Vegetarianismo
- Jezebel do Canto e Mello
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Re: Vegetarianismo
MasoquistaJegue escreveu:Ah, convenhamos que sem Garabito, Ramyen e Gremista aqui fica chato demais. Não tem problema só um deles voltar
- JF CH
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Re: Vegetarianismo
Mas um vegetariano legal, né...Churrumín Moscattelo escreveu:Um tópico sobre vegetarianismo sem vegetariano não é nada.
JF CH
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piadaitaliano/F42 escreveu: ↑18 Abr 2021, 21:26com todo o perdão da palavra e com toda a certeza que eu serei punido, piada é a cabeça da minha piroca! porra mano, eu tive que adicionar seu nome como "pseudo" pré candidato a moderação lá no datafórum e você agora fala que é piada? o que vc tem na sua cabeça, mano?
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Re: Vegetarianismo
Visto o desprezo que carnívoros tem com aqueles que possuem uma dieta que não afeta carnívoros em nada, mas preferem encher o saco deles por se acharem superiores, não há algo como "vegetariano legal".JF CHmaníaco escreveu:Mas um vegetariano legal, né...Churrumín Moscattelo escreveu:Um tópico sobre vegetarianismo sem vegetariano não é nada.
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Re: Vegetarianismo
Uma comida boa (vegetariana) é o nirá - vendido em alguns restaurantes japonês - bem temperado é muito gostoso.
É preparado com shoyu.
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Re: Vegetarianismo
https://super.abril.com.br/sociedade/e- ... se-vegano/
Em matéria para a Super Interessante, da Editora Abril, o jornalista Alexandre Versignassi, diretor de redação da publicação, especula em torno de um tema que, para os veganos, solucionaria os problemas surgidos com o aumento do aquecimento global do planeta : o fim da produção animal destinada à alimentação humana.
Lembra, porém, que “uma humanidade que se tornasse vegana da noite para o dia teria um problema inicial : o que fazer com os animais criados para gerar alimentos ?
Pois – pontua – correspondem a uma biomassa da ordem de 675 milhões de toneladas, volume superior ao estimado para a população terrestre – algo ligeiramente superior a 500 milhões de toneladas.
Mas – lembra Alexandre Versignassi – resolvida (parcialmente, claro) a questão do meio ambiente, cria-se um problema social.
E cita que é justamente o aumento no consumo de proteína animal nas últimas décadas que vem reduzindo a desnutrição na África Subsaariana : “Crianças de áreas rurais do Quênia que passaram a comer ovos, por exemplo, crescem 5% mais rápido que as que não têm esse prato em sua dieta”
Ovos continuam sendo alimento fundamental para o combate à fome no mundo.Em matéria para a Super Interessante, da Editora Abril, o jornalista Alexandre Versignassi, diretor de redação da publicação, especula em torno de um tema que, para os veganos, solucionaria os problemas surgidos com o aumento do aquecimento global do planeta : o fim da produção animal destinada à alimentação humana.
Lembra, porém, que “uma humanidade que se tornasse vegana da noite para o dia teria um problema inicial : o que fazer com os animais criados para gerar alimentos ?
Pois – pontua – correspondem a uma biomassa da ordem de 675 milhões de toneladas, volume superior ao estimado para a população terrestre – algo ligeiramente superior a 500 milhões de toneladas.
Mas – lembra Alexandre Versignassi – resolvida (parcialmente, claro) a questão do meio ambiente, cria-se um problema social.
E cita que é justamente o aumento no consumo de proteína animal nas últimas décadas que vem reduzindo a desnutrição na África Subsaariana : “Crianças de áreas rurais do Quênia que passaram a comer ovos, por exemplo, crescem 5% mais rápido que as que não têm esse prato em sua dieta”
- Barbano
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Re: Vegetarianismo
Veganismo tem que ser estilo de vida, opção, e nunca oposição. Com mais gente aderindo, o que ocorreria seria retração na demanda, o que provavelmente baixaria o preço dos alimentos não veganos. Melhor para nós.
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Re: Vegetarianismo
Prefiro um mundo cheio de João Gordo.
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI
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Re: Vegetarianismo
Bela Gil só tem uma, agora você já foi 3 pessoas diferentes, talvez até mais.Churrumín Moscattelo escreveu:Eu decididamente não estou preparado para um mundo cheio de Bela Gil.
- JF CH
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Re: Vegetarianismo
Um mundo cheio de Fábio BarbanoChapolin Comunista escreveu:Prefiro um mundo cheio de João Gordo.
