Deslizes na dublagem das séries CH

Tópico para listar os pequenos erros na tradução dos programas

Discuta aqui tudo relacionado aos trabalhos de Chespirito, como Chaves, Chapolin, Chaves em Desenho e Programa Chespirito. Discuta aqui também o trabalho de outros atores, como as séries do Kiko.
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Chafundifórnios
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Re: Deslizes na dublagem da MAGA

Mensagem por Chafundifórnios » 08 Abr 2015, 23:23

Por causa do Noise Reduction... Interessante que apenas as esquetes (Boas Festas e os Ladrões), é perceptível um Noise Reduction (muito bosta e exagerado, por sinal)... será que o SBT perdeu essas esquetes e pediu uma nova cópia dublada pra Televisa? :ponder:
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Re: Deslizes na dublagem da MAGA

Mensagem por Barbano » 09 Abr 2015, 09:31

Esses episódios voltaram só em 2011, e já com cópia nova da Televisa, como todos os demais que voltaram na época. O sbt remixou com o áudio próprio, já que o da Televisa é uma porcaria.

Óbvio que o sbt não perdeu nada, pois um ano antes até a Sônia Abrão tinha e no caso do episódio dos balões exibiram trechos no Domingo Legal:


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Re: Deslizes na dublagem da MAGA

Mensagem por Dona Florinda cheirando cola » 09 Abr 2015, 16:15

O áudio neste vídeo está muito melhor.

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Re: Deslizes na dublagem da MAGA

Mensagem por Rondamon » 12 Set 2015, 16:04

Duas coisas que notei em episódios que passaram hoje no TBS:

19:21 - erro do Seidl: "Pode estar carregado, ProfessorA" - não é "professor, ah", percebe-se "professora" mesmo


8:17 - O Nelson Machado não dubla o "Me doy"
Há 11 anos no Fórum Chaves! :vitoria:

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Re: Deslizes na dublagem da MAGA

Mensagem por Red » 14 Set 2015, 01:28

O melhor é o Carlos Seidl falando "Puxa vida, porra!" no episódio do dinheiro perdido aos 15:13:

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Re: Deslizes na dublagem da MAGA

Mensagem por João P » 14 Set 2015, 01:38

??? Ele não disse isso não hein
Parece que ele ia falar "fora" mas só falou "fo..." Tanto que depois ele fala "vai".

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Re: Deslizes na dublagem da MAGA

Mensagem por Fã de Chespirito » 14 Set 2015, 01:54

Para saber os erros de tradução tem que saber o diálogo original, por que senão fica difícil

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Re: Deslizes na dublagem da MAGA

Mensagem por Seu Mundinho » 19 Set 2015, 22:07

Uma no episódio do escorpião:

PG: Você vai negar que chamou de velha burrona?
CH: A quem?
PG: A velha burrona!

O certo seria "à velha briguenta", eu li os lábios dele e ele dizia com o termo anterior, "vieja chancluda".

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Re: Deslizes na dublagem da MAGA

Mensagem por Bugiga » 19 Set 2015, 23:16

Seu Mundinho escreveu:Uma no episódio do escorpião:

PG: Você vai negar que chamou de velha burrona?
CH: A quem?
PG: A velha burrona!

O certo seria "à velha briguenta", eu li os lábios dele e ele dizia com o termo anterior, "vieja chancluda".
Com certeza, até porque a fala seguinte a esta é do Quico, e ele diz: "hahaha. O professor também se enganou e chamou ela de velha brigue... CHAVES". Imagem
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Re: Deslizes na dublagem da MAGA

Mensagem por Bóris » 18 Out 2015, 19:19

No episódio do Chapolin "Conde Terra Nova", o coronel (Edgar) chama Ramon de "Seu Madruga", sendo que o certo seria "Seu Ramon". Já que no Chapolin, diferente do Chaves, os nomes eram traduzidos como no original.
Vejam ele chamando a partir dos 4:28
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Re: Deslizes na dublagem da MAGA

Mensagem por Bugiga » 18 Out 2015, 22:41

Bóris escreveu:No episódio do Chapolin "Conde Terra Nova", o coronel (Edgar) chama Ramon de "Seu Madruga", sendo que o certo seria "Seu Ramon". Já que no Chapolin, diferente do Chaves, os nomes eram traduzidos como no original.
Vejam ele chamando a partir dos 4:28
Não considero isto erro nem deslize. Decidiram optar por chamar o personagem de Madruga na esquete, como poderiam utilizar qualquer outro nome.

