Ministério das Cidades, a perda média de água no trajeto entre os reservatórios e a torneira da população foi de 37% em 2013. O recorde ocorreu no Amapá, com perda de 76%.

Consumo consciente
Para conter o desperdício do usuário, a Agência Nacional de Águas propõe sobretaxas para o consumo elevado, como já é feito em alguns estados, como São Paulo. "Quem consome acima das quantidades médias recomendadas deve ter algum tipo de sanção para que se ajuste ao atual momento de crise", defende o superintendente de usos múltiplos das águas da ANA, Joaquim Gondim.

Em vez de sobretaxa ou punição para o alto consumo, Christofidis, por sua vez, sugere premiação para quem economiza água.

Mananciais
A preservação dos mananciais é outra necessidade que deve unir ações de governos e da população, conforme Geraldo Boaventura, professor do Instituto de Geociências da UnB. “Temos de preservar as áreas de recarga, responsáveis pelas nascentes e pelo ciclo da água na superfície e da água subterrânea”, diz. “Mesmo que voltemos a ter um período normal de chuva, vamos ter de continuar com os programas de educação ambiental”, complementa.
AGÊNCIA CÂMARA NOTÍCIAS
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Re: Falta de água e racionamento de energia

Mensagem por Victor235 » 09 Fev 2015, 20:27

Datafolha: 65% apoiam racionamento de energia no país
Agência O Globo
9 horas atrás

SÃO PAULO - Diante das crises hídrica e de energia no país, a maioria dos brasileiros apoia um rodízio de água e um racionamento de luz, revela pesquisa Datafolha, publicada nesta segunda-feira pelo jornal Folha de S. Paulo. O levantamento mostra que 65% querem adoção imediata sobre a implantação de racionamento de luz e 27% acham que ainda não é hora. Na Grande São Paulo, 60% querem um rodízio de água e 30% são contra.

A falta de luz afetou 39% das casas dos brasileiros e, de acordo com a pesquisa, o problema durou 2,9 dias. E 94% dos brasileiros sabem que os reservatórios de água que abastecem a população e geram energia estão comprometidos por falta de chuva.

Segundo o Datafolha, quase um terço acredita que o culpado pela crise de energia é o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Em São Paulo, percentual semelhante, aponta o governo estadual como responsável pela escassez de água: 37%. Para 20%, a população é culpada. Neste domingo, o nível do Sistema Cantareira, que abastece 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo, era de 5,7%.

A pesquisa mostra ainda que 71% dos paulistanos disseram que ficaram sem água em suas casas nos últimos 30 dias. Para 76%, a crise hídrica será duradoura. Em outubro do ano passado, o índice dos moradores que tinham ficado sem água era menor: 60%. Já em todo o estado, o percentual dos que estiveram com as torneiras secas foi de 44%.

27% MUDARIAM DE SÃO PAULO

Entre os paulistanos, 27% planejam mudar de cidade caso a crise hídrica piorar. Na região metropolitana, 96% tomam banhos mais rápidos e metade da população diz que conseguiu economizar água. Também em São Paulo, dos 69% que têm carro, 64% já não lavam mais os veículos. No entanto, 5% não mudaram de hábito. A máquina de lavar roupa não tem sido usada por 38%, segundo o Datafolha.

O levantamento foi feito com 4 mil pessoas, em 188 cidades brasileiras, entre os dias 3 e 5 de fevereiro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasi ... ar-AA9ai9D
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Re: Falta de água e racionamento de energia

Mensagem por E.R » 15 Fev 2015, 20:45

http://g1.globo.com/fantastico/noticia/ ... entos.html

Com as chuvas dos últimos dias, o governo adiou para o fim de março a decisão sobre o rodízio de água em São Paulo. Anunciou, também, ter encontrado um quarto volume morto na Cantareira.

Mas isso não significa que a crise da água tenha passado. Ela deixa problemas antigos ainda mais evidentes, como os vazamentos de água. E nem sempre eles são visíveis. É preciso caçá-los.