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JF CH
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piadaitaliano/F42 escreveu: ↑18 Abr 2021, 21:26com todo o perdão da palavra e com toda a certeza que eu serei punido, piada é a cabeça da minha piroca! porra mano, eu tive que adicionar seu nome como "pseudo" pré candidato a moderação lá no datafórum e você agora fala que é piada? o que vc tem na sua cabeça, mano?
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Re: Vegetarianismo
https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-51424112
Em julho de 2019, um homem vestindo uma camiseta com as palavras "Veganism = Malnutrition" ("Veganismo = Desnutrição") chocou pessoas em um mercado vegano em Londres ao comer um esquilo cru.
Em vídeos do incidente, é possível ver o manifestante pró-carne segurando o corpo mole e peludo do animal — sem cabeça — enquanto uma multidão atordoada espera que ele seja preso. Sua boca está cheia de sangue. Em um determinado momento, uma pessoa questiona : "Por que você está fazendo isso?"
Com o crescimento da popularidade do estilo de vida vegano (que não inclui o consumo de nenhum tipo de carne, nem produtos derivados de animais, como mel, leite, gelatina ou ovos), surgiu também uma onda de ódio contra ele.
Comer carne ou não comer carne ? O debate virou um campo de batalha. E, embora seja natural que as pessoas discordem, as paixões despertadas nessa discussão parecem desafiar a razoabilidade.
Pesquisas mostram que apenas viciados em drogas enfrentam o mesmo grau de estigma que os veganos — e entre estes, os menos populares de todos são aqueles que citam a crueldade contra animais como argumento. Dado que a maioria de nós provavelmente gostaria de ver menos sofrimento no mundo, por que existe tanto ressentimento por aqueles que fazem algo a respeito ?
Se você se atreve a perguntar, os veganófobos têm muitas explicações razoáveis (e outras nem tanto). Primeiro, há o argumento da hipocrisia : a ideia de que os veganos também têm sangue nas mãos, na forma de "massacres" de plantas, do custo ambiental dos abacates e de todos os animais impactados por plantações.
Outros argumentos populares incluem a percepção dos veganos como excessivamente presunçosos e zelosos. É como diz a piada : "Como você reconhece um vegano em um janta r? Não se preocupe ! Ele vai te contar !".
Mas essas são realmente as razões pelas quais algumas pessoas não gostam dos veganos ? Nem todo mundo está convencido. Alguns psicólogos têm outra teoria: a de que, longe de ser motivado por fatores ao alcance de nossa consciência, o ressentimento generalizado que temos pelos veganos se reduz a preconceitos profundamente arraigados em nossa psiquê.
Hank Rothgerber, psicólogo social na Universidade de Bellarmine, nos EUA, acredita que tudo se resume à pergunta : como continuamos a comer carne ?
"Basicamente, vivemos em uma era, pelo menos no mundo ocidental, onde há mais e mais evidências, mais e mais argumentos e mais e mais livros sobre como comer carne é ruim", diz Rothgerber. "Mas, ainda assim, nosso comportamento não mudou significativamente."
Ele ressalta que previsões iniciais para 2018 indicam que este terá sido o ano com o maior consumo de carne per capita na história dos Estados Unidos.
"O que eu estou observando é : como as pessoas racionalizam isso e ainda se sentem boas pessoas ?"
Para continuar a comer carne, sugere Rothgerber, é necessária uma verdadeira ginástica mental. Felizmente, nossos cérebros são extremamente bons em nos proteger das realidades que não queremos enfrentar — e há uma série de truques psicológicos à nossa disposição.
Por exemplo, há a "dissonância cognitiva", que ocorre quando uma pessoa tem dois pontos de vista incompatíveis e atua mais de acordo com um deles. Por exemplo, sua afeição por animais pode começar a colidir com a ideia de que não há problema em comê-los.
Alguns psicólogos já têm até um nome para isso : o "paradoxo da carne". Alguns usam, no entanto, termos mais fortes, como "esquizofrenia moral".
A tensão resultante disso pode nos fazer sentir estressados, irritados e infelizes. Mas, em vez de resolver a questão alterando nossas crenças ou comportamento, é bastante normal colocar a culpa em motivos ainda mais alheios. Por exemplo, quando corretores perdem certos investimentos, tendem a culpar seus gerentes. Isso permite que eles continuem acreditando que tomam excelentes decisões, enquanto enfrentam o fato de terem obtido exatamente o resultado oposto ao que deveriam (e pelo qual são pagos) e de que perderam dinheiro.