Tem vários episódios do Chapolin em que dublam os personagens com nomes diferentes do original.
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Re: Deslizes na dublagem da MAGA

Mensagem por ChavesOficial1 » 20 Out 2015, 09:40

Em "Jogando Futebol", Chaves diz que é melhor ele não ser o Barbirotto e sim o Rodolfo Rodríguez. Porém, na mudança seguinte de goleiro proporcionada pelo órfão, o dublador Marcelo Gastaldi se enrola todo e fala "É melhor eu não ser o... o... o coisa que eu falei, é melhor eu ser o João Marcos". Deu branco total em Marcelo Gastaldi na hora da fala. Rodolfo Rodríguez foi esquecido pelo inesquecível Maga e simplesmente trocado pelo vocábulo para lá de original e, sobretudo, formal "coisa"...





No episódio "Quem Descola o Dedo da Bola" (foto acima), todos devem achar estranho Seu Madruga, ao pedir a cola para Chaves, dizer: "Chaves, traga-me o cimento". Chaves responde: "O cimento do chão ou das paredes?". No original, Seu Madruga provavelmente pede para Chaves o "pegamento", verdadeiro significado de "cola" em espanhol. A dublagem utilizou esse "cimento" como fachada para aproveitar a piada, pois como "pegamento" não tem nenhum sentido em português... Talvez o vocábulo, no México, tenha alguma relação com "cimento", pois na língua espanhola há muitos regionalismos. De vez em quando, a MAGA tinha que se descabelar para traduzir algumas piadas...

No encerramento do quarto episódio especial de Cinema do Chapolin, logo após a paródia de "Cantando na Chuva", Chapolin e Ramón anunciam para o programa seguinte as paródias dos filmes "A Dama das Camélias" e "Quo Vadis". Porém, no dia seguinte, é costume do SBT exibir um outro episódio do seriado, sem qualquer relação com os estes dois clássicos do cinema. A MAGA dublou a fala do fim do episódio do cinema sem saber que a emissora não havia comprado as paródias de "A Dama das Camélias" e "Quo Vadis". Que mancada! Aproveitando o gancho, Carlos Seidl chega a dizer que o filme se chama "DANÇANDO na Chuva", ao invés do correto "Cantando na Chuva".

Em "Há Hotéis tão Limpos que limpam até Carteira", o recepcionista do hotel (Rubén Aguirre) diz que a soma total da conta do casal ficou em 4.800 por quatro dias de hospedagem (200 por dia mais os extras). Em seguida, Chapolin faz os cálculos e se espanta com o valor da conta, dizendo: "Nossa, quer dizer 98 mil por quatro dias?" De onde o Vermelhinho tirou 98 mil? Vai dizer que o recepcionista-dono do hotel aumentou, naquele pouco espaço de tempo, o preço em vinte vezes? Ou Chapolin já teria incluído neste novo valor o preço das passagens de avião que o recepcionista-dono havia tomado do casal? Tchuin-tchuin-tchum-clain...



No episódio em que Seu Madruga é pintor, o pai da Chiquinha diz que Seu Barriga prometeu lhe presentear com uma camisa e QUATRO meses de aluguel. O dono da vila retruca, dizendo que não prometeu em nenhum momento perdoar os quatro meses. Carlos Seidl e Mário Villela não quiseram dizer QUATORZE meses?-
A equipe da MAGA não viu muita graça no método Wash e Wear que simboliza os dois "W" que representam as patas do porquinho desenhado na lousa por Pópis e Chaves. Por isso, a dublagem brasileira resolveu inventar uma fictícia Lavadora Volkswagen - todos sabem que a empresa só fabrica carros. A piada acabou funcionando mais por sua tosquice, já que Pópis coloca dois "dablos" de Volkswagen no quadro. Isso acaba por gerar outra intriga, pois a marca se escreve com V, embora a outra letra de seu símbolo seja o W... Até hoje Nelson Machado não engole o fato de terem lhe sugerido citar a Lavadora Volkswagen na dublagem do episódio - presente em um DVD da Amazonas Filmes - em que Quico desenha o porquinho (veja mais sobre essa polêmica em Curiosidades da Dublagem).