A procura não é só pela água desperdiçada, mas também pelos espertalhões que tentam tirar vantagem até mesmo num momento delicado como esse.

Às 10h de quinta-feira (12), policiais e funcionários da Sabesp, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, estão à procura de gente que furta água e logo encontram.

Eles já conseguiram identificar a fraude. Viram que a água estava vindo de uma mangueira. Ela estava ligada diretamente a tubulação da Sabesp na rua. Sem o hidrômetro, o aparelho que mede o consumo, não tem como a empresa cobrar pela água do prédio.

Uma mulher foi identificada como a responsável pelo edifício.

Investigador: Por ora, você está presa em flagrante. Foi constatado fraude de água, furto de água e você é responsável por isso.
Mulher: Não, eu não sou responsável. Eu recebo os aluguéis da dona.
Investigador: Então, lá na delegacia, você vai provar, tá bom?

Ela pode responder por furto.

“É crime punível, é o artigo de furto de água com punição de até quatro anos de prisão”, explica o delegado Reinaldo Vicente Castello.

Na mesma operação, também foram constatadas outras duas fraudes. A maior delas, em uma galeria no Centro de São Paulo, com 300 apartamentos residenciais, 180 escritórios e 200 lojas.

O Fantástico entrou no subsolo dessa galeria para ver o que que eles encontraram lá de irregularidades. Está bem atrás de uma parede. E bem no meio da tubulação tem um desvio. Com o desvio, parte da água vai direto da rua, sem passar pelo relógio. É aí que está a fraude. Foi uma surpresa para o pessoal que mora e trabalha no local.

“Todo mundo está economizando água. É para ficar revoltado e tudo”, diz uma mulher.

A síndica e o advogado da galeria alegaram que não sabiam de nada.

“Nunca vi isso. Primeira vez na minha vida. A conta só sobe. Nunca baixou a conta”, afirma o advogado Airson Carlos do Nascimento.

Mas o Fantástico teve acesso ao consumo. Quando mostrado pra eles...

Fantástico: Em maio de 2014 vocês estavam gastando 1.184 metros cúbicos. Agora, em janeiro de 2015 caiu para 599. Metade, né?
Maria Lúcia Borges Pereira, síndica: Em junho desse mês você fala?
Fantástico: Em 2014, vocês estavam gastando praticamente o dobro do que vocês gastam agora.
Maria Lúcia Borges Pereira: A gente tem, a gente tem diminuído realmente. A gente tem feito muitas coisas.

Os dois também foram levados à delegacia. Em 2015, já foram abertos 25 novos inquéritos desse tipo de crime. Quarenta e seis pessoas estão sendo investigadas e monitoradas por suspeita de fraude.

José de Godoy Pereira Neto, delegado: São ex-funcionários da Sabesp, boa parte. Então eles têm conhecimento de como funciona, quem é o comércio mais interessado: postos de gasolina, restaurantes, bares, hotéis.
Fantástico: Mas são quadrilhas mesmo que estão agindo nesse tipo de situação, nesse tipo de irregularidade?
José de Godoy Pereira Neto: Sobre o aspecto dos fraudadores, acredito que sim, que haja uma organização. Agora, o beneficiário, ele está lá e recebe a oferta e, de má fé, adere a essa fraude. Responderão pelo mesmo crime.

A Sabesp diz que perde quase 10,5% da água tratada por causa das fraudes.

Pior do que isso são os vazamentos : 19,5%. Perda total: 30%.

É muito, segundo o presidente do Instituto Trata Brasil, uma organização que luta contra o desperdício de água.

“É como se você perdesse 30 pãezinhos de 100 que você produzisse. Essa água já está potável, já foi tratada, já se consumiu produto químico, está pronta para se distribuir, e se perde. É um absurdo”, destaca Édison Carlos, presidente executivo do Instituto Trata Brasil.

Só nos vazamentos, foram desperdiçados mais de 26 bilhões de litros de água em 2014. Daria para abastecer uma média de 1,4 milhão de famílias de quatro pessoas durante um mês.