No caso de comer carne, Rothgerber sugere que temos várias estratégias — cerca de 15 — que nos permitem evitar enfrentar o paradoxo da carne. Isso inclui estimar que comemos menos carne do que a realidade; ignorar a forma como ela foi produzida; ou se contentar com o consumo de animais de criação "humanitária".
Mas, diante dessas estratégias, os veganos aparecem de novo como estraga-prazeres.
Segundo Rothgerber, as pessoas tendem a não considerar o comer carne como uma ideologia. A hegemonia do consumo de carne em todo o mundo ajuda os onívoros entre nós a evitar a ideia de que isso é uma escolha — afinal, é exatamente o que todo mundo está fazendo. Mas quando um vegano aparece em um jantar, de repente, saímos desse ambiente confortável.
Por sua mera existência, os veganos forçam as pessoas a confrontar sua dissonância cognitiva. E isso irrita.
Décadas de pesquisas psicológicas mostraram que, na tomada de decisão, as pessoas tendem a se permitir chegar à sua conclusão preferida, desde que possam inventar uma justificativa racional sustentando-a.
Por exemplo, um estudo descobriu que, quando os participantes queriam acreditar que seriam bem-sucedidos academicamente, eram mais propensos a recordar seus bons desempenhos no passado do que seus fracassos.
No caso da carne, esse "raciocínio motivado" pode levar as pessoas a encontrar explicações sobre por que comer animais é a decisão correta. E uma delas é que os veganos são ruins.
Em um estudo liderado por Julia Minson, psicóloga da Universidade da Pensilvânia (EUA), os participantes foram questionados sobre suas atitudes em relação aos veganos e, em seguida, solicitados a pensar em três palavras associadas a eles. Pouco menos da metade dos participantes tinha algo negativo a dizer e, curiosamente, 45% incluíam uma palavra que se referia às suas características sociais. Por exemplo, os veganos eram associados aos adjetivos "esquisito", "arrogante", "militante", "tenso", "estúpido" e — misteriosamente — "sádico".
Não contribui para a popularidade dos veganos o fato de que eles realmente se consideram melhores do que aqueles que comem carne; os vegetarianos tendem a avaliar as virtudes de outros vegetarianos como maiores do que a dos não vegetarianos. Mas também é verdade que, no fundo, talvez a maioria de nós concorde com eles — e essa é uma das principais fontes de animosidade.
Nesse sentido, quanto mais justos os participantes do estudo esperavam que os vegetarianos fossem, mais severas as palavras escolhidas para descrevê-los.
"Há muita pesquisa sobre como não gostamos de membros de grupos que são potencialmente moralmente inferiores ou que a sociedade vê como errados", diz Benoit Monin, psicólogo da Universidade de Stanford que também esteve envolvido no estudo. "Mas é intrigante para mim que também rejeitemos membros de grupos que fizeram escolhas louváveis deliberadamente."
Há evidências crescentes de que somos particularmente ameaçados por pessoas que têm moral semelhante a nós, ainda mais se elas forem além do nosso desempenho. No final das contas, nosso medo de ser julgado ultrapassa em muito qualquer respeito que possamos ter por sua integridade superior.
Para um segundo estudo, a equipe pediu a alguns participantes que pensassem em como os vegetarianos julgariam sua moralidade; e, depois, quais os traços de personalidade mais prováveis para os vegetarianos. Outro grupo passou pelos testes, mas na ordem contrária. No experimento, aqueles que pensaram em ser julgados primeiro por vegetarianos tenderam a associá-los mais fortemente a palavras negativas.
De fato, Monin diz que esse medo de reprovação é tão potente que os vegetarianos (aqueles que consomem produtos derivados de animais, como leite e ovos, mas não carne) têm mais probabilidade de serem intimidados por veganos do que os carnívoros. Alguns estudos já indicaram que os veganos classificam os vegetarianos como hipócritas.
De acordo com Rothgerber, a "difamação do benfeitor" pode ser uma maneira de desviar a atenção de nossas próprias decisões duvidosas — o que ajuda a acalmar os sentimentos desconfortáveis que a dissonância cognitiva cria.
A descoberta também explica por que veganos e vegetarianos por motivos éticos são mais irritantes para os onívoros do que aqueles que escolhem o estilo de vida por razões de saúde.
Ironicamente, as mesmas indisposições psicológicas também sugerem que anúncios pró-veganismo que se concentrem no sofrimento dos animais podem ter efeito oposto do pretendido; enquanto algumas pessoas podem reagir comendo menos carne, as pessoas que não mudam seu comportamento precisam lidar com o desconforto de tentar justificar suas ações.