Este detalhe não é considerado um erro de dublagem, mas vale a pena ser especificado: Nhonho responde no episódio das Pérolas que as cinco classes de vertebrados são Mamíferos, Aves, Répteis, BATRÁQUIOS e Peixes. O normal seria ele dizer "Anfíbios" ao invés de "Batráquios", mas esta forma não é considerada errada, já que o referido vocábulo é sinônimo de Anfíbios.

Em "Invisibilidade", depois que Chaves volta do outro pátio todo arranhado e de ter perdido os três pêlos de gato preto, a pequena travessa Chiquinha coloca a sua cara na janela para ver o andamento da fórmula. Quico fala: "Podemos perguntar ao Seu Madruga se pode tomar a fórmula sem os pêlos!". Neste instante, Chiquinha fica estranhamente tranqüila. Quico continua o diálogo: "Ou para a Chiquinha!". Nesse instante, de maneira atrasada, ela faz cara de quem tem que pensar em algo rápido. Estranho é que ela deveria fazer essa cara quando disseram “podemos perguntar ao Seu Madruga”, e não “ou para a Chiquinha”. Provavelmente a dublagem foi invertida. Isto é, no original, primeiro Quico falaria “Chilindrina” e depois “Don Ramón”. Aí sim Chiquinha teria um real motivo para se preocupar.



No episódio da Bruxa Baratuxa, Gastaldi, ao dublar Chapolin, se enrolava constantemente ao pronunciar o nome da "camponesa simples de nobre coração que vai todos os dias ao bosque recolher lenha" e também na hora de dizer a célebre palavra cabalística "Parangaricotirimirruaro". Para dizer o nome da camponesa, ele falou assim: "A simples camponesa de nobre coração que VÃO todos os dias ao bosque recolher lenha". Esse vão mata a concordância da frase, já que a camponesa não está no plural. Já na hora da palavra cabalística, Gastaldi dizia "ParanGUArico..." ou "...tirimiRRARO" ao invés de "ruaro".
Chapolin diz, no episódio do Extrato de Energia Volátil e diversas vezes na primeira versão da Casa Mal-Assombrada, que está na hora de sua sesta. Porém, Gastaldi pronuncia, em todos os casos, a palavra como se fosse "sexta" ou "cesta". Sesta, o delicioso descanso vespertino, é dito como se colocássemos um acento agudo no "e", ou seja, a pronúncia correta do vocábulo é "sésta".

Erro grotesco do dublador Carlos Seidl no episódio do Festival da Boa Vizinhança: ele faz Seu Madruga dizer que Chiquinha recitará "As Aventuras de Zorro". Na verdade, sua filha recitará "As Aventuras de Jeca Valente".


No episódio da Moedinha do Godinez, a dublagem parece fazer uma previsão do que aconteceria quase vinte anos depois. Professor Girafales diz que Inácio da Silva também era pobre e quando tinha a idade de Chaves era o primeiro da classe. Logo, o órfão rebate "E quando tinha a sua idade, era presidente". Para deixar tudo claro, a dublagem deste episódio data de 1984. Um certo Luís Inácio da Silva, de alcunha Lula, se elegeria presidente somente dezoito anos depois. De onde raios a dublagem tirou Inácio da Silva então???

