Tênis é para o primeiro mundo
Tenista é banido: mais um ataque contra o esporte brasileiro
Feijão, tenista brasileiro, é banido do esporte após acusações sem provas
O tenista brasileiro, João Souza, conhecido por Feijão, está banido definitivamente do tênis profissional. Feijão que já foi o número um no ranking brasileiro e atualmente ocupa a 69ª posição mundial, foi acusado de corrupção pela (TIU) Unidade de Integridade do Tênis, uma espécie de Lava Jato do esporte. Além da expulsão, Feijão foi multado em US$ 200 mil, equivalente à 800 mil reais.
Feijão foi considerado culpado em casos de manipulação de resultado em torneios das séries Challenger e Future no Brasil, no México, nos Estados Unidos e na República Tcheca e também de ter deixado de relatar propostas para manipular resultados.
A investigação iniciou após denúncias de manipulação de resultados em fevereiro do ano passado, quando o atleta foi afastado provisoriamente. Após apresentação de defesa por seu advogado, a defesa foi aceita pelo TIU e a suspensão revogada. O atleta Paulista de 31 anos, jogou o Challenger no México, vencendo duas partidas, porém, teve que abandonar a competição sai 18 pois a TIU alegou “prova adicionais”. Na sexta feira, Feijão foi comunicado da multa e de seu banimento definitivo do tênis profissional.
A defesa do atleta irá recorrer na Corte Arbitral do Esporte (CAS), em Lausanne, na Suíça, última instância do direito desportivo mundial. “Uma das teses é negar, como a gente vem negando, qualquer ato de corrupção por parte do Feijão. Por mais que tenham havido alertas de apostas em relação a alguns jogos que ele participou, por isso que começa a investigação, ele não tem nada a ver com isso. Se alguém estava fazendo (atos de corrupção) em relação às partidas dele, não tinha participação do Feijão de forma alguma, então esse é um dos argumentos”, declara o advogado do atleta, Michel Asseff Filho.
A punição do atleta brasileiro é um caso atípico na história do tênis. Em 1997, André Agassi, um dos grandes nomes da história do tênis, foi pego em exame anti-doping, quando o exame acusou o uso de metanfetamina. Na ocasião o atleta alegou ter consumido acidentalmente bebida contaminada com a droga, acusando um assistente, e foi absolvido da acusação.
Embora sejam situações diversas, uma de corrupção, outra de doping, observa-se condutas distintas diante das alegações de ambas defesas. Os dois atletas declararam inocência, porém apenas a de Agassi, redigida à próprio punho, foi aceita.
A Lava Jato dos esportes, a TIU, com base em denúncias sem provas, evidencia um claro caso de perseguição ou, no mínimo, de arbítrio ao banir o tenista brasileiro em definitivo das competições.
Em época da retomada da dominação do subcontinente, torna-se inadmissível a ascensão de um latino americano, com nome de “Feijão”, em um dos esportes mais elitistas que se tem conhecimento. Tênis é para poucos.
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