Em julho de 2019, um homem vestindo uma camiseta com as palavras "Veganism = Malnutrition" ("Veganismo = Desnutrição") chocou pessoas em um mercado vegano em Londres ao comer um esquilo cru.
Em vídeos do incidente, é possível ver o manifestante pró-carne segurando o corpo mole e peludo do animal — sem cabeça — enquanto uma multidão atordoada espera que ele seja preso. Sua boca está cheia de sangue. Em um determinado momento, uma pessoa questiona : "Por que você está fazendo isso?"
Com o crescimento da popularidade do estilo de vida vegano (que não inclui o consumo de nenhum tipo de carne, nem produtos derivados de animais, como mel, leite, gelatina ou ovos), surgiu também uma onda de ódio contra ele.
Comer carne ou não comer carne ? O debate virou um campo de batalha. E, embora seja natural que as pessoas discordem, as paixões despertadas nessa discussão parecem desafiar a razoabilidade.
Pesquisas mostram que apenas viciados em drogas enfrentam o mesmo grau de estigma que os veganos — e entre estes, os menos populares de todos são aqueles que citam a crueldade contra animais como argumento. Dado que a maioria de nós provavelmente gostaria de ver menos sofrimento no mundo, por que existe tanto ressentimento por aqueles que fazem algo a respeito ?
Se você se atreve a perguntar, os veganófobos têm muitas explicações razoáveis (e outras nem tanto). Primeiro, há o argumento da hipocrisia : a ideia de que os veganos também têm sangue nas mãos, na forma de "massacres" de plantas, do custo ambiental dos abacates e de todos os animais impactados por plantações.
Outros argumentos populares incluem a percepção dos veganos como excessivamente presunçosos e zelosos. É como diz a piada : "Como você reconhece um vegano em um janta r? Não se preocupe ! Ele vai te contar !".
Mas essas são realmente as razões pelas quais algumas pessoas não gostam dos veganos ? Nem todo mundo está convencido. Alguns psicólogos têm outra teoria: a de que, longe de ser motivado por fatores ao alcance de nossa consciência, o ressentimento generalizado que temos pelos veganos se reduz a preconceitos profundamente arraigados em nossa psiquê.
Hank Rothgerber, psicólogo social na Universidade de Bellarmine, nos EUA, acredita que tudo se resume à pergunta : como continuamos a comer carne ?
"Basicamente, vivemos em uma era, pelo menos no mundo ocidental, onde há mais e mais evidências, mais e mais argumentos e mais e mais livros sobre como comer carne é ruim", diz Rothgerber. "Mas, ainda assim, nosso comportamento não mudou significativamente."
Ele ressalta que previsões iniciais para 2018 indicam que este terá sido o ano com o maior consumo de carne per capita na história dos Estados Unidos.
"O que eu estou observando é : como as pessoas racionalizam isso e ainda se sentem boas pessoas ?"
Para continuar a comer carne, sugere Rothgerber, é necessária uma verdadeira ginástica mental. Felizmente, nossos cérebros são extremamente bons em nos proteger das realidades que não queremos enfrentar — e há uma série de truques psicológicos à nossa disposição.
Por exemplo, há a "dissonância cognitiva", que ocorre quando uma pessoa tem dois pontos de vista incompatíveis e atua mais de acordo com um deles. Por exemplo, sua afeição por animais pode começar a colidir com a ideia de que não há problema em comê-los.
Alguns psicólogos já têm até um nome para isso : o "paradoxo da carne". Alguns usam, no entanto, termos mais fortes, como "esquizofrenia moral".
A tensão resultante disso pode nos fazer sentir estressados, irritados e infelizes. Mas, em vez de resolver a questão alterando nossas crenças ou comportamento, é bastante normal colocar a culpa em motivos ainda mais alheios. Por exemplo, quando corretores perdem certos investimentos, tendem a culpar seus gerentes. Isso permite que eles continuem acreditando que tomam excelentes decisões, enquanto enfrentam o fato de terem obtido exatamente o resultado oposto ao que deveriam (e pelo qual são pagos) e de que perderam dinheiro.
No caso de comer carne, Rothgerber sugere que temos várias estratégias — cerca de 15 — que nos permitem evitar enfrentar o paradoxo da carne. Isso inclui estimar que comemos menos carne do que a realidade; ignorar a forma como ela foi produzida; ou se contentar com o consumo de animais de criação "humanitária".
Mas, diante dessas estratégias, os veganos aparecem de novo como estraga-prazeres.