Quando alguma estória é contada, geralmente o narrador é Marcelo Gastaldi, o dublador de Chaves e Chapolin. Porém, algo muito esquisito acontece no começo do episódio da Branca de Neve do Chapolin. Quando a estória começa a ser contada (após um corte grotesco na hora em que Professor Girafales diz "há quem diga que conto de fadas não deve ser contado a crianças, mas na verdade..." - nessa hora, começa o clipe da música "El País de la Fantasia", inexplicavelmente cortado pelo SBT), ouve-se primeiramente a voz de um narrador com timbre mais tranqüilo e baixo. Tal narrador, ao contar a estória, diz frases cômicas como "havia um homem que trabalhava de rei", "que ele era viúvo por parte de esposa", "que o nome da Branca de Neve era Patrícia Espinosa, mas recebia tal apelido por gostar de bolos de coco", "que o rei teve azar, pois sua segunda esposa era na verdade uma madrasta", etc. Este narrador atua até a parte em que diz que a madrasta gostava de ouvir todos os dias do espelho que era a mais bonita do reino. Logo após a impagável propaganda da cerveja Cheves, o narrador muda: passa a ser Marcelo Gastaldi, que narra a estória a partir da frase "Mas o que ela tinha de bonita, tinha de cruel! E a principal vítima de sua crueldade era a inocente e cândida Branca de Neve". Algum imprevisto deve ter ocorrido com Gastaldi para ocorrer tal troca por outro narrador por apenas um minuto.



Pode ser por um erro da dublagem ou do som original, mas não se ouve Professor Girafales batendo na porta de Seu Madruga no episódio da "Briga dos Pombinhos". De uma hora pra outra, o pai da Chiquinha abre a porta e lá está o Mestre Lingüiça, que chora nos braços de Seu Madruga.

No episódio "O Caçador de Lagartixas", ocorre no seu final uma discussão entre quase todos os personagens. Quico chega logo depois, sem saber o motivo da briga, e diz seu famoso bordão "Calem-se, calem-se..." de um estilo meio diferente (no plural, por estar se referindo a várias pessoas), com o resto da frase sendo abafado pelo bate-boca. E o pessoal, ao invés de responder com o tradicional "Tá bom mas não se irrite", dizem "Ora, o que que é isso, Quico?". Isso se deve ao fato deste episódio ter sido um dos primeiros a ser dublado, ou seja, a MAGA estava recém se acostumando aos bordões.
No episódio dos Piratas, o dublador Mário Villela faz o pirata Pança Louca (Edgar Vivar) dizer a frase "Olhem! Aí vem o Matadouro" com a voz do Nhonho, sendo que no episódio inteiro ele utilizou sua voz normal. Villela planejou utilizar na hora uma voz que expressasse pavor e acabou utilizando a que fazia para dublar o rechonchudo filho do Seu Barriga.
No fim do episódio do Poucas Trancas, Florinda pergunta para Chapolin como foi que ele libertou ela e Carlos do banheiro se o bandido os trancou e depois engoliu a chave. Porém, a dubladora Martha Volpiani se equivoca e diz (para Chapolin) "...e depois você engoliu a chave?". Um aviso aos navegantes: não foi Chapolin quem a engoliu, e sim Poucas Trancas. Era para Martha trocar o você da frase por ele.



No episódio do Concurso de Miss Universo, Chaves, no texto original, ameaça Chiquinha dizendo que se ela caçoar dele novamente devido aos erros cometidos com a vassoura e a bola (Chaves joga beisebol e tenta rebater a bola), ele a machucará ou coisa assim. Porém, a dublagem modificou esta ameaça, a trocando pela originalíssima "Escuta, se eu for contratado pelos americanos, você vai contar pro Seu Madruga?". Chiquinha, de forma estranha, responde "Oh, Chavinho! Eu seria incapaz...". Agora me pergunto: por que Seu Madruga não pode ficar sabendo desta que seria uma grande notícia? Pela expressão de Chaves (embora esteja de costas), dá pra notar que o órfão fala com Chiquinha em tom de ameaça.

O dublador Mário Villela, no episódio "Abre a Torneira", faz Seu Barriga dizer: "O senhor quer me arrancar um pêlo?". Seu Madruga olha para a cabeça do dono da vila e pergunta: "Qual?". A piada foi dublada ao pé da letra, já que o vocábulo pelo, em espanhol, significa cabelo. Era para Villela dizer "O senhor quer me arrancar o cabelo?".
Outra dublada ao pé da letra: Dona Clotilde diz em "O Aniversário do Seu Madruga" que é uma mulher desinteressada. Quico diz que é por isso que ninguém se interessa por ela. É exatamente este o sentido da palavra por aqui. Deve ser só lá no México que "desinteressada", conforme a Bruxa do 71, signifique gente decidida a ajudar os outros. Não é à toa que o México é o país de língua espanhola que mais possui regionalismos...



