Mas tem um detalhe: essa reportagem fala sobre a inveja, mas diz que o Carlos decidiu abandonar a série. Ou seja, ele teria saído do elenco e não sido tirado, como o Carlos diz que foi.John Jow escreveu:Pelo visto a desculpa de Quico fazer mais sucesso que Chaves já vinha desde os anos 80. Ou seja, já naquela época tinha várias versões.
Aliás, eu já vi a versão do Carlos mudando um pouco. Antes ele dizia: "o Quico virou mais popular do que o Chaves, isso causou ciúme no elenco todo. Por isso, decidi sair". Depois ele passou a dizer: "Havia muita inveja do Quico, então me tiraram do programa". Ora, ele decidir sair não é o mesmo que ter sido tirado.
Eu não acredito que ele foi tirado. Até porque tem uma entrevista de 1979 em que o próprio Carlos dá a entender que saiu porque quis fazer seu programa.
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Versão traduzida:
"QUICO" DIZ ADEUS...À GENTALHA!
6 de maio de 1979
Carlos Villagrán é mais conhecido no mundo do espetáculo como “Quico”, aquele menino travesso, integrante do elenco de “Chaves”. “Quico” agora se separa do grupo para fazer o seu próprio caminho...não por ressentimentos pessoais e sim porque ele considera que tudo tem seu limite e é o momento de seguir trabalhando como Carlos Villagrán.
O popular “Chespirito” não permitirá que Carlos Villagrán tome o personagem do “Quico” porque disse que ele o criou.
-Carlos, sabe que Chespirito não permitirá que tome o nome do Quico para suas futuras apresentações?
-Creio que é bastante difícil porque desde menino eu tenho sido um Quico, com os mesmos problemas e com a mesma felicidade. Nasci em um lugar humilde. Meu pai foi fotógrafo do parque e apenas tive uso da razão quando comecei a ajuda-lo. O que eu não tenho do Quico são esses ares de grandeza e riqueza. Não...creio que nunca poderia mudar de cara...desde que eu me lembro sempre tenho sido assim e nada mais eu vejo no espelho, já me fez rir...
-Como você ficou com Chespirito?
-Simplesmente nada mudou...nós chegamos a formar uma verdadeira família, não pela série mas sim na vida real. Inclusive com o Ramón somos bem amigos fora das câmeras. Eles compreenderam essa inquietude e me desejaram sorte.
-O que pensa em fazer?
-Ter meu próprio programa de televisão mas realizado com o esforço de Carlos Villagrán e com sua renda pessoal. É algo que eu já esperava há muito tempo e que é a hora de se cumprir. São muitos os anos de trabalho que eu já tive e sempre me submetendo às ideias dos demais...não sentia minha liberdade. Trabalhei em programas humorísticos e muitos deles dedicados às crianças, também gravei canções infantis e inclusive fazia um programa para os mais pequenos com jogos e participação...mas tudo isso acabou quando caracterizei o “Quico”.
“Se o Quico sendo um menino travesso, gritador, chocante e em algumas ocasiões chato, se converteu em um personagem importante para as crianças, a única coisa que me resta é esperar para ver como o público recebe a Carlos Villagrán”.
-Crê que o público te aceitaria como Carlos Villagrán?
-Penso que a aceitação do público é o mais difícil para todo artista. Agora que me separei do “Chaves”, a única coisa que digo é que se me proponho a realizar um programa é porque vou dar tudo de mim. Gostaria de contar com o carinho e simpatia dos que antes me seguiram e apoiaram...
-Se não tivesse sido ator, que outra profissão gostaria de ter seguido?
-Futebolista. Não duvidem. Deixe que me tragam uma bola quadrada e vocês vão ver...Eu sou tão fanático que até meus filhos tem seus apelidos.
-Como se chamam os seus filhos?
-Natasha, aliás Kushinshaya; Edson, aliás “o Petcka”; Samantha “Watergate”, pobrezinha, como nasceu no ano de 1974 e o caso Watergate foi o único destaque...pois, já sabem; e o pequeno Franz “Beckenbauer”, todos da Villagrán Salinas S.A. Acho que meus filhos me odiarão quando crescerem.
-Dirá adeus a gentalha?
-Somente a vizinhança do “Chaves”, mas a minha gentalha maior é todo o público que eu amo...não, essa não. A todos eles sempre tenho presentes e é por essa gente que eu trabalho.
Assim, simples e de coração aberto, é Carlos Villagrán, “Quico” ou como desejarem chamar-lhe. A experiência que ele acumulou como ator lhe vale para apagar de sua mente aquelas imagens de um garoto humilde que começou no ambiente artístico com pequenos papéis, despercebido. Tinha dois ideais: fazer rir e lutar por sua família.
