No México, Chaves e Chapolin tinham acabado como séries, sendo gravados como quadros do Programa Chespirito, já sem Carlos Villagrán (Quico) e Ramón Valdés (Seu Madruga). A história das séries no Brasil começou com a exibição dos episódios "Caçando Lagartixas" (1976), do Chaves, e "Aristocratas vemos, gatunos não sabemos", do Chapolin. Daquele agosto de 1984 até 1988, o SBT exibia apenas 84 episódios do menino do barril e 26 do Polegar. Muito pouco se comparado a tudo que foi produzido. Até 1992, o canal fez aquisições de vários novos episódios.
Hoje, ambas as séries permanecem com enorme sucesso. Novos produtos são lançados a cada ano envolvendo os dois personagens. Em São Paulo, a réplica da vila do Chaves no Memorial da América Latina levou centenas de milhares de pessoas a viverem um pouco de sua infância bem de perto. Durante um mês, o Senhor Barriga visitou várias cidades do país, divertindo milhares de fãs. O Chapolin, que virou série animada, continua em produção. As séries recentemente viraram produtos de mais uma grande marca, a Riachuelo. Na Olimpíada, os Chapolins brasileiros chamaram a atenção de todos.
Mas, ao mesmo tempo, Chaves e Chapolin estão sumindo da TV. No Boomerang e TBS, onde estavam no ar, saíram faz algum tempo. Na Netflix, as séries deixarão o portfólio em setembro, por opção da Televisa, que privilegiará o seu serviço de video on demand, o Blim. E no SBT, o Chapolin segue fora do ar. Já o Chaves tem cada vez menos transmissões "oficiais" (ou seja, originadas do sinal de São Paulo). No sábado à noite e no domingo de manhã, perderá espaço.
Enquanto isso, vários episódios seguem guardados nas prateleiras do SBT, sem destino certo. E ver essas preciosidades algum dia parece um desafio cada vez mais difícil de ser resolvido.
O que virá pela frente? Como dissemos aqui mesmo, ano passado, é algo difícil de responder. Chaves e Chapolin têm seus 40 anos, é verdade. Mas continuam com prestígio, conquistando fãs de todas as idades e rendendo em licenciamentos. O legado de Chespirito segue firme e forte - e precisa ser perpetuado todos os dias.
Chaves e Chapolin, 32 anos de Brasil. Que venham muitos anos mais de sorrisos e diversão. E com a descoberta das preciosidades que tanto esperamos.