Mais uma da série "Ao pé da letra": no episódio do Futebol Americano, Pópis faz uma linha no chão dizendo: "Quem passar pela linha é padre! Quem não passar é madre!". Tá certo, a piada até que tem sentido, já que os vocábulos padre e madre existem na Língua Portuguesa. Só que, em espanhol, padre significa pai e madre mãe. Ou seja, seria mais adequado Pópis dizer: "Quem passar pela linha é papai! Quem não passar é mamãe!".

Essa gafe deve ser do texto original, mas, por via das dúvidas, será postada na seção de Erros da Dublagem. No episódio da Festa à Fantasia, o "Papai Noel" Garrafa (Edgar Vivar) chama Chapolin de contato 39. Porém, logo depois, percebe-se que o verdadeiro contato 39 é a mulher vestida de diabinha (Florinda Meza). O homem vestido de Chapolin (Horácio Gómez Bolaños), com quem o autêntico Chapolin Colorado fora confundido, é, na verdade, o contato 40. Pode ser mesmo um erro do texto original, pois na hora em que Garrafa diz "Contato 39" para o super-herói, percebe-se numa leitura labial da fala de Edgar que ele diz "treinta y nueve".



No episódio da Pirâmide, a dubladora Marta Volpiani inverte na voz de Florinda a sílaba tônica do vocábulo "Hieróglifos", fazendo com que a mesma se situe na sílaba "gli", pronunciando "hieroglífos". Enquanto Ramón diz que aquela é a escrita "hieroglífica" (aí está correto), Florinda diz que não tem tempo para decifrar "hieroglífos". O mesmo erro se repete no sexto box de DVD's da Amazonas Filmes, no episódio "Cleópatra e Júlio César" do disco de Chespirito, onde os dubladores Tatá Guarnieri (Júlio), Cecília Lemes (Cleópatra) e Gilberto Baroli (a múmia) pronunciam a palavra com mais ênfase na sílaba "gli".-


Jaiminho diz, em mais de um episódio, que chegou o cheque da aposentadoria de Dona Florinda. Ora, a mãe do Quico recebe uma pensão do falecido marido. O correto não seria, então, que chegou o cheque da pensão?

Marcelo Gastaldi, sem querer querendo, gagueja no episódio do Escorpião na hora em que tem que dizer "Nós todos aqui falando do Mestre Lingüiça". Porém, na hora, acaba soando na voz de Chaves um "Nós tudo aqui dã dã fa-fa-lando-do do Mestre...". Antes de Chaves completar a frase, um indignado Professor Girafales já interrompe: "O quê?". Praticamente não ouvimos o "Lingüiça" que é pronunciado rapidamente devido ao erro e ao atraso do dublador.


No episódio "Jogando Futebol", as crianças chamam o locutor esportivo de "cronista" (ou "coronista"). Cronista esportivo é o nome dado àquele que analisa os fatos cotidianos do esporte ocorridos num determinado dia e, por isso, não deve ser confundido diretamente com "narrador esportivo". Uma crônica até tem relação direta com narração, porém isso ocorre mais no sentido literário. Hoje, quem irradia uma partida de futebol é chamado de "narrador" ou "locutor". É que, no México ou em outro país de língua espanhola, o locutor esportivo também é conhecido assim, já que Chiquinha também se torna "coronista" no texto original. A MAGA, pra variar, dublou o texto ao pé da letra.