O mundo infantil já o acolheu e seguramente será o público que mais o aclamará. Carlos não sabe ainda quando começará sua nova produção, mas seguirá a mesma linha humorística, com faíscas cômicas que são mais aceitáveis pelas crianças.
O caminho que até o momento percorreu o Quico já conhece a fama que encerra este maravilhoso mundo da arte.
6 de maio de 1979
Carlos Villagrán é mais conhecido no mundo do espetáculo como “Quico”, aquele menino travesso, integrante do elenco de “Chaves”. “Quico” agora se separa do grupo para fazer o seu próprio caminho...não por ressentimentos pessoais e sim porque ele considera que tudo tem seu limite e é o momento de seguir trabalhando como Carlos Villagrán.
O popular “Chespirito” não permitirá que Carlos Villagrán tome o personagem do “Quico” porque disse que ele o criou.
-Carlos, sabe que Chespirito não permitirá que tome o nome do Quico para suas futuras apresentações?
-Creio que é bastante difícil porque desde menino eu tenho sido um Quico, com os mesmos problemas e com a mesma felicidade. Nasci em um lugar humilde. Meu pai foi fotógrafo do parque e apenas tive uso da razão quando comecei a ajuda-lo. O que eu não tenho do Quico são esses ares de grandeza e riqueza. Não...creio que nunca poderia mudar de cara...desde que eu me lembro sempre tenho sido assim e nada mais eu vejo no espelho, já me fez rir...
-Como você ficou com Chespirito?
-Simplesmente nada mudou...nós chegamos a formar uma verdadeira família, não pela série mas sim na vida real. Inclusive com o Ramón somos bem amigos fora das câmeras. Eles compreenderam essa inquietude e me desejaram sorte.
-O que pensa em fazer?
-Ter meu próprio programa de televisão mas realizado com o esforço de Carlos Villagrán e com sua renda pessoal. É algo que eu já esperava há muito tempo e que é a hora de se cumprir. São muitos os anos de trabalho que eu já tive e sempre me submetendo às ideias dos demais...não sentia minha liberdade. Trabalhei em programas humorísticos e muitos deles dedicados às crianças, também gravei canções infantis e inclusive fazia um programa para os mais pequenos com jogos e participação...mas tudo isso acabou quando caracterizei o “Quico”.
“Se o Quico sendo um menino travesso, gritador, chocante e em algumas ocasiões chato, se converteu em um personagem importante para as crianças, a única coisa que me resta é esperar para ver como o público recebe a Carlos Villagrán”.
-Crê que o público te aceitaria como Carlos Villagrán?
-Penso que a aceitação do público é o mais difícil para todo artista. Agora que me separei do “Chaves”, a única coisa que digo é que se me proponho a realizar um programa é porque vou dar tudo de mim. Gostaria de contar com o carinho e simpatia dos que antes me seguiram e apoiaram...
-Se não tivesse sido ator, que outra profissão gostaria de ter seguido?
-Futebolista. Não duvidem. Deixe que me tragam uma bola quadrada e vocês vão ver...Eu sou tão fanático que até meus filhos tem seus apelidos.
-Como se chamam os seus filhos?
-Natasha, aliás Kushinshaya; Edson, aliás “o Petcka”; Samantha “Watergate”, pobrezinha, como nasceu no ano de 1974 e o caso Watergate foi o único destaque...pois, já sabem; e o pequeno Franz “Beckenbauer”, todos da Villagrán Salinas S.A. Acho que meus filhos me odiarão quando crescerem.
-Dirá adeus a gentalha?
-Somente a vizinhança do “Chaves”, mas a minha gentalha maior é todo o público que eu amo...não, essa não. A todos eles sempre tenho presentes e é por essa gente que eu trabalho.
Assim, simples e de coração aberto, é Carlos Villagrán, “Quico” ou como desejarem chamar-lhe. A experiência que ele acumulou como ator lhe vale para apagar de sua mente aquelas imagens de um garoto humilde que começou no ambiente artístico com pequenos papéis, despercebido. Tinha dois ideais: fazer rir e lutar por sua família.
O mundo infantil já o acolheu e seguramente será o público que mais o aclamará. Carlos não sabe ainda quando começará sua nova produção, mas seguirá a mesma linha humorística, com faíscas cômicas que são mais aceitáveis pelas crianças.
O caminho que até o momento percorreu o Quico já conhece a fama que encerra este maravilhoso mundo da arte.