1975: experimental e cartunesco?
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1975: experimental e cartunesco?
O ano que iniciou a época de ouro das séries. O elenco finalmente retoma sua constituição original com a volta de Maria Antonieta, todos os personagens e estilizações de roteiro ganham sua forma definitiva (e a partir daí apenas aperfeiçoada), os programas, que já eram sucesso, compõem o time do novo canal Televisa, a produção ganha muito mais recursos, os cenários entram em fase de grandes mudanças e melhorias (a vila, por exemplo)...
No meio de tudo isso, Chespirito com uma interrogação na cabeça. Pra onde correria o viés de humor? Podemos perceber nessa temporada, tanto em Chaves quanto em Chapolin, um grande caldeirão de experimentos, misturando aspectos cartunescos à "realidade" empregada até então, como se houvesse a tentativa de fundir a lógica do mundo real com a dos desenhos animados.
Claro que piadas visuais do naipe das que serão citadas mais a frente sempre existiram, mas nada se compara ao excesso e à freneticidade desse período. Podemos perfeitamente dividir esse tipo de conteúdo em pré e pós 1975. Ele abrandou e muito nos anos posteriores, como uma represa que rompe em abundância e vai gradualmente acalmando.
Em Chapolin, podemos constatar o ápice em A Lei da Marreta Biônica: a vaca no bar, o cuspe explosivo do Marlombríssimo, o tiro na nuvem, as pegadas do pisoteio no Vermelhinho, as peças comidas, a volta nos ponteiros do relógio... Tudo na mais pura identidade visual das animações. Também percebemos isso na elasticidade dos personagens, como o Seu Madruga esmagado ou o marido ocioso tendo a cabeça puxada.
As situações de morte evidente de um personagem e seu reaparecimento depois como se nada tivesse acontecido se faz presente, como na explosão do Nhonho. E a frequência dos balões de pensamento, então? Fora inúmeros outros casos: o gol da Dona Florinda, a caveira do Seu Madruga no espelho, a tatuagem de barquinho no Lagartixa, o tronco serrado significando sono... Além de roteiros inteiros calcados nessas maluquices: O Radinho do Quico, A Casa da Bruxa e o próprio A Lei da Marreta Biônica.
O que mudou? Por que Bolaños desistiu de adotar tal postura em seus seriados, trazendo-os de volta à "normalidade" em 1976? Criei esse tópico para debatermos sobre a direção das piadas, o limite do surreal em um live-action, as intenções de Roberto com esse teste e para apontarmos outros casos do tipo nessa temporada tão complexa, lógico!
No meio de tudo isso, Chespirito com uma interrogação na cabeça. Pra onde correria o viés de humor? Podemos perceber nessa temporada, tanto em Chaves quanto em Chapolin, um grande caldeirão de experimentos, misturando aspectos cartunescos à "realidade" empregada até então, como se houvesse a tentativa de fundir a lógica do mundo real com a dos desenhos animados.
Claro que piadas visuais do naipe das que serão citadas mais a frente sempre existiram, mas nada se compara ao excesso e à freneticidade desse período. Podemos perfeitamente dividir esse tipo de conteúdo em pré e pós 1975. Ele abrandou e muito nos anos posteriores, como uma represa que rompe em abundância e vai gradualmente acalmando.
Em Chapolin, podemos constatar o ápice em A Lei da Marreta Biônica: a vaca no bar, o cuspe explosivo do Marlombríssimo, o tiro na nuvem, as pegadas do pisoteio no Vermelhinho, as peças comidas, a volta nos ponteiros do relógio... Tudo na mais pura identidade visual das animações. Também percebemos isso na elasticidade dos personagens, como o Seu Madruga esmagado ou o marido ocioso tendo a cabeça puxada.
As situações de morte evidente de um personagem e seu reaparecimento depois como se nada tivesse acontecido se faz presente, como na explosão do Nhonho. E a frequência dos balões de pensamento, então? Fora inúmeros outros casos: o gol da Dona Florinda, a caveira do Seu Madruga no espelho, a tatuagem de barquinho no Lagartixa, o tronco serrado significando sono... Além de roteiros inteiros calcados nessas maluquices: O Radinho do Quico, A Casa da Bruxa e o próprio A Lei da Marreta Biônica.
O que mudou? Por que Bolaños desistiu de adotar tal postura em seus seriados, trazendo-os de volta à "normalidade" em 1976? Criei esse tópico para debatermos sobre a direção das piadas, o limite do surreal em um live-action, as intenções de Roberto com esse teste e para apontarmos outros casos do tipo nessa temporada tão complexa, lógico!
- Nandinho s.
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Re: 1975: experimental e cartunesco?
A casa da bruxa é um episódio bastante interessante. É uma mistura de realidade (o que se passa fora da vila) + um toque de imaginação (o interior da casa da bruxa segundo as crianças). Parece que o Roberto compreendia perfeitamente a mente das crianças da vida real, e provou isso nesse episódio icônico.
Sobre o Nhonho explodindo eu acho um pouco surreal, mas eu morri de rir quando vi pela primeira vez.
Mas é nessa época que o Roberto começou a fazer mais remakes do que em 74. Daí fica um pouco dificil saber se essas surrealidades em alguns episódios é original dessa temporada de 75 mesmo ou se foi feita em temporadas anteriores (no caso, a elegida é a temporada de 72, devido à maioria dos remakes e partes de alguns episódios serem desse ano. Como muitos episódios de 72 são desconhecidos, daí a dúvida).
Sobre o Nhonho explodindo eu acho um pouco surreal, mas eu morri de rir quando vi pela primeira vez.