Na primeira versão perdida da Falta d'água (Seu Madruga veste camisa de azul bem clarinho, quase branca), Chaves diz: "Nós estávamos brincando eu e o Quico...". Professor Girafales o corrige dizendo: "O burro vem antes". Chaves normalmente diria "pode passar". Acontece que sua voz não sai neste exato momento. Na hora em que era para ele ter dado a permissão para o Mestre passar, fica um silêncio. Aí surgem as risadas e a indignação do Professor: "O quê?". Dá até para notar Gastaldi balbuciando atrasado e em voz baixa o "Pode passar", mas isso ocorre já durante o momento de raiva do Professor. Com certeza aconteceu alguma coisa com o imortal Marcelo Gastaldi.

Um erro semelhante ocorre no episódio da Construção, versão com Ramón e Carlos. A voz do personagem de Ramón Valdez não sai no momento em que ele tenta tomar o saco de Chapolin. Isso acontece duas vezes, quando os dois, sem querer, acertam o operário (Carlos) e depois o arquiteto (Rubén). Dá pra notar Ramón falando algo, esbravejando com Chapolin no momento em que ele tenta tomar o saco. Mas, na dublagem, Ramón fica em silêncio neste momento, enquanto Chapolin balbucia: péra, péra, dá aqui... Também deve ter ocorrido algum problema com Carlos Seidl...

Com a desestabilização da moeda brasileira na época da dublagem das séries, não é a toa que os preços das coisas variavam de cruzeiro a cruzado. Pelo menos dá para identificar a época de dublagem de alguns episódios como "Chiquinha volta de Presidente Prudente". Chaves diz que Chiquinha foi embora lhe devendo dois cruzados. Os mesmos dois cruzados também aparecem no episódio da Festa dos Pires Cavalcanti. O cruzado vigorou entre fevereiro de 1986 e janeiro de 1989. Isso quer dizer que os dois episódios foram dublados neste período (provavelmente 1988). Já o cruzeiro é a moeda utilizada na maioria dos episódios (Tienda del Chavo, Bombinhas, Álbum de Figurinhas). Ele começou a vigorar em 1942 (em substituição ao mil-réis), foi substituído em 1965 pelo cruzeiro novo, voltou a se chamar cruzeiro em 1970 até novamente perder o posto para o cruzado em 1986.




Depois do fracasso do cruzado (substituído pelo cruzado novo em 1989), o cruzeiro voltaria em março de 1990 com o Plano Collor e vigoraria até agosto de 1993 com o surgimento do cruzeiro real, que durou exatamente um ano até o aparecimento do real em julho de 1994, que até hoje é a moeda brasileira. Que aula, hein? Voltando a falar sobre o cruzeiro, os episódios onde essa moeda é referida na dublagem foram dublados nos períodos entre 1984 e 1985 e também no ano de 1990. Como a inflação fazia os preços mudarem constantemente (e a troca de moedas ocasionava corte ou acréscimo de três zeros nos valores), fica meio difícil de apontar a exata época de dublagem dos episódios onde aparece o nome "cruzeiro" e também o "cruzado". Exemplos: "Tienda del Chavo" e "Bombinhas" foram dublados num mesmo período, pois enquanto que Chaves cobrava 50, 100 e 200 cruzeiros pelos refrescos, ele ganhava 100 cruzeiros para varrer o pátio em "Bombinhas". Em compensação, Seu Barriga disse que cada dólar equivalia a 15 mil cruzeiros. Nota-se que o valor mudou radicalmente, né? Triste época essa quando a inflação fazia isso com os preços...






Sobre a dublagem das músicas nos dois episódios de Ano Novo, no primeiro (na casa de Seu Madruga) Gastaldi dubla erradamente a primeira frase da música, cantando "Já PASSOU o ano novo...". O correto seria "Já chegou o ano novo", pois "já passou" dá impressão de que o ano novo foi embora assim como o ano velho... E o refrão da música também foi concluído erradamente: "Um ano mais, um ano mais, que todos tenham FELICIDADE". "Felicidade" nem rima com "mais", pois o desfecho da frase é "Amor e paz". Neste episódio do ano novo na casa de Seu Madruga, são os próprios dubladores que cantam. Por isso a afinação é um pouco rudimentar. Tanto que, para dublar as músicas "Vem Brincar", "Ouça Bem, Escute Bem" e "Um Ano Mais" no episódio de ano novo onde o pátio está cheio de brinquedos de Quico, chamaram outros dubladores para cantar. Mas o resultado também não ficou lá essas coisas... (veja mais detalhes em Curiosidades da Dublagem).