Segundo Rothgerber, as pessoas tendem a não considerar o comer carne como uma ideologia. A hegemonia do consumo de carne em todo o mundo ajuda os onívoros entre nós a evitar a ideia de que isso é uma escolha — afinal, é exatamente o que todo mundo está fazendo. Mas quando um vegano aparece em um jantar, de repente, saímos desse ambiente confortável.
Por sua mera existência, os veganos forçam as pessoas a confrontar sua dissonância cognitiva. E isso irrita.
Décadas de pesquisas psicológicas mostraram que, na tomada de decisão, as pessoas tendem a se permitir chegar à sua conclusão preferida, desde que possam inventar uma justificativa racional sustentando-a.
Por exemplo, um estudo descobriu que, quando os participantes queriam acreditar que seriam bem-sucedidos academicamente, eram mais propensos a recordar seus bons desempenhos no passado do que seus fracassos.
No caso da carne, esse "raciocínio motivado" pode levar as pessoas a encontrar explicações sobre por que comer animais é a decisão correta. E uma delas é que os veganos são ruins.
Em um estudo liderado por Julia Minson, psicóloga da Universidade da Pensilvânia (EUA), os participantes foram questionados sobre suas atitudes em relação aos veganos e, em seguida, solicitados a pensar em três palavras associadas a eles. Pouco menos da metade dos participantes tinha algo negativo a dizer e, curiosamente, 45% incluíam uma palavra que se referia às suas características sociais. Por exemplo, os veganos eram associados aos adjetivos "esquisito", "arrogante", "militante", "tenso", "estúpido" e — misteriosamente — "sádico".
Não contribui para a popularidade dos veganos o fato de que eles realmente se consideram melhores do que aqueles que comem carne; os vegetarianos tendem a avaliar as virtudes de outros vegetarianos como maiores do que a dos não vegetarianos. Mas também é verdade que, no fundo, talvez a maioria de nós concorde com eles — e essa é uma das principais fontes de animosidade.
Nesse sentido, quanto mais justos os participantes do estudo esperavam que os vegetarianos fossem, mais severas as palavras escolhidas para descrevê-los.
"Há muita pesquisa sobre como não gostamos de membros de grupos que são potencialmente moralmente inferiores ou que a sociedade vê como errados", diz Benoit Monin, psicólogo da Universidade de Stanford que também esteve envolvido no estudo. "Mas é intrigante para mim que também rejeitemos membros de grupos que fizeram escolhas louváveis deliberadamente."
Há evidências crescentes de que somos particularmente ameaçados por pessoas que têm moral semelhante a nós, ainda mais se elas forem além do nosso desempenho. No final das contas, nosso medo de ser julgado ultrapassa em muito qualquer respeito que possamos ter por sua integridade superior.
Para um segundo estudo, a equipe pediu a alguns participantes que pensassem em como os vegetarianos julgariam sua moralidade; e, depois, quais os traços de personalidade mais prováveis para os vegetarianos. Outro grupo passou pelos testes, mas na ordem contrária. No experimento, aqueles que pensaram em ser julgados primeiro por vegetarianos tenderam a associá-los mais fortemente a palavras negativas.
De fato, Monin diz que esse medo de reprovação é tão potente que os vegetarianos (aqueles que consomem produtos derivados de animais, como leite e ovos, mas não carne) têm mais probabilidade de serem intimidados por veganos do que os carnívoros. Alguns estudos já indicaram que os veganos classificam os vegetarianos como hipócritas.
De acordo com Rothgerber, a "difamação do benfeitor" pode ser uma maneira de desviar a atenção de nossas próprias decisões duvidosas — o que ajuda a acalmar os sentimentos desconfortáveis que a dissonância cognitiva cria.
A descoberta também explica por que veganos e vegetarianos por motivos éticos são mais irritantes para os onívoros do que aqueles que escolhem o estilo de vida por razões de saúde.
Ironicamente, as mesmas indisposições psicológicas também sugerem que anúncios pró-veganismo que se concentrem no sofrimento dos animais podem ter efeito oposto do pretendido; enquanto algumas pessoas podem reagir comendo menos carne, as pessoas que não mudam seu comportamento precisam lidar com o desconforto de tentar justificar suas ações.
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Re: Vegetarianismo
O cara comeu a cabeça de um esquilo, é isso?
Além de ser extremamente otário, ainda corre risco de vida. Esquilos são os vetores de doenças priônicas (incuráveis e de difícil detecção). Uma possível Doença de Creutzfeldt-Jakob vem nesse cara.
Além de ser extremamente otário, ainda corre risco de vida. Esquilos são os vetores de doenças priônicas (incuráveis e de difícil detecção). Uma possível Doença de Creutzfeldt-Jakob vem nesse cara.
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