Mas é nessa época que o Roberto começou a fazer mais remakes do que em 74. Daí fica um pouco dificil saber se essas surrealidades em alguns episódios é original dessa temporada de 75 mesmo ou se foi feita em temporadas anteriores (no caso, a elegida é a temporada de 72, devido à maioria dos remakes e partes de alguns episódios serem desse ano. Como muitos episódios de 72 são desconhecidos, daí a dúvida).
- IgorBorgesCH
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Re: 1975: experimental e cartunesco?
Essas partes cartunescas são ótimas, uma pena o Chespirito ter desistido tão cedo disso.
- Chavo
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Re: 1975: experimental e cartunesco?
O melhor ano das duas séries foi 1975, de fato. É aquela época de uma série em que tudo dá certo, até mesmo a dublagem Maga parece mais dedicada com vários episódios dessa temporada. As melhores sagas estão nela: julgamento, primeiro dia de aula, o velho do saco, vizinhas, piratas, Juleu e Romieta...
No Chaves, em 1975, não há um episódio que possa ser tachado de fraco. O remake Mal Entendidos, que é o mais chocho da temporada, é digno de momentos muito hilários, como a xavecada malandra do Madruga na Florinda, bem superior à do Barriga no episódio de 1974.
No Chapolin também não há como escolher um episódio dessa temporada pra chamar de fraco, até mesmo remakes como O Planeta Selvagem e A Mansão dos Duendes ficaram bons, apesar de inferiores às suas versões de 1973. Natural, pois é bem difícil um remake ficar tão bom quanto a primeira versão (em 1977, no Chaves, isso ocorre bastante, com vários remakes tão bons quanto suas versões de 1974, na maior parte das vezes).
No Chaves, em 1975, não há um episódio que possa ser tachado de fraco. O remake Mal Entendidos, que é o mais chocho da temporada, é digno de momentos muito hilários, como a xavecada malandra do Madruga na Florinda, bem superior à do Barriga no episódio de 1974.
No Chapolin também não há como escolher um episódio dessa temporada pra chamar de fraco, até mesmo remakes como O Planeta Selvagem e A Mansão dos Duendes ficaram bons, apesar de inferiores às suas versões de 1973. Natural, pois é bem difícil um remake ficar tão bom quanto a primeira versão (em 1977, no Chaves, isso ocorre bastante, com vários remakes tão bons quanto suas versões de 1974, na maior parte das vezes).
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Re: 1975: experimental e cartunesco?
Pra mim, a melhor temporada de Chaves é a de 1974, que tem só episódio foda: O festival da burrice, O homem invisível, A Cruz Vermelha, saga do Madruguinha, saga do beisebol, etc. De episódios fracos, só "Ama o teu inimigo" e "Discos voadores", que eu não curto por conta da saturação.
Mas a temporada de 1975 é sensacional também, o único episódio regular dela é "Mal-entendidos".
Já em Chapolin, a de 1975 é a melhor mesmo.
Mas a temporada de 1975 é sensacional também, o único episódio regular dela é "Mal-entendidos".
Já em Chapolin, a de 1975 é a melhor mesmo.
- Douglas Reis
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Re: 1975: experimental e cartunesco?
O Livro da Chiquinha eu consideraria o realmente fraquinho da temporada de 1975 do Chaves.
- Rafael - Kiko botones forever
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Re: 1975: experimental e cartunesco?
Mas ue, é pra falar sobre a mudança de tom do seriado ou qual é a melhor temporada?
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Re: 1975: experimental e cartunesco?
Seu tópico se mata com uma palavra: remakes. A partir de 76 o Chespirito começou com isso e era mais fácil simplesmente ir adaptando os roteiros e de vez em quando colocar uma ou outra piada cartunesca.
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Re: 1975: experimental e cartunesco?
Tópico interessantíssimo. Nunca havia notado que essas cenas cartunescas fossem todas da mesma época.
"O gol da Florinda", "Seu Madruga esmagado" e etc são cenas iconicas, realmente Chespirito podia ter usado um pouco mais disso nas temporadas seguintes.
"O gol da Florinda", "Seu Madruga esmagado" e etc são cenas iconicas, realmente Chespirito podia ter usado um pouco mais disso nas temporadas seguintes.
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Mandem um email para: willianbertuzzioficial@gmail.com
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Re: 1975: experimental e cartunesco?
Realmente. Tópico muito interessante.
Editado pela última vez por dudu fontana em 20 Nov 2018, 12:28, em um total de 2 vezes.
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Re: 1975: experimental e cartunesco?
Não é fã da Chiquinha?IgorBorgesCH escreveu:Pra mim, a melhor temporada de Chaves é a de 1974,
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI
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Re: 1975: experimental e cartunesco?
Até parece que você não conhece os fãs de Chaves.Rafael S. escreveu:Mas ue, é pra falar sobre a mudança de tom do seriado ou qual é a melhor temporada?
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Re: 1975: experimental e cartunesco?
Ainda o lance de jogar o narcótico na lata de lixo e a lata "dormir" com direito a olhos fechando
- IgorBorgesCH
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Re: 1975: experimental e cartunesco?
Claro que sou. Curto a temporada de 1974, mas não é por causa da ausência da Chiquinha.Chapolin Gremista escreveu:Não é fã da Chiquinha?IgorBorgesCH escreveu:Pra mim, a melhor temporada de Chaves é a de 1974,
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Re: 1975: experimental e cartunesco?
No esquete inédito de hoje, outra cena cartunesca: a da paciente mostrando a língua pelo telefone!