No episódio em que Chiquinha recebe a sua bisavó em casa (e que também marca a estréia de Jaiminho), na carta que ela recebe dá para ler quase que nitidamente o ano: 1979 (ano da gravação do episódio). Porém Chaves lê 1985 (ou oitenta e cinto, ano em que foi dublado).

Na primeira dublagem de "Bilhetes Trocados", Seu Madruga diz que as iniciais do nome de Professor Girafales são um P e um J. Jirafales é escrito com "J" no México. Já aqui no Brasil, seu nome começa com a letra "G". Tanto que, na segunda dublagem, Madruga diz que suas iniciais são um P e um G. Por que não deixaram Girafales começar com "J", como no original?

Em "A Catapora da Chiquinha" e "A Casimira Made in Taubaté", nota-se claramente que Chaves e Chiquinha (respectivamente, nos dois episódios) trazem uma garrafa de Coca-Cola, mas a dublagem a chama de refresco. A dublagem ou a própria produção da série não admitia um total merchandising para a marca Coca-Cola? A mesma marca aparece também em "As Pessoas Boas Devem Amar Seus Inimigos". Percebe-se nitidamente o nome Coca-Cola escrito na garrafa, mas com um líquido de coloração roxa dentro. Nelson Machado fez Quico dizer que o que estava bebendo era limonada. Limonada roxa? Isso não é um erro, como todos pensam: segundo o nosso ex-colunista Seu Moncho, existe um tipo de limonada de cor roxa/rosa que chegou até a experimentar nos Estados Unidos. Ele pelo menos diz que é deliciosa... Em tempo: a caixa de garrafas de Chaves no episódio "Roupa Suja se Lava em Público (A Troca de Chapéus)" traz a marca Pepsi estampada em letras garrafais (com o perdão do trocadilho). Naquela época, no México, só deviam permitir reclames da imagem da marca, mas sem propaganda no script dos personagens. No entanto, isso mudaria no episódio da Cadela Condessa, onde Florinda, ao pedir uma margarina, pergunta se não tem Doriana. A dublagem que manteve a propaganda original ou isso foi reclame da MAGA mesmo? Será que tem Doriana lá no México?


Em "O Ladrão da Vila", todos acusam Chaves de ser o ladrão, o chamando assim. Porém, na hora em que Quico diz a palavra "ladrão" pela primeira vez, surge um efeito esquisito no som do episódio, fazendo com que a pronúncia do vocábulo "ladrão" na voz do bochechudo saia com um chiado e sem tanta nitidez no som. Se ouve mais ou menos um "LAVÃÃO", e parece que a palavra está sendo ecoada a alguns metros de distância.

O título do episódio onde a turma de Chaves cuida da sobrinha de Dona Clotilde é "O Cãozinho da Dona Clotilde". Porém o famigerado Satanás quase não aparece no episódio. O título mais adequado seria "A Sobrinha da Dona Clotilde", não acham?

Gastaldi, no episódio em que Seu Madruga reforma a vila com gesso, inventou um novo verbo: "Rebocolar". É que ele fez Chaves perguntar ao pai da Chiquinha "Está REBOCOLANDO com gesso?". Ele quis dizer "rebocando", obviamente.


No episódio do Aniversário do Quico, o filho da Dona Florinda diz "é que existem crianças tontos, se esquecem à toa". O correto não seria crianças tontas? Isso não tem cara daqueles naturais erros de pronúncia das crianças, não! Pode ter sido gafe de Nelson Machado mesmo...


Um dos mais clássicos erros de dublagem ocorre no começo do hilário episódio "Madruguinha": Seu Madruga pergunta para Chaves o que é popeline e o moleque responde: "É a esposa do Popéye". Assim mesmo, com acento no primeiro "e". Gastaldi pronunciou um tosquíssimo "popéi", quando deveria dizer "popai", pronúncia correta do nome do marinheiro que adora espinafre e namora a Olívia Palito.