Na companhia de saneamento, centrais monitoram os vazamentos. Eles colocam sempre, em cada pontinho da tela, a indicação de que há um vazamento. Por dia são três mil ocorrências.

Fantástico: Quais são os motivos dos vazamentos ?
Roberval Tavares de Souza, superintendente da Sabesp: Concessionárias de gás, concessionárias de energia, que quebram a nossa rede. Ou pela vida útil da tubulação, que pode estar com o seu prazo de vencimento muito próximo.

Quando se fala nesse assunto, a gente logo pensa em água jorrando para todo lado. Mas há muito desperdício que os olhos não veem. Na Região Metropolitana de São Paulo, são mais de 35 mil quilômetros de canos subterrâneos conectados a 4,6 milhões de ramais que levam água potável para os clientes. Os vazamentos podem estar em qualquer ponto dessa rede.

“Às vezes, ele acontece por décadas. Enquanto o solo não colapsar, enquanto o solo não afundar naquele lugar por causa da constante umidade, ninguém vai saber que aquele vazamento existe”, explica Édison Carlos.

Tem que caçar o vazamento. E como? A água faz barulho. Tem que ouvir com atenção. O equipamento mostrado no vídeo é chamado de haste de escuta. É bem parecido com aquele aparelho que o médico usa para ouvir o coração, o estetoscópio. O funcionário coloca a haste perto da tubulação, perto do hidrômetro. O funcionário fecha o registro para a água não passar. Se mesmo assim ele ouvir um ruído, pode ser vazamento.

Para ter certeza do ruído, se há mesmo ou não, vai um outro técnico, que coloca um outro aparelho que vai amplificar o ruído. O vídeo acima mostra quanta água está saindo do cano que leva a água até o hidrômetro. Ele estava rachado. É uma tubulação um pouco mais antiga, e que por isso é que a água estava vazando. Uma rachadura quase que invisível.

O vazamento foi bem em frente a um salão de cabeleireiro.

Fantástico: É perder uma água preciosa, não é?
Daniele Souza, gerente do salão de cabeleireiro: Com certeza. Na escassez que está.

Parte da tubulação danificada foi substituída. A Sabesp diz que a meta é trocar 670 quilômetros de rede e 840 mil ramais até 2017.

“É muito pouco. Então, esse esforço precisa ser muito maior, porque a rede vai se degradar até 2017. Isso tem que ser feito uma troca da rede quase toda. Hoje, a gente colhe o fruto dessa política errada, de pouca manutenção nas redes”, afirma Édison Carlos.

Ele diz que investir na manutenção é fundamental para reduzir a quantidade de água perdida.

“Quinze por cento é um número adequado. Ainda é maior do que países como Japão, Alemanha, que estão muito mais à frente. Mas já é metade do que se perde hoje”, avalia o presidente do Instituto Trata Brasil.

“Nos últimos oito anos, nós investimos mais de R$ 6 bilhões diretamente no programa de redução de perdas aqui na Sabesp”, afirma Roberval Tavares Souza.

“A gente viveu com a ilusão de que tinha muita água. Hoje está provado que não tinha. Portanto, temos que rever, planejar, porque senão a tendência é que a gente fique sem água por muito mais tempo”, avalia Édison Carlos.
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Re: Falta de água e racionamento de energia

Mensagem por Victor235 » 15 Fev 2015, 21:34

Ano passado, o vereador e candidato a governador Laércio Benko já apontava sobre esses vazamentos. É preciso arrumar o máximo possível destas tubulações.
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Re: Falta de água e racionamento de energia

Mensagem por Barbano » 15 Fev 2015, 22:15

O percentual de vazamentos da Sabesp na grande SP não é tão alto assim. 19,5% é um índice bem abaixo da média brasileira, e comparável ao de países de primeiro mundo, como Reino Unido, França e Itália.

E felizmente os meteorologistas quebraram a cara sobre a expectativa de chuvas para fevereiro. Estamos na metade do mês, e as chuvas já se aproximam da média histórica nos principais reservatórios paulistanos.

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