O que muitos não sabem é que Carlos Seidl (dublador de Seu Madruga), no mesmo diálogo acima, também errou ao pronunciar "popeline". O nome verdadeiro do tecido é "POPELINA" e é feito de algodão, é fino e serve para vestuário de senhoras e camisas de homem.

O esquisito barulho que sai da boca de Porca Solta (Rubén) com o funil colocado por Chapolin para despejar o narcótico primeiramente é mais baixo e grave. Soa dessa maneira: "FUÉÉÉIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINNNNNNN". Após o detetive (Carlos) desmaiar depois de ingerir acidentalmente o narcótico, o barulho do funil muda, soando igual a um assobio alto. O som se torna muito mais agudo, com uma altura bem mais elevada. Na segunda dublagem do episódio, exibida em 2006, o dublador Osmiro Campos emite diferentes sons, entre eles um causado pelo tremor dos lábios.

Na clássica cena em que Chaves repete sem parar "Por que a rua é plública e por isso tenho o direito de ficar onde me der na telha...", por que será que Gastaldi dublou "pública" como "plública"? Talvez tenha sido uma maneira de facilitar a dicção do dublador na hora ou simplesmente não passou de mais um dos tradicionais erros de pronúncia do personagem Chaves.






Uma grotesca falha da dublagem acontece no episódio "Seu Madruga Professor". Na hora das discussões dos alunos, não se escuta a voz de Chaves no meio delas. Só após Girafales berrar "SI-LÊN-CIO" é que a voz de Chaves finalmente aparece ao "escapuleiar", dizendo algo que não deve para que todos escutem. Fica um efeito esquisito, pois não escutamos a voz do órfão na discussão e de uma hora para outra ela aparece falando algo apenas quando se faz um silêncio na sala, com os demais dubladores parando de falar. Essa falha ocorreu devido ao episódio referido ter sido um dos primeiros a ser dublado. O defeito descrito seria corrigido nos episódios seguintes, com a voz de Gastaldi também fazendo parte da discussão com aquelas diversas vozes falando sem parar (nestas cenas, os dubladores geralmente improvisam).

Na segunda parte, no momento em que todos aplaudem Seu Madruga pela "aula da caveira", ecoa um grito de "MUITO BEM BRAVO" na voz de Silton Cardoso, que dubla o Godinez. Porém, tudo indica que o autor do grito seja Quico, já que no momento em que se ouve o "Muito bem bravo" na voz de Godinez (enquanto Girafales junta do chão o porta-chapéus caído), Quico levanta o braço como se estivesse vibrando e gritando.
Editado pela última vez por Igorkk33 em 20 Out 2015, 12:35, em um total de 1 vez.
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Re: Deslizes na dublagem da MAGA

Mensagem por Billy Drescher » 13 Nov 2015, 16:12

Nunca tinha prestado atenção nisso, aos 15:25.



Traduziram "sorda" como se fosse "gorda".
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Re: Deslizes na dublagem da MAGA

Mensagem por Rondamon » 15 Nov 2015, 09:03

Nunca tinha entendido ela falar "gorda"... falha da Cecília e/ou da tradução.
Há 11 anos no Fórum Chaves! :vitoria:

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Re: Deslizes na dublagem da MAGA

Mensagem por Пауло Витор » 16 Mai 2016, 08:04

Para acrescentar o tópico:
Açougueiro da Esquina escreveu:
Português:
-Você tem caneta?
-Claro que eu tenho, bobo.

Espanhol:
-¿Tienes pluma?
-Ni que fuera guajolote.

Caneta em espanhol é pluma.
Pena, em espanhol, também é pluma.
Um guajolote é um peru. No resto da América Latina isso é um pavo.
E os perus têm penas. :vamp:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Peru_(ave)
A MAGA pisou na bola na tradução, o correto seria:

Quico: Você tem pena? (antigamente para escrever algo usava pena, que enfiava o bico numa latinha de tinta pra escrever)
Chaves: Nem que eu fosse um peru.

Seria mais engraçado do que o diálogo sem sentido da caneta... :duh:
http://www.forumchaves.com.br/viewtopic ... 19#